Título: Forgiven.

Autora: Lady Anúbis.

E-mail: .br

Beta: Samantha Tiger Blackthorn

Banda: the GazettE

Casal: Aoi x Uruha

Classificação: + 18

Gênero: Slash/ Angust/ Romance/ Lemon.

Status: Fic em andamento.

Direitos Autorais: Infelizmente Aoi e Uruha, nem a banda the GazettE me pertencem.

Sinopse: Aoi e Uruha estão ainda mais apaixonados após um ano de namoro, mas o passado pode voltar e destruir tudo isso para sempre.

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FORGIVEN

Prólogo.

- AHHHH... Kouyou... – Aoi nem tenta ser discreto nesse hotel de paredes finas, dando vazão a todo o êxtase que se apossa de seu corpo ao chegar ao orgasmo.

- Yuu... Não pára... – Uruha também já se desmanchou nas mãos do moreno, mas deseja ter para sempre o calor gostoso de Aoi dentro dele.

Os dois continuam com os movimentos deliciosos ainda por um bom tempo, mais para sentir um ao outro do que em busca do absoluto prazer, ao qual ambos já chegaram. Pelo tempo que estão juntos aprenderam a curtir e explorar seus corpos, sempre tentando algo novo, sempre aproveitando do sexo muito mais pelo sentimento do que pela luxúria.

Shiroyama passa as mãos pelos cabelos macios de seu amado, beijando-o docemente, enquanto se deixa sair de seu interior devagar, gulosamente aproveitando-se de seus lábios.

- Acho que essa noite ninguém dormiu nesse lugar... – Sorri, afastando-se ligeiramente da boca macia.

- Quem manda fazerem paredes tão finas... – Kouyou se irrita com a possibilidade das pessoas estarem ouvindo aquilo que é apenas dos dois.

Aoi nota como isto o deixa mal-humorado, ainda mais que é ainda tão cedo e nem podem voltar a dormir. Estão juntos há quase um ano e esta é uma característica que seu loiro jamais modificou. Deixa-se cair ao lado dele, exausto depois de uma noite de um maravilhoso sexo com a pessoa amada. Quanto a dormir... Pode fazer isso nas intermináveis horas que estarão dentro do ônibus a caminho da próxima cidade.

- Precisamos levantar... – O moreno diz desanimado, suspirando com seu rosto junto da orelha do loiro. – Daqui a pouco o Kai vem bater na porta.

- Que droga! – Uruha odeia manhãs, ainda mais que não quer sair dos braços fortes que o abraçam no momento. – Ainda bem que é a última cidade da turnê... Depois... Férias... E você todinho pra mim.

As mãos grandes de Aoi descem ao longo do corpo tentador, passando por seu tórax, pelo abdômen, parando provocante em seus pêlos, causando um estremecimento no loiro.

- Pára de provocar! – Kouyou reclama sem muita ênfase. – Depois dizem que eu que te atraso.

- E é mesmo... – Ri sonoramente diante da expressão levemente indignada. – Se você não fosse tão gostoso... Eu teria pulado da cama e dado o fora há muito tempo.

- Ah é! – Pula sobre ele, sentando-se sobre sua barriga. – Então sou apenas um objeto sexual?

O loiro começa a fazer cócegas em Aoi, sabendo como ele é sensível a isso, fazendo-o reagir e os dois rolando pela cama. Os beijos ardentes são apenas uma conseqüência, logo eles se tocam intimamente, a excitação aumentando mais uma vez. Sentem-se empolgados para mais uma vez, como se a noite inteira não tivesse sido o suficiente, mas são interrompidos pelas batidas na porta.

- Saímos em meia hora... – Kai soa incomodado, pois odeia ter que fazer isso todas as manhãs.

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Os membros da banda estão saboreando o café da manhã quando Aoi e Uruha entram no salão, já prontos para viajar mais uma vez. O loiro olha indignado para a tranqüilidade dos demais, comendo devagar.

- Kai... Você não disse que íamos sair em meia hora? – Se coloca diante do baterista. – Não estou vendo ninguém com pressa...

- Se não faço assim vocês não saem do quarto. – O líder do GazettE precisa se segurar para não rir. – Sentem e comam...

Ruki se levanta, deixando Uruha passar e sentar-se ao lado dele, de frente para o guitarrista moreno.

- Vai me dizer que os dois não brincaram o suficiente e queriam mais? – O vocalista carrega sua voz de ironia. – Não consegui dormir com os gritos e gemidos.

Todos sabem o quanto o chibi gosta de provocá-lo, o que sempre consegue com o loiro fechando a expressão, reclamando baixinho.

- Ah vai, Ruki... – Aoi o alfineta em retribuição. – Você estava era doido pra fazer o mesmo. Por que não escapou pro quarto do Reita?

- Ei... Estou quietinho no meu canto... – O baixista reclama, mas sorri, pensando que o pequeno bem que podia ter feito isso mesmo. – Me deixa fora dessa provocação.

Kai sorri, evidenciando ainda mais suas covinhas, feliz por ver os amigos interagindo tão bem, apesar de toda a tensão que uma turnê pode causar. Verifica a programação para a última cidade, meio alheio às provocações e risadas dos demais.

- Está tudo preparado para o encerramento? – Aoi senta na cadeira ao lado dele. – Precisa de ajuda?

- Não preciso... – O baterista suspira. – Estou realmente cansado.

- E como estão você e o... – Shiroyama aproximou sua amizade com Kai nos últimos meses e o incentivou a confessar sua paixão secreta.

Mas antes que continuem sua conversa, um rapaz baixo, membro do staff, entra esbaforido.

- Se vocês terminaram... – Pensa nas muitas malas que teve que carregar. – Podemos partir.

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- Uruha... Uruha... – Alguém do staff irrompe pelo camarim a procura do guitarrista, finalmente vendo-o sentado no sofá afinando seu instrumento e bebendo um pequeno copo de saquê.

O loiro levanta a cabeça, sua atenção no homem de bigode que se aproxima dele um tanto apressado, estado normal de todos antes de um live. Olha para ele intrigado com o motivo de procurá-lo, afinal, já está pronto, tendo sido um dos primeiros a sair da maquiagem.

- Tem um amigo te chamando lá fora. – O sujeito diz sem muitos detalhes, pois sabe que muito trabalho o espera antes do show começar. – Prometeu que serão apenas alguns minutos.

- Ok... Obrigado. – Responde intrigado, evitando o olhar interrogativo de Aoi, temendo seu ciúme.

Levanta-se, seguindo o homem de bigode, indo pelo corredor e parando de repente, paralisado com a imagem de Kaoru parado na entrada. Seu rosto parece cansado, bem mais magro, olhos fixos no chão.

- O que você está fazendo aqui? – Kouyou sente um sentimento ruim ao revê-lo depois de um ano.

Kaoru levanta os olhos, encarando-o sério, mas abrindo um sorriso tímido. Seus braços estão cruzados diante do peito, claramente nervoso.

- Sei que mereço esse tratamento, mas... – Aproxima-se um pouco, mas pára ao ver o loiro recuar. – Precisava conversar com você.

- Não acha que já falou tudo naquela última noite? – A voz de Uruha soa cheia de mágoa.

- Depois daquilo me internei pra fazer um tratamento... – Uma expressão arrependida surge no rosto bonito, marcado por algumas cicatrizes, provavelmente da surra que levou de Aoi. – Estou passando uns tempos na casa de meus pais... E quando vi que você tocaria aqui...

- Teve uma recaída? – Há um ressentimento autêntico nele.

Mais uma vez o homem tenta aproximar-se, mas percebe que esses seus movimentos apenas colocam seu ex-namorado mais na defensiva. Então recua, encostando-se à parede com aquele jeito de cachorrinho perdido que antes seduzia tanto o músico.

- Precisava te pedir perdão... De verdade... – Fala baixo, quase num sussurro. – Mas vou entender se não acreditar.

Uruha então avança na direção dele, fazendo Kaoru estremecer, encarando-o com um olhar intrigado. O loiro fica bem próximo, seus rostos quase se tocando, sem sensualidade, mas em uma atitude de enfrentamento.

- Eu estou com o Aoi... – Observa cada reação no rosto marcado, provocando-o nitidamente. – E está sendo ótimo. Vi que sempre gostei dele, me aproximei de você apenas por serem parecidos.

Apesar de ser impossível disfarçar como essas palavras o atingem, não há em Kaoru aquela raiva que existia antes, o que deixa Uruha surpreso. Esperava ódio, ainda mais depois da forma como Aoi humilhou o advogado.

- Meu desejo é que esteja feliz... – Fala sem entusiasmo, mas com calma. – Gostaria realmente de ser, pelo menos, seu amigo.

- Não sei... – Uruha ainda se mantém desconfiado. – Não depois de tudo que você fez.

O advogado estende a mão na direção dele, tocando seus cabelos e logo depois seus lábios. Toda sua obsessão vem como uma avalanche, aqueles olhos e corpo que o seduziram antes ainda tirando-o do sério.

- Não! – Uruha empurra a mão que o toca com um tapa, afastando-se dele com pressa. – Você perdeu esse direito no instante em que me bateu.

- Ok... Eu sei disso... Mas... Mesmo assim... – Tira um envelope pardo do bolso interno do paletó e coloca nas mãos do loiro. – Não quero te ver sendo enganado.

O guitarrista se nega a segurar o envelope, cada vez mais intrigado, de certa forma até assustado com o rumo dessa conversa.

- O que? Enganado? – Tenta organizar os pensamentos que ficam mais confusos. – Do que você está...

- Depois do tratamento eu decidi que mesmo que não pudesse ficar com você... – Baixa os olhos tristes, evitando os chocolates. – Não o deixaria sofrer. Então... Você sabe que tenho todos os motivos pra não gostar desse seu... Namorado.

- O que você fez? – Pega o envelope, amassando-o de leve. – O que tem aqui?

- Paguei um detetive para segui-lo e... – Essa sua pausa é seguida por um longo suspiro. – Conseguir provas de que... Ele o está traindo.

- Provas?! – Ri ironicamente, odiando ainda mais o homem que já acreditou amar. – Depoimentos de pessoas que dormiram com ele? Provas conseguidas pelo 'rei dos manipuladores'?

- Você pode não acreditar, mas... – Os olhos de Kaoru se voltam tristes em sua direção. – Eu preferia estar errado.

O estômago de Uruha se contrai de nervoso, a expressão sem emoção de Kaoru apenas o provocando ainda mais. E seus pensamentos parecem doer, não acreditando que ele ainda esteja tentando destruir sua vida.

- Não pense que vai me enganar. Te conheço muito bem. – Uruha joga o envelope contra o peito do homem a sua frente. – O Aoi jamais me trairia... Ele me...

- Ama? – Kaoru volta-lhe as costas e começa a andar na direção da porta. – Se você prefere pensar assim... Espero que você não sofra demais.

O loiro fica minutos intermináveis parado no corredor, pensando em todas as coisas que Kaoru seria capaz de fazer para afastá-lo de Yuu, lágrimas lhe vindo aos olhos ao lembrar-se de tudo o que aconteceu entre eles e como apenas a proteção de Aoi impediu que as coisas tivessem chegado a um fim trágico. E como se sentia diminuído ao lado do advogado, que o fazia se sentir um lixo. Na verdade... Como permitia que aquele homem o fizesse se sentir assim, pois a maior culpa era sua, que se deixava agredir por temer perdê-lo. Tudo por nada, pois ninguém deve ter esse poder...

Mas não consegue deixar de olhar para o envelope ainda caído no chão, tentado a ver o que tem em seu interior, ver realmente do que Kaoru seria capaz para separá-los. Mas ao mesmo tempo se culpa, pois com essa curiosidade pode parecer que duvida do amor de Aoi. Mas a semente já está plantada em sua mente e... Um rapaz da produção passa por ele e o cumprimenta, vendo o envelope no chão e o pega.

- É seu? – Coloca o envelope em sua mão e continua seu caminho apressado para a mesa de som.

- Kaoru é louco... A que ponto poderia chegar para se vingar? – Pensa em voz alta, rindo nervosamente, mas temendo o seu conteúdo. Assim mesmo o abre com cuidado e tira de dentro algumas fotos.

Os olhos chocolate passam então pelas fotos, em todas Aoi está acompanhado por uma moça morena, bonita, de longos cabelos.

- N-não... Pode ser... - Seu estômago vai se contraindo ao vê-lo passeando com ela por um shopping, fazendo compras em um supermercado e diversas outras atividades de pessoas muito íntimas. – Você não...

Estão de mãos dadas ou se abraçando, nitidamente felizes juntos. Mas a última imagem o destrói... Aoi a beija ardentemente. Sua mente se incendeia, o demônio do ciúme se apossando dele como um devorador, eliminando qualquer questionamento sobre a verdade nas imagens em suas mãos. Logo as fotos estão espalhadas pelo chão, as mãos do loiro crispadas de raiva.

- CACHORRO! – Uruha tem vontade de esganar o traidor.

- Uruha... – O homem de bigode do staff o interpela um tanto assustado. – Dois minutos para começarmos.

- Como... Como ele pôde? – O loiro se pergunta, trêmulo, corroído pela raiva e o pelo ciúme. - Por quê? Por que Aoi fez isso?

Continua...

ooOoo

Finalmente consegui escrever a tão esperada continuação de 'Forbidden'. A idéia ficou na minha cabeça desde o final da primeira, mas o complicado é o tempo. Espero logo colocar mais dessa fic para quem gostar desse prólogo. Pois é, Kaoru está de volta, pronto para a vingança! E ficam algumas perguntas: Aoi realmente traiu Uruha? Quem é a paixão secreta do Kai? Reita está atraído por Ruki?

Cronologicamente essa fic acontece um pouco antes da turnê atual do the GazettE.

Agradeço de coração a minha beta e amiga Samantha Tiger Blackthorne, a quem dedico essa fic, por ter me apoiado sempre, mesmo que tenhamos nos afastado e vc tenha novas amizades. Para mim, vc é sempre e sempre será uma pessoa especial em meu coração, apesar de eu não ficar dizendo isso a todo momento.

Agradeço também a minha amiga Yume Vy, que me deu assessoria técnica pra essa fic, além de todo o apoio e carinho de sempre. Vc sabe que essa fic também é sua.

Fico feliz que muita gente tenha lido 'Forbidden', minha primeira fic do fandom, esperando sinceramente que apreciem esta singela continuação.

Espero que gostem e COMENTEM!!!!!!!!!!!!!

11 de Março de 2009

02:50 PM

Lady Anúbis