Bem, por onde devo começar? Esta fic é modificada, ela é sim, minha. Mas está hospedada em 2 lugares, com formatos diferentes. O 1º é no Nyah e é uma fic original. Mas, não estava fazendo muito sucesso então mudei-a para cá, colocando-a no formato naruto num total UA.

Outra coisa, alguns personagens estão beeeem OCC, exemplos são a Hinata e o Naruto. Outros estão com sua própria personalidade.

Sim, eu adoro a Hinata então ela será a personagem principal, juntamente com Sasuke e com Neji. Não há casais muito definidos, mas tenho muitas ideias.

Haverão várias raças na fic, as conhecidas como: Sereias, Ninfas, Elfos, Lupinos(Fique bem claro que não são lobisomens, são pessoas que se transformam em lobos), Vampiros, Demônios, anjos; E também temos as desconhecidas, que eu vou explicar:

Personificações: Nascidos em uma ilha específica, as personificações são criaturas que representam sentimentos, sensações, etc. Teremos nessa fic 2 personificações com mais destaque: a da Discórdia e o da Luxúria, vocês descobrirão quem se trata logo aqui no primeiro capitulo.

Elementais: O nome propriamente indica, são pessoas que controlam os elementos, cada uma tendo o seu próprio. Há elementos mais comuns Água, Fogo, Terra e Ar, e, também há os dois mais raros, Luz e Trevas, dizem que não se vê um a tempos.

Bruxos: Essa não é tão diferente, mas há uma observação curiosa. Embora os humanos estejam extintos, bruxos são apenas humanos com mutações, então a maioria os enxerga como escória. Maaas, já que a deusa Hécate é deusa da Bruxaria, eles recebem um bom tratamento.

Acho que é só isso por enquanto ^^


Sinopse Completa

Há 25 anos, uma guerra aconteceu entre os deuses. Terror por todos os cantos da terra, o Monte Olimpo estremeceu. Os homens viviam o caos que não era deles.
O que se passava, era uma revolta por parte dos deuses menores, comandados por Hécate(Deusa da Bruxaria e da lua nova), contra os deuses olimpianos.
O Exército de Zeus, formado por Ares, Hera, Poseidon, Hades, Hermes, Hefesto, Atena, Ártemis, Apolo, Afrodite, Deméter e Dionísio, resistia muito bem a todos os ataques dos deuses menores. Até que as filhas de Hécate, as semideusas então chamadas de Ninfas das trevas, entraram em combate.
A batalha terminou com vitória dos deuses menores. Mas, deuses não podem morrer. Assim, as almas dos divinos buscaram novos corpos, para, um dia se vingarem de Hécate e os deuses menores.
Hécate, consumida pelo poder, se livrou dos deuses menores também, se tornando a única grande deusa. Mal ela sabia que os deuses menores também buscaram corpos, para assim, também completarem sua vingança.
Hécate nunca foi uma grande fã de humanos, então, com sua maldição divina eliminou todos os mortais de seu novo mundo. Um mundo onde as criaturas mágicas poderiam mostrar suas formas verdadeiras. Um mundo aonde era a única adorada. Um mundo onde a vingança estava para chegar.


Prólogo:

Incógnitas Preciosas

Aquela ponte a assustava. Podia se sentir mais segura com a altura se pensasse um milhão de vezes que cairia com segurança na água. Era ridículo para qualquer um que visse a garota de aparência rebelde imaginá-la com medo de altura. Alguém que usasse tantos acessórios de metal e roupas pretas deveria, além de ser intimidante, ser corajosa. E ela era. Seu problema era a altura assustadoramente desconfortável que a fazia tremer e passar mal. Mas, aquilo era algo que a moça de aparência exótica deveria fazer.

Ela deu passos pequenos em direção à cerca de metal enferrujado. Ouvia seus coturnos de couro contra o chão de madeira. Ao chegar próxima a cerca, fechou os olhos e respirou fundo. Jogou a cabeça para trás, ainda com os olhos fechados. Ouviu as ondas batalhando furiosas e orgulhosas abaixo da ponte. Mordeu o lábio inferior, sentindo o metal gelado de seu piercing em sua língua, ao pensar que a guerra das ondas anunciava muito mais que uma tempestade. Continuou naquela batalha interna, tentando vencer seus próprios fantasmas para criar coragem de pular daquela ponte e fazer o que tinha que ser feito.

Só abriu os olhos algum tempo depois, quando ouviu o som inconfundível de botas de salto stilletto vindo em sua direção. Sabia quem era. Aquela criatura era mais que conhecida. Se virou para vê-la. Era mesmo impossível não reconhecê-la. Via a pequena garota loira de cabelos rebeldes caminhando decidida, trajando roupas de marca ligeiramente rasgadas e um chapéu digno de um gangster.

Quando estavam próximas, fizeram um comprimento em comum: Socaram a palma da própria mão esquerda com a direita e se curvaram em uma leve reverência uma a outra, dizendo logo depois:

- Salve Hécate. – Um silêncio surgiu por um tempo entre as duas moças. A loira se virou para o mar e foi até o cercado da ponte. Não encarou a amiga.

- Tem certeza do que quer fazer, Hinata? – A menor sabia a resposta. Mas, queria ter certeza de que sua parceira não estava prestes a fazer a maior besteira de sua vida.

- É por ele, Ino. Faço qualquer coisa para libertá-lo daquele destino. Ele não merece isso. Ele não fez nada. – A moça de nome Hinata foi até o lado da amiga e viu as pontas de seus cabelos ao se curvar na cerca. Se concentrou em olhar para a coloração negra de suas madeixas, para evitar olhar para o mar.

- Você conhece esse demônio melhor que eu, Hinata. Sabe que ele era mais capaz de cometer esse crime do que qualquer um. – Ino não encarava a amiga. Sabia que suas palavras estavam sendo como agulhas que atingiam Hinata de uma forma extremamente dolorosa e torturante;

- Sei. Mas, também sei que não foi ele. Tenho certeza absoluta. E não vou deixar meu... Meu melhor amigo morrer sem justa causa. – Hinata não levantava a voz. Mas, não parecia nada calma ao ouvir tudo o que ela já sabia. Já haviam repetido aquilo um milhão de vezes a ela. Mas, ela não ligava. – Sei que não pode ir, mas me deixe fazer isso.

- Não é como se eu não quisesse ir, Hina. Você sabe que é a única de nós que pode entrar em um julgamento na Atlântida. Eu não vou. Mas, torcerei por você, seja qual for sua decisão. – Ino virou para a amiga e sorriu, torcendo para que tudo desse certo. Não poderia ir com a parceira dessa vez. Tudo por causa de seu sobrenome e uma lei estúpida. Enquanto Hina fosse para Atlântida, ela cuidaria de alguns assuntos delicados em Sheol, algumas coisinhas com uns colegas que faziam parte da escória da cidade.

- Sei que tem que falar com o submundo também, Discórdia. Não disfarce. – Chamou Ino Yamanaka pelo apelido mais digno que a garota poderia ter. Sabia de todos os problemas supostamente secretos de sua amiga. - Mas, é bom saber que está torcendo. – Ela ouviu o badalar da meia noite. Estava na hora. Ela respirou fundo e sacou uma adaga de prata da bota. – Tenho que ir.

- Boa sorte. – Disse Ino um pouco apreensiva.

Hinata levou a afiada adaga ao pulso e o cortou. Do corte vazou um líquido negro como ébano. Aquele era o sangue de Hinata. Aquele era o sangue de uma ninfa das trevas.

Ela virou o corte para que o sangue caísse na água. Quanto mais sangue caía, mais sua humanidade ia lhe deixando. Sua pele pálida ganhava um brilho prateado; Seus olhos perolados aumentavam e ficavam completamente negros; Seus cabelos cresciam até a altura da cintura, tomando um tom cada vez mais próximo do céu durante aquela noite; Seus lábios estavam ficando negros; Sua transformação estava completa. Hinata havia tomado uma forma assustadoramente bela.

A água tomava um tom prateado e se abria em um redemoinho, como em reação ao sangue de Hinata. O portal já estava pronto.

Hinata subiu na cerca da ponte, se virando de costas para o mar. Respirou fundo e simplesmente se jogou.

Naquela forma, a garota caía de uma forma muito graciosa. Como se estivesse dançando para a própria morte, rumo a sua catacumba. Quando estava ligeiramente próxima do portal, se virou como um gato. E, em um quarto de segundo, sua dança havia acabado. Ela já estava na Atlântida. Pronta para o que quer que lhe enfrentasse.


Capitulo I

Ruas de Fumaça

A presença de Hinata era estranha aos atlantis. Alguns deles, que sabiam o que ela era, nem ousavam encará-la, por medo de perder a vida. Todos os moradores da cidade submarina sentiam a estranha energia negra que emanava da ninfa das trevas. Alguns desentendidos pensavam que ela era um demônio. Um ser das trevas que não teria piedade de matar toda a população da cidade. E ela mataria mesmo, se fosse preciso. Estava disposta a fazer o que quisesse para libertar seu amigo, primo e irmão das garras impiedosas dos abutres do conselho real.

Passou a caminhar pela rua de pedra, sentindo a água ao seu redor sem incômodo. Seu semblante continuava sério e fúnebre. Limpo de qualquer expressão. Embora estivesse à procura de alguém para se guiar pela cidade.

A cidade tinha casas grandes de mármore. O mármore ganhava tons esverdeados e azulados com o tempo, embora nunca perdesse seu leve brilho perolado que o fazia ser mais bonito do que um branco polido e comum.

Hinata parou de andar. A pessoa que esperava estava vindo em sua direção com uma expressão séria. Ela deveria saber exatamente o porquê da visita da ninfa das trevas ao povo da Atlântida. Claro. Aquela guerreira sempre dava um jeito de saber de tudo desde que tinha se convertido em uma guardiã da Atlântida.

A naiade de longos cabelos azuis nadava, mas não tinha cauda como as sereias comuns. Tinha a pele clara e os olhos de âmbar. Uma aparência incomum... Mas, humana demais. Isso acontecia porque ela era filha de uma humana com um tritão, uma combinação que havia sido proibida um pouco antes de seu nascimento. Graças àquela proibição, e logo depois à extinção da raça humana, a mãe da Náiade fora assassinada. E, logo depois, o pai da mesma se suicidou. Ela foi criada pela família real de Atlântida, pois seu pai já fora um membro da guarda real. Mas, se sua família havia se despedaçado graças ao sistema, por que ela apoiava o mesmo sistema? Era algo que Hinata Hyuuga não entendia.

- Hinata, o julgamento ainda não começou. – Disse a naiade, sem mudar de expressão, ao parar de frente para a ninfa das trevas.

- Eu sei, Konan. Quantos membros do conselho estão no júri? – Perguntou Hinata, nervosa para saber o que teria que enfrentar.

- Sete, Hinata. – Disse Konan. A naiade ficara tão impressionada quanto Hinata ao saber do número de jurados reais. – Eu sei que são muitos, mas foi um crime gravíssimo e você sabe disso.

- Eu sei. Mas, não foi ele. – Hinata não tinha dúvida do que dizia em nenhum momento. – E eu sei que não posso provar, antes que você diga. – Disse Hinata, fazendo Konan levantar uma das sobrancelhas em resposta. A meio-sereia não sabia que era tão previsível.

- O que você vai fazer então? – Perguntou a naiade, sem abaixar a sobrancelha. Hinata sentiu o ar lhe fugir dos pulmões. Ela sabia o que iria fazer. Só não sabia que as conseqüências seriam muito mais drásticas do que ela pensava que seriam.

- Vou fazer algo que salvará a vida dele por enquanto, aquilo que todos menos esperam de mim e aquilo que o conselho mais almeja de mim. – Ela disse, tentando manter a calma com aquelas palavras para que sua voz não saísse trêmula.

Konan parou para pensar por um instante. Haviam muitas coisas que o conselho queria da ninfa das trevas. Ela era a última da espécie. A última que nascera do ventre de Hécate. As outras acabaram mortas em guerra. Afinal, para o conselho, as ninfas das trevas não passavam de armas de exterminação em massa.

Armas? Será que ela se ofereceria como arma para o conselho? Não. Isso não salvaria a vida dele. Só a usariam para matá-lo. Mas... O que salvaria um demônio criminoso? Ela saberia durante o julgamento, no qual ela escoltaria o príncipe de Atlântida, Yahiko, que seria o jurado no lugar do rei, que se encontrava com uma doença terminal.

Enfim, Konan não poderia dizer nada se não soubesse o que Hinata faria. Só poderia dizer:

- Não faça nada de que se arrependa depois, Hinata. – Disse a dríade séria.

- Eu espero que eu não me arrependa. – A voz de Hinata soava determinada e forte.


A loira andava pela parte perigosa daquela cidade sem medo nenhum. Ficava com vontade de matar todos aqueles demônios idiotas que faziam comentários impróprios sobre sua aparência, mas tinha peixes bem maiores para fritar no submundo da cidade. E ela sabia exatamente onde se encontravam esses peixes. Os nomes deles ela não se atrevia a dizer.

Aquelas ruas eram no mínimo imundas. Nada mais justo. Mas, ela se fazia a mesma pergunta todas as vezes que passava por aquelas ruas: Por que eles moram nesse lugar enquanto poderiam estar no topo de Sheol tomando vinho em taças de cristal? Algumas pessoas gostam mesmo da decadência.

Ela parou próxima a um prédio enorme e pouco iluminado. Deu uma olhada em volta. Pegou um cigarro no bolso traseiro da calça e seu isqueiro. Ascendeu o cigarro e colocou-o na boca. Esperou a fumaça lhe penetrar antes de dar sua longa primeira tragada.

Entre a fumaça que embaçava sua visão, ela viu uma silhueta masculina se aproximando do prédio em uma velocidade normal. Ela sabia quem era. Já vira aquele porte másculo e sensual milhares de vezes. Algumas vezes bem mais próximas do que seus instintos de sobrevivência permitiam. Ela sentia o cheiro da aura dele e não podia deixar de esboçar um pequeno sorriso com aquela sensação. Luxúria estava ficando cada vez melhor com suas habilidades. Quem diria que quando o conheceu ele era somente um Don Juan qualquer.

Ela o observou. Parecia que ele não a percebia. Ele estava prestes entrar no prédio quando parou e notou a presença de Ino. Ela viu o cinismo e a perversão estampados no sorriso dele. Então ele continuava o mesmo, ela pensava. E quando o viu falando com ela, ela teve certeza.

- O que a loirinha gostosa ta fazendo nessa área? – Ele disse como se não a conhecesse, para fazer graça. Ela riu com a pergunta.

- O de sempre, sabe? Caçando maníacos, pegando grana. – Ela disse como se não fosse nada demais ter um segundo trabalho de assassina de aluguel para uma gangue do submundo. – E o que esse play boy está fazendo por aqui? – Ela o conhecia o bastante para saber que ele era um riquinho de merda sustentado pelo padrinho, e que não se misturava com a "ralé" do submundo. Isso na teoria, porque todos sabem que muitas das garotas que ele levava para a cama eram as "meninas" do submundo, se é que entende.

Ele se aproximou e ela pode vê-lo perfeitamente. Os cabelos loiros e arrepiados que lhe caíam muito bem. O pedaço de céu que ele chamava de olhos. O rosto e o corpo muito bem esculpidos, emoldurados por roupas de grifes masculinas.

- Tenho assuntos a tratar, bem como você. – Ele disse, pegando a mão dela e beijando a mesma logo depois.

- Está no submundo e está agindo como um cavalheiro, onde está o meu conhecido Naruto Uzumaki? Aquele que na primeira oportunidade deixaria uma bela marca em meu pescoço? – Ela brincou. Aquilo não era verdade. Ela sabia que ele agia assim. Dava todos os passos lentamente e ia acelerando aos poucos, mas sempre conseguia o que queria.

- Eu posso deixar uma marca onde você quiser, Ino, é só implorar um pouquinho. – Ele deu um meio sorriso malicioso. Ele era o pecado da Luxúria em pessoa e disso ninguém duvidava. Melhorava a cada dia nas duas artes que ele conhecia muito bem: A sedução e o próprio sexo. Mas, ele sabia que Ino era orgulhosa demais para implorar e que ele receberia uma resposta a altura para a declaração.

- Talvez nos seus sonhos eu implore, para você brincar sozinho um pouco, idiota. – Embora os dois tivessem essa relação esquisita e já tivessem passado algumas noites juntos, eram bons amigos. Do tipo que adora ver o outro como veio ao mundo, mas amigos. Foi graças a relação perigosa que ela tinha com Naruto que ela entendeu o porque daquelas atitudes estranhas de Hinata quanto aquele demônio. Embora ela não fosse fazer o mesmo que a ninfa das trevas por Naruto, ela não era idiota a esse ponto. Ele poderia muito bem subornar o conselho e se livrar da pena sozinho. Filhinho de papai idiota.

- Não quebre meu coração desse modo, loirinha. Eu tenho sentimentos, sabia? – Ele disse, fazendo a atuação dramática mais ridícula que ele conseguia fazer. Ela riu. Ele sabia ser bem legal quando queria e ela sabia disso. Mas, era impossível ficar naquela distância confortável dele por muito tempo.

Ela tirou o cigarro da boca e o jogou no chão, amassando-o logo depois com o pé. Se aproximou do Uzumaki com um sorrisinho que ele logo compreendeu. Ele levou as mãos à cintura fina da garota consideravelmente menor que ele. Não demorou para que ele tomasse os lábios da loira para si. Um beijo selvagem demais para se dar no meio da rua. Mas, eles não ligavam, até porque estavam em uma rua do submundo e era comum até ver prostitutas com dois ou três caras ao mesmo tempo em alguns becos por ali. Naruto desceu um pouco suas mãos para o traseiro da garota. Erro dele.

- Se descer essa mão de novo eu arranco ela, seu puto. – Ela disse. Afinal ela era a própria discórdia. Ela tinha que acabar com o clima só porque ela não estava no comando. Ela o empurrou, se preparando para entrar no prédio e andando em direção à porta do edifício.

- Calma, Ino. Não fiz por mal, você sabe que perco o controle com garotas bonitas como você. – Ele disse galante. Era realmente irritante ficar bravo com alguém que entendia tanto sobre as mulheres. Ele sabia exatamente o ponto fraco de cada uma. Ser meigo e um tanto submisso funcionava com a Yamanaka. Ela gostava de ficar por cima. Em vários sentidos, é claro.

- Está desculpado. Mas, não espere que eu vá ficar mais tempo com você. Tenho que falar com o Sasuke. – Ele levantou uma sobrancelha ao ouvi-la falando daquele ceifador.

- Chama o Uchiha pelo primeiro nome agora? – Não que ele ligasse, mas eram poucos aqueles que chamavam o líder da Resistência pelo primeiro nome. Na verdade, ela era a segunda que ele ouvira chamando o Uchiha pelo primeiro nome.

- Ui, o Luxúria está com ciuminho! – Ela disse de forma irônica. Aquilo não era uma pergunta, de forma alguma. Ela sabia que ele tinha uma ponta de ciúme de qualquer uma de suas... Peguetes. Ela gostava de provocar para lembrá-lo de que ele também tinha sentimentos.

- Não estou, Ino, só fiquei curioso em saber que alguém chamava-o pelo primeiro nome. – Ele deu de ombros, ficava um pouco incomodado em saber que sua amiga loira conseguia pensar em outro cara depois de ficar com ele, mas ele não ligava tanto assim para isso. – Só fico pensando... Você começou a chamá-lo assim antes ou depois de dar pra ele? – Ele deu um sorrisinho de escárnio. Sabia que Ino iria ficar uma fera com aquilo, mas é como diz o ditado: Olho por olho, dente por dente.

- Isso não é da sua conta, Uzumaki!


- Konan, pode me indicar o caminho do templo de Hécate? Preciso ter uma conversa com a... Deusa. – Não queria chamar Hécate de "Minha mãe" à frente da guerreira. Ser semideusa não é algo de que você possa sair anunciando por aí aos sete ventos, mesmo que todos saibam disso.

- É justo. Vá na direção das ruínas de Atlântida. Vai saber quando chegar ao templo. Estou indo para o julgamento, não se demore. – A guerreira se virou, indo para o local do julgamento e deixando a Ninfa das Trevas sozinha.

Hinata suspirou, não era a primeira vez que vinha para a Atlântida. Afinal, como a última das Ninfas das Trevas, tinha que encarar milhares de vezes o conselho. Sempre o mesmo papo de "Trabalhe pra nós" e blá, blá, blá. E ela sempre mandava todos eles se foderem. Embora o trabalho dela não fosse honrado como o que eles ofereciam, ela estava feliz em usar seus poderes e sua força em algo mais... Ilegal. Lutadora de vale-tudo no submundo. Eles apostavam nela, ela ganhava metade da grana. Simples assim. Dava pra viver bem em uma cidade como Sheol.

De qualquer forma, ela se dirigiu para as ruínas. Aquele lugar era chamado assim porque havia um templo de Poseidon naquela parte da cidade antes da guerra dos deuses. Era até deprimente pensar naquilo. Todas as naiades e sereias virgens que se dedicavam àquele templo tentaram protegê-lo. Mas, tudo o que conseguiram foi ser estupradas por alguns dos deuses menores e mortas logo após isso. A guerra dos deuses foi, sem dúvida, a pior coisa que aconteceu na Terra. O que deixava Hinata se sentir culpada. Ela nascera com a culpa de sua mãe e de suas irmãs. A culpa da destruição e do sofrimento pulsava em suas veias todos os dias. Não era à toa que seu sangue tinha cor de ébano.

Konan dissera que ela saberia quando chegasse ao templo de Hécate. E ela soube. Mármore negro brilhava como se o próprio luar o beijasse. Uma grande estátua branca da deusa estava a frente do local. Haviam poucas pessoas ali dentro, mas, no momento em que Hinata adentrou o local, as pessoas fizeram uma mesura e se retiraram do templo. Fiéis seguidores da deusa sabiam como se comportar diante de uma filha da mesma.

Hinata suspirou e foi até uma pira em que queimava fogo grego, próxima a um altar para sacrifícios. Ela sacou mais uma vez sua fiel adaga de prata. Pressionou a lâmina contra seu pulso, para poder, novamente, ver o líquido negro. Pingou algumas gotas de seu sangue no fogo, vendo o mesmo reagir e tomar um tom azulado.

- "Mãe... preciso de suas respostas. Ouça-me. Responda-me" – Foi o que ela pensou, de olhos fechados. Penetrada no que estava fazendo com toda sua fé na deusa.

- Sabia que viria até mim, minha filha. Você sempre vem a mim quando precisa de alento. – Hinata ouviu aquela voz melódica, que conseguia fazê-la arrepiar, e abriu os olhos rapidamente. A bela mulher que estava a sua frente não era a verdadeira forma de sua mãe, mas era a única que conhecia.

Cabelos negros e cacheados, que quase tocavam o chão. A pele da cor da lua. Os olhos tão azuis quanto o sangue de Hinata em combustão. Um vestido longo esvoaçante da cor da noite emoldurava suas curvas sinuosas. E um sorriso tão gentil que poderia curar um doente terminal em segundos. Aquela Hécate que Hinata estava vendo jamais teria algo a ver com a guerra dos Deuses. Mas, milhares de surpresas se escondiam naquela mulher.

- Obrigada por atender meu pedido, mãe. – Hinata disse ao abaixar levemente a cabeça em sinal de respeito.

- Jamais te deixarei sozinha, minha criança. Diga-me, por que me chamas? – Disse a deusa, sentando-se em um dos bancos do templo e indicando o mesmo para que sua filha também se sentasse.

- Certamente sabe que Neji Hyuuga, meu primo e irmão das ruas, foi acusado de matar o Governador Orochimaru. – Hinata foi calmamente até o banco se sentou ao lado da deusa. Ela só conseguia olhar para o chão.

- Sim. O Julgamento dele será hoje não é? – Disse Hécate, encarando a filha.

- E há 7 membros do conselho no júri. – Hinata respirou profundamente, fechou os olhos e jogou a cabeça para trás. – Não sei direito o que estou fazendo. Quer dizer...

- Você pensa em salvá-lo do modo que eu penso, minha filha? – Hécate continuava serena e calma.

- Sim. Sei que não é certo usar minhas virtudes para isto, mas... Eu sei que ele é inocente. Só quero fazer justiça. - Ela disse, abrindo os olhos e encarando a mãe.

- Fazer justiça ao mentir... Você é realmente minha filha. – Hinata permaneceu em silêncio por um instante. Nunca havia comentado sobre a guerra dos deuses com sua mãe. Mas, tinha medo de se tornar como sua mãe um dia. – Tem minha benção para continuar com isto, mas tome cuidado com o conselho. A filha de Orochimaru faz parte dele agora. E, assim como você, ela quer fazer justiça.

- Lhe agradeço por tudo mãe, me lembrarei de tomar cuidado durante o julgamento. – Naquele momento, a deusa desapareceu diante dos olhos de sua filha. E, assim que isso aconteceu, a voz de Konan ecoou pelo templo.

- Está na hora, Hinata.