Estou á duas horas sentada numa sala comum a olhar para a porta do retrato e porquê? Porque existe um idiota que decidiu que me beijar na frente de toda a escola era a solução para os foras que eu lhe dou. Teve uma ideia brilhante? Nem por isso visto que a primeira coisa que eu vou fazer quando ele passar aquele retrato é mata-lo da maneira mais dolorosa que me lembrar.

Mas desculpem a minha má educação, eu não sou assim, mas aquele idiota tira-me do sério. O meu nome é Lilian Evans, mas podem me tratar por Lily, tenho 17 anos e estou no meu sétimo e ultimo ano na escola de magia de Hogwarts. A minha equipa é a Gryffindor e não é para me gabar, mas ela é a melhor equipa. A minha disciplina preferida é poções. As minhas melhores amigas são a Marlene, a Claire e a Alice e os meus melhores amigos são o Frank e o Remus. Eu até sou bastante sociável e divertida, mas existe uma pessoa que nasceu apenas para estragar a minha estadia em Hogwarts e eu o odeio. O seu nome? James Potter.

O retrato abriu-se e por ele passaram seis pessoas que eu conheço muito bem e aquelas caras são suspeitas.

- Lilian, - disse-me a Marlene mordendo o lábio em duvida. Ela passou a mão pelos cabelos e esse gesto fez-me lembrar da minha desgraça.

- Onde ele está? – perguntei sem esperar pelo resto da sua frase.

- Num sítio seguro. – respondeu-me o inútil do melhor amigo dele. Eu aproximei-me perigosamente dele com a minha varinha na mão.

- Se eu não souber onde ele está dentro de três segundos eu juro que nunca poderás dar continuação á linhagem de idiotas que resolveste começar, Black. – ele afastou-se de mim protegendo o seu "material" com as mãos. Eu não sou perigosa em geral. As minhas amigas costumam chamar-me doce de vez em quando, mas o Potter tem este efeito em mim.

- Lily, por favor, ouve-nos. – pediu a Claire colocando as mãos sobre os meus ombros e obrigando-me a sentar. Olhou-me nos olhos e como viu que eu estava ligeiramente mais calma, respirou fundo para continuar. – O James é um idiota. – eu preparei-me para lhe responder, mas ela não deixou. – mas é um idiota apaixonado. E mesmo que não correspondas ao seu sentimento…

- O que eu duvido. Porque eu já te disse mil e uma vezes que acho que essas discussões são amor reprimido. – eu resolvi ignorar aquela que considerei a minha melhor amiga por anos e para minha sorte a Claire também.

- Tens de o tentar compreender. Sim, mesmo que ele te tenha beijado á força. – eu olhei para ela desafiadora mente, mas ela susteve o meu olhar até eu suspirar resignada.

- Onde ele está? – questionei mais uma vez.

- Na sala de Adivinhação. – levantei-me e o Sirius impediu a minha passagem corajosamente.

- Não o vou matar Sirius, vou apenas conversar. – ou pelo menos tentar, acrescentei mentalmente.

- Como posso confiar em ti? – ele perguntou duvidando de mim. Afinal eu tinha ameaçado uma parte muito importante do seu corpo, sabe-se lá o que eu podia fazer com o idiota do melhor amigo dele numa sala vazia e longe da vista de toda a gente.

- Se eu o matar eu deixo que sejas tu a ter o gosto de me matar. – ele sorriu e saiu da minha frente. Durante o caminho pensei seriamente na loucura que eu estava prestes a cometer. Eu devia estar a ficar louca como as minhas queridas amigas já tinham feito questão de citar. Quando entrei na sala comecei a chamar:

- Potter? – ele não respondia, mas eu sabia que ele estava lá. – Eu não te vou matar nem algo parecido. Só quero conversar. – ainda nada. – Eu sei que exagerei e perseguir-te com uma faca e um garfo na mão não foi uma atitude muito boa e eu estou aqui para me desculpar. – silêncio. Será que aquilo era uma partida dos Marotos?

- Com saudades minhas, Lily? – murmuram no meu ouvido. Ou melhor, ele murmurou com aquela voz rouca. Eu estava de costas e não consegui conter um arrepio ao senti-lo tão próximo a mim. O seu perfume chegou às minhas narinas e senti-me entorpecida. Desde quando é que aquele idiota provocava aquelas sensações em mim? – Também senti a sua falta. – e colocou-se na minha frente com aquele sorriso de "eu-tenho-trinta-e-dois-dentes-morra-de-inveja" que me irritou. Eu revirei os olhos.

- Vamos embora Potter. A Alice queria falar connosco e ainda quero ver qual é a ideia genial dela desta vez. – começamos a caminhar lado a lado. Ele sorridente e eu pensativa. Porque é que eu e o Potter sempre acabávamos nestas situações? Isto estava a tornar-se um hábito e eu queria rapidamente cortar relações. Eu estava a conviver demasiado com o Potter e o Black e isso era perigoso, muito perigoso. A sorte é que eu tinha duas semanas longe deles e apesar de ter de conviver com a minha irmã, eu estava feliz por ter uma quinzena para por as ideias em ordem.

Chegamos ao salão e estavam todos sentados junto á lareira (estamos perto do Natal) á nossa espera. E quando digo tudo, traduz-se: os marotos, as meninas e o Frank. Sentei-me no sofá grande que era unicamente ocupado pelo Remus, que numa atitude marota e completamente rara da parte dele, deitou-se colocando a cabeça no meu colo. Eu surpreendi-me, mas comecei a mexer nos seus cabelos. Eu realmente gostava dos cabelos dele. Eram de um tom castanho claro como eu nunca tinha visto antes e condiziam totalmente com os seus olhos cor de mel. O Potter olhou para nós enciumado e sentou-se ao lado de Claire que lhe sorriu e se encostou no seu peito. Parei imediatamente a minha mão. Que confianças eram aquelas com o Potter? Eu tinha de ter uma conversa muito séria com a minha amiga sobre as suas companhias. Recomecei o meu carinho quando vi que os três (lê-se: Claire, Remus e Potter) olhavam estranho para mim.

- Bem, eu convoquei esta reunião com um propósito. – disse a Alice com um sorriso no rosto. Eu durante dois anos alimentei a ideia de que ela parecia uma fadinha até o nome pegar e eu realmente lhe começar a chamar assim. O que foi? Não são só os marotos que tem nomes estranhos. Pelo menos os nossos têm sentido. A Alice tem o rosto redondo e umas bochechas mesmo fofinhas. Uns olhos redondos e castanho assim como o seu cabelo pelos ombros e lisos. É magra e como ela dança por vezes faz gestos como uma bailarina mesmo quando está a ter uma conversa normal. A Marlene com o seu tom de pelo é o nosso pedaço de chocolate particular. É claro que nunca lhe chamamos assim: é sempre Choco e ela realmente gosta. A Claire foi um bocado mais difícil de arranjar um nome para ela, mas acabamos por lhe chamar Coco, tipo aquela fruta, sabem? É que ela revelou-nos no nosso terceiro ano que tinha uma paixão louca por essa fruta. E eu? Bem elas queriam-me chamar bomba devido ao meu temperamento complicado, mas acabou por ficar foguinho. É claro que estes nomes são usados com menos frequência que os marotos que gostam de se exibir para tudo e todos. – Vamos viajar, todos nós. – ela sorriu, mas nenhum de nós percebeu. O seu sorriso morreu e ela suspirou. – Eu falei com os pais de todos e como este é o nosso ultimo ano eles concordaram em deixar-nos visitar uma cidade á nossa escolha, que só por acaso será Roma. – começaram todos a falar ao mesmo tempo e a fazer perguntas. Eu esperei pacientemente que a Alice os interrompesse, mas ela estava meio confusa, após um tempo eu resolvi dar a voz pela minha amiga.

- SILENCIO! – gritei. Olharam todos para mim antes de murmurem desculpas para a Alice. Ela sorriu satisfeita.

- Óptimo. Vamos entender-nos finalmente. Quem quer fazer a primeira pergunta? – devido ao meu treino nas aulas fui a primeira a levantar o braço. – Lily?

- Bem, tu disseste que a cidade é da nossa escolha, porém ficou evidente que disseste que íamos para Roma. Estás a contradizer-te. – ela sorriu ainda mais ( se é que é possível ).

- Elementar cara Lilian. Eu já reservei as passagens e a estadia no hotel e estas eram as mais baratas. Fiquem sabendo que são reversíveis. Se alguém achar a minha ideia idiota, além dos pais de Peter, pode dizer agora. – como é claro ninguém se atreveu a contrariar aquela idiota magricela. – Óptimo. Vai ser tão divertido. E o melhor é que vamos estar todos juntos. No Natal e na passagem de ano.

- Assim vamos ter tempo te visitar e revisitar a cidade. – disse a Marlene animada.

- Tem tantos sítios fantásticos. – continuou a Claire com ar sonhador e eu juntei-me a ela.

- Aquelas obras de arte fantásticas e lindas.

- Tantos sítios novos para conhecer. – completou o Remus feliz.

- Ainda por cima todos juntos. – sorriu o Potter.

- Como uma verdadeira família de amigos. – riu-se o Frank.

- E aquelas italianas todas á minhas espera. – falou o Black. Os rapazes começaram a rir da cara do Black, assim como a Alice e a Claire. Eu revirei os olhos e a Marlene levantou-se e disse furiosa:

- Sabes mesmo estragar o sonho dos outros, não sabes? – e subiu para o dormitório.

- Que foi que eu disse de mal? – ele perguntou.

- És um idiota, Black. – levantei-me. – Partimos amanhã?

- Sim. Vamos até á estação e os nossos pais estão lá á nossa espera para irmos para o aeroporto. Eu já falei com todos. – respondeu-me a Alice. Essa era a minha amiga. Sempre três passos á nossa frente.

- Bem, vou subir e ajudar a Marlene com a mala dela e fazer a minha. – e subi atrás dela. Quando entrei no dormitório, a minha amiga estava em frente á cama a olhar para ela muito seriamente.

- Choco? – chamei. – Marlene? – voltei a repetir como ela não me respondeu.

- Foguinho, levo o verde ou o azul? – ela perguntou com voz de choro. Olhei para a cama e vi dois vestidos em cima desta. Eu revirei os olhos.

- Porque não levas os dois? – ela riu-se e abraçou-me. Porque é que eu tinha a impressão que aquela viagem ia ser muito má ideia?


Nota:para que conste eu não sou a autora, sou o melhor amigo dela. E estou aqui a escrever porque além de ser divertido aquela idiota amuou e diz que nunca irá publicar a fic dela porque está estúpida e depois de se insultar a si própria durante 10 minutos seguidos sentou-se no sofá e está de braços cruzados a ver o jogo de Portugal. Eu, como bom escudeiro, vim assaltar o computador dela e publicar a fic dela sem ela saber. Depois ela vai sentir-se na obrigação moral de a terminar. Sou ou não fantástico? Eu sei que amanhã tenho aulas e tal e que devia ir dormir, mas como eu praticamente moro em casa desta louca a que eu chamo de amiga vim cá passar a noite, não com ela, visto que eu durmo no chão do quarto do irmão dela, mas para podermos conversar, como se já não o fizéssemos todo o dia. Eu sei que ela tem pelo menos mais dois capítulos, mas não os encontro. E como ela ainda não deu nome para a fic eu senti-me no direito de eu mesmo o nomear. Se ela odiar que o altere. Mas sei que ela vai amar porque este título significa muito para nós os dois. Sabem, é que quando ela me conheceu ficou meia parva porque ela é muito tímida e eu perguntei: e agora? E ela respondeu: depois do agora… e parou e começou a rir-se da sua própria piada sem graça e eu como simpatizei muito com aquela minorca ri também. Eu sou mesmo fantástico. E assim se iniciou a nossa bela amizade. Eu sei que ela vai dar uma boa utilização para título. E para a síntese fui eu que fiz, mas como ela me ama vai colocar esta frase no meu da sua fic. Eu vou continuar a procurar os capítulos daquela burra e se os encontrar publico ainda hoje. Se eu não voltar a escrever notas nesta fic significa que fui brutalmente assassinado. Obrigado pela atenção, Samuel P. Lupin (gostam do meu pseudónimo? Fantástico ! xD )