- Por Merlin, Weasley! Larga do meu pé! Eu estou bem, não precisa se preocupar comigo – um Draco Malfoy muito ferido resmungava deitado numa maca improvisada.
- Deixe de ser reclamão Malfoy! Você foi pego por umaCruciatus, mesmo que fraco, mas foi! Deixe-me ver como está. – Gina Wealey encaminhou-se até Draco e começou a examiná-lo, ela havia se formado em Hogwarts e pouco depois a guerra estourou. Ainda não sabia os motivos, mas Draco entregou os locais das reuniões de Voldemort e juntou-se a Ordem.
-Aaai! Isso tá doendo! Termina logo isso ai pra eu voltar e lançar o Avada naquele... - Como um flash Draco lembrou-se quem havia lhe lançado a maldição.
- Chegou a hora de vingar-me de você! Seu traidor! Teve a ousadia de trair sua família, passar para o lado perdedor, quando estivermos no poder, você irá se arrepender amargamente de não ter servido ao Lorde quando lhe foi dado a chance! – Um Comensal da Morte vinha se aproximando na direção de Draco, ele reconhecia aquela máscara, reconhecia aquela voz, a mesma voz que sempre lhe repreendeu, que lhe ensinou como usar as maldições e a mesma voz que lhe buzinava no seu ouvido, dizendo que devia servir ao poderoso Lord das Trevas, "maldito Lord"- ele pensou.
-haha, maldito seja você e seu Lord, pra quê tanta devoção? Duvido que ele vá lhe ser grato, ele está pouco preocupado com os queridos seguidores dele, ele apenas quer manipulá-los! – Estavam se encarando, travando uma batalha de palavras e olhares.
- Como ousas falar assim do Lord? Ele nos será muito grato, verás! Crucius! – Bradou o homem, toda a sua concentração, era uma vingança, apesar de ser seu filho, o Lord não poderia ser insultado desse jeito.
- Aaargh! – Usando de todo o aprendizado que o próprio pai havia lhe dado, ele conseguiu recuperar-se da maldição, mesmo a dor sendo como se milhares de facas cortassem todos seus membros, ossos. Levantou-se – Experlliarmus! – Desarmou o inimigo e saiu correndo, não muito longe dali foi socorrido.
- Malfoy! Malfoy! – Uma ruiva sacudia seus ombros.
- O quê Weasley? Já estou bem? Posso voltar pra lá? – Levantou-se, procurando pela varinha.
- Não mesmo, estou te chamando a tempos e você está ai,olhando pro nada. Acho que a Cruciatus não te fez bem, está fraco. Vais ficar aqui e em repouso – Sentou-o de novo na maca.
- Quem é você pra me dizer o que fazer hien? É obvio que eu não vou ficar aqui, enquanto uma guerra corre lá fora, vamos! Dê-me minha varinha.
- Não! Você não está bem ainda, vai ficar em repouso e tenho dito. Agora me diga quem foi que lhe mandou a maldição? Você estava a ponto de falar o nome do comensal quando resolveu ficar ai, estatelado, olhando pro nada, com o olhar vago.
- Ah, não quero falar isso. E ainda mais com você! Uma Weasel pobretona.
- Nossa Malfoy, pensei que já tivesse superado essa birinha infantil e de tempos de escola, afinal estamos lutando do mesmo lado. Embora ainda não tenha entendido quais motivos lhe trouxeram para o nosso lado. Sempre pensei que fosse se tornar um comensal, tudo indicava isso, seus modos, sua família, tudo!
- É Weasley, parece que você não conhece nada sobre mim! Não sou esse monstro que todos pensam, mas também não sou de todo bem. Ainda não gosto de sangues-ruins e das pessoas que com eles compactuam.
- Então me diga como você realmente é. A única parte do Draco Malfoy que eu conheço é aquela em que ele odeia minha família, odeia meus amigos, ridiculariza minha condição financeira e que até um tempo, era um futuro comensal.
- Hoje não Weasley, estamos no meio de uma guerra. Preciso voltar lá e terminar o que comecei. Não é uma maldiçãozinha dessas que vai derrubar a mim. Quem sabe quando toda essa bagunça terminar, eu te explique meus motivos.
- Anh, tudo bem. Vamos voltar pra lá então.
Aquela foi a única vez que conversou com Draco Malfoy, uma conversa curta em meio uma guerra, até hoje não sabia o porquê de ele ter se tornado um auror. Talvez ele fosse um espião, não. Se ele fosse um espião, o tal comensal não teria atacado a ele do jeito que atacou. Apenas viu que ele voltou ao campo de batalha, procurou o comensal, esse estava duelando lado a lado do Lord, o Lord duelando com o menino-que-sobreviveu, estava cada vez mais fraco, o outro era apenas o braço direito, um apoio. Draco começou a lançar infindáveis maldições a ele. O Lord cada vez mais fraco, Harry aproveitou-se dessa 'ajuda' que Draco estava dando e lançou a maldição da morte em Voldemort, mas este conseguiu desviar e quase desarmou Harry. A essa altura, Draco já estava em cima do comensal, este estava fraco, sem forças. Olhavam-se furiosamente, percebeu que estavam conversando, Draco deu uma risada sarcástica e logo depois lançou a maldição, o comensal caiu duro, sem vida, morto. E logo após, o Lord caiu ao lado de seu fiel seguidor, o seu braço direito. Quase inacreditável, mas Draco foi de extrema importância para a Ordem ganhar a guerra, além de entregar os locais das reuniões, entregar as estratégias, ajudou na batalha final, no momento final, no momento mais crucial. Hoje em dia, não sabia mais noticia dele, após o fim da guerra, ele pegou sua fortuna e mudou-se. Nunca mais ouviu falar de Draco Malfoy.
