What it means to be a Parent
O que significa ser Pai
EPÍLOGO
Em uma situação como esta, Leon estaria dizendo à sua "companheira": Não corra, Não bagunce, não ponha os pés na mesa, não deixe luzes acessas pela casa". Isso é claro, se sua "companheira" não fosse uma garotinha de 11 anos; é claro que bagunça seria inevitável... Ou assim Leon pensou.
Ao abrir a porta de seu apartamento, Leon deu um breve sorriso – Jamais imaginou que voltaria para este lugar. A porta pesada que por tantas vezes causou ao policial dores no ombro por ter de empurra-la para abrir. "Ou ex-policial" A vida de Leon agora, mais incerta do que nunca. Não só isso, além de desempregado, agora tem uma pessoa que precisaria do seu apoio – uma criança. Escola, comida, cursos, médicos, eventuais gripes e mal estar. Adquiriu muita responsabilidade em tão pouco tempo.
Leon entrou na casa e fechou a porta, trancando-a atrás de si. Acompanhou Sherry com os olhos até a menina se acomodar no sofá espaçoso. Um silêncio que zunia nos ouvidos de Leon. Passou a mão pelo cabelo e sentou-se ao lado da menina.
-... Por quê não posso ir com a Claire?
"Ouch"
A pergunta não saiu como havia soado na cabeça da menina. Não que ela não gostasse de Leon, mas ela havia passado por muito mais ao lado de Claire. A ruiva fez tripas coração para garantir que Sherry estava sã e salva. Apesar disso, a pergunta atingiu Leon um pouco, apesar de entender o lado da menina.
- Claire... Esta à procura do irmão dela. E, bem, você precisa de um lugar fixo para crescer. Com escola e amigos. – Leon escolhia suas palavras como quem anda sobre ovos, um passo de cada vez, quase flutuando – Eu sei que é uma vida nova em muito pouco tempo, parece assustador, mas vamos conseguir...
Sherry devolveu o sorriso ao ver os dentes brancos sorridentes do Policial. Claros, adultos se apavoram também "Claire que me disse". Claro que essa não era a vida que Leon imaginou para si. Filhos? Claro, eventualmente? Quem nunca se imaginou com filhos ao menos uma vez? Pai solteiro? Jamais. Leon sentiu-se precipitado. Talvez a menina nem estivesse a fim de se dirigir a Leon como 'Pai', e honestamente? Isso não o incomodaria, nem um pouco. Leon era jovem, 21 anos. Ainda tinha muitos amores para encontrar, lugares de solteiro para ir. E andar pela sua casa sendo chamado de 'pai', de certo não faria muito bem para a sua autoestima.
-Tá com fome?
- Cansada... – Sherry murmurou pesadamente. Leon assentiu com a cabeça. Claro que estavam cansados, acabaram de fugir de uma cidade Zumbi. Leon levantou-se e assim que o fez, foi abordado pelos olhares confusos e solitários de Sherry. Ele sorriu.
- Vou preparar seu quarto. Espere-me aqui – Pegando o controle da TV e ligando-a, para que a menina tivesse com o que se distrair, ele caminhou para as escadas da casa, atravessou o seu quarto que ficara no meio do corredor, e foi até a segunda porta. Acomodaria Sherry nesse quarto, no momento, bem simples. Leon faria os ajustes necessários de acordo com a vontade da menina para que esta se sentisse mais em casa; parede rosa? Bicho de pelúcia, quem sabe? "Poeira, poeira, poeira" Foi tudo o que Leon pensou ao imaginar o quarto cercado pelos bichinhos felpudos que a menina, inevitavelmente, pediria para comprar. Mas no momento, era isso o que o quarto tinha a oferecer: ,paredes brancas, cama grande, uma escrivaninha de madeira nobre com uma latinha de lixo por debaixo, um guarda roupas alto que, claro, traria certo desconforto à menina que teria de ficar na ponta dos pés para alcançar a parte mais alta do armário, onde ficariam seus sapatos. Leon trocou os lençóis e a fronha do travesseiro. Puxou um cobertor limpo e acomodou-os na cama.
- Você pode ficar no quarto ao lado do meu, é a porta do meio, a outra porta é o banheiro do corredor, se quiser, posso deixar as luzes do corredor acessas – Leon a apresentava brevemente aos cômodos da casa enquanto descia as escadas. Mas para sua surpresa, ou não, ao chegar na sala onde havia deixado a garota, se deparou com a menina deitada dormindo. Como que pela primeira vez em anos, ela poderia se sentir segura.
Leon suspirou contente, não sabia porquê, mas vê a menina relaxar, dormir, trazia em si uma certa felicidade e paz de espírito. Leon sempre gostou de sentir como se exalasse segurança e proteção. E imaginar que conseguiu isso nos olhares carentes e ingênuos de uma criança o fez muito feliz. Ela precisava do Leon tanto quanto ele precisava dela. Eles eram um time agora.
Carregou-a com ternura, apoiando a cabeça da menina em seu ombro esquerdo forte, levou-a para o que agora seria seu aconchego, o quarto que Leon faria de tudo para que fosse o porto seguro da menina. Um local onde nenhum pesadelo jamais pudesse alcança-la.
AUTHOR NOTE
Sendo apenas o epílogo, é claro que ele deve ser curto. Mas os demais capítulos serão bem maiores, com mais riquezas de detalhes. Na história original da CAPCOM. Leon foi o curador de Sherry por período muito breve de tempo, aqui, estenderei esse período por anos. A reunião de Sherry e Leon em RE6 foi bem fria, para mim, mas as preocupações de Leon para com ela eram bem sinceras.
Essa história terá romance também. É a vida de Leon contada como responsável por uma vida também. Farei do meu melhor para não descaracterizar os personagens.
Claire ainda aparecerá, Chris, e muitos outros personagens. O primeiro capírulo já está em andamento. Obrigada o interesse
xoxo
