Disclaimer: Os personagens, atores e cia. Não me pertencem(exceto por um aí, que eu inventei exclusivamente pra fic).

Conteúdo: Humor / Romance / Slash

Beta: Procura-se.

Sinopse: Meados dos anos 40, LittleDallas. A cidade recebe uma visita que promete abalar as estruturas da sociedade, principalmente de uma família simples e modesta. Qual o valor e onde está a felicidade?

Nota do Autor:We are back, bitches! Sim, demorei mais de 300 anos, mas cá estou, escrevendo outra fanfic(que eu juro, vou tentar não fazer entrar em hiatus). Fanfic esta totalmente abrasileirada, ao contrário das minhas demais fanfics. Enfim, espero que gostem deste primeiro capítulo, que serve mais como um prólogo e base pra todas as tramas futuras da fic.

Nota do Autor 2:Eu sei que Jensen não tem nenhuma irmã adotiva chamada Ysara, nem nada do tipo, mas por fins de plots e tramas, criei a personagem totalmente ficcional para esta fanfic, assim como coloquei Jensen como um analfabeto. Inclua aqui a cidade LittleDallas(por fins de temática, Dallas, cidade-natal do Jensen, seria muito grande, por isso o ''Little''), e o vocabulário caipira do Jensen, do Joshua e dos pais(não, não é erro de betagem).

Nota do Autor 3:A música tema desse primeiro capítulo é ''Encontro'' do cantor Fábio Nestares(música linda, por sinal) . Alguns de vocês podem estar se perguntando ''perá, essa música não é da novela Chocolate com Pimenta?'' De fato é, assim como a novela me deu inspiração pra criar essa fic(sim, eu assisto-a de vez em quando, e não nego). A vontade de escrever alguma fanfic com ''clima de campo'' já me batia fazia um bom tempo, mas a novela me deu forças pra botar no papel minhas idéias.


Capítulo 1: Encontro.


Pode ser que eu nem conheça o amor
Minha alma desperta sonhos de mais
Meu desejo é sempre assim
Pede um beijo e nega com a mesma boca

- Dexa eu lê! – Brigou Jensen.

- Você não sabe ler. – Provocou Ysara.

- Dexa eu vê! – Jensen quase gritou.

- Não deixo, não! – Ysara afastou a carta. – Essa carta é da Mack, é de gente fina. Não foi feita pra ser sujada pelas patas de um jumento feito você!

- Ocê vai vê o jumento! – Jensen pulou em cima da irmã adotiva. Às vezes se perguntava o porquê do pai ter acolhido o bebê na beira da estrada de terra da fazenda e ter o adotado. Bom, ao menos, ao longo dos anos, ficara compreensivo o porquê de Ysara ter sido abandonada pela mãe. Às vezes a moça parecia mais um demônio do que uma pessoa.

Ysara jogou a carta para o alto e agarrou os pulsos de Jensen.

- Não quer a carta? Vai pegar! – Ysara apertou seus pulsos, imobilizando-o.

- Eu vô conta pro pai! – Ameaçou Jensen. Não eram crianças há muito tempo, mas o pai ainda tinha uma autoridade inabalável na casa.

- Conte, vai lá! Eu digo pra ele que você me bateu primeiro. – Provocou a garota de 17 anos.

- E eu conto qui ocê tava aos beijo com a Lauren Cohen! - Rebateu o irmão. Lauren era a melhor amiga de Ysara, e quase tão mesquinha quanto ela.

- Isso não é verdade! – O rosto da garota assumira um tom vermelho-tomate, e ela soltou os pulsos do irmão.

Jensen pegou a carta em um dos cantos do quarto simples que dividia com o irmão Joshua, sob os olhares ameaçadores de Ysara. Tentou ler uma, duas, três vezes, mas fora inútil. As palavras dançavam em sua vista, como se tivessem vida própria.

- Lê pra mim. – Pediu Jensen.

- Eu não. Ninguém mandou você ser um bestão e largar a escola. – A garota saiu do quarto, a passos pesados.

Jensen guardou a carta no bolso. Pensou em pedir para os pais lerem, mas nem o pai, nem a mãe, eram alfabetizados. Só tinha uma pessoa que sabia domar as palavras e era seu amigo.

Dentro de mim o amor sabe me encontrar
Meu coração sempre sabe onde me guardar

Jensen adentrou a hotelaria da família Padalecki. O aroma de alfaces, nabos, cenouras e beterrabas encheram seu nariz. O cheiro da terra sempre o fazia se sentir bem, principalmente da sua terra. A hotelaria de LittleDallas era parceira da família Ackles, assim como de outras famílias com arredações na cidadezinha, e revendia todos os legumes que Jensen e a família plantavam e colhiam. Fora desse vinculo que ele conhecera Jared, o filho único dos Padaleckis, que atendia ao balcão/caixa da hotelaria. Jared era uma criança na época, assim como Jensen, embora mais novo, e o gosto pelo campo e as peripécias infantis de roubar legumes do estabelecimento e comer escondido logo aproximaram os dois.

- O que vai querer hoje, Jensen? – Perguntou o amigo, sorrindo com suas covinhas. Um dia Jensen perguntara à mãe porque Jared sorria para todos os clientes da loja, mesmo para os que não gostava ou para a freguesia nova e turistas. A Senhora Ackles lhe respondeu que era assim que os homens da cidade na cidade faziam: primeiro lhe sorriam, depois te pegavam o dinheiro. Jared não era da cidade, mas já fora para cidades grandes duas ou três vezes na vida, a passeio.

- Uma leitura. – Jensen estendeu a carta.

Jared leu-a em voz baixa. Não era a primeira vez que lia alguma coisa para Jensen. Normalmente a leitura terminava com uma bronca de que Jensen deveria voltar pra escola. Jensen não via sentido em ficar sentado com a bunda numa cadeira dura durante 4 horas por dia, e tentar entender as palavras que só dançavam em sua cabeça; por isso fechava os ouvidos aos conselhos do melhor amigo. Sem contar que o povo da escola tinha o costume de perder o jeito da fala(''sem sotaque, como o povo da cidade grande'', eles diziam); Jensen nunca se esqueceria de quem era e de sua identidade, então odiava a possibilidade de perder o jeito com a língua.

- Mack? É sua irmã, não é? – Jensen confirmou. – De onde veio essa carta, Jen?

- A Ysara acho na Casa do Correio aqui perto, hoje di manhãzinha. O que qui ela diz?

- Ela diz que sua irmã está voltando pra cá, para passar umas férias, daqui uma semana. Vêm com... Jensen, não sei se quer saber isso.

- Com um narmorado, né? A Ysara disse pra nóis da famía. – Tinham se reunido mais cedo na sala da casa modesta que tinham no sítio. O pai quase esmurrara a filha adotiva quando ela lera que Mack tinha um namorado. ''Namorado é coisa di gente di cidade grande; gente do campo tem é marido!'' Reclamara, a manhã inteira, furioso.

- Peraí, você já sabe o que está escrito aqui? Então porque pediu pra eu ler?

- Pra sabe se ta tudo certinho du jeito que a Ysara nos falô, uai.

Jared riu.

- Você devia parar de implicar tanto com sua irmã, Jen. Ainda vai dar casamento essas briguinhas de vocês dois.

- Só si eu fosse muié! – Jensen rebateu, furioso. – A Ysara num é garota, eu sempri digo. Ela é um homi disfarçado, eu sei! Muié que é muié num tem aquele diacho de demo no corpo, não sinhô!

Jared sorriu.

- Por falar em casamento... Jensen, você tem que ver aquela outra coisa... Ta chegando o dia. Se a filha do pre...

- Shiu! – Jensen cortou, olhando para os fregueses da hotelaria, com suspeita. – Num fala disso em voz alta, Jay! – Quase sussurrou.

- Ok, ok, mas você devia...

- Eu sei, eu sei. Mas o qui que ocê quer qui eu faça?

- Ah, sei lá, Jen. Você deveria... não sei. Tentar explicar pro pai dela.

- O que?

- É... falar pro prefeito como você a ama. Como seus olhos ficam cheios de lágrimas quando vêem ela. Como sua boca fica seca perto dela. Como seu coração bate quando ela te toca. Como seu peito explode quando ela te beija, essas coisas.

- Si o prefeito soubé que ela mi beijô antes de casar com o moço da cidade, ele mi mata! – Alertou Jensen.

- Então deveria ter pensado nisso antes de fazer muito mais do que dar um beijo, Jen. Não quero nem ver o pepino que você vai ter quando o moço prometido chegar.

- Ara, qualquer coisa eu ti vendo o pepino! – Brincou Jensen. Mas, no fundo, sabia que Jared tinha razão. O casamento da sua amada era dali um mês, e ele não tinha nem idéia de como o impediria. Bom, quem sabe com a chegada de Mack, as coisas não melhorariam?

Pode ser por um instante o amor
Que me diz que ainda sabe quem sou
O desejo é sempre assim
Pede um beijo e nega com a mesma boca

Jensen cavalgava na égua baia pelo mato, com cuidado. A vegetação densa da floresta era um perigo para as patas da égua da família, e tinha que ter cuidado toda vez que prosseguia por aquela trilha. Era ainda meio-dia, mas a floresta já lançava sombras espessas sobre o andarilho.

Enquanto as patas da égua matutavam pelo terreno, os pensamentos de Jensen também matutavam. A estratégia de Jared era boa, mas também muito descabida. Não poderia simplesmente se declarar à moça na frente do pai, ainda mais o pai sendo o prefeito, e esperar que o homem trocasse a mão da filha prometida a um moço jovem e rico da cidade, pelo peão sem ter onde cair morto do campo. Não, tinha que pensar em outra coisa. Mas quanto mais pensava, mais sua cabeça doía. Talvez se fosse esperto e astuto como Ysara, a idéia perfeita pintasse na cabeça. Mas não podia falar do romance pra meia-irmã, nem pra ninguém da família. O prefeito tinha fama de ser impiedoso para com seus inimigos políticos, e Jensen não arriscaria o pescoço da família por uma loucura juvenil.

Parou em frente à uma macieira grande, cujos frutos estavam vermelhos e suculentos. Desceu da égua baia, amarrou-a com a corda que sempre trazia nessas viagens ao tronco da árvore. O resto do caminho era muito tortuoso, e teria que ser percorrido a pé.

As pernas fortes ajudaram no percurso. Jensen tinha apenas 17 anos, como a meia-irmã (embora mais novo), mas todos diziam que ele tinha um corpo grande e forte como um garoto de 20. Não era tão musculoso e grande como Jared, que tinha 16, mas todos diziam que Jensen herdara a força da terra nos ombros largos e pernas torneadas.

Por fim, a trilha acabou, abrupta, em um riacho de águas límpidas. Uma cachoeira desabava ali perto, fazendo uma cantoria aos ouvidos do loiro. Não haviam turistas, nem cidadãos ali. Aquele lugar era só dele. Dele e de...

- Até que enfim! – Geneveve Cortese saudou-o com um abraço e um beijo molhado. Estava nua da cabeça aos pés, e parecia estar se banhando no riacho fazia um bom tempo.

Jensen sorriu. A imagem da filha do prefeito nua já fazendo pressão em suas partes.

Sem demoras, atirou as roupas na mata e tomou a garota para si, na água do riacho. Encheu-a com sua semente, como sempre fazia, ao final. No começo era prudente, quando ainda tinha 14, e ela 13. Mas a garota lhe ensinara que as mulheres sabiam chás secretos que não faziam crescer barriga. Genevieve, toda volta de lua, bebia um chá que a mãe lhe ensinara, antes de morrer, para caso um dia ela precisar. Era receita da família Cortese, passada de geração em geração, mas só pelas mulheres.

- Te amo, Jen. – Ela sempre dizia, com um beijo, quando terminavam.

- Bém ti amo, Gen. – Jensen sempre respondia, quase no automático, mas, por uma vez, as palavras saíram mais engasgadas. Havia se lembrado, no ato, do que Jared falava. Da boca seca, dos olhos lacrimosos, do coração acelerado. Havia se lembrado durante todo o caminho ao encontro, costumeiro, secreto, e se lembrara no ato de novo.

Por alguma razão... as palavras não faziam sentido.

Jensen se afastou. Lavou o rosto nas águas, e voltou a olhar para Genevieve. Voltou a beijá-la.

Não. Não, não, não.

Alguma coisa estava diferente. Sua boca não estava seca; mas poderia ser o riacho. Seus olhos não lacrimejavam; mas poderia ser o clima seco do Verão em LittleDallas. Seu coração não estava acelerado; mas poderia ser... poderia ser...

Não!

- Jen, está tudo bem? – Genevieve perguntou.

Alguma coisa estava errada. Jensen nunca olhara Genevieve daquela maneira. Nunca esperara olhar ela daquela maneira. Talvez fosse isso. Era só impressão sua, sim. Amava Gen, e Gen o amava. Era tudo.

- Só estava pensando... nu seu casamento. – Jensen mentiu.

- Oh! – Gen fechou o cenho. - Isso. Bem... nós temos que resolver. Nós... Jen... é daqui um mês e...

- Temos muito tempo ainda pela frente. – Cortou Jensen. Não estava com saco para usar a cabeça em qualquer plano.

Tomou-a para si de novo, para encerrar o assunto. Mas não fez juras de amor ao terminar.

Dentro de mim o amor sabe me encontrar
Meu coração sempre sabe onde me guardar

Dentro de mim o amor sabe me encontrar
Meu coração sempre soube onde me guardar

Por fim, o sábado chegara. E com ele, chegariam Mack e o namorado.

A manhã inteira se deu na preparação de um banquete de boas vindas. Donna Ackles coordenava os filhos Jensen e Ysara na cozinha, fritando batatas, fazendo molhos e fazendo arroz e feijão. Roger Ackles e o filho Joshua estavam matando duas galinhas no jardim, e depenando-as (Jensen batera o pé para ajudá-los, mas Ysara reclamara que ela e a mãe não dariam conta da cozinha sozinhas, e a sra. Ackles concordara).

- Jen, aviso o Jared sobre o carro? – Perguntou Donna.

- Avisei, mãe. Ele disse que vai di traze o carro aqui im casa. – Poderiam ir de carroça até a ferroviária, mas Donna insistira em querer dar uma boa primeira impressão ao namorado de Mack. Roger e Joshua rebateram que, por eles, o namorado de Mack poderia vir empurrando a carroça como cavalo, para divertimento de Ysara e Jensen, mas Donna não quisera saber do assunto. Carros ainda eram novidades na cidadezinha, e apenas o prefeito, o Sr. Padalecki, sra. Farris, dona do modesto hotel para turistas, e o Sr. Beaver, delegado e motorista da viatura improvisada da cidade, tinham um automóvel. Escolas de direção eram ainda mais raras (Jared tivera que ficar um mês fora para tirar a sua).

Quando tudo ficou pronto, a algazarra para se arrumar ficou armada. Ysara vestira um vestido emprestado da amiga Lauren, Jensen vestira um terno antigo que Jared lhe dera de aniversário, e Donna colocou o marido e o outro filho em ternos emprestados da dona da casa onde a sra. Ackles fazia faxinas diárias, ao tempo que vestira um vestido emprestado da mesma mulher.

- Cum tanta frescura, é capaiz du moço da cidade achar que Mack havia dito pra nóis que haveria um casamento na sua volta. Pode ser qui nem apareça mais em LittleDallas depois de hoje. – Caçoou Joshua.

Jensen riu.

- Ou isso, ou ele vai pensar que Mack nos disse que estava grávida e haveria um batismo na ferroviária. – Emendou Ysara.

- Ara, calada! – Donna apertou as orelhas da filha.

Roger nada disse. Apenas mantinha o mesmo olhar de quem iria para o enterro da filha, e não de quem iria conhecer o seu namorado.

Uma buzina se fez soar um momento mais tarde, para alvoroço da mãe, que ainda penteava os cabelos em cachos loiros.

Depois de todos acomodados – ou sem acomodação suficiente – no carro, Jared deu a partida, lutando contra a terra batida do sítio. Também vestira um terno, mas este estava mais limpo e mais novo que o de Jensen.

O caminho para a ferroviária foi conturbado, com solavancos e trepidadas do Calhambeque verde do pai de Jared. O sr. Ackles resmungou a viagem inteira sobre a suposta ''facada nas costas'' que havia recebido da filha, a sra. Ackles cochichava com Ysara sobre o que esperava do namorado da filha, e Joshua, Jensen e Jared faziam comentários maldosos e piadas da provável aparência do rapaz.

Sou seu amor
Você sabe onde me encontrar
Seu coração sempre soube
Onde me guardar

Por fim, chegaram, já no fim de tarde, à ferroviária. O trem era semanal, de modo que costumeiramente a estação lotava no dia de desembarque e embarque, e ficava deserta nos outros dias da semana. A Maria fumaça bordo já estava estacionando quando a família Ackles chegara à estação (Jared preferira ficar no carro, para fazer segurança ao tesouro da família). O burburinho e movimentação logo começaram quando o povo da cidade desembarcou. Era temporada de férias na cidade grande, de modo que a estação estava mais apinhada do que o normal naquele sábado.

- Onde di tá a Mack? – Donna já começava a se desesperar, procurando a filha pelas janelas do trem.

- Vai vê disistiu da idéia di desonrar a famía e por us pé aqui. – Resmungou Roger.

A respiração da sra. Ackles trancou por um segundo quando uma moça bela e alta, de vestido vermelho esvoaçante, saiu pela porta mais próxima. Mas a moça era ruiva, não loira, e logo Donna já voltava à procurar pelas janelas.

- É ela! – Bradou Joshua, e Jensen olhou para onde o irmão apontava. Uma cabeleira loira saía pela porta. Sentiu que a sra. Ackles trancava a respiração novamente. Mas a cabeleira loira relevou-se pertencer à um homem de terno cinza, e não à Mack.

- Ara, mas eles não vão vim nunca? – O Sr. Ackles já começava à ficar ansioso também.

O moço loiro e a moça ruiva ficaram parados, um de cada lado da porta do trem, como guardas esperando um rei passar, imóveis.

- Eles dois num vão sair dali? – Jensen reclamou. Por um momento, achou que o próximo passageiro à sair seria Mack, com algum tipo de coroa de rainha de histórias infantis. Mas o próximo à sair foi um homem de terno preto, com uma cabeleira loira que chegava aos ombros. Definitivamente, não era Mack.

- Devia di ter trazido uma cadera. – Reclamou Joshua, impaciente.

Outro passageiro homem saiu, com um terno azul-escuro como o céu noturno. Mas este não deu nem três passos, antes de girar nos calcanhares e virar-se para a porta.

- Ara, só faltava essa! Essi povo ta querendo di qui o trem engula elis divolta? – Reclamou Donna.

O homem estendeu a mão, e da porta um braço lhe segurou a mão. Vestida num vestido verde como as plantas ao amanhecer, com um chapéu que serviria para cobrir duas cabeças, saiu a mais nova da família Ackles. Mack sorriu para as três figurantes em frente à porta, com dentes que poderiam ofuscar o brilho do Sol.

- Ela ta namorando a ruiva? – Perguntou Ysara, sobressaltada.

- Não, tonta! É o menino loiro. – Rebateu Joshua.

Jensen nada falou, mas sabia exatamente quem era o misterioso namorado da irmã.

O homem de terno azul-escuro beijou seus dedos com delicadeza. Mack acenou ao ver a família, e o homem virou-se para eles. Era moreno, com uma barba rala e lábios carnudos. O nariz parecia milimetricamente perfeito, e os olhos... eram os olhos mais lindos que Jensen já vira na vida. Um tom de azul que se ajustava ao terno.

O Ackles do meio mal se deu conta da aproximação do grupo da irmã. Tudo o que restava do mundo era aquele par de olhos.

- Pessoal, essa é a Danneel, e esse é o Sebastian, amigos de colegial. – Mack estava apresentando o loiro e a ruiva. – E esse é o meu namorado, Mi...

- Misha Collins, prazer. – Misha terminou, esticando a mão. O sorriso branco que se abriu em seus lábios parecia quase vivo, e o cunhado Ackles corou ao perceber que o sorriso era direcionado especificamente à ele.

Jensen não se deu conta de como tudo ocorrera, mas deu por si cumprimentando a mão do homem mais bonito que ele já vira na vida.

Tentou lamber os lábios e dizer seu nome, mas descobriu que a boca estava seca. Tentou desviar o olhar, mas os olhos estavam cheios de lágrimas que pareciam ter congelado suas íris. Tentou respirar fundo, mas fora inútil. O último dos sintomas estava ali: seu peito parecia tremer mais do que o carro de Jared e o trem juntos.

Dentro de mim o amor me quer assim


Nota Final:E aí, gostaram? Sim? Não? Review! Sei que o capítulo pode ter ficado curto, mas, sabem como dizem né, ''É o que tem pra hoje''. Ah, sim, e o fato de lançar essa fanfic no Dia dos Namorados não é coincidência, claro. Tenho outros caps de outras fanfics já escritos também, mas vou dar um tempo para postá-los. Ah, sim, e até o momento todos os caps serão POVs do Jensen(isso pode mudar depois, mas até onde eu planejei a fanfic, não).

AVISO IMPORTANTE:Tenho notado que algumas pessoas favoritam algumas das minhas fanfics, mas NÃO deixam sequer uma review. Então, DE NOVO, eu gostaria de pedir, encarecidamente, para DEIXAREM REVIEWS, E NÃO SIMPLESMENTE FAVORITAREM. Grato.