Nota: essa história é uma tradução. A história original foi escrita por poetzproblem. É uma série chamada Don't Blink, cronologicamente essa é a 1º, mas foi postada como 13º.
Minha primeira tentativa com traduções, so...podem conter erros ortográficos. Enjoy it!
Titulo original: Where Your Books Begins
Se molhe em palavras não ditas
Viva sua vida com braços bem abertos
Hoje é o dia em que seu livro começa
O resto ainda está em branco
Unwitten - Natasha Bedingfield
Parte I: A página em branco antes de você
Quinn Fabray tem dezessete anos na primeira vez que ela conscientemente considera a possibilidade de que sente atração por mulheres – uma mulher, mais especificamente. Rachel Berry para ser mais exato. Ela já admitiu para si mesma que nunca realmente odiou Rachel. Ela esteve irritada, com ciúmes e raiva dela, mas também sempre esteve inexplicavelmente fascinada por ela. Em algum momento, Quinn decidiu que devia ser a voz de Rachel, e a ideia não foi descartada até Finn e Rachel voltarem a namorar durante as Nationals em New York.
Quinn esta segurando Santana para que ela não arranque os olhos de Rachel no quarto do hotel e está exigindo toda sua força de vontade, uma vez que ela quer deixar Santana ir e enfiar suas próprias unhas em Finn Hudson até ele sangrar por fora tanto quanto Quinn esta sangrando por dentro. É um passo para trás e ela sabe. Ela deveria querer machucar Rachel por tomar Finn dela, mas não é isso que esta sentindo, nem um pouquinho e isso a aterroriza. Seu coração dói toda vez que ela pensa em Rachel tendo a vida que ela imagina para si quando pensa em se tornar a Sra. Finn Hudson. Ela tem uma vaga ideia do porque ela se sente assim, mas é impossível e pecaminosa e ela não quer isso em sua cabeça, então ela enterra bem fundo em sua mente.
Quinn volta para Lima com seu novo corte de cabelo e um sorriso falso, e se nega a pensar sobre Rachel e Finn – conscientemente. Seu subconsciente não recebe o memorando, e ela é atormentada por sonhos (e pesadelos) que a tira de seu sono todas as noites com o coração acelerado e um calor no corpo. Ela passa o verão tentando esquecer as imagens que lhe fazem companhia na cama. Uma tarde ela conhece Mack em uma lanchonete, e Quinn experimenta um cigarro e se apaixona pela noção de deixar o mundo queimar até as cinzas. O irmão muito mais velho de Mack é uma boa distração por um tempo, mas Quinn não está tão afim dele, mesmo ela tentando tanto, e Tommy é decente o suficiente pra não pressionar.
Incomoda Quinn – que ela não consiga sentir absolutamente nada com Tommy, Finn, Sam ou Puck. Incomoda, mas ela ignora, porque sua falta de tesão não pode ser sua culpa – deve ter sido deles. Ela volta para a escola com um novo look e uma nova atitude, e não se importa. Ela não se importa até Rachel aparecer debaixo das arquibancadas com grandes e sinceros olhos, oferecendo desculpas e dizendo que sente sua falta e prometendo todo o tempo que ela precisar pra acertar (get it right). E os velhos pensamentos acordam para zombar dela, junto com imagens borradas de seus sonhos. Quinn ignora esses pensamentos porque ela ainda não pode tê-los em sua mente, e tenta desaparecer dentro da fumaça do cigarro e da atitude. Então Shelby volta, trazendo a única coisa perfeita que Quinn conseguiu produzir, esfregando em sua cara como um prêmio, e a mente de Quinn repentinamente esta cheia de Beth e tudo o mais desaparece por um bom tempo.
Xoxox
É um abraço num banheiro e a noticia de que Finn Hudson é mais estupido do que Quinn imaginou, que a força a finalmente reconhecer aquele sentimento suspeito, e ela não esta menos aterrorizada do que a primeira vez que isso passou pela sua cabeça. Ela ignora, abafa os sussurros em seus ouvidos e em seu coração com pensamentos sobre seu futuro e faculdade. E ela pensa que talvez um dia seja capaz de deixar pra lá esse sentimento, e seguir em frente com um cara legal, uma casa com cerca branca, um casal de filhos e...felicidade.
É uma mensagem de texto e um caminhão que colocam os pensamentos de um dia numa espera indefinida, porque ela esta presa numa cadeira de rodas e lidando com fisioterapia, e simplesmente rezando para que ainda tenha Yale e seu futuro esperando, uma vez que supere a dor. Rachel ainda esta noiva de Finn, então pouco importa se Quinn esta ou não um pouco apaixonada por ela. Ela tenta convencer a si mesma que é só Rachel, talvez seja uma atração emocional e não tem que mudar quem Quinn é. Ela não esta atraída por outras mulheres. É claro que ela também não esta atraída pelo pobre Artie, que ela sabe tem uma paixonite por ela, ou Teen Jesus com suas palavras de encorajamento, mas ela não consegue negar que é bom ter alguém que ainda a queira, mesmo estando quebrada. Ela deixa que eles encham sua moral, mas sem leva-los a serio. Ela sobrevive ao colégio e a cadeira de rodas, e está indo para Yale.
Ela da um ultimo beijo em Puck pra trazer a confiança dele de volta, porque ela não quer ver ele preso em Lima e porque quer descobrir se ele pode fazê-la sentir algo novamente. Ele não pode.
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Quinn esta com dezoito anos quando chega a New Haven. Ela gosta da sua colega de quarto – Megan é bonita e doce e (graça a Deus) inteligente – e Quinn não sente nada quando Megan troca de roupa na sua frente. Ela esta aliviada e esperançosa, então ela aceita ir num encontro com um cara chamado Zane que ela conheceu na segunda semana de aula. Ela esta nervosa e autoconsciente, porque ainda caminha com dificuldade e tem uma cicatriz horrorosa na perna esquerda - sem mencionar seu torso, mas ela não esta planejando mostrar isso pra ninguém tão cedo – mas ela faz seu melhor para relaxar e dar a Zane uma chance. Ela não deveria ter se incomodado. Ele é um típico jogador de hockey, egocêntrico e um pouco estupido, e Quinn já ficou com três versões dele. Ela não esta interessada em reviver a experiência.
Quinn conhece Jason em sua procura pela aula de Drama e Teatro. Ele é gentil, inteligente e lindo, e nenhum pouco como os caras que ela costumava namorar, então quando ele a chama pra sair no fim de setembro, ela aceita. Eles têm um ótimo tempo juntos e tem muitas coisas para conversarem, logo é fácil aceitar um segundo encontro. É no final desse encontro que as coisas dão errado de novo. Ele pergunta se pode dar um beijo de boa noite nela, e Quinn sorri e acena timidamente, e então seus lábios se encontram e...ela não sente nada. Jason beija bem – nem tão agressivo, nem muito suave – e o beijo é bom, mas não tem nenhuma explosão de fogos de artificio. Nem mesmo uma faísca.
Quinn já superou a necessidade de ter um cara embaixo dos braços pra complementar sua imagem. Sua autoestima não depende mais de um homem reafirmando quão magra, linda ou popular ela é. Ela viveu o inferno sozinha e é forte o bastante para esperar por algo real. Quinn não tem nenhum motivo para fingir com Jason, mas ela não esta pronta pra desistir dos beijos. Ela o puxa mais perto, esperando pra sentir algo (como quando ela conversa com Rachel) porque ela deveria, mas não sente nada. Ela o manda pra casa, volta pro seu quarto e chora no travesseiro. Dois dias depois ela diz ao Jason que eles deveriam ser apenas amigos.
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Rachel a visita pela primeira vez no final de outubro. Ela tem estado ocupada em New York com as aulas e Finn, e se desculpa mil vezes por não ter ido mais cedo. Quinn sorri e diz a ela pra não se preocupar, que também esteve ocupada, o que é verdade, mas também é uma desculpa que ela tem usado pra evitar a viagem para NY. Rachel tem uma habilidade de instigar emoções que Quinn prefere manter enterrada, e o prospecto de ver Rachel e Finn juntos na cidade, vivendo seus sonhos, faz com ela sinta uma raiva irracional. Aqui em New Haven, quando é somente Rachel e seu entusiasmo contagiante e verdadeiro interesse na vida de estudante de Quinn, Quinn pode aproveitar o momento e a companhia e imaginar que nada tem que mudar, nunca.
Por alguns dias ela é só uma garota mostrando Yale para sua melhor amiga. Elas riem e conversam sobre o campus, a colega de quarto de Quinn, a vadia da professora de dança de Rachel, música e filmes. Elas falam sobre New York e Quinn assiste os lábios de Rachel se curvando e formando um sorriso que a ilumina. Ela assiste olhos escuros brilharem de pura alegria e mãos que não conseguem ficar paradas colocarem uma mecha de cabelo atrás de uma orelha rosa. Ela sente o prazer de Rachel pela vida infiltrar em sua pele, bem fundo em seus ossos até ela quase acreditar que é seu. Ela tenta se segurar a isso o máximo que pode depois que Rachel vai embora, mas se desvanece como o sol num melancólico céu de outono.
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É meio de novembro quando Quinn é forçada numa total autoconsciência. Ela esta numa festa com Megan, levemente embriagada, mas não bêbada. Ela esta assistindo as pessoas dançarem, sem perceber que seus olhos estão demorando mais nas mulheres na sala do que nos homens. Uma amiga da Megan, cujo nome ela não se lembra – ela acha que pode ser Josie ou Jessica – pergunta se ela quer dançar. Quinn realmente quer, pois ela sempre amou dançar e por alguns meses ela pensou que nunca mais seria capaz novamente. Ela não esta pensando muito sobre o convite porque é uma musica pop e um monte de garotas está dançando em grupos, então ela deixa a garota (alta, com curvas, ruiva e olhos interessados) puxa-la da cadeira, mas suas pernas não estão cooperando muito – menos ainda depois de dois copos de cerveja – e ela tropeça um pouco. Em um instante há mãos forte agarrando sua cintura e a garota esta levantando-a e pressionando sua coxa e Deus – Quinn sente cada centímetro daquelas curvas se encaixando nas suas e uma faísca percorre todo seu corpo. Seus braços encontram seu caminho na outra cintura e ela quer ficar mais perto. Ela quer...esfregar e fazer coisas que ela não deveria querer nunca fazer com outra mulher.
Talvez seja o álcool ou talvez seja a música – alta e batendo como uma pulsação através da sala – ou talvez seja apenas Yale e o momento e o desejo de dançar. Quinn se inclina na garota e deixa seu corpo se mover na batida da musica. E por um momento ela se sente livre. Ela se sente jovem, selvagem e corajosa. Até ela sentir lábios suaves tocarem seu queixo e sua mente que estava vagando de repente volta a se focar. Ela vira e aqueles lábios bem ali, tão perto que ela quase consegue sentir o gosto da tequila na respiração da outra garota. E então ela vai – só um gole; uma dose de sabor e calor que queima sua língua e aquece sua barriga. É muita coisa muito rápido e ela entra pânico, ela dá um passo para trás e murmura qualquer desculpa antes de sair e desabar em uma parede qualquer em lagrimas.
De alguma forma ela consegue voltar para o seu quarto, e ela permanece embaixo do chuveiro por um longo tempo enquanto chora soluçando. O que ela sentiu naqueles dez segundos foi muito mais do que ela já sentiu beijando qualquer um de seus namorados - parecido com o que ela sente cada vez que Rachel a toca. E Quinn tem uma vaga ideia – a sombra de uma memoria – de que ela já notou outras mulheres antes e imaginou se a pele delas era tão suave quanto parecia ou como o corpo delas seria por baixo das roupas. Não acontece com todas. Ela ainda não sente nenhuma atração particular pela Megan – loira tagarela Megan. Ela nunca sentiu desejo de tocar Tina ou Mercedes. Ela nem se quer se imaginou beijando Brittany, mas ela não pode mais fingir que Rachel é a única mulher que tem o poder de fazer seu corpo reagir.
Quinn desliga o chuveiro e seca suas lágrimas enquanto seca o corpo. Quando Megan volta pro quarto ela não pergunta por que Quinn desapareceu e Quinn também não comenta nada.
A amiga da Megan – cujo nome é Josie – encontra Quinn na sala de estudos dois dias depois. Ela tentativamente senta em frente a ela e diz: "Me desculpa pela outra noite". Quinn respira fundo, mantendo seus olhos focados no laptop. "eu não queria te assustar", Josie se desculpa. "eu só queria dançar, e achei que você poderia estar afim. Tudo bem se você não estiver".
Quinn sente seu rosto ficar quente; ela acena, murmura, "é eu não estou", e continua encarando a tela. Josie suspira, mas entende a dica e deixa Quinn com suas coisas.
Suas coisa são: buscas secretas na internet, livros que ela pegou sorrateiramente na biblioteca, um dia de Ação de Graça sozinha quando Megan vai pra casa na Pennsylvania (porque Quinn esta economizando dinheiro para viajar no Natal pra casa) e uma maratona de todos os filmes e series lésbicas que ela conseguir encontrar na Netflix ou Hulu.
Ela pensa em Rachel enquanto suas mãos passeiam pelo seu corpo. Ela deveria se sentir suja – porque Rachel esta noiva de Finn – mas não sente. É a sua mente e seu corpo, e ela tem o direito de ter suas próprias fantasias. Ela goza gritando o nome de Rachel, e chora sozinha no escuro, porque sua própria imaginação de um corpo feminino que ela nunca tocara é mil vezes melhor do que se lembrar da realidade de músculos, barba por fazer e o sufocante peso em cima dela. Ela chora porque nunca será real. Ela chora porque agora ela não pode nem esperar pelo seu cara legal e a sua casinha com cerca branca. Ela só vai ter mais adversidade para lidar, mais rejeição, mais medo.
Quinn volta para Lima durante as férias de inverno. Ela esta feliz em ver Mercedes, e ela troca ideia com Artie. Ela passa o natal com sua mãe, fingindo estarem felizes quando nenhuma delas esta vivendo a vida que realmente queriam. Judy esta sozinha e lutando para se manter sóbria, e Quinn esta sozinha e lutando para fazer paz consigo mesma.
Rachel fica em New York até 23 de dezembro, pois Finn tem que trabalhar e ela não pode deixar ele sozinho na cidade. Elas se encontram no dia depois do natal, por algumas horas, é a mais doce das torturas, enquanto elas conversam durante o café da manha e durante as compras no shopping de Lima. Há um pequeno encontro naquela noite para os velhos membros do Glee, e Quinn é forçada a ver Finn. Ela tenta desesperadamente ignorar o jeito que seu peito dói e seu estomago revira todas as vezes que as mãos dele tocam no corpo da Rachel.
É só por um dia, pois o casal feliz tem que voar de volta pra New York na manhã de 27 de dezembro, Finn tem que voltar pro trabalho e Rachel não vai deixa-lo sozinho. Quinn recusa a oferta de passar o Ano Novo na cidade com eles. Ela não precisa assistir eles se beijando a meia noite no meio de um mar de estranhos.
Ao invés disso ela da as boas vindas ao Ano Novo em Lima com Santana e Brittany e um grupo barulhento de rostos familiares e estranhos. Alguns são casais, e muitos mais solteiros. Tina e Mike estão em lados opostos da sala, Sam esta olhando com saudades para Brittany, muito para o desprazer de Santana, enquanto Mercedes fala com qualquer um que queira ouvir sobre um cara de Los Angeles, onde Puck ainda esta porque ele esta sem dinheiro para pagar um voo pra casa nos feriados.
Kurt e Blaine parecem estar no meio de uma discussão, mas Quinn acha que eles ainda estão juntos, pelo menos nesse momento. Artie esta saindo com Sugar agora que Rory voltou para a Irlanda, e Joe tem uma linda namorada cujo nome Quinn não se incomodou a aprender, e há outros estudantes que ela não se importa em conhecer, ocupados com exibição nojenta de hormônios da adolescência.
Quando chega a meia noite, Quinn força um sorriso que não chega aos olhos enquanto seus amigos compartilham o primeiro beijo do ano. Ela nunca se sentiu tão sozinha, mesmo quando eles a abraçam e beijam sua bochecha.
Ela senta no sofá as quatro meia da manha, enrolada em um suave e macio cobertor, assistindo os flocos de neve derreterem na janela. A festa acabou há uma hora, e os poucos festeiros que estavam muito bêbados pra dirigir estão estrategicamente esparramados pelo chão dos Lopez. Quinn suspeita que seja a única acordada há essa hora, mas ela não consegue desligar sua mente.
Ela pensa sobre Santana e o quanto ela tinha medo de sair do armário, mesmo com todos os amigos dela sabendo que ela estava apaixonada pela Brittany. Ela pensa em Kurt e todo o bullying que ele teve que aguentar do Dave Karofsky, e quão ruim foi que ele teve que se transferir de escola. Então ela pensa em Karofsky e como, por um momento, ele achou que morrer seria melhor do que viver como um adolescente gay assumido.
Mesmo sentindo inquieta, Quinn sabe que aceitar sua sexualidade não vai quebra-la. Ela já esteve quebrada duas vezes antes. Seu coração nunca será inteiro com a falta de Beth, e seu corpo nunca será perfeito com as cicatrizes que marcam sua pele, ou a dor que a persegue em seus pesadelos. Ela sobreviverá a isso também. Ela sobreviverá, mas ela precisa de apoio até que o chão debaixo de seus pés pare de tremer.
O segundo semestre de Yale não começa até quatorze de janeiro, e Quinn não volta pra New Haven até a próxima semana. As aulas de Santana em Columbia começam dia 21, e ela esta tirando vantagem de cada minuto que pode pra ficar com Brittany antes de voltar pra faculdade. Quando Brittany repetiu o ano no colégio, Santana quase adiou a faculdade por um ano, mas Brittany não quis que ela fizesse esse sacrifício. Quinn sabe que o relacionamento de longa distancia delas esta pesando em ambas, e ela suspeita que Santana tenha viajado mais entre New York e Lima do que ido às aulas em Columbia.
Tudo que Brittany tem que fazer esse ano é se formar. Quinn esta orando por ela. Ela honestamente não sabe o que Santana fará se Brittany não estiver com ela em New York no próximo ano.
As aulas no McKinley começaram dia 3 de janeiro, então Quinn convida Santana para passar um tempo em sua casa enquanto Brittany esta na escola. Ela faz almoço para elas – nada complicado, só alguns sanduiches das sobras de mortadela. Ela contempla a ideia de se assumir via maratona de filmes temáticos no Netflix. Ela ri um pouco, pensando que isso seria uma coisa que Rachel provavelmente faria, ou talvez uma apresentação em Power Point. Ela realmente não sente saudades desses.
Santana aparece em jeans e um moletom, com o cabelo em rabo de cavalo e pouca maquiagem. "Como se eu fosse me arrumar pra você", ela zomba quando Quinn comenta, indo pra cozinha direto pros sanduíches. Quinn não esta exatamente em suas melhores roupas também, escolhendo um jeans e um suéter, mas ela não pode deixar de sentir irritada que Santana acha que ela não é importante bastante pra nem se quer tentar impressionar.
Ela assiste Santana pegar seu sanduíche e então abrir a geladeira atrás de maionese extra, um pote de picles, as sobras de uma salada de batatas e molho cranberry. Quinn bufa e revira os olhos, encostando-se ao balcão enquanto deixa sua amiga assaltar sua cozinha. "Eu sei que sua mãe te alimenta", ela comenta secamente.
Santana lança um olhar penetrante por cima do ombro, tirando um ultimo pedaço de torta de abobora só pra reforçar. "Ela me alimenta", ela confirma fechando a geladeira, "mas eu tive um apetite extra ontem à noite, se é que você me entende", ela adiciona com um sorriso malicioso.
Quinn sente seu rosto ficar vermelho, sacode a cabeça, e se vira para pegar seu sanduiche. Parte dela acha que é a abertura perfeita. Oh, hey, eu sei exatamente o que você quer dizer. Na verdade eu beijei uma garota em Yale, e eu acho que posso ser meio gay. Ela não diz isso. Ela não fala nada.
"Acho que a faculdade não te relaxou nenhum um pouco", Santana murmura, pegando seu prato e colocando na mesa.
Quinn considera isso. Um beijo, uma admissão silenciosa. E algumas fantasias assustadoramente detalhadas realmente não adicionam muito, e a verdade é: ela passou os últimos quatro meses fazendo nada mais do que estudar e evitar qualquer coisa que fizesse a chegar muito perto de alguém. Quinn quer fazer mais do que simplesmente passar pelos próximos quatro anos; ela quer se abrir a novas experiências – boas experiências. Deus sabe que ela já teve más experiências suficientes.
"Eu ainda estou...me ajeitando", Quinn finalmente diz, sentando em frente a Santana. Ela pensa naquela garota, Josie, e como se sentiu quando seus corpos se pressionaram juntos naqueles momentos antes dela pirar, e como talvez em algum dia próximo, ela possa fazer aquilo sem sentir a necessidade de sair correndo. "Eu acho que boas coisas vão me acontecer esse ano", ela decide com uma afirmação de cabeça.
"Tem algo que você queira me contar, Q?" Santana pergunta com interesse, deixando seu meio sanduíche no prato. Um sorriso familiar e presunçoso nos lábios, "Você já achou algum ricaço de Yale para colocar as garras e assim poder preencher seu livro do ano?".
"Dificilmente", Quinn resmunga com uma carranca. Ela não é particularmente amável com o 'case-se com um milionário ' que aquele staff do livro do ano no McKinley selou para ela. "Eu só", ela inspira, morde o canto dos lábios e encolhe os ombros, "sinto que é hora de fazer algumas mudanças".
Uma expressão peculiar atravessa o rosto de Santana, mas desaparece antes que Quinn consiga decifrar o que significa. "Você não ta planejando pintar seu cabelo de roxo dessa vez, né?"
Quinn ri um pouco. "Se fosse isso, eu voltaria com o rosa".
Santana encolhe os ombros e belisca seu sanduíche. "Bem, você precisa fazer algo pra te tirar de seja qual for a fossa que você esta. Você é uma universitária solteira gostosa. Saia, se divirta, quebre alguns corações. Porra, isso é o que eu totalmente estaria fazendo se não estivesse com Brittany", ela admite com uma sobrancelha levantada. "Essas minas da Columbia são muito gostosas".
Quinn pode sentir suas bochechas corarem, mas ignora, ao invés focando no que Santana acabou de falar e franze as sobrancelhas, "A Brittany sabe que você fica olhando outras garotas?"
"Ela não se importa que eu olhe", Santana diz pausadamente, "com tanto que fique somente nos olhares". Ela encolhe os ombros novamente, encosta na cadeira. "A gente decidiu dar uma folga quando não estamos juntas, porque vamos combinar, somos super sexy e as pessoas vão flertar com a gente. É difícil não notar, sabe?"
Quinn concorda distraidamente, mesmo não entendendo. Em sua cabeça Santana e Brittany notando outras pessoas que estão notando elas não é um bom sinal, mas ela não vai questionar Santana. Ela não tem muita moral pra falar, considerando seu histórico de infidelidade, mas ela sabe por experiência própria que troca de olhares tendem a virar troca de toques e lábios e outras partes do corpo. Ela quer que seu próximo relacionamento – quem quer que seja – seja livre desse tipo de tentação.
"Quero dizer, não podemos ser todos pegajosos como Finchel", Santana zomba.
Quinn franze a testa à menção de Rachel e o mala do Finn, desejando novamente que Rachel pudesse ter ficado em Lima um pouquinho mais. "Você nem sequer os viu enquanto estavam aqui", Quinn aponta, balançando a cabeça. Na verdade, ambas Santana e Brittany, de alguma forma desapareciam toda vez que Finn e Rachel estavam por perto. A noite de Ano Novo foi a primeira vez que elas passaram um tempo significativo com o glee club, e Finn e Rachel já haviam ido embora.
Santana faz uma careta irritada, parecendo que ela acabou de comer alguma coisa nojenta. "Eu não tenho que vê-los pra saber que eles são pegajosos. Eu tenho orgulho de dizer que eu não testemunhei nenhuma das suas irritantes e nauseantes demonstrações de afeto desde o colégio".
Quinn franze a testa pensativamente. "Eu achei que você os tivesse visto em NY algumas vezes". Ela sabe que não era frequente – Rachel fez questão de mencionar como Santana sempre parecia ocupada com suas aulas.
Santa revira os olhos de novo. "Eu encontrei com Kurt e Rachel duas vezes prum café, e só porque Finndigestion tinha que trabalhar. Você acharia que Berry teria entendido a dica depois de tantas vezes que eu recusei os convites," ela comenta secamente.
"Você esta evitando eles?", Quinn pergunta meio irritada com Santana por nenhuma boa razão além do fato de que ela provavelmente esta machucando os sentimentos de Rachel.
Santana cruza os braços e bufa. "olha eu tive que ficar vendo Finn Complexo-de-Herói Hudson todos os dias por quatro anos, mas não estamos mais na escola. Eu não tenho que fingir que gosto dele. E antes que você diga qualquer coisa", Santana adiciona, levantando a mão em antecipação ao questionamento de Quinn, "Britts também não gosta dele, especialmente depois que ele me tirou do armário no meio do corredor cheio de gente. Então não, eu não vou sair com ele e Berry como se eu me importasse com a vida patética e chata deles".
Quinn não pode fazer a si mesma defender o Finn. Ele é o tipo de cara que pode parecer muito doce quando faz um esforço e meio bobo, assim você tende a perdoar as estupidezes que ele comete porque você acha que o coração dele esta no lugar certo, mas quanto mais você o conhece, mais você começa a imaginar se ele realmente é tão doce quanto parece, ou se ele é só um egoísta babaca que aprendeu a usar seu charme para não tomar responsabilidade por todas as suas palavras e ações insensíveis. Ele tentou arrastar Quinn de sua cadeira de rodas no baile e nem sequer se desculpou por isso. Verdade, ela conseguia ficar em pé por alguns períodos, e ok, talvez Finn estivesse certo sobre ela esperar ganhar alguns votos para ser a rainha do baile, mas ela não estava forte o suficiente para andar sem alguma forma de suporte. Finn saberia disso se ele tivesse se incomodado em perguntar ao invés de tirar conclusões e decidir que ela era uma vadia.
Suspirando, Quinn concorda, "Acho que não posso te culpar", principalmente porque ela esta fazendo basicamente a mesma coisa tentando evitar ver Finn e Rachel em todo seu noivado feliz.
"Claro que não", Santana resmunga, tomando uma grande e raivosa mordida em seu sanduiche pra provar seu ponto.
Ela pega sua própria comida, sentindo o estomago revirar enquanto considera exatamente o que ela pensa em fazer. Ela esta realmente preparada para sair do armário? Pra realmente dizer as palavras em voz alta que vão mudar tudo para ela? Já se foram três deixas, e ela esta deixando Santana levar o rumo da conversar pra um assunto totalmente diferente do que ela quer.
Santana eventualmente limpa seu prato de comida, enquanto conta suas historias sobre algumas das colegas de classe e seu vizinho barulhento que mora do outro lado corredor. Quinn pega seu prato e deixa na pia pra lavar mais tarde, e se junta a Santana na sala de estar, se jogando no sofá enquanto Santana olha o catalogo da Netflix com desinteresse.
"Sabe", ela diz pausadamente, "você precisa colocar sua bunda num trem para New York esse semestre. Esqueça sobre os HummelHudsonBerrys. Nós vamos sair no fim de semana, arranjar umas identidades falsas, ir numas boates, dançar. Talvez até arranjemos um boy pra você usar e abusar antes de voltar pra Ivy League."
Quinn morde o lábio e seu estomago revira. "E se," ela começa, ouvindo sua voz sair baixa e fraca, nervosamente pigarreando, "E se eu não quiser um homem?".
Santana meio que paralisa, com o controle remoto na mão. Ela mede Quinn com um olhar que a faz sentir como um inseto num microscópio. Quinn respira pesadamente, sua boca seca de repente, e assiste Santana semicerrar os olhos e inclinar a cabeça levemente pra esquerda. "Essa é você voltando pra fase Skank-me-deixa-em-paz-eu-to-pouco-me-fudendo-pra-vocês, ou você esta planejando em investir em roupas de flanelas, sapatos sensíveis e explorar a natureza?" ela finalmente pergunta.
Quinn sufoca uma risada forçada que logo se torna num choro. Ela pressiona uma mão na boca numa tentativa de manter a compostura, mas é inútil. Toda sua confiança se vai sob o olhar minucioso de Santana, e ela aperta os olhos e tenta focar na sua respiração. Ela ouve um sussurro distante, "Puta merda", antes de sentir o sofá se mexer e um par de braços envolve-la num abraço.
Ela se agarra a Santana enquanto deixa meses de emoção reprimida sair. "Hey...shh..esta tudo bem, Q," Santana diz tentando conforta-la estranhamente.
Quinn seca seus olhos e respira fundo. O tremor que agita seu corpo é completamente involuntário. Santana aperta o abraço, mas Quinn balança a cabeça e endireita sua postura numa tentativa de manter sua dignidade. Santana facilmente lê os sinais e a deixa ir, indo um pouco mais pra direita pra dar um pouco de espaço pra Quinn.
"Eu achei que estava pronta pra isso", ela diz depois de um momento.
Santana acena com a cabeça lentamente, "sobre isso", ela começa, olhando Quinn cautelosamente, "você..realmente acabou de sair do armário?"
Quinn sente um frio no estomago inesperado. Ela consegue admitir sua sexualidade na privacidade da sua mente, e ela até sussurrou no seu quarto quando não tinha ninguém pra ouvir, mas dizer em voz alta – contar pra outra pessoa e saber disso – é apavorante.
Ela lambe os lábios e acena com a cabeça, tão leve. "Yeah", ela murmura.
Os olhos de Santana crescem imperceptivelmente, ela deixa um ar sair, "Wow", ela diz lentamente, fazendo dessa pequena silaba uma reverencia, "Eu não esperava essa". Quinn aguarda pra que Santana processe que isso esta acontecendo, ela vê sua amiga balançar a cabeça em descrença, "Quero dizer, eu seriamente achei que você fosse ser uma dessas lésbicas velhas", Santana revela, olhando Quinn com um olhar critico. "sabe, do tipo que se casa com um cara que ela não ama por dinheiro e segurança, tem um casal de filhos por obrigação antes de começar a pegar a babá francesa, divorcia do marido e vai fundo nas garotas".
"Espera", Quinn resmunga, tentando processar o que acabou de ouvir, "você achou o que?".
Santana começa a rir histericamente. "Oh qual é, você realmente não achou que eu ficaria chocada que você gosta de mulheres, achou?"
Quinn faz uma carranca, cerra o maxilar ate os músculos de sua bochecha começarem a pular. Tirando aquele beijo com a Josie, seu histórico de relacionamento tem sido exclusivamente heterossexual, diferentemente de Santana nos seus tempos no armário.
"Oh, wow", Santana ri, "você achou!".
"Vai se fuder Santana"
Santana passa um braço pelos ombros tensos dela, chegando mais perto e sussurrando, "aposto que você gostaria disso, não?"
"Ewwww", Quinn a empurra, torcendo o nariz em desgosto, "não obrigada."
"Sua perda", Santana sorri maliciosamente. "Os truques que eu podia te ensinar..."
"Okay", Quinn interrompe, levantando uma mão pra silenciar ela, "completamente não pronta pra isso". Ela só pode começar a imaginar quais são os hábitos sexuais de Santana, e, lésbico ou não, Quinn tem absolutamente certeza que ela não quer ouvir sobre nenhum deles. Ela não quer uma professora, ela só quer uma amiga.
Santana ri de novo, balançando a cabeça, mas seu riso se transformar num sorriso suave e ela toca o ombro de Quinn com o seu levemente. "Serio Quinn. Estou muita orgulhosa de você, por tirar sua cabeça do escuro e fundo armário que você esteve vivendo desde que eu te conheci, mas eu tenho que perguntar," ela olha nos olhos de Quinn, e sua expressão se torna séria inesperadamente, "você realmente tem certeza sobre isso?"
"Uh...sim, eu tenho certeza que eu sou gay", ela diz lentamente, levanta uma sobrancelha – um pouco aliviada que é mais fácil dizer dessa vez.
"Eu sei, isso é bem obvio nesse ponto," Santana petulantemente informa. "eu quero dizer, você tem certeza que esta pronta pra ser assumida?"
Oh.
"Eu não estou", ela começa a dizer, então ri silenciosamente – porque sim, ela é assumida agora, mesmo que seja só a Santana que saiba. "Você é única pessoa pra quem eu contei".
Santana arqueou uma sobrancelha, "Você não experimentou em Yale?"
"Não." Sua mente se volta pra Josie, ela fica pensativa. "Bem, não realmente," ela corrigi. "Eu beijei uma garota...numa festa," ela clarifica quando vê o sorrisinho de Santana, "mas foi só isso".
"Deixa eu adivinhar, você surtou completamente."
"Mais ou menos", ela murmura com um encolher de ombros arrependido. Não foi um de seus melhores momentos.
"Você gostou?"
"Mais ou menos", ela admite, sentindo suas orelhas queimarem sob o olhar irritado e astuto de Santana. "Okay, sim," ela chia revirando os olhos. "Eu gostei."
"Ela era gostosa?" Santana pergunta com um sorriso devasso.
"Santana! Mulheres não são coisas para serem objetificadas," ela reclama. Ela é pior do que um adolescente às vezes.
"Vou entender isso como um não," ela concluí.
Quinn da um tapa no braço dela. Forte. "Ouch. Hey," Santana resmunga, massageando seu braço. "Você gosta dessa garota?"
"Eu nem conheço ela", ela diz. Josie é bem atraente – okay, sim, gostosa – mas elas se falaram um total de duas vezes, e nenhuma delas pode ser considerada uma conversa. "Ela é amiga da minha colega de quarto. A gente tava dançando, e foi bom só...não ter que pensar," ela confessa, fechando os olhos e revivendo o momento onde ela não era nada além de um corpo se movendo com a batida. "Eu não me importei com o passado ou futuro ou a expectativas de ninguém. Eu nem sabia o que eu estava fazendo até," ela para. Abrindo os olhos e encontrando Santana silenciosamente ouvindo com uma expressão de entendimento em seu rosto.
Quinn suspira, balançando a cabeça numa frustração muda. "Eu surtei completamente," ela admite com um sorriso magoado. "Eu achei que a faculdade seria diferente, que eu começaria com uma ficha limpa, com ninguém para dar satisfação além de mim mesma, e tudo ia simplesmente...se encaixar."
"Mas não é isso o que esta acontecendo?" Santana encoraja gentilmente. "Você esta finalmente se descobrindo, e não esta mais se escondendo. Acredite em mim, viver honestamente é muito mais fácil do que viver miseravelmente enquanto menti pra si mesma e todos ao redor".
"É, acho que to começando a entender isso."
"Bom pra você. E você sabe," ela se ajeita desconfortável e olha pra longe, enquanto murmura, "eu to aqui sempre que precisar conversar."
Quinn sorri carinhosamente pra sua amiga. "Obrigada, Santana".
"Não mencione. Nunca" ela ameaça, mas é uma ameaça vazia. Quinn sabe que Santana tem um não-tão-secreto lugar sensível pra aqueles que ela realmente se importa. E Quinn é sortuda o suficiente por ser um desses poucos.
Santana sacode os últimos traços de amiga preocupada e volta ao familiar vadia mode on. "Agora vamos ficar bêbadas e ter uma maratona de The Real L Word. Precisamos educar você".
"Não, não precisamos," Quinn discorda, desviando o olhar. Ela consegue sentir os olhos de Santana no seu rosto.
"Você já assistiu, né?"
"Não" ela nega, suas bochechas ficando vermelhas.
"Mentirosa"
"Vadia", Quinn xinga, mas não seria.
"Você conhece", Santana concorda rindo, se levantando. Mãos nos quadris, ela olha pra Quinn com um sorriso levado. "Agora, onde é que a Judy tem guardado os bons licores nesses dias?"
Leva dez minutos até Quinn parar Santana de abrir todos os armários da casa, mas eventualmente elas se sentam com um filme – um que Santana achou na Netflix que Quinn ainda não viu, graças a deus, não é pornô – e copos com agua no lugar da tequila que Santana realmente queria. Quinn se sente mais relaxada do que já esteve em um bom tempo, só de saber que tem alguém que conhece seus segredos e ainda esta aqui, aceitando a sem questionar. Bem, quase todos seus segredos. Ela ainda tem que mencionar seus fortes sentimentos por Rachel, mas ela tem a vaga sensação que Santana também não vai ficar surpresa por essa revelação.
O resto das férias passam rápido. Quinn contempla a ideia de contar para a mãe dela antes de voltar pra faculdade, mas ela honestamente não esta pronta, e teme que essa conversa termine com ela sem teto de novo. Seu segundo semestre já esta pago, ela tem sua própria conta bancaria que sua mãe ajudou a abrir com o dinheiro da poupança da faculdade que seus juntaram quando ela nasceu. Parte da pensão que Russel foi obrigado a pagar depois do divorcio também foi adicionada nos últimos dois anos. Quinn pode se virar por conta própria durante um tempo, mas ela precisaria achar algum tipo de renda sem ajuda da mãe pra pagar seus custos da faculdade, ela não sabe se será capaz de permanecer em Yale no próximo semestre sem a ajuda extra. Ela provavelmente precisaria se transferir para uma faculdade mais barata.
Mas essas são preocupações pra outra hora.
