Bom, eu sou horrível de escolher nomes para os contos e também para escrever sinopses. Deveria estar com meus livros estudando equações diferenciais, mas quem disse que estou com vontade?

Me desculpem por eventuais erros.

Muitas coisas aconteceram desde a volta do Purgatório. Uma delas é que Castiel resolveu ser caçador. Ele queria ajudar as pessoas, pois a culpa o consumia por ter matado humanos e anjos quando ele era o novo "Deus".

O anjo estava atrás de um demônio, mas ao ser despistado, Castiel entrou calmamente em um galpão abandonado aonde sentiu um forte cheiro de sangue. Ele se deparou com um ninho de vampiros. Havia algumas pessoas presas em uma espécie de prisão, pois estavam passando pela transformação de humano para vampiro. Como ele não tinha medo de vampiros, entrou, os matou e quando estava saindo, se deparou com uma cela que estava mais isolada das outras. Se aproximou lentamente, afinal não queria ser pego de surpresa. O anjo abriu a cela e percebeu que a pessoa presa, estava desmaiada.

Castiel sentiu um calafrio percorrer seu corpo, pois sabia que conhecia quem estava desmaiado. O anjo pega o celular e liga para Dean.

- Fala Cas! – diz Dean

- Dean – o anjo responde – preciso de sua ajuda.

- O que aconteceu? Você esta bem? – pergunta o loiro

- Sim, o problema não é comigo. – Castiel diz calmamente – Estava em um ninho de vampiros e encontrei Benny. Ele esta na minha frente, desmaiado, muito machucado e eu não sei o que fazer com ele. Sem contar que ele é seu amigo e não o meu.

Castiel profere as ultimas palavras com certa rispidez.

- Trás ele aqui – fala Dean, dando em seguida o endereço do motel onde está com Sam.

Segundos depois, o anjo aparece com o vampiro. O caçador se aproxima e ajuda Cas a colocar Benny na cama e a limpar os ferimentos dele. Dean pergunta se o moreno pode curar Benny dos machucados e o anjo diz que neste caso, ele não pode ajudar.

Sam, que estava fora comprando a janta, entra tranquilamente no quarto e se depara com essa cena. Benny, na cama de Dean, machucado, sendo cuidado pelo seu irmão e o anjo.

- Dean – Sam diz com raiva – não acredito que você trouxe esse vampiro para cá.

- Ah Sam, qual é! – retruca Dean – O que você queria que eu fizesse? Ele é meu amigo e está muito machucado.

- Sam – Castiel interfere – a culpa é minha! Eu que achei o Benny e não sabia o que fazer. Liguei para o Dean e ele disse para trazê-lo aqui.

- Eu me recuso a ficar aqui, no mesmo quarto que um vampiro – e fazendo das palavras, ações, Sam pega suas coisas e sai do quarto. Ele vai procurar algum lugar para ficar, longe dessa loucura toda, na qual o irmão de Dean não acredita que Benny seja um vampiro do bem.

Após esse momento de tensão, Cas interrompe o silêncio, após Sam sair do quarto.

- Me desculpe – Castiel diz olhando diretamente para os olhos de Dean – não queria que você brigasse com seu irmão por minha causa.

- Não foi por você que brigamos – Dean diz com irritação – O Sam não acredita que o Benny é meu amigo. Você sabe muito bem que no purgatório ele foi como se fosse meu irmão. Mas vamos ao que interessa. O que aconteceu lá?

- Eu estava na pista de um demônio e acabei sendo despistado. Quando me dei conta, estava em um galpão abandonado e senti um forte cheiro de sangue humano. Entrei e me deparei com vários vampiros e eles estavam tentando se reproduzir. Os matei e quando estava indo embora, achei Benny, desmaiado, todo machucado e preso. Aparentemente, ele não estava fazendo parte disto.

- Não há nada que possamos fazer – diz Dean – agora é esperar o Benny acordar e ele falar que diabos aconteceu naquele galpão. Enquanto isso quer comer alguma coisa Cas?

Dean pega cerveja e hambúrgueres. Caçador e anjo começam a comer e a conversar sobre trivialidades. Castiel adorava quando Dean lhe dava atenção. Ainda mais quando era somente para ele. O moreno sabia que amava seu protegido, por mais que imaginasse que nunca seria correspondido. O loiro, por sua vez, não entendia como podia se sentir tão seguro e em paz, com o dono dos olhos azuis. Seu anjo lhe trazia sentimentos e sensações que ele nunca teve e que não conseguia entender direito. Para Dean, o que importava era a presença de Cas em sua vida.

As horas passaram. Dean estava com sono. Castiel achou melhor conseguir sangue para Benny, pois quando ele acordasse, com certeza estaria com fome. Sem contar que o vampiro estava bastante fraco e precisava se fortalecer.

Dean estava dormindo quando Cas voltou com bolsas de sangue. O anjo sabia que pegar bolsas de sangue não era correto, mas como Benny era amigo de Dean, faria qualquer coisa para seu protegido ficar feliz. Só por isso respeitava o vampiro.

O moreno coloca a comida de Benny em cima da mesa, quando ouve o vampiro resmungar alguma coisa. Por algum sentimento, que o anjo não soube definir qual era, decide ficar invisível para assistir o desenrolar dos acontecimentos. Dean acorda e se aproxima de seu "irmão".

- Benny, o que aconteceu com você? – pergunta Dean

- Dean? O que você esta fazendo aqui? Onde eu estou? – pergunta Benny com uma voz bem fraca.

O caçador conta para o vampiro tudo que Castiel tinha lhe dito.

- Deixa eu ver se entendi – diz Benny com um leve tom sarcástico na voz – o anjo que não vai com minha cara, me salvou. Foi isso?

- Exatamente isso! Não sei por que vocês cismam um com o outro!

- Às vezes acho que você não enxerga o que esta bem a sua frente, irmão. – Benny diz, mas não dá tempo para Dean pensar em responder, pois complementa - Estou me sentindo estranho. Não só pelo motivo de tomar uma surra. Minha cabeça esta doendo, estou sentindo calafrios...

- Não sabia que vampiros sentiam febre – Dean fala ironicamente – Vai logo, conta o rolou no castelo do Drácula.

O vampiro começa a narrar sua história. Benny estava atrás de bolsas de sangue quando cruzou com um de seus antigos parceiros. Assim como ocorreu quando foi obrigado a matar o Martin, esse outro vampiro o chamou para participar de seu ninho e a resposta foi não. Só que dessa vez, essa recusa não foi muito bem aceita. Benny foi preso e espancado. Quando viu a chance de fugir, falhou ao tentar ajudar uma humana. Tomou uma baita surra e desmaiou. Era isso do que se lembrava.

- Você ficou treze horas apagado, no mínimo. – Dean comenta com seu amigo vampiro.

- Não é normal, ainda mais para alguém da minha espécie – responde Benny – Dean, eu estou com fome, por acaso você te...

A fala é interrompida por uma dor dilacerante que Benny sente no peito. Ele sente falta de ar e leva as mãos ao local que esta lhe incomodando. O caçador se assusta e senta na cama na qual esta o vampiro, perguntando no que ele poderia ajudar. Benny leva as mãos até o rosto de Dean e o puxa para um beijo.

Castiel fica chocado com a cena que presencia. Por alguns segundos, fica sem reação. Depois, movido pela raiva, desaparece do lugar. Dean não escuta o barulho das asas de seu anjo, pois estava surpreso pelo que acabara de presenciar. Já Benny, que possuía sentidos mais aguçados do que o loiro, ouviu. Entretanto, estava tão atordoado pelo que fez, que não levou o som a sério. Nem sequer imaginou que Castiel presenciou tudo.