Disclaimer: O universo e os personagens de Harry Potter não me pertencem.
N/A: Olá a todos! Muito obrigada por escolherem minha coleção de fics para ler. Tive a vontade de escrever uma série de oneshots dedicados ao meu casal favorito do universo de Harry Potter. Peço que mandem reviews dizendo o que acharam do oneshot e o que gostariam de ver em futuros oneshots, de forma a me ajudarem a medida que meu estoque de oneshots prontos acabar hueue ^^. Espero que gostem!
1- Realização
Harry Potter abriu a porta de sua casa em Godric's Hollow como fazia todos os dias ao chegar do trabalho. Olhou para o pequeno hall verde-escuro, com seu tapete bege e dourado com a mesma animação de sempre, sem dar muita atenção. Guardou seu casaco no armário e pôde notar que sua esposa havia comprado flores e arrumado-as gentilmente em um vaso em cima da mesinha que havia ao lado deste.
-Ginny? – chamou, andando em direção à sala de visitas.
-Estou na cozinha! – respondeu a doce voz de sua esposa.
Ele seguiu sua voz e a encontrou em frente ao fogão. Ao ouvi-lo, Ginny virou-se para o marido, segurando a varinha em uma das mãos e sorriu. Usava um avental branco por cima de um vestido azul.
-O jantar vai demorar ainda uns vinte minutos. Não precisa se apressar no banho. – ela disse, após ele abraçá-la pela cintura e beijá-la carinhosamente.
-Quer se juntar a mim? – perguntou ele, sorrindo apaixonadamente.
Ginny não pôde evitar ruborizar por alguns segundos, uma característica que ele adorava nela. Ela sorriu e beijou-lhe rapidamente os lábios, afastando-se em seguida.
-Mais tarde. –respondeu com um sorriso maroto, virando-se novamente para o fogão.
Harry então voltou para a sala e virou à esquerda, subiu as escadas de madeira escura, alcançando o segundo andar sem pressa, entrando em seu quarto. Rumou para o banheiro sem prestar atenção ao quarto, e tomou um banho quente e relaxante, após um longo dia de trabalho no Ministério.
Quando finalmente saiu, de toalha, viu que a esposa havia separado uma roupa para ele, o que era incomum. Ginny não era o tipo de esposa controladora que decidia até mesmo a roupa que queria para o marido usar, então estranhou que tivesse feito isso hoje. Levantou uma das sobrancelhas, desconfiado, mas vestiu a calça escura e a blusa de botões azul clara, dobrando as mangas até o cotovelo. Eram roupas um tanto arrumadas para um jantar caseiro, mas não pensou muito nisso.
Desceu as escadas e entrou na cozinha sem fazer barulho, abraçando a bela ruiva por trás e beijando-lhe o pescoço com carinho. Após o susto inicial, ela sorriu.
-Huum, que cheiro delicioso. – ele comentou, o rosto inundado nos cabelos dela.
-Espero que o cheiro esteja de acordo com o gosto. – respondeu ela sorrindo, enquanto ele continuava abraçado a ela- Estou cozinhando já faz algum tempo.
-Ah sim, o cheiro da comida também está ótimo. – ele sorriu e afastou-se dela devagar, para em seguida perguntar- Precisa de alguma ajuda?
-Não, obrigada. – ela respondeu – Já está tudo pronto.
Apagou o fogo com a varinha e transferiu magicamente os conteúdos da panela e do forno para as travessas de prata que havia separado. Em seguida, despachou tudo para a sala de jantar com um aceno da varinha.
-Podemos ir. –ela disse, e em seguida Harry conduziu-a segurando-a pela cintura.
Chegaram à sala de jantar e Harry percebeu que as melhores louças e os melhores talheres haviam sido separados pela esposa. Sentou-se à cabeceira e a esposa à sua direita, podendo admirar tudo mais de perto. Os talheres de prata haviam ganhado de presente de casamento há dois anos, e haviam usado em ocasiões especiais, como aniversários e nos jantares em família nas Festas. Havia um candelabro com velas acesas, e usavam guardanapos de pano.
-Você caprichou hoje. – comentou – Está tudo muito bonito.
Ginny sorriu.
-E, esperamos, muito gostoso também. – ela riu, pegando o prato do marido e servindo-lhe as costeletas de carneiro, uma generosa porção de batatas assadas com mel, outra de ervilhas e molho por cima.
Colocou o prato na frente dele e serviu o seu, atenta à reação do marido quando ele colocou a primeira garfada na boca. Felizmente, ele sorriu com satisfação.
-Delicioso! Você realmente herdou os dons culinários de sua mãe, meu amor.
Ela sorriu e serviu as duas taças de cristal com suco de abóbora.
-Suco? Não temos alguma garrafa de vinho por aqui não? – perguntou, disposto a se levantar e procurar – Faz quase dois meses que não tomamos um bom vinho.
-Por mais que eu aprecie sua tentativa de me embebedar, senhor Potter, nós vamos beber suco hoje. – eles riram, e Harry levantou sua taça no ar.
-De qualquer maneira, proponho um brinde. – disse, galanteador.
-Ah é? A que? – perguntou interessada, inclinando-se mais para perto dele e segurando sua taça no alto também.
-A você. – ele respondeu olhando-a com amor.
-A nós. – ela disse, respondendo seu olhar da mesma maneira.
Beberam sem desviar o olhar, e em seguida Harry acabou com a distância entre eles, alcançando os macios lábios rosados de sua esposa. Beijaram-se devagar, como se todo o tempo do mundo estivesse à sua disposição, e nada mais importasse além deles dois, juntos. Harry acariciava o rosto dela, enquanto Ginny passava as unhas gentilmente em sua nuca, fazendo-o arrepiar. Quando, aos poucos, as bocas se separaram, Ginny manteve os olhos fechados por alguns segundos, sendo admirada pelo marido, antes de dizer:
-Harry, você deve imaginar que eu fiz esse jantar por alguma razão especial, não é?
-Confesso que sim. Estava imaginando quando iria me contar a quê devemos esse jantar maravilhoso.
Ele a olhava com curiosidade, mas Ginny no momento começara a achar que o guardanapo em seu colo era deveras interessante, e demorou alguns minutos olhando-o antes de levantar o rosto e suspirar, para em seguida revelar:
-Eu vou sair do Harpias. – disse.
Harry levantou as sobrancelhas, confuso.
-Mas eu achei que você tinha dito que não pretendia jogar em nenhum outro time além do Harpias.
Ela olhou para ele, mantendo o semblante sério, visivelmente nervosa.
-Sim, eu não pretendo.
-Então por que irá sair do time? – perguntou, segurando uma das mãos dela.
Ginny demorou alguns minutos para responder, mas conseguiu sorrir antes de dizer:
-Bem... Pelo mesmo motivo que ficaremos sem beber vinho pelos próximos seis ou sete meses... Porque nós vamos ter um bebê.
Pelos primeiros segundos, a expressão de Harry manteve-se intacta. Ele estava simplesmente olhando para a esposa, enquanto seu cérebro assimilava as palavras que ela havia acabado de dizer: Nós vamos ter um bebê. Uma sensação esquisita e quente apoderou-se de seu corpo, um misto de nervosismo e uma felicidade. Finalmente, estava construindo a família que nunca tivera, mas sempre desejara.
Sua demora em dizer ou transparecer alguma coisa fizeram com que o sorriso de Ginny sumisse de seu semblante, e sua expressão tornou-se preocupada.
-Você não gostou da notícia. – afirmou, não perguntou.
-Não! Não é isso, minha querida! – ele disse rapidamente, segurando as mãos dela e olhando em seus olhos castanhos- Eu estou muito feliz! Essa é uma surpresa maravilhosa!
Ginny mirou aqueles olhos verdes que tanto amava, e viu a sinceridade nas palavras e no sorriso do marido. Permitiu-se sorrir mais uma vez, os olhos marejados de lágrimas.
-Ah, que ótimo! – disse- Eu estava tão preocupada...
-Sem motivos! Eu estou realmente muito feliz com essa notícia, Ginny! Se soubesse o quanto... – mas ele não terminou a frase.
Harry beijou Ginny com uma intensa mistura de carinho, paixão, amor e admiração. Buscou avidamente por sua língua e acariciou-a com a sua, explorando toda a boca da amada e recebendo um gemido de aprovação. Levantou-se da mesa e pegou-a no colo, fazendo com que a esposa jogasse sua cabeça para trás, rindo com a surpresa do ato, os cabelos ruivos balançando harmoniosamente às suas costas. Levou Ginny assim até o quarto, onde a colocou gentilmente sobre a cama e voltou a beijá-la e acariciá-la com todo o seu sentimento. Fez questão de dizer-lhe repetidamente o quanto a amava, e fizeram amor demorada e prazerosamente.
A sobremesa, o delicioso tiramisu que ela preparara com tanto afinco, foi partilhada intimamente na cama, algum tempo depois. A mulher estava deitada de bruços, os cabelos ruivos caindo de forma desordenada sobre suas costas nuas, e os pés balançando distraidamente enquanto o marido lhe dava mais uma colherada do doce. Harry a admirava e sorria, num silêncio delicioso, como se ela não fosse uma simples humana, mas quase uma deusa: era decididamente uma das Musas da mitologia grega, olhá-la dessa forma trazia o melhor dele para fora. Estava para ele, nesse momento, mais bonita do que jamais estivera, nua, com os cabelos bagunçados, a expressão feliz e satisfeita, carregando seu primeiro filho. Nunca tivera dúvidas de que só ela poderia fazê-lo feliz.
Harry colocou a tigela do doce e a colher na mesa de cabeceira, para em seguida puxar a esposa para si. Ela rolou na cama antes de acabar em cima dele, dando a risada melódica que ele tanto amava. Harry a segurava firmemente pela cintura, e olhava em seus olhos, com tanta intensidade quanto no dia em que dissera seus votos de casamento.
-Você me fez o homem mais feliz do planeta hoje, Ginerva Potter.
Disse, beijando o pescoço da esposa, antes de recomeçar as carícias, desejando em seu íntimo que essa felicidade e essa noite não terminassem nunca.
N/A: Tá aí, o primeiro de muitos! O que acharam? Ah, outra pergunta: vocês se interessariam por cenas NC-17? A atualização vai ser semanal, a medida do possível. Até a próxima quinta! Beijinhos!
