Disclaimer: Não tenho os direitos autorais de Supernatural.
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Sem Palavras
Ele não contaria a ninguém sobre o jeito que Dean segurava suas mãos, mexia em seu cabelo e beijava o canto dos seus lábios.
Ele não contaria a ninguém sobre as vezes que acordou de madrugada, ouvindo o barulho da televisão, e o encontrou acordado, assistindo pornô. Não falaria sobre os beijos que se seguiriam, e como eles fariam o próprio pornô na calada da noite.
Não contaria nada sobre quando o mais velho enlaçava os braços em seu pescoço, inclinando-se sobre os pés e o beijava, languidamente. Explorava todos os cantos da sua boca, o enchendo de paixão.
Não diria uma palavra sobre os momentos em que a realidade caía sobre eles, e o peso do sangue sobre seus ombros – de saber que eram irmãos. Não mencionaria o olhar culpado do outro, que logo não apareceria mais, por causa das pálpebras fechadas para mais um beijo.
Não sairia da sua boca algo sobre a mão dele contra a sua. A pele dele contra a sua. Quente, reconfortante, tão eles. O cheiro. O sabor. O toque. As horas dentro do carro, acolhido ao corpo do outro, um braço na cintura e o rosto na curva do pescoço.
Ele não falaria nada, nem mesmo sobre como sentia falta disso.
Ninguém veria as lágrimas. E a tristeza. Ninguém veria a falta que arrancava cada pedaço do ser que Sam ainda conseguia ser depois de assistir aquele que amava morrer. E ele não falaria.
Porque quando Dean se fora, não havia mais ninguém para contar.
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Eu não consigo parar de escrever meu OTP, rsrs. Aceito comentários!