The Taste

Seus olhos claros se abriram lentamente até ficarem arregalados. O teto parecia próximo demais de si, a sensação de estar presa, de estar apertada entre ele a cama eram simplesmente sufocantes. Puxara o ar como se não conseguisse realmente respirar e sentara-se sobre a cama.

Aquele cheiro maldito entrara por suas narinas, rasgando o caminho até seus pulmões e fazendo-a arrepiar até a espinha, fechando os olhos novamente.

Podia sentir o toque de Regina por sobre sua pele, seus lábios deslizando por seu corpo, aquela mordida forte em sua coxa que, definitivamente, havia marcado e sua deliciosa língua dançando sobre seu centro, brincando com ela.

-Pare.

-Não estou fazendo nada.

-Está... me matando.

Disse a loura, puxando os belos e jeitosos cabelos negros que estavam espalhados por suas coxas enquanto ia começando a rebolar contra aqueles lábios, se perdendo em suas próprias palavras e se entregando novamente àquela mulher até que, finalmente, gozara naqueles lábios, desfalecera pela quinta vez naquelas duas ultimas horas.

-Você é má.

Abriu os olhos, respirando fundo e olhara ao redor, dedilhando os lençóis encharcados com o cheiro de Regina e do sexo que haviam feito durante a madrugada. Sentia as pernas trêmulas ainda, sentia o calor da língua dela devorando-a em todas as vezes que ela o fizera.

-Ela é mesmo má. E você, Emma, uma idiota.

Dissera mais pra si mesma que qualquer coisa, sentindo-se um lixo. Deslizara os dedos até o próprio sexo e sentira-se molhada, pulsando.

-Seria bom tê-la aqui ainda. Só mais uma vez. Só mais uma vez. Awn, Regina...

Fechara novamente os olhos e sentira o corpo se retesar por completo, se arrepiar. Aquelas mãos firmes e quentes deslizando por suas coxas, costas, cintura, abdome, seios. Por todo seu corpo. Era como se ela estivesse completamente em seu corpo, em si. Podia quase sentir a forma faminta como era observada por aqueles lindos olhos castanhos.

Não demorara pra gozar em seus próprios dedos com aquelas imagens tão mais que vívidas em si, para si.

Abrira os olhos e bufara, sozinha. Pegara o travesseiro e apertara-o sobre o próprio rosto até que a falta de ar fosse insuportável e jogara-o longe, rosnando baixinho.

-Idiota! Grrr! Eu te odeio. Eu te odeio Regina.

Pegara aquela calcinha pequena, branca, com o cheiro daquela mulher completamente impregnado naquela peça de roupa que mais parecia um lembrete, um imã. Óbvio que aquilo estava escondido ali de propósito, para que Emma quisesse mais, desejasse mais, estivesse a mercê dos encantos da bruxa.

E obviamente, ela estava.