Título: Peça morta

Autora: Mello Evans

BetaReader: Giu

Ship: Tom/Ginny

Gênero: Romance

Classificação: PG-13 (K+)

Spoiler: Deathly Hallows

Disclaimer: Harry Potter™ Joanne K. Rowling.

Nota: Essa fic foi feita para o I Chall Tom Riddle do SeisVê com o item 'vida'.


"Atiramos o passado ao abismo - mas não nos inclinamos para ver se está bem morto."

William Shakespeare.

Todos podem falar o que quiserem. Dizer que Tom era um pedaço de alma morta em um diário de capa negra, mas eu sei que não.

Sempre soube.

Tom era vida em absolutamente tudo, ele transbordava vida, ele era a vida em sua essência mais bruta. Em um imo maligno, mas não deixava de ser e isso sempre será incontestável. Afinal ele queria a imortalidade, viver para sempre. Então, como dizer que ele exalava morte?

Essa era a afirmação mais controversa existente.

Quando eu tinha onze anos eu fui possuída por ele, ou mesmo hoje – tendo uma vida tranquila e meus filhos – não consigo esquecer aquela alma sombria que me envolvia por completo. Ele chegava com todo aquele seu jeito encantador, seu sorriso soberbo, sua retórica doce, mas tudo não passava de artifícios para roubar a minha essência. No mesmo ano, as coisas ficaram diferentes. Harry Potter – hoje meu marido – livrou a minha vida, salvou a mim da morte certa.

Durante anos, eu me senti feliz; estava livre de algo mau. Eu gostava de Tom, mas não se pode gostar de algo que não te faz bem, não é mesmo? Toda a minha família e amigos diziam que ele era mau e cruel, e eu realmente acreditei nisso e matei qualquer resquício de afeto que sentia por ele... Pelo menos eu tentei.

Como eu disse, Tom Marvolo Riddle era a vida e a alma dele, a partir do momento em que escrevi naquele caderno pela primeira vez, se tornou dele. Nossa vida era uma só. Eu e Tom éramos um. Harry pode até tê-lo matado em corpo físico, mas ele sempre existiu em mim.

Minha vida era dele.

Sua vida era minha.

Toda vez que eu fechava – e fecho – os meus olhos eu vejo suas íris azuis refletidas em meus orbes e tudo o que eu via – e vejo – é o meu mundo refletido em seus olhos Slytherins e tudo o que ele vê é o seu mundo refletido em meus olhos. Eu sou dele e gosto disso. A vida dele transborda na parte maligna da minha existência, se condensa no meu ser e chove na parte mais profunda do meu ego.

Eu sinto o seu desejo, os seus anseios, até mesmo os seus medos, e eu sei que ele também sente os meus. Sabe que o meu maior medo é de perdê-lo, de tê-lo longe de mim, de não ser mais ele.

Tom nunca foi apenas tinta e papel, uma ilusão de um louco ou mesmo um inimigo que precisava ser derrotado. Tom era meu e é meu. Sempre será. Era apenas um garoto com receios, com desejos e fraquezas.

E ele é a minha fraqueza mais cobiçada, mesmo eu sabendo que ele é como uma erva daninha que suga seu alimento, mas por ele eu daria o que fosse para ver seu angular de lábios e sua finura malévola.

Tom Riddle não morreu e nunca morrerá. Ele vive em cada poro que transpira em meu ser, em cada batida do meu coração, em cada respirar, em cada trabalho das minhas células que se renovam cada dia para manter esse corpo vivo.

Pois quem morreu quando aquele diário foi destruído chama-se Ginny Weasley.

Fim.


N/A:

Acho que isso é clichê, né? Eu realmente não sei. Como eu já disse: NUNCA LI TG, mas acho uma fofura *-* Eu não sei se ficou um item apropriado, pois não era para explorar o lado negativo da palavra, mas fiz o que pude. Na realidade, eu tive um plot para cada item (mesmo que no começo não tenha me vindo nada na cabeça), mas infelizmente eu tenho coisas para fazer G.G

Eu mereço Review?