Uma grande mistura de nada

Dean está sendo um completo idiota, ultimamente. Mas dessa vez, ele passou de todos os limites. Resultado disso? Terapia.

Dean, Sam e Jack estavam sentados de frente para a doutora Mia Vallens.

- Muito bem, rapazes. Por que não começamos com o motivo de vocês estarem aqui hoje? Vocês perderam alguém recentemente?

- Nossa mãe. Sam respondeu.

- Tudo bem. Esse momento é muito doloroso. E é ainda mais duro quando não há tempo para se despedir.

- Sim. Isso é exatamente o que está acontecendo com os... meus irmãos e eu.

- Certo. O processo de se desapegar e aceitar a perda leva tempo, mas...

- Mas não é o caso do meu irmão, doutora. Por que eu consigo aceitar, numa boa, que a nossa mãe está morta e que não vai mais voltar.

- Dean...

- Meu irmão nem consegue admitir que nossa mãe está morta.

- Chega, Dean.

- Por que se admitisse, seria real. E se é real, tem que encarar de frente. Ele não pode admitir por que não pode encarar isso! Dean continuou.

- Claro. Por que isso é muito fácil pra você, não é? Sam perguntou, nervoso.

- Não, não é! Dean respondeu.

- Ah, não? Certo, por que você tem anos de boas lembranças com ela, enquanto eu tenho uma grande mistura de nada! É isso que você quer, que eu admita e aceite o que nunca vou ter? Tudo bem! Feliz agora? Sam gritou.

Sam saiu do consultório, furioso. Minutos depois, Sam voltou para o consultório, armado.

- Ela um metamorfo! Encontrei pele, cabelo e dentes! Sam disse.

- Não, não! Sou um metamorfo, mas nunca matei ninguém.

- O que faz aqui, então? Sam perguntou.

- Ajudo as pessoas. Eu me transformo nas pessoas que meus pacientes perderam e dou a eles a chance de se despedirem.

- Sei. Sua ajuda matou duas pessoas. Dean disse.

- O que?

- Há três noites um dos seus pacientes foi morto por alguém que se parecia com a esposa morta dele. E uma mulher foi morta pelo filho, ou alguém que se fez passar por filho dela. Sam respondeu.

- Eu estava com alguém. Vocês podem ligar para ele. Tom. Ele é meu namorado.

- Se não foi você, quem matou essas pessoas? Sam perguntou.

- Buddy. Ele é um metamorfo, como eu. Matou várias pessoas. Mas isso não é tudo. Ele destruía a vida delas. Dizia que gostava de ver o olhar no rosto deles quando percebiam que não tinham mais nada.

...

- Certo. Fique no carro.

- Eu quero ajudar, Dean. Sam me contou sobre o plano para tentar trazer sua mãe de volta. Jack disse.

- Tem uma coisa que você deve saber. Os planos do Sam nem sempre funcionam. Dean disse olhando para Jack.

- Vamos. Dean disse.

Assim que entraram Dean e Jack foram recebidos pelo metamorfo transformado na doutora Mia.

- Onde Sam está? Dean perguntou.

- Buddy está se passando por um dos meus pacientes. Sam rastreou o celular dele. Ele pegou meu carro. Saiu daqui tem uns dez minutos.

- Ele não me ligou. Dean estranhou.

- Pode culpa-lo?

Dean tentou ligar para o irmão, mas Sam não atendeu.

O metamorfo atacou Dean e Jack e se transformou em Dean.

Sam ligou para Dean, mas o metamorfo atendeu.

- Cheguei tarde demais. Ele matou mais um. Sam disse.

- Droga. Tudo bem, volte pra cá.

- Ok, estou a caminho.

Quando Dean acordou, viu Jack inconsciente.

- Garoto?

- Até que enfim! O belo adormecido acordou!

- Buddy, não os machuque!

- Por que se importa tanto com eles, Mia? Eles são caçadores, nós somos monstros! Nós matamos eles, antes que eles nos matem!

- Jack. Dean falou mais baixo para não chamar a atenção dos outros.

Jack abriu os olhos.

- Você tem que abrir essas algemas.

- Não posso.

- Pode, sim. Sammy acredita em você. E quando ele acredita, é muito cabeça dura...Mas você tem que tentar.

- Eu não vou matar esses dois. Você vai. Mate-os ou você morre.

- Então atire em mim. Atire!

Nesse momento, Sam chegou.

- Olha só! O irmãozinho!

- Não! Não faça isso!

- Vamos brincar de roleta russa!

Sam abriu a porta e entrou.

- Sam! Não entre! Dean gritou.

- Dean?

- Estamos aqui! O metamorfo respondeu.

Sam abriu a porta e o metamorfo atirou.

Nesse momento, Jack usou seus poderes para salvar Sam.

Sam atirou no metamorfo e o matou.

Mia mandou os rapazes irem embora.

- Eu cuido dele. Melhor vocês irem.

- Tem certeza? Dean perguntou.

- Tudo o que Buddy fez, foi minha culpa. Eu só... queria ajudar as pessoas, sabe?

- Você ajudou. Jack respondeu.

De volta ao bunker...

- Você... foi bom hoje, Jack. Obrigado por salvar meu irmão. Dean disse.

Dean pegou duas cervejas e deu uma ao irmão.

- Olha, cara...lá no consultório da Mia, eu passei dos limites. Me desculpe por ser um babaca, ultimamente.

- Valeu.

- E, talvez você esteja certo, sobre o garoto. Ele se esforça, não vou negar. Ele explorou os poderes dele e salvou nossos traseiros, então isso é uma vitória.

- É, acho que sim.

- Que foi?

- E se você estiver certo? Sobre a mamãe? Eu não quero aceitar que a perdemos de novo, Dean.

- Tudo bem, Sammy. Vai ficar tudo bem. Nós vamos ficar bem.

Dean o puxou para um abraço.

Sam o abraçou... e chorou.