1º Cap: Complicando a vida

"I'll keep you my dirty little secret
Don't tell anyone or you'll be just another regret
My dirty little secret"

O vestido longo de cor vinho balançava junto ao corpo dela enquanto uma melodia um pouco romântica era entoada. Os cabelos perfeitamente alisados caiam por seus ombros. Mas de que tudo isso importava? ELE é que estava lindo. Aquele terno preto com as vestes da mesma cor realçavam seus cabelos ruivos encantadores. Ela só poderia estar no paraíso!
Quem diria que duas semanas antes ela estaria sendo apresentada ao Trio Maravilha? Tudo havia acontecido de forma tão rápida. Por estarem em casas diferentes e um ano à frente eles nunca haviam se esbarrado. E qual foi a sua surpresa quando Melinda Bishop, sua amiga, apareceu ao lado de Harry Potter, Hermione Granger e Rony Weasley? Ela sempre a surpreendia.
E agora, lá estava ela, no Baile de Natal, acompanhada de Ronald Weasley!
O Salão Principal estava esplendidamente enfeitado com grandes árvores de Natal, visgos, fadinhas etc. Mesas redondas estavam dispostas em volta do salão, com anjinhos de gelo em seu centro. Em meio a tudo isso uma grande pista de dança onde os alunos se divertiam.

- Está se divertindo? – Perguntou Rony enquanto a acompanhava até a mesa em que eles estavam.

- Claro! Só acho que o salão está um pouco abafado.

- Realmente... Simas, onde está Hermione?

- Ela estava com dor de cabeça, então decidiu voltar ao dormitório – Respondeu o garoto de forma displicente.

- Amooorr, eu também já vou indo. Ainda não arrumei minha mala. E meus pés estão me matando!

- Certo Mel, Eu vou ficar mais um pouco. Você sabe que eu adoro esse tipo de música.

- Está bem. Harry e Gina também já subiram. Eles mandaram avisar. Boa Noite.

Os dois voltaram para a pista e curtiram algumas músicas dos anos 60, 70 e 80 que tocavam. O garoto realmente não tinha jeito para aquilo, mas mesmo assim estava divertido.

- Julie? Você não quer dar uma volta lá fora? Antes que os portões se fechem?

- Ótima idéia! – disse a menina com um grande sorriso.

Naquela noite Julie sentiu que aquele momento seria o mais perfeito. Sentada em frente ao lago com seu vestido vinho ela recebeu seu primeiro beijo.


"Uma árvore de Natal enorme estava colocada perto da janela completamente enfeitada com bolas de prata, e enfeites vermelhos e brancos. Vários velhinhos e velhinhas, algumas fitas - displicentemente colocadas - e uns pontinhos brancos indicando neve. E, finalizando a decoração, um anjo de uns 45cm estava colocado sob ela dando um charme ainda maior.
Na lareira, que estava acesa com fogo baixo, haviam três meias bordadas com diferentes figuras e um pequeno nome identificandocada uma.Porém ela não sabia o que havia nelas, pois ainda não as alcançava.
Estava admirando os presentes em volta da árvore enquanto todos jantavam. Tudo parecia tão esplendido e lindo. Amava o Natal. Conseguia sentir uma alegria tão grande, um conforto. Estranho pensar que ela só possuía 10 anos e já pensava daquela forma.

- Que você está fazendo? Ainda não pode abrir os presentes. – disse uma voz masculina e infantil as suas costas.

- Eu não vou abrir! Só estava olhando...

- Hunf... sei. Você não quer brincar? Eu estou entediado aqui.

- Não... Eu estou esperando aqui para abrir os presentes, sabe?

- Mas qual é a graça? Se você já sabe o que vai ganhar... Eu fiz uma lista para os meus pais, e espero que eles não tenham esquecido de nada.

- Eu não sei o que vou ganhar. Prefiro uma surpresa.

- Você é estranha. – disse o garoto olhando-a de forma curiosa.

- Fique quieto! – disse a menina enquanto o garoto fazia uma enorme careta.

Silêncio. A pequena olhou de esguelha para o garoto e viu que esse pousava seus olhos nela e depois os direcionava para o alto da árvore, repetidas vezes. Seus olhos brilhavam, e ela tentava imaginar o que se passava na cabeça dele.

- Que foi? – perguntou a menina dividida entre a irritação e a curiosidade.

- Nada. – disse ele seguindo em direção a árvore – Eu quero aquele anjo.

- Você não pode tirar o anjo da árvore!

- Claro que posso! – o brilho em seus olhos mudaram de uma forma que ela não conseguia explicar, ficando deslocados na face inocente.

- Ta! Agora me diz como você vai fazer isso?

- Humm... É só balançar que cai.

- NÃO! Vai estragar a árvore!

Mas era tarde. Ele a ignorou e começou a balançar a árvore, onde o anjo já parecia ceder. Alguns outros enfeites caiam, mas ele parecia não se importar.

- Para! Você vai destruí tudo!

O anjo se soltou e pareceu cair em câmera lenta, esbarrando em outros enfeites até se espatifar no chão. Vários pedaços se espalharam pelo carpete, ficando inteiro somente as assas e a harpa.
O garoto olhou de forma horrorizada. Abaixou-se e pegou os pedaços que estavam inteiros, mas logo que o fez, levantou-se e saiu correndo da sala deixando a menina parada ao lado dos cacos de vidro. Naquele momento dois casais ali entravam acompanhados de um outro garoto.

- Mas o que...?

A pequena olhou para eles na porta e voltou a olhar os restos do anjo. Aquele foi um dos piores dias de sua vida. Foi quando ela adquiriu dois ódios: um pelo natal, e outro por aquele que havia causado o primeiro."


- Bom dia! – disse Melinda saindo do banheiro.

- Dia...

- Eu hein... Que humor é esse Ju?

- Rrrrr. Eu sonhei... ou melhor, tive um pesadelo.

- Diga amor. Pode desabafar. Toda ouvidos.

- Eu sonhei com aquele dia, em que eu comecei a odiar, abominar, o Natal.

- Ah. Você sonhou com o Christopher.

- Nãooo! Quer dizer, não exatamente. Eu sonhei com aquele dia. E, bem, parecia até um filme, de tão real que foi. Então, depois eu não consegui dormir.

- Humm. Mas, mesmo depois de ontem, você continua a odiar o Natal? Hein mocinha?

- Como assim – disse Julie com um pequeno sorriso no rosto.

- A nossa janela, aqui do quarto, tem vista para o lago, sabia? E eu acho que imaginei ter visto algumas coisas acontecendo lá ontem... Será que era só minha imaginação?

- Você... Você não presta! E já que você viu, eu não tenho nada a acrescentar – falava a garota enquanto se levantava e ia até o banheiro.

- Claro que tem! Você precisa me contar os detalhes! Como: Você gostou? Ele beija bem? Foi de língua? Você sentiu aquele arrepio? O que ele disse? Combinaram algo? A data já está marcada? Hein?

- Que? Que data?

- Do casamento, horas! Eu sou a madrinha!

- Cale a boca!

- Vaaiiii! Responde!

- Beeemmm... É claro que eu gostei. E por ser o meu primeiro beijo acho que eu não fui tão ruim assim. E você sabe que eu acho ele um amor, super engraçado e tals. O principal é que eu me sinto a vontade com ele. Mas o beijo contou VÁRIOS pontos.

- Você não parece muito entusiasmada.

- Não é isso... Eu curti muito, foi maravilhoso e tals, mas, ainda faltou alguma coisa. Eu não senti o arrepio, por exemplo. Ele parecia distante, sabe?

- Porque será?

- Não sei. Será que ele não gosta de mim?

- Não, eu acho que ele te curte bastante. Mas, não sei, eu não o conheço tão bem para classificar. Quando vocês estão juntos parece que rola uma sintonia, mas eu não tava com você todos os momentos, né!

- Bem, de qualquer forma eu combinei de tomar café com ele na Grinfinória, vamos?

- Por mim tudo bem.

- Vamos descendo, então. E você senhorita Melissa? Como foi ontem?

- O Henri é um cara legal, mas passo.

- Por que?

- Não sei, eu tava curtindo bastante no começo, mas foi perdendo a graça.

- Aiai... Você nunca muda, né? Eu sempre achei que você era caso de pesquisa. Só que ninguém quis me ajudar a te internar no St. Mungos. É quase impossível entender o que se passa nessa sua cabecinha, amiga!

- Exatamente, eu nuca mudo! Pra que? Eu estou muito feliz sendo uma constante! Nos meus termos, é claro.

- Amor, constante é muito forte pra você!

- Certo. Principalmente quando se trata de relacionamentos.

- Ainda bem que você sabe!

As duas entraram no salão que estava um pouco vazio (eram muitos aqueles que deixavam as malas para ultima hora) e caminharam para a mesa da Grinfinória, onde o Trio Maravilha se encontrava.

- Bom dia!

- Vocês vão passar o Natal aqui também?

- Não Mione, eu recebi uma carta e um berrador da minha mãe, ela faz questão que eu passe o Natal em casa. Só Merlim sabe o porque.

- Não é uma idéia muito boa contrariar sua mãe rsrs.

- Realmente, só conhecendo Katherine Stratford para saber do que ela é capaz. Mas você vai ficar, né Mell?

- Em que mundo você vive Juls? Eu não fui dormir mais cedo pra arrumar as malas? Você achou que tava falando de que? Não tem graça ficar aqui sozinha sem você, então decidi volta pra casa.

- Nem lembro de você ter mencionado malas ontem.

- Por que será não? Mas e vocês?

- Vamos ficar por aqui mesmo. Melhor do que na casa dos Dursley.

- Eu estou com umas pesquisas atrasadas. Vou ficar fazendo compania para os meninos.

- Correio – disse Rony, interrompendo o assunto.

- Várias corujas adentraram no salão, mas uma bege voou em direção a eles e deixou uma carta no colo de Julie. A conversa continuou em quanto ela abria a carta absorta.

Querida Lizzie,

Como você esta? Eu estou muito bem, obrigado por perguntar P
Quanto tempo que eu não te escrevo? Dois, três meses? Na realidade seis. Ficou triste? Sentiu minha falta? Sonhou comigo e com as minhas historias? Espero que sim!
Também espero que essa minha ausência tenha produzido o efeito que eu gostaria. Será que serei premiado com uma resposta sua? Seria merecida! Poxa, você deve ter umas 4 caixas do tamanho de um tv só de cartas minhas. E eu? Nada. Duas miseras cartas, compostas por quatro linhas. Deprimente. Muito deprimente.
Mas vou te falar, eu estou bem otimista dessa vez. Algo me diz que você irá conversar comigo, e terminar com essa situação patética.

Bem, vamos agora para a descrição de sempre:

Meu ano começou bem, mas um pouco agitado. Sabe como é, me preparando para cartas de recomendação, provas, entrevistas etc. Eu tenho pensado em algumas Universidades fora da Franca, como Harvard e Yale. Talvez alguma por ai, na Inglaterra.
Decidi fazer direito, pretendo ser juiz. E você? Que carreira a princesinha vai seguir? (Falando nisso, papai mandou um beijo, diz estar com saudades)
Ryan quer dar mais uma de suas festas. Eu até te convidaria (como minha acompanhante, é claro) se você tivesse alguma chance de ir, como não tem... Semana retrasada ele e os amigos fizeram uma que se tornará histórica. Tinha umas 40 pessoas dentro da nossa piscina.
Você consegue imaginar? 40 pessoas? No final, duas brigas entre garotas. Hilário.

Bem, acho que resumindo, os fatos mais importantes, são esses. Por favor, me responda dessa vez!

Beijos Chris

Ps: Você vai receber uma surpresinha no Natal. Na verdade duas. Espero que goste. E aproveite muitooo bem.


N/a: Oie! Desculpem pelos erros de ortografia. Tentei fazer o melhor possivel! Espero que estejam gostando da fic e que continuem a ler (se é que alguem está lendo). Mas, se vc comecou a ler e chegou até aqui e viu que até agora eu naum recebi uma review, por favor, faça uma pra mim! Mesmo que seja um comentario de uma linha, só pra me incentivar a continuar a escrever
Brigada vc, santa alma, que me proporcionou uma felicidade imensa de receber 1 review! thanks!
Em relacao as confusoes sobre o contexto da historia, tenham calma que lá pelo capitulo 5 tudo deve ficar mais esclarecido.

beejos