Eita final de semana bom pra criatividade... Aposto que nunca mais consigo fazer isso na minha vida... ^^'
Essa fic é um pequeno agrado a Ip S. - Obrigado pelas reviews ^^
Capitulo Um
Uma brincadeira que não levava a nada; admito. Mas era divertido.
— Mais... E... A tenente Hawkeye? — E era exatamente para ela que eu olhava quando Havoc me fez essa pergunta.
Estávamos no campo de treinamento, sentados a alguns metros das cabines de tiro. Entramos numa conversa idiota de "o que você acha de 'tal mulher'" e ele havia perguntado sobre a única mulher na qual eu não tinha a mínima vontade de responder.
— Vamos Roy... O que acha da Riza. Seja sincero.
Eu continuava olhando ela acertar cada tiro perfeitamente como eu nunca fui capaz de fazer. Tenho uma mira péssima e ela uma invejável.
— Ela é... Tenho mesmo que responder isso? — Ele me olhou com raiva.
Então foi com o intuito de me perguntar isso que ele me fez jurar que responderia a qualquer pergunta!
Eu olhei ela mudar de arma pela terceira vez. Mais um pente de tiros perfeitos e Rebecca pareceu desistir de apostar contra ela... O que será que estavam apostando dessa vez?
Só então eu percebi que estava literalmente babando, e que Havoc olhava pra mim assustado.
— Agora definitivamente você vai ter que responder.
*
— Ah Riza responde! — Implorava ela ao meu lado.
— Você disse que se eu acertasse esse pente inteiro não precisaria.
— Eu não achava que você ia levar tanto a serio!
Ela havia me perguntado o que eu achava de Roy Mustang. Mas eu não queria responder aquilo. A resposta era comprometedora demais.
— Agora! Responda! — Ela gritou tão alto que acho que até mesmo Roy e Havoc, que estavam a metros de nós duas puderam ouvir.
Olhei para trás arrumando meu cabelo agora solto (minha memória anda ruim esses dias... Esqueci o prendedor novamente.) e vi que Roy olhava para mim com um sorrisinho torto. Eu sorri de volta deixando o revolver escorregar. Pegar aquilo de volta foi como tentar pegar fumaça com as mãos, e eu acabei o deixando cair. Bati a mão na testa rindo da minha própria estupidez, e quando me abaixei para pega-lo, minha mão encontrou com um par de mãos enluvadas que eu reconheceria em qualquer lugar.
Foi de propósito, só pode ter sido.
*
Ela deve ter achado que foi de propósito. Mas não.
Foi involuntário.
Eu andei sem perceber até ela e me abaixei para pegar a arma. Ao invés disso, acabei pegando a mão dela, o que só não foi mais catastrófico por que eu estava de luva. (Meu habito de usar essas coisas toda hora sempre foi útil).
— Suponho que tenha deixado cair… — Digo tentando não parecer nervoso por ter encostado na mão dela.
Meu deus não é possível!... Por que eu estou assim, voltei a ter quinze anos de novo, é isso?! Lembremos que eu e Riza já estivemos muito mais próximos que isso...
Como... Como... Como quando matei Lust; ela me abraçou não foi? Então por que diabos eu estou nervoso desse jeito?!
Perguntas demais, poucas respostas. Mas nunca foi diferente disso.
— Erm... Sim. Obrigada. — E admiro a capacidade de frieza dela. É impressionante. Ela pega a arma das minhas mãos e se vira de novo. O cabelo loiro solto balançando a cada movimento...
Foi de propósito, só pode ter sido.
*
Eu odeio essa minha incapacidade de parecer gentil perto dele. Maldita frieza que me persegue!
Meu único modo de tirar essa frustração da cabeça é... Atirar nos alvos, afinal ainda me restam três balas.
Por que será que Rebecca está me interrogando a respeito do Roy?
Primeiro tiro: Perfeito
Será que ela desconfia de algo?
Segundo tiro: Um pouco pra esquerda.
SERÁ QUE ELE DESCONFIA DE ALGO?!
Terceiro tiro: Completamente fora do alvo.
Maldito coronelzinho sempre se infiltrando em meus pensamentos!
— Acabaram as balas Riza, agora responnnnndddddeeeeeee! — Rebecca aperta o gatilho da arma descarregada, em minha direção, fazendo a arma clicar. Algo que de alguma forma me faz rir.
*
— Responde Coronel! — Grita Havoc tão alto que acho que até mesmo Riza e Rebecca puderam ouvir. Era bom que não tivesse mais ninguém conosco... Caso o contrario eu teria ainda mais perguntas para minha lista dos 'não respondidos'.
— Ta bem, mas pare de gritar!... Eu respondo...
— Repetindo a pergunta novamente: O que você acha da tenente?
— Perfeita... — Respondo jogando a cabeça pra trás e ignorando a riminha tosca dele.
— Como?! — Eu não devia ter respondido isso... A expressão dele é a de quem acabou de levar um belo soco no estomago. — Explique-se!
— O nosso trato era de que eu responderia a pergunta... Eu não precisava explicar nada. — Tento convencê-lo de que não preciso explicar mais acho que não sair daqui antes disso.
Olho para Riza e vejo que ela está rindo... Sei que é impossível; mas parece que ela está rindo da minha situação.
Parece até de propósito.
*
— É simples... Ele é... Perfeito, eu diria. — Admito com mais facilidade do que pensei ser possível.
— Por que você diria isso? — Ela pergunta mais sabe a resposta. A expressão no meu rosto quando olho para ele não mente, e eu não faço muita questão de esconder isso. Não dela pelo menos.
— Por que ele é lindo, um idiota, gentil, e o maior e mais relevante de todos os motivos... — suspiro ao ter que admitir. — Eu o amo!
— Por essa eu não esperava. — Ela parecia falar serio. — Achava que era só uma 'quedinha'.
— Mas, por favor, não conte para ele... Nem pro Havoc, nem pra ninguém.
— Tudo bem, mas acho que você devia contar.
— E por que eu faria isso? Esqueça. Não vou contar.
Ela só pode estar delirando... Isso era como admitir minha maior fraqueza. Alem do mais, nos conhecemos há anos, e não quero que nossa amizade mude só por que eu sinto algo que posso facilmente controlar. Se eu controlei até aqui posso agüentar mais um pouco... Será que um pouco é suficiente?
*
Havoc começa pirar ao meu lado, dizendo coisas completamente sem sentido. Me irrito e resolvo faze-lo ficar quieto. Infelizmente isso pedia medidas drásticas.
— Ai Havoc... Veja bem. — Começo com paciência — Ela é uma mulher incrivelmente forte, corajosa e fria. Ela é completamente diferente de qualquer outra mulher que você ou eu conhecemos, mas por outro lado ela é também doce e frágil assim como qualquer outra mulher que eu ou você conhecemos. — Eu deixo meu corpo cair para trás no bando em que estamos sentados, olhando para o teto (não quero correr o risco de babar novamente ao olhar pra ela.) — E, por favor, não vamos mencionar sua beleza incomparável.
— Coronel, percebe o que isso significa? — Ele pareceu estar conformado. Desgraçado, ele só queria me ouvir admitir.
— É Havoc, eu sei sim... — Me recomponho novamente, voltando meu olhar para ela. — Eu amo a Hawkeye.
É um pouco cmplicado escrever com narração de dois personagens, mais agente vai testando e uma hora dá certo...
