Disclaimer: Lost e seus respectivos personagens não me pertencem. Esta fanfiction não possui fins lucrativos.
Categoria: Romance/Comedy
Censura: M
Sana/Fic em 9 capítulos.
Sinopse: Hurley está de saco cheio das piadinhas de Sawyer e decide que ele precisa arranjar uma namorada para deixá-lo em paz. Para isso ele decide dar uma de cupido e bola um plano mirabolante para fazer com que Sawyer e uma certa garota mal-humorada do acampamento fiquem juntos.
Especialmente para Margueritte, Clara, Charyto e Luisa.
Um Conto de Natal Sana
Dezembro de 2004
Em uma ilha perdida em algum lugar do pacífico
Hurley estava sentado em um tronco na praia fazendo o inventário dos alimentos que eles ainda tinham na escotilha quando Sawyer se aproximou dele e começou a dizer:
- Querido papai noel, esse ano eu não fui um bom menino. Eu escondi comida dos meus amigos sobreviventes só para eu comer sozinho. Será que o senhor poderia quebrar o meu galho e ainda me mandar aquele lego do Harry Potter que eu tanto queria?
Ele parou de escrever e olhou diretamente nos olhos do sulista com uma expressão zangada no rosto antes de dizer
- Você acha que vai conseguir fazer amigos desse jeito?
- E quem disse que eu estou interessado em fazer amigos, Jumbo?- retrucou Sawyer. – Eu tenho parças. Quando eles precisam de alguma coisa eles vem até mim, a gente negocia e fica tudo certo.
- Bom, a pessoa que te tirar no amigo secreto vai te dar um chá de simancol, se te derem alguma coisa.
Sawyer riu.
- Hugo, você acha mesmo que eu participaria do amigo secreto? Essa história de celebrar o natal na ilha é uma perda de tempo. Eu já não ligava pra isso quando morava em LA ainda mais agora nessa ilha?
- Dude, tenho pena de ti.- disse Hurley com sinceridade.
- Pena de mim?- indagou Sawyer, debochado. – "Dude" olha pra ti e olha pra mim. De quem será que você deveria ter pena?
Sawyer o deixou, rindo maquiavelicamente. Hurley suspirou, pensativo. Charlie o viu e aproximou-se dele.
- Hey, que cê tá fazendo, Hurley?
- Pensando.- ele respondeu.
- Pensando em quê?
- Em quanto o Sawyer é um imbecil.- disse Hurley levantando-se do tronco da árvore.
- Ah mais isso todo mundo já sabe.
- Ele acabou de me dizer que não vai participar do amigo secreto.
- Mas você esperava mesmo que ele fosse participar?- retrucou Charlie. – Melhor assim, cara. Quem iria querer dar presente pro Sawyer?
- Dude, tu acha que ele sempre foi assim?
- Assim como?
- Assim...egoísta...aproveitador...mal amado...
Charlie deu de ombros.
- Charlie, o cara já foi um bebezinho uma vez. Ele não deve ter nascido mal. Algumao coisa aconteceu com ele que o deixou assim.
- Pode até ser, Hurley. Mas a gente não sabe o que foi e nem acho que vamos descobrir.
Hurley pensou mais um pouco.
- E se a gente pudesse dar uma razão para ele ser bom? Algo que o faria feliz, sei lá!
- Como o quê? Hurley a gente não tem nada que ele queira.
- Mas podemos conseguir algo que ele irá querer! Charlie, o que todo mundo quer?
- Hummm...- fez Charlie, pensando. – Dinheiro, fama e amor?
- Amor!- exclamou Hurley sorrindo. – Dinheiro e fama não servem pra nada nessa ilha. É
isso, dude! Vamos arranjar uma namorada para o Sawyer. Assim, se ele estiver apaixonado vai ser uma pessoa melhor e vai parar de encher o saco da gente.
- Hurley, cê tá viajando na maionese. Que mulher dessa ilha iria querer namorar o Sawyer, sinceramente?
- Ei, o Sawyer até que é "esforçado".- disse Hurley.
- Verdade, o cara tem lá seus músculos e...as covinhas.- concordou Charlie. – Mas mesmo assim o cara é mala pra caramba! Só a Kate que consegue aturar ele.
Os olhos de Hurley brilharam naquele momento.
- A Kate! Podíamos conversar com ela sobre isso.
- Sei não, Hurley. Acho que tá rolando um lance entre o Jack e a Kate.
- Como você sabe?- perguntou Hurley.
- Bom, porque ontem eu passei lá na escotilha e eles estavam sozinhos lá, abraçados.
- Isso não quer dizer nada.- disse Hurley. – Eles são amigos.
- Mas ele tava com a mão na bunda dela, cara!- Charlie revelou.
- Ok, acho que a Kate está fora então.- concluiu Hurley. – A Libby e a Claire também.
- A Sun e a Rose também.- adicionou Charlie. – Sendo assim só nos restam a...
Foi nesse momento que Hurley avistou Ana-Lucia saindo do mar. Ela tinha acabado de tomar um mergulho e usava apenas sua camiseta preta e a parte debaixo de um bíquini da mesma cor. Ela colocou seus cabelos para cima em um coque folgado e se deitou na areia de costas para eles, buscando pegar um pouco de sol despreocupadamente.
- O que foi?- Charlie indagou sem entender até que seguiu o olhar do amigo e deparou-se com a mesma visão. – A Ana-Lucia?
- E por que não?- retrucou Hurley. – Ela é gata, solteira...
- E odeia o Sawyer!- Charlie completou. – Cara, ela quase comeu ele vivo do outro lado da ilha que eu soube.
- Quem desdenha quer comprar.- afirmou Hurley.
- Oh, agora me lembro!- disse Charlie de repente. – Ela disse pra Claire que não vai participar do amigo secreto também.
- É isso, Charlie! É um sinal! Pensa comigo, dude. Dois corações solitários e amargurados juntos na noite de natal...
Charlie riu.
- Hurley, cê pirou cara? Isso nunca vai dar certo.
- Deixa comigo.- disse ele cheio de confiança.
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A sensação do sol morno na pele de Ana-Lucia era reconfortante. Era muito bom poder tomar banho de mar, se deitar na areia e se bronzear sem ter que ficar pensando na segurança de seu grupo o tempo todo. Ter vindo viver no acampamento de Jack tinha suas desvantagens, mas as vantagens eram maiores. Ela sentia que as pessoas ainda a hostilizavam pelo terrível incidente que causara a morte de Shannon, mas pelo menos ali estava em paz. Ficar sozinha era bom para refletir.
- Oi, Ana-Lucia. Bom dia.- disse uma voz amigável interrompendo os pensamentos dela.
Ana se virou para olhar e viu o jovem e robusto rapaz a quem chamavam de Hurley. Procurou ser simpática e sorriu.
- Bom dia.- respondeu.
- O dia está bonito, né?- comentou Hurley.
- Os dias sempre são bonitos aqui.- ela disse embora tivesse vivido muitos dias sombrios na ilha.
- Eu soube que você não vai participar do amigo secreto?
- Bem, eu achei que não tinha muito cabimento eu participar.
- E por que?- retrucu Hugo sentando-se ao lado dela na areia.
Ana-Lucia ergueu uma sobrancelha e disse:
- Por razões óbvias é claro.
- Todo mundo sabe que foi um acidente.- declarou Hurley.
- Um acidente que poderia ter sido evitado.- Ana disse com uma nota de tristeza na voz. – Acho que isso é o bastante para que as pessoas não se liguem muito em mim por aqui. Mas ainda assim eu sou muito agradecida por terem me deixado ficar.
- Bom, eu sei que tem gente que gosta de você.- ele comentou. – Inclusive tem uma pessoa em particular que gosta muito de você.
Ana se levantou da posição em que estava e bateu a areia de suas pernas e coxas antes de se sentar ao lado de Hurley. Ela estava um pouco confusa sobre aonde aquela conversa iria chegar.
- O que quer dizer?- ela perguntou sem rodeios.
- Eu tenho um amigo que... – ele se parou de propósito. – Não dude, melhor eu não dizer...o cara me mataria.
- Hurley, essa conversa tá muito estranha.- disse Ana.
- Eu sei.- ele concordou. – Desculpa, não era pra eu te contar mas eu já tô com pena desse meu amigo.
- Está com pena dele porque ele simpatiza comigo?- Ana retrucou sem entender.
- Não.- Hurley respondeu. – Eu estou com pena dele porque o cara tá muito na tua. Dude, ele tá apaixonado. Está até escrevendo poesia.
Ana-Lucia deu uma gargalhada.
- Oh shit! Tá de brincadeira né?
- Não, eu tô falando sério!- ele insistiu.
Ela riu ainda mais.
- Ok, cara, eu aprecio mesmo o seu esforço em querer me incluir no grupo de vocês, mas não precisa vir com esse tipo de historinha não.
Hurley se levantou, bateu a areia da bermuda e disse:
- Bom, eu achei que devia te contar.
Ela deu um meio sorriso e disse:
- Se isso é mesmo verdade, de quem estamos falando?
- Mantenha os olhos abertos.- Hurley disse e foi embora sem dizer mais nada.
Ana balançou a cabeça negativamente e riu sozinha, dizendo para si mesma:
- Poesia? Como se eu estivesse precisando de poesia. Estou precisando é dar "umazinha."
Continua...
No próximo capítulo:
Ele pegou o pedaço de papel que estava cuidadosamente dobrado e o abriu. Era uma letra pequena e caprichada que dizia: "Sawyer, estou muito a fim de você." E embaixo das palavras havia uma marca de batom vermelha de uma boca muito carnuda. Sawyer arregalou os olhos e leu de novo, custando a acreditar no que tinha lido.
E aí meninas, gostaram? Espero que curtam o presente de natal. Obrigada por continuarem lendo minhas histórias!
