Disclaimer: Naruto e seus personagens não me pertencem, e sim a Masashi Kishimoto.
Sinopse: "Um casamento de conveniência" era esse o acordo que Hinata havia feito com Itachi, só não contava que o amor por ele o fizesse afasta-se. Ele atormentado pelo passado não conseguia aceitar que aquele casamento era mais que apenas no papel.
Casamento de Conveniência
Capitulo 1 Negócios de Família.
- Fugaku Uchiha -
Na capital do país do Fogo á cidade Konoha, vivia uma das mais ricas e poderosas famílias, os Uchihas. Donos da segunda maior empresa do ramo farmacêutico, só perdia para as empresa dos Hyuugas,a outra família poderosa e rica da capital. Com uma rivalidade comum entre os homens de negocio, os Uchihas e os Hyuugas estavam sempre competindo entre eles para serem melhores. Apesar de Fugaku Uchiha, o patriarca da família, ser um bom homem de negocio, ainda não conseguia deixar a empresa igual ao do seu rival. As empresas dos Uchihas eram muitas pelo país, iam de empresas até farmácias. Mas não conseguia chegar aos pés das dos Hyuugas, que não só tinham empresas no país como, em três outros países. Isso deixava Fugaku nervoso por não conseguir fazer com que suas empresas chegassem á esse nível, e não teria tempo para isso.
Fugaku estava na casa dos 56 anos de idade, já com muitos cabelos brancos misturados com o preto, marca registrada dos Uchihas, o rosto era firme e a expressão do homem era dura assim como seu jeito, apesar de pela aparência mostrar um homem saudável e forte, ele estava doente. E era por isso que ele estava naquela sala de espera do melhor hospital de Konoha.
A sala era decorada por dois sofás de couro preto, um encostado na parede do lado direito e outro em sua frente encostada na parede da esquerda. No centro uma mesa onde havia revistas e informativos de doenças. A parede era de um tom verde claro e o chão branco com cinza, típico de hospital. Uma TV de plasma estava na parede estava ligada em um canal de noticiário, não tinha áudio, mas pelas legendas mostravam sobre ataques ao país vizinho.
Fugaku suspirou pensando em seu filho mais velho Itachi. O garoto por assim dizer, apesar de estar quase nas casas dos 31, para ele ainda era um garoto. Era do exército há mais de 14 anos e mesmo assim ainda não aceitava o fato. Para ele o filho era um irresponsável que não ligava a mínima para os negocio da família.
Na verdade os dois filhos não queriam saber dos negócios da família. Itachi sempre se mostrou aversão por qualquer tentativa de seu pai em mostrar como funcionava a empresa, arrecadando varias brigas, até o garoto anunciar que entraria para a vida militar. Fugaku por mais que não quisesse não podia impedir o filho, ele estava na época de alistamento então deixou. Apesar de odiar a ideia, ele sentia orgulho do filho que cresceu e fez carreira militar.
Já seu outro filho havia deixado a desejar, havia assim como Itachi tomado outro caminho que ele não escolheu, achava que podia fazer com que pelo menos seu caçula seguisse seus passos. Sasuke então se mostrou também seu desinteresse pela empresa, quando completou a maior idade simplesmente saiu de casa e foi vive em uma republica perto da faculdade onde estudava medicina.
Desculpa por fazer esperar . - falou o homem de jaleco branco aparecendo na sala de espera.
Tudo bem, Nashi. - respondeu o homem sentando e se se levantou para seguir o medico até o consultório. - então me diga quanto tempo tenho?
Sr. Uchiha eu não... - foi interrompido pelo Fugaku.
Não precise ficar com medo, pode contar a verdade, sei que estou doente. - respondeu o homem serio - tenho sentindo meu fim próximo, agora quero saber quanto tempo me resta para arranjar algumas coisas.
Sr. Uchiha eu não sei como dizer. - respondeu o medico tirando umas radiografias do envelope pardo que trazia em sua mão. - mas temo que isso já não tenha volta.
Fugaku olhou para o medico que colocava as radiografias encostada-se a uma espécie de quadro branco ligado á força, dando para ver melhor as imagens. Tinha tirado raio-x dos pulmões e agora viu a imagem. Uma mancha branca estava quase cobrindo todo seu pulmão. Não precisava ser medico para saber, estava com câncer de pulmão. Olhou para o maço de cigarros em seu bolso, não era para menos, desde que começará a fumar, fumava entre dois há três maços por dia.
Ainda não é certeza. - falou o medico medido as palavras - Essas radiografias mostram que há algo errado, seu pulmão está com grandes manchas, para saber exatamente se se trata de um câncer, teremos que fazer mais alguns exames.
E mais horas perdidas para saber o que já sei. - respondeu o homem não gostando de pensar que teria que submeter á mais exames.
Sr. Uchiha se o senhor tivesse vindo antes, poderíamos ter evitado isso - repreendeu o medico. - vou mancar uma tomografia computadorizada, e uma biopsia.
Acha que é necessário isso? - perguntou não gostando, não que tivesse medo, mas isso significaria ficar afastado da empresa.
Sim, e caso não compareça terei que ir diretamente falar com a senhora Mikoto-san. - falou o medico, além de medico era amigo da família não podia deixar de ajudar.
Isso foi muito baixo. - respondeu Fugaku com um sorriso.
Para o seu bem. - respondeu o homem sorrindo - e é melhor parar com os cigarros.
Ah sim. - respondeu se levantando apertando a mão do medico - pararei.
Fugaku saiu do hospital e olhou para o céu, como se estivesse questionando Deus. Suspirou e retirou um cigarro do bolso e colocando-o na boca. Entrou no carro que estava te esperando para leva-lo de volta para a empresa. A empresa Uchiha ficava no centro da cidade onde era o centro da economia do país. Assim que entrou na empresa já tinha terminado aquele cigarro e pego outro. Ao entrar no andar onde ficava seu escritório seu braço direito e irmão, Teyaki Uchiha o recebeu. E se trancaram no escritório do patriarca.
Onde foi? Os acionistas estão ligando á toda hora. - falou Teyaki preocupado, ele não sabia da situação do irmão.
Teyaki Uchiha era diferente do irmão Fugaku, era alguns anos mais novo. Seus cabelos eram negros e curtos, já de Fugaku eram compridos. Seu rosto era suave e sorria mais que o irmão, não passava tanto tempo na empresa como Fugaku, tinha dois filhos um menino, que como os sobrinhos não tinha interesse algum na empresa, e uma menina, a única que seguiu os passos do negocio, casada com um ótimo rapaz que trabalhava também na empresa.
Tive uns assuntos particulares, mas era apenas marcar a reunião para amanhã. - respondeu o homem indo até o bar que tinha na sala.
Certo, e recebemos novamente a ligação dos Hyuugas. - anunciou o irmão fazendo o outro olhar interessado.
Os Hyuugas ligaram novamente? - perguntou sem acreditar o outro confirmou - Ora, vejo que eles estão loucos para fazer a fusão.
Acha que é sobre isso querem? - perguntou o outro descrente Fugaku sorriu.
Sabia que Hiashi Hyuuga era um homem de visão, sabia que sozinho era forte, mas se unisse a Uchiha eles seriam poderosos. E o que homens de negocio gostavam mais que dinheiro...era ter poder.
Sim, não há outro motivo para ligarem novamente. - sorriu. - liguei para Hiashi Hyuuga, temos que resolver isso imediatamente.
- Hiashi Hyuuga –
Um homem de cabelos pretos e olhos perolados, característica da família Hyuuga. Esse era Hiashi Hyuuga o líder da respeitosa e poderosa família dona da maior empresa de medicamentos do país. Ele estava em seu escritório na empresa Hyuuga lendo uns documentos.
Já passava das cinco da tarde a hora de todos irem embora, deixou os papeis de lado e se levantou indo até a janela para observar o movimento da cidade. Viúvo e pai de duas filhas ainda não sabia como agir, podia até se considerado covarde nesse ponto, mas a verdade era que nunca conseguiu entender com suas filhas, uma já adulta e a outra na adolescência ele não sabia o que fazer.
Depois que sua mulher morreu ele tratou de cuidar para que nada faltasse para suas filhas, trabalhava dia e noite sem cansar até chegar no topo mais alto do mundo dos negocio. E para que? Perguntava-se ele amargurado. Sua filha Hinata Hyuuga, com 21 preste a completar 22 era uma garota adorável, porém era sem confiança em si, queria que ela fosse mais firme, que fosse forte e não tão submissa. Apesar de muitas vezes trata-la como se fosse um de seus empregados, mas fazia tudo pelo seu bem. Já sua filha menor, Hanabi com apenas 16 anos estava dando mais dor de cabeça, do que quando a empresa tinha começado.
Queria o que todos os pais de duas filhas, queria que elas casassem e tivesse alguém com quem compartilhar sua vida, com quem pudesse mantê-las em segurança, e desse tudo que elas mereciam. Mas tinha falhado, Hinata era quieta e fechada, vivia se escondendo para não precisar assumir riscos. Formou-se em letras e aceitou um emprego medíocre na escola publica da cidade, sabia que ela merecia mais, só não sabia o que fazer.
Já Hanabi era o contrario de Hinata, era mais falante, desafiadora não escondia suas ideias, sempre discutindo com ele, parecia até que fosse um filho e não filha. E ainda se envolvia com qualquer um, para um pai era difícil aceitar que suas garotinhas estavam crescidas.
E para completar tudo isso sua família não era igual á todas as outras, eles eram considerados excêntricos, não apenas pela aparência ou seus olhos, mas por suas culturas e historias. Os Hyuugas eram uma família antiga e cheia de costumes que para o padrão de hoje em dia, estava ultrapassado. Eles tinham regras, como se fosse um culto fechado. No passado foram até considerados bruxos, para Hiashi não se surpreenderia se não fosse verdade.
Papai... - a voz de sua filha mais velha o tirou dos devaneios.
Virou-se e encontrou sua filha mais velha parada na porta. Ela usava um vestido largo da cor azul, seus cabelos azuis escuros, quase pretos estavam soltos. Lembrava tanto sua esposa que chegava a doer em olha-la. Logo após da morte da mulher ele não conseguia olhar para filha, demorou mais de um ano até aceitar o fato que sua mulher tinha partido.
O que faz aqui Hinata? - perguntou ele um pouco rouco voltando à mesa.
Estava...por aqui e achei que ainda estaria no trabalho, não vai para casa? - perguntou a mulher corando, ela sempre ficava sem jeito em sua presença.
Estou esperando um telefonema importante, logo irei. - respondeu de modo que não houvesse mais conversa.
A mulher lançou um ultimo olhar para o homem que manteve a cabeça baixa fingindo ler alguns papeis, para depois sair. Hiashi suspirou, mesmo depois de tanto tempo ainda tinha uma dificuldade de olha-la, mas não era por isso que estava ali até aquele horário. Havia tomado uma decisão aquele dia, depois de ter recebido a confirmação que sua filha, Hanabi estava saindo com um dos seus professores. Ele como pai não podia permitir que um homem daquele sem escrúpulos pudesse macular sua filhinha.
Alô? - atendeu o telefone assim que deu o segundo toque.
Hiashi Hyuuga? Aqui é Fugaku Uchiha, queria conversar? - a voz do outro lado o fez sorrir, poderia acabar com aquele relacionamento impróprio da filha, e ainda podia sair ganhando muito mais.
- Itachi Uchiha -
Era a quinta vez naquela semana que ele não conseguia tirar da cabeça aquela sensação que alguma coisa iria acontecer. Não que Itachi Uchiha acreditasse nisso, mas sentia que alguma coisa estava errada, tudo sossegado de mais, havia ouvido rumores de uma guerra se aproximando mais ainda nada era certo. Ouvia o noticiário falando sobre ataques terroristas no país vizinho, pedido de ajuda foi feito para Konoha, quando seria convocado era isso que ele estava impaciente.
Quer parar de balançar essa faca Itachi! - falou um cara ao lado do rapaz.
Fica nervoso com isso Kisame? - perguntou sorrindo, sabia que o amigo não gostava de armas.
Sim, ainda mais quando está próximo de mim. - respondeu saindo de perto indo se sentar em outro canto.
Na base militar que ficava uns quilômetros da capital estavam os homens considerados como sendo os melhores da força especial de Konoha. Quando não havia missões eles iriam treinar na base, ou apenas fazer exercícios, ou apenas passar o tempo. Itachi o mais novo líder da equipe sempre estava lá, era seu refugio das constantes brigas com seu velho. Ele como o filho mais velho de Fugaku teria que herdar a empresa, coisa que ele não queria. Odiava em pensar passar sua vida toda dentro de uma sala, onde as pessoas de adulavam apenas para conseguir algo. Ficar prenso em uma sala quase 12 horas por dia, chegar primeiro que todos e sair depois de todos, e largar sua família. O que ele mais odiava não era a empresa da família, mas o que ela fazia com as pessoas, e o que ela fez com a própria família. Seu pai praticamente abandonará a família por causa dela. Nunca estava em festas, aniversários dos filhos estava sempre ausente. Itachi foi crescendo sem um pai em sua vida, apenas o via na hora do jantar e quando via. Olhava sua mãe triste e sabia que ela se sentia abandonada, quando seu irmão nasceu ele pensou que seu pai iria mudar. Mais apenas um cartão e vários ursos de pelúcia ele enviou para receber a mulher.
Itachi nunca perdoaria seu pai por isso, se sentia trocado pela empresa, por isso não tinha vontade alguma de fazer parte daquilo. Por isso que entrou para o exército, assim fazia algo que gostava, algo que era realmente importante. Sabia que para seu pai isso era a morte, mas não ligava e cada vez que o velho insistia eles brigavam, causando sofrimento para sua mãe. Itachi só aguentava ficar de baixo do mesmo teto que seu pai por causa dela, as vezes desejava ter feito o que Sasuke tinha feito, virado as costas e não se importar.
Porque não acabam logo com esse suspense e nos convoque de uma vez. - reclamou um dos outros soldados.
Pensei que não queria nunca mais lutar Deidara. -falou Kisame rindo.
Cala a boca, se estou aqui é claro que quero lutar. - respondeu o loiro nervoso.
Itachi riu com a pequena discussão, todos estavam tensos com os rumores, poderia ser convocado o que era uma coisa ótima, em comparado ter que ficar esperando ali. Como esquadrão das forças especiais, não eram qualquer missão que eles iam, apenas as perigosas e quase impossíveis. A cada missão Itachi achava que acharia sua morte, e varias vezes foi por um triz que isso não acontecerá. Olhou para os companheiros de equipe, Kisame era o mais despreocupado, apesar de não gostar de armas, ele era um ótimo soldado, um dos melhores. Especialistas em espadas, nunca viu o amigo perder uma luta. Deidara era um colega que apenas falava, era o mais irritante da equipe, mas era bom. Seu estilo era explosivo, além de uma ótima mira ele quem sempre armava as emboscadas.
Havia Kakashi que era outro amigo, ou pelo menos podia contar com ele. O homem era mais velho que Itachi e o ajudou no treinamento, usava uma mascara escondendo o rosto por causa dos ferimentos de guerra. Seu estilo era sempre uma surpresa, na verdade não tinha um estilo especificado apenas era bom, depois dele Itachi era o mais velho da equipe e assim sendo, líder.
Se for realmente ter a guerra que estão falando, estamos perdidos. - falou Dedara.
E por que diz isso? - quis saber Kisame fazendo o outro rir.
Não vejo muitos soldados por aqui, você vê? - perguntou-o serio, era verdade havia tempo que não tinham mais recrutas.
Acho que vou nessa. - falou Itachi se levantando, precisava pegar a estrada e ir para casa.
Muitos diziam que Itachi era parecido com o pai, cabelos negros que sempre estavam puxados para trás com um elástico em um rabo de cavalo que iam até um pouco abaixo dos ombros, o que lembrou que precisava de um corte. Seus olhos eram de um ônix profundo, o olhar era intensivo e severo com passar dos anos. Tinha duas cicatrizes no rosto, um de cada lado perto do nariz. Presente de seu primeiro e ultimo passeio com seu pai.
Pegou seu carro no estacionamento e jogou a mochila com suas roupas, como era sexta-feira o final de semana iria passar na casa dos seus pais, entrou no automóvel e deu a partida indo para a capital.
Quando chegou a casa sua mãe o recebeu com um abraço e pediu para ir se trocar, teria visitas para o jantar. E por sua vez sabia que isso significava, muitas pessoas que ele não conhecia, ou tinha a mínima vontade de conhecer estaria presente. Sua mãe era conhecida pelos jantares e festas que dava, sempre era elogiada, afinal era tinha que mostrar classe e ser uma boa anfitriã, mostrar todo o poder dos Uchiha, para assim seu pai ser bem visto pela sociedade, as vezes chegava a pensar porque defendia esse país, quando tinha tanta gente que merecia morrer.
Depois de um banho demorado ele foi se trocar, sem muito animo colocou sua melhor camiseta social preta, com gravata vermelha, a calça social que tanto odiava estava de acordo com a camisa, tudo preto, sorriu ao se olhar no espelho, sabia que sua mãe odiava quando ele usava tudo preto.
Por Deus menino, está de luto? - reclamou ela quando ele desceu para a sala de estar.
Não, adoro essa cor. - respondeu sorrindo indo se sentar perto da janela. - quem virá hoje?
Apenas uns amigos. - respondeu ela sorrindo - Amigos de seu pai, minhas amigas, suas filhas...
Mamãe! - exclamou ele já sabendo onde ela iria chegar.
O que foi? Elas são jovens adoráveis. - continuou ela sorrindo, ele se levantou indo pegar uma bebida.
Já disse que não estou interessado em me casar. - respondeu ele fazendo a mulher soltar um gemido de penar.
Quero tanto conhecer meus netos. - falou ela com voz chorosa.
Peça para Sasuke se apressar então. - falou o moreno sorrindo vendo a cara de zangada da mãe.
Nesse momento Fugaku chegou junto com seu irmão Teyaki e sua mulher Masthi, e seus filhos. Yuri Uchiha e a Uruchi. Ao vê-los Itachi agradeceu pela aparição deixaria sua mãe ocupada por um tempo.
Que bom que veio Masthi, estava aqui falando com esse meu filho insensato de como queria ver meus netos. - falou Mikoto quando sua cunhada se aproximou.
Ih tia devo dizer que Itachi vai ser o ultimo Uchiha a casar. - falou a prima Uruchi sorrindo, esta estava grávida de três meses.
Onde está seu marido queria prima? - perguntou Itachi com uma falsa cortesia.
Trabalhando na empresa. - respondeu Fugaku por ela - pelo menos tem gente que ainda se preocupa com o patrimônio da família Uchiha, pena que não seja um Uchiha.
Ah não vamos começar novamente não querido? - interrompeu Mikoto livrando o filho de mais um sermão.
Cara como você aguenta? - perguntou Yuri se aproximando do primo.
As vezes me pergunto a mesma coisa. - respondeu sorrindo bebendo um gole de sua bebida.
Meu pai também não para de falar sobre ter que ajudar a empresa da família. - revelou o primo, Itachi sorriu, Yuri era outro filho desnaturado como eles costumavam falar.
Yuri era dono de um restaurante e nunca tinha pisado na empresa, apenas Uruchi que ia para empresa e depois que casou com Hojou caíram nas alegrias da família, pois o rapaz gostava de trabalhar na empresa e logo teria o herdeiro que todos queriam.
Ainda vai chegar mais gente? - perguntou Itachi para a mãe que estava conversando sobre o enxoval do bebe.
Sim, porque não vai conversar com seu pai no escritório? - respondeu a mãe praticamente expulsando ele da sala.
Itachi querendo ou não foi até onde os homens estavam. Seu pai estava sentado atrás da mesa de carvalho que decorava o enorme escritório da casa, seu tio estava sentado no sofá de couro perto da janela e seu primo Yuri preparava as bebidas.
Então o que temos hoje? - perguntou Itachi sorrindo vendo a cara de desagrado do pai.
Sobre o que quer dizer? - perguntou o homem de mal humor.
Deve ter algum motivo para essa reuniãozinha. - falou ele indicando todos ali. - o que está acontecendo?
E porque quer saber? Se não tem interesse na empresa. - respondeu o homem aceitando a bebida que seu sobrinho lhe oferecia.
Ora Fugaku pare de ser tão ranzinza. - falou o irmão sorrindo - Acontece que recebemos uma proposta de fusão do nosso concorrente.
Os Hyuugas? - perguntou sem acreditar, por mais que odiasse negócios, sabia que o maior concorrente era a segunda família mais poderosa de Konoha.
Exato. - falou o pai um pouco animado, pelo menos mostrava que o filho ainda tinha chances de aceitar o cargo - Acho que é nossa chance de expandir nossos negócios pelo mundo.
Que sorte. - comentou Itachi dando um sorriso.
Passou uma hora quando a campainha tocou e anunciou a chegada de mais visitantes, porém ainda não era os que o pai queria. Eram amigos de sua mãe onde havia trazido suas filhas solteiras para ver se Itachi se interessasse por alguma. Do jantar simples entre amigos virou praticamente uma festa, Itachi teve que dar atenção às moças devido as insistência da mãe. Quando os Hyuugas finalmente chegaram Itachi quase saiu correndo de lá.
Sr. Hiashi Hyuuga, seja bem vindo. - cumprimentou o pai cordialmente.
Obrigado por nos convidar Fugaku, e vamos deixar o Sr. De lado. - respondeu o patriarca da família Hyuuga - Deixa apresentar minhas filhas, essa é Hinata. - apontou para a moça que estava em sua direita.
Tinha uns 22 ou 23 anos era um pouco mais alta que o pai, os cabelos estavam soltos como um cascata azulada quase negra, a franja deixava ela com um ar de inocência, seus olhos marca de família, eram perolados. Usava um vestido elegante e discreto, usava pouca maquiagem quase nenhuma, mas não precisava, pois ficava linda assim.
Essa é minha caçula Hanabi. - apontou para a menina menor.
Teria uns 16 ou 17 anos era baixa e tinha as feições mais dura, era mais parecida com o homem, apesar de seus traços femininos ela tinha um olhar astuto e até rude. Os cabelos estavam presos em um rabo de cavalo alto, mas dava para ver que eram curtos, sem franja, e os olhos iguais da irmã, claro que mais duro ou até mesmo mais maduro que a da mais velha.
É um prazer em conhecê-las. - cumprimentou Fugaku gentil - Essa é minha mulher Mikoto, e apenas meu filho mais velho está conosco hoje. Itachi.
Prazer. - cumprimentou sem animo.
Ora vamos entrar, porque as garotas não me acompanham até a sala para deixar os homens falarem de negócios ou futebol. - falou Mikoto pegando Hinata e Hanabi deixando os homens irem para outra sala.
Itachi seguiu os velhos e ficou ouvido, eles falarem sobre a empresa, sobre as ações. Notou que seu primo Yuri não estava presente o que deixou com raiva, se ele podia escapar porque Itachi não. Andou devagar até a porta antes que pudesse sair seu pai o chamou para conversa.
Então quer dizer que é militar? - perguntou Hiashi depois que o pai falou sobre sua profissão.
É me alistei quando completei 18 anos e desde então sirvo ao pais. - respondeu o moreno saindo de perto da porta.
É muito corajoso de sua parte, tenho um sobrinho também no exército. - revelou o homem ganhando a atenção do moreno.
Serio? E em que área ele está? Acho que não me lembro de ver algum Hyuuga por lá. - respondeu o moreno.
Neji Hyuuga, ele é da inteligência, acho que a base dele é aqui na capital. - revelou ele fazendo o moreno sorrir.
Que mundo pequeno. - falou Fugaku sorrindo.
O que acha sobre esses rumores de que a guerra pode chegar a qualquer hora? - questionou o Hyuuga fazendo Itachi sorrir, não poderia dizer o que realmente queria sem provocar a ira do pai.
Acho que são apenas rumores. - falou por fim. - Konoha é pacifica e á muito tempo não entra em conflito com outros pais. - continuou o moreno.
Mas se ajudar Suna mostrará que está contra quem está atacando ele, será inimigo declarado também. - continuou Hyuuga sobre o assunto.
Se tiver outro pais envolvido. - falou o moreno fazendo o homem sorrir.
Então acha que são a própria população? - perguntou o outro.
Pode ser, mas não sei de nada, apenas estou supondo. - respondeu Itachi.
A conversa continuou até a empregada chama-los para o jantar. A mesa da sala de jantar estava cheia de pratos, havia pelo menos 20 lugares na mesa. Quando Itachi e os outros chegaram às mulheres se juntaram a eles, Itachi viu que sua mãe tinha o colocado entre as duas mulheres solteira, uma era de cabelos loiros curtos, que tinha um dente maior que o outro, e a outra tinha cabelos vermelhos e um brinco no nariz. As garotas Hyuugas ficaram perto do pai e perto de dois outros solteiros da festa.
O jantar ocorreu tudo bem quando foi servido a sobremesa Itachi já não aguentava a garota do seu lado, toda hora tentava o chamar para a conversa que estava travando com Uruchi e Yuri, dois que estavam se divertindo as custas do primo. Quando seu pai e o Sr. Hyuuga deixaram a mesa Itachi quis acompanhar mais, pelo olhar que a mãe dele lhe dirigiu achou melhor ficar onde estava.
- Hinata Hyuuga –
Hinata não sabia exatamente quanto ainda poderia comer. Estava se sentindo inchada, mas Mikoto Uchiha era tão simpática e atenciosa, que não queria magoa-la recusando nada. Quando uma das mulheres amiga da anfitriã a chamou, Hinata pode escapar para o lado de sua irmã, que estava sentada no sofá com cara de poucos amigos.
Porque dessa cara? - perguntou sorrindo sentando-se ao seu lado.
Não sei porque papai insiste em me trazer nesses jantares. - respondeu ela irritada.
É normal que ele queira mostrar suas filhas para todos. - respondeu ela com um sorriso - só queria que não precisasse usar essas roupas.
Ah Hinata você está linda. - falou a irmã pegando a mão da outra.
Obrigada. - respondeu corando, achando gentil da parte da irmã por dizer aquilo.
Hinata sabia que não era atraente como muitas das mulheres ali presentes. Olhou em volta e seus olhos caíram sobre o filho do dono da casa, ele estava de pé perto da janela junto com duas daquelas lindas mulheres, uma loira alta de olhos verdes, com um vestido vermelho decotado não parava de sorrir para ele. A outra tinha cabelos vermelhos chamativos, usava um vestido preto sem muito que mostrar, também disputava quem teria a atenção do Uchiha. Hinata sorriu em ver que o homem estava com cara de quem não escutava uma única coisa que elas diziam.
Porque do sorriso? - quis saber Hanabi olhando para onde ela estava olhando - Ah...interessada no Uchiha?
O que? - espantou-se corando - claro que não.
Hm ele não é de se jogar fora, mas é velho de mais para mim. - falou ela sorrindo - Mas do que posso aguentar.
Hanabi! - repreendeu a irmã corando mais ainda.
Hanabi apesar de ter 17 anos era uma mulher feita, até mesmo mais que Hinata. Quando ela ainda tentava entender como conseguiria chegar até os 20 anos sem se apaixonar, Hanabi já estava exper. Nesse assunto, sabia que a irmã estava namorando um professor, o que por sinal era amigo de Hinata, Kiba era um homem bom, atencioso dava aula de matemática. Havia conhecido Hanabi na escola, e então os dois se envolveram, Hinata tentou fazer a irmã mudar de ideia, afinal ela tinha 17 e Kiba 26 quase completando 27, ele tinha a ajudado com a faculdade.
Pare com isso Hina. - falou a irmã com uma voz triste.
Parar com o que? - as duas se encararam.
De ficar achando que é errado eu me envolver com Kiba. - respondeu ela seria.
Desculpa Hana, é que sabe o que eu penso. - disse desviando o olhar da irmã - ele é velho para você, ainda é uma menina...
Mais eu o amo. - confessou ela fazendo Hinata corar.
Invejava sua irmã por ser tão corajosa e tão esperta. Hinata nunca teve qualquer tipo de experiência assim, claro que deu uns beijos quando estava na faculdade, chegou até se apaixonar, o que para ela foi a pior coisa que aconteceu na sua vida.
Olhou em volta tentando manter-se ali, pois nessas ocasiões ela acostumava, dormi de olhos abertos, como seu pai dizia quando ela ficava com um olhar perdido sem nenhuma coisa em foco, apenas pensando em sua vida, em como estava, e o que faria amanhã, era deprimente, ela sabia mais não tinha nada o que pudesse fazer. Olhou para onde Itachi ainda estava sem sucesso sair de perto daquelas mulheres, ele era realmente muito bonito, as revista de fofoca não mentiam quando falavam que ele tinha um grande sucesso para com as mulheres, claro que não como ela.
- Fugaku Uchiha –
No escritório depois do jantar ofereceu a seu suposto sócio, um charuto cubano. Depois foi preparar uma bebida, apesar das conversas amistosas, e dos sorrisos, sabia que tinha uma grande tensão por trás de tudo. Sabia que o Hyuuga estava analisando ele, analisando as possibilidades, as vantagens, seria um tolo que não o fizesse. Mas sentia-se irritado por essa demora.
Acho que chegamos ao ponto que tanto espera. - falou Hiashi quebrando o silencio.
Acho que não sou eu apenas interessado. - respondeu o Uchiha sorrindo lhe entregando um copo.
Analisei a sua proposta. - respondeu o outro aceitando o copo. - achei muito boa, meus sócios também gostaram.
Entendo, mas...sempre existe um "mas". - falou Fugaku bebendo um pouco para controlar a raiva.
Deve me achar louco. - falou ele sorrindo vendo a cara do outro - Como sabe tenho duas filhas, não tenho herdeiros homens.
Ah...compreendo. - falou escondendo o nervosismo, apesar de ter dois filhos homens ainda não tinha um herdeiro, ou pelo menos herdeiro que daria continuidade ao negocio.
E eu como pai estou angustiado. - continuou o homem. - Sei que estamos em um século mais avançado, mas acontece que preciso logo casa-las.
Entendo perfeitamente, mas não vejo a ligação entre... - parou de falar quando entendeu onde ele queria chegar, sorriu recebendo outro sorrido em resposta.
Você tem um filho solteiro. - falou Hiashi serio agora - e eu tenho duas solteiras, então acho que poderia ser uma fusão duplamente bem feita.
Fugaku sorriu e desejou ir apertar a mão do homem em sua frente, tudo que ele havia pensando, ou sonhado estava acontecendo ainda melhor. Claro que teria muita dor de cabeça em tentar convencer um de seus filhos desnaturado a casar-se pelo bem da empresa, podia até ouvir os protestos.
Então quer ajuntar nossa família, não apenas nos negócios mais no matrimonio? - perguntou o Uchiha.
Sim, acho que a melhor maneira, sei que é antiquado, mas acredito que hoje em dia isso se resolva. - respondeu o outro - apesar de ter avançado as leis, e tudo mais, mas um trato feito pelos pais irá de se compridos.
Exato...então sua filha mais velha casa com meu filho mais velho? - perguntou Fugaku.
Gostaria de oferecer a caçula. Hanabi é perfeita para casa-se com seu filho. - o outro foi pego de surpresa, a mais nova.
Hanabi teria uns...18 anos? - o pai sorriu.
Na verdade 17, mas já é uma mulher feita, é mais forte, e devo acrescentar, é meu orgulho., - falou ele sorrindo.
Bem se for de seu agrado, não vejo o porquê da hesitação. - falou se levantando.
Então está feito, seu filho casará com minha filha Hanabi, e logo após faremos a fusão das duas empresas. - fizeram um brinde entre eles cada um feliz por sua vez.
- Itachi Uchiha –
O QUE? - gritou Itachi quando seu pai o chamou depois que todos foram embora, e contou sobre os planos.
Irá casar-se com a filha do Hyuuga. - repetiu o homem sem emoção alguma.
Só pode estar de brincadeira não? - perguntou encarando o pai que apenas o olhou serio. - é sobre minha vida que está falando!
Sua vida é minha vida! Não se esqueça de que graças a mim, veio para esse mundo. - soltou o patriarca bravo.
Oh...nossa como se isso desse direito sobre mim. - zombou Itachi deixando o pai mais nervoso.
Você é meu primogênito, tem que cumprir com suas obrigações para com sua família! - berrou o pai.
Para o inferno minhas obrigações! E minha vida? Minhas vontades, minhas obrigações para com meu país? - gritou Itachi em resposta.
Sua única obrigação é comigo, você fará o que estou mandando. - falou o mais velho - ou...
Ou o que? - enfrentou Itachi.
Ou eu deserdo você! - berrou o homem.
Ótimo, não quero seu dinheiro, e muito menos algo de você. - dizendo isso saiu da sala, mas Fugaku correu atrás do filho.
Se sair por essa porta, eu juro que se arrependerá Itachi. - gritou ele no corredor Mikoto apareceu.
Mais o que está acontecendo aqui? Fugaku? - a mulher olhou para o marido e para o filho.
Esse menino está me desafiando! Se ele não fizer o que estou mandando, não é mais meu filho. - respondeu o homem.
Por mim tudo bem. - respondeu o moreno abrindo a porta.
Eu...juro...q...- seu pai não conseguiu terminar a frase.
Fugaku! - gritou a mulher quando o homem tombou no chão.
Itachi correu para junto do pai enquanto sua mãe corria para chamar a ambulância. Sangue saia pela boca do velho, ele não sabia o que fazer, ou o que falar, os olhos do pai estavam cravados nele, senti-se culpado. Quando a ambulância o levou, Itachi junto com a mãe o acompanharam. Daria quatro e meia da manhã quando o medico saiu da sala onde havia levado Fugaku.
Então? Como ele está? - perguntou Mikoto mais calma.
No momento fora do perigo. - falou o medico gentil - mas não há muito tempo.
Co...Como? - perguntou Itachi não entendendo.
Seu pai está com suspeita de câncer, pedir para fazer alguns exames para saber ao certo. - revelou o medico.
Como? Mais ele nunca... - o medico suspirou.
Fugaku não contou nada para vocês para não se preocuparem. E conhecem muito bem como é Fugaku, ele nunca se importou-se com a saúde.. - comunicou o medico.
Então ele vai morrer? - perguntou Itachi fazendo sua mãe chorar.
Se não soube exatamente o que ele tem, e qual é o grau da doença, creio eu que sim. - revelou deixando Itachi sem fala.
Itachi não conseguia pensar ou falar alguma coisa de consolo para mãe que chorava ao seu lado. Sentiu-se culpado por ter deixando o velho nervoso daquele jeito, mesmo que ainda não fosse a imagem perfeita de pai e filho, ele não queria perder o pai assim, não daquele jeito.
Depois de ouvir o medico falar sobre as chances do Fugaku viver, e sobre os procedimentos que teriam que tomar, ele levou a mãe de volta para casa, para em seguida sair de lá. Precisa pensar, precisava tirar o peso que estava em seu peito, e único lugar para isso era na academia da base.
No dia seguinte Itachi foi visitar seu pai que já estava em um quarto particular. Quando entrou viu que o velho estava preso na cama por aparelhos que fazia um som irritante e constante. Sentiu o cheio de remédio no ar e tentou não pensar no pior, nunca tinha visto seu pai daquele jeito, sem ação, sem falar tão indefeso. Quando se aproximou da cama viu que ele dormia em um sono tranqüilo, quando ele respirava o aparelho que controlava seu coração dava um bipe, era angustiante.
Ainda não partir dessa vida. - falou Fugaku com a voz fraca pegando Itachi de surpresa.
Mas quase. - respondeu serio - porque não avisou sobre a doença?
Para que? - agora o homem já o encarava como sempre - não quero pena de ninguém.
Mamãe está sofrendo. - cortou o filho irritado - não pensou nisso não é? Para você tudo certo, esconde que está morrendo, trabalhar sem parar para manter aquela empresa, e danem-se os outros!
Que discurso mais comovente. - ironizou o homem - Vindo de alguém que nunca se importou com ninguém além de si próprio.
O que? Acha que eu só penso em mim? - não acreditava o que seu pai estava falando.
Não é? A vida toda pedi apenas uma coisa! Apenas uma coisa, e você fez o que? - respondeu ele com raiva - quis brincar de ser militar.
Olha...não vou falar sobre isso. Não é o momento... - falou indo em direção a porta.
Espere Itachi. - ele parou mais não se virou. - eu sei que nunca vai mudar, mas eu estou morrendo, não quero ver tudo que eu lutei na minha vida acabar assim. - falou com um tom triste - sempre tive esperança que um dia, você ou Sasuke iria tomar gosto para cuidar da empresa, mas vejo que me enganei. Só queria que antes de eu morrer, ver a empresa em boas mãos, se não nas do Uchiha em outras mãos.
Itachi saiu dali antes de falar algo ou fazer algo que piorasse a saúde do pai. Andou pelos corredores do hospital até parar em frente ao consultório do medico de seu pai, deu uma batida e esperou o medico o atender. Entrou e suspirou, precisava saber o grau do problema, para tirar as próprias conclusões.
Olá Minna o/
Demorou mas saiu mais uma fic para vocês ^^
Devo dizer que ela já ta prontinha, espero que gostem, e que me desculpem pelos erros de português
Até o proximo capitulo o/
