Disclaimer: Saint Seya e seus personagens relacionados pertencem ao mestre Masami Kurumada e às editoras licenciadas (Tá, eu confesso: eu divido o Shura com a Saory-San, mas tudo bem...).
Mu de Áries... Bem, desde a primeira aparição dele no anime eu fiquei intrigada com o personagem, o seu jeito e fiquei mordida com uma coisa: nunca tinha visto um ariano agir como ele agia! Falo por experiência própria, meu lindo Leandro é de Áries...
Um dos cavaleiros que me cativaram de imediato, estava mais do que na hora de escrever uma fic com ele, né? E aqui vamos a mais uma exceção da série, já que esta fic está dividida em dois capítulos. No primeiro, teremos a música em seu original italiano e no próximo, a tradução da letra. Ah, outra coisa: este é também o segundo hentai da série, um pouco mais descritivo que o primeiro (descrito em Mysterious Ways)
A fic é um Universo Alternativo, passado em alguma época ou lugar remoto, não citarei nomes ou datas, mas pelas descrições vocês poderão ter uma idéia. A inspiração, como acontece na maioria de minhas fics, é histórica (eu amo escrever fics e contos em épocas passadas).
Antes de começar de fato, quero dedicar esta fic a duas pessoas em especial: Sah Rebelde, que me ajudou a desenvolver a personagem Alana e também à Harpia, uma grande fã do Mu... Espero que gostem, garotas!
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INBRANATO
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E' iniziato tutto per un tuo capriccio
Io non mi fidavo... Era solo sesso
Ma il sesso è un'attitudine
Come l'arte in genere
E forse l'ho capito e sono qui
A parca luminosidade das velas não os deixava enxergar muito além de um metro de distância. Mal se viam, ele parado junto à porta, ela sentada na cama. Mas ambos sabiam o que sentiam. E o que deveriam fazer.
Ele suspirou, passando a mão nervosamente pelos longos cabelos lavanda, com os olhos verdes perdidos em algum canto do quarto. Estava nervoso. Não pela situação em si, já tinha feito aquilo tantas outras vezes. Era por ela. Somente por ela.
Ela. A garota de cabelos negros e olhos cor de mel sentada sobre sua cama, amedrontada e perdida. A respiração descompassada o atormentava, sabia o quanto ela temia. E ela sabia que era inevitável, não havia outra saída para si.
Então, decidido a colocar logo um ponto final em tanto tormento, ele se aproximou da cama e se sentou ao lado dela, sentindo-a se afastar um pouco e cerrar os punhos sobre o colo, muito nervosa. Delicadamente, ele pousou sua mão sobre o queixo da garota e puxou o belo rosto para si.
Os olhos verdes acabaram por se perder nas lindas íris mel e seus pensamentos o levaram ao início de tudo...
Scusa sai se provo a insistere
Divento insopportabile
Ma ti amo... Ti amo... Ti amo
Ci risiamo... Vabè, è antico, ma ti amo
A taverna, como sempre acontecia, estava cheia. E a maioria dos homens, como também sempre acontecia, estavam bêbados. E atacavam sem cerimônias as moças que serviam as mesas, afinal, estavam ali para outras coisas também.
Mas uma delas sequer ousava sair de trás do balcão, nunca que se atreveria a circular pelo salão e correr o risco de um homem daqueles a agarrar e ter que ceder aos caprichos dele. Seus olhos cor de mel observavam o movimento, uma sombra de tristeza insistente podia ser vista em cada um deles. Ajeitou a trança que mantinha os longos cabelos negros presos e suspirou, resignada. Aquilo não era vida. Mas o que podia fazer para sair dali?
-Alana, vá atender o cliente daquela mesa! – gritou uma mulher de cabelos vermelhos e olhos idem, como cara de poucos amigos. Nervosa, a garota negou com um aceno.
Furiosa, a mulher a puxou pelos braços, obrigando-a a sair de trás do balcão. Já estava de saco cheio das recusas daquela impertinente que começava a lhe dar prejuízos.
Alana era uma bela garota, seus traços chamavam a atenção de todos os clientes. Porém, ela os recusava com veemência, nunca se rebaixaria a um nível lamentável como o das demais garotas da taverna. Mas a sua situação em que sua família se encontrava era miserável, e ela não sabia quanto tempo mais resistiria.
E scusa se ti amo e ci conosciamo
Da due mesi o poco più
E scusa se non parlo piano
Ma se non urlo muoio
Non so se sai che ti amo...
E scusami se rido, dall'imbarazzo cedo
Ti guardo, fisso e tremo
All'idea di averti accanto
E sentirmi tuo soltanto
E sono qui che parlo emozionato
...E sono un imbranato!
Caminhando pelas ruazinhas de pedra da cidadela, um belo rapaz parecia pensativo. Os longos cabelos lavanda soltos por suas costas balançavam suavemente com a brisa noturna, os olhos verdes atentos a todo e qualquer movimento. Não sabia o porquê, mas sentia que algo extraordinário estava para acontecer em sua ida à taverna, em busca de diversão e alegria.
O som da cantoria e dos gritos e risadas dos homens presentes chegou logo aos seus ouvidos e ele adentrou o lugar, procurando por uma mesa mais reservada em um canto do salão.
No balcão, Alana ainda tentava evitar ter que ir até a mesa indicada pela mulher quando esta perdeu a paciência de vez.
-Escute aqui, sua idiota! Se não for para aquela mesa agora, eu irei imediatamente atrás da guarda e mandarei prender o seu pai!
-A senhora não pode fazer isso...
-Ele me deve dinheiro, esqueceu? Pense bem, Alana... Ou trabalha direito e faz o que estou mandando, ou seu pai amanhecerá preso!
Engolindo a ameaça em seco, a garota pegou uma garrafa de vinho e um caneco e foi até a mesa, trêmula. E isso não passou despercebido pelos homens presentes, surpresos por verem a bela figura finalmente deixar o balcão para circular pelo salão.
As exclamações mais exaltadas chamaram a atenção do rapaz na mesa do canto e seus olhos se direcionaram para a garota. Era bela, sem dúvida. Mas com uma expressão tão assustada em sua face, os olhos até baços pelo receio.
Ciao... Come stai? Domanda inutile!
Ma a me l'amore mi rende prevedibile
Parlo poco, lo so... È strano, guido piano
Sarà il vento, sarà il tempo, sarà... Fuoco!
-O-o que o sen-nhor des-seja?
Tremendo, Alana até gaguejou. O tal homem que estava sentando à mesa não respondeu e de pronto a agarrou pela cintura. A garrafa foi ao chão e a garota gritou, tentando se afastar, aquilo não tinha que ser daquela forma.
Quando ele tentava dar-lhe um beijo, foram interrompidos por alguém, de pé ao lado da mesa.
-Com licença... – o rapaz de cabelos lavanda falou, em tom de voz altivo – Se não quer ter problemas, amigo, é melhor soltar a garota e procurar por uma outra companhia.
Resmungando, o homem a soltou. O rapaz, então, a pegou pela mão e foi puxando-a para a escada.
-Qual dos quartos ainda está vazio, senhora?
-O que fica no fim do corredor, meu jovem.
Agradecendo com um aceno, o rapaz segurou com mais força a mão de Alana e a levou para cima, ela rezando baixo para que fosse tudo rápido e indolor e que ele não a machucasse.
Difícil seria esquecer a humilhação que aquilo representava para si.
E scusa se ti amo e ci conosciamo
Da due mesi o poco più
E scusa se non parlo piano
Ma se non urlo muoio
Non so se sai che ti amo...
E scusami se rido, dall'imbarazzo cedo
Ti guardo fisso e tremo
All'idea di averti accanto
E sentirmi tuo soltanto
E sono qui che parlo emozionato
...E sono un imbranato!
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E aqui termina o primeiro capítulo... Repararam que não coloquei ainda o nome do Mu? É que as circunstâncias ainda não permitiram isso, mas logo ele será devidamente nomeado e apresentado!
Antes de partir, eu devo um agradecimento à minha beta... Apesar da demora em betar a fic! E o pior vocês não sabem, gente... Quem betou esta fic é uma pessoa que tem tempo de sobra, não preciso ficar mandando e-mail e que dorme na cama de cima do beliche! Pois é, minha beta foi minha irmã, vê se pode! Mas mesmo assim, valeu pela ajuda, Amanda!
