Para a frente, até o amanhecer
Começou, assim como no início de todas as coisas, com uma explosão. E seguiram-se várias outras, incontáveis, incalculáveis. Raios de luz e feixes de escuridão do início ao fim, de um lado ao outro. Uma explosão talvez sem fogo, talvez com, mas brilhante e sombria, mais alta que o maior dos trovões, mas silenciada pela violenta mordaça do espaço, acorrentado e obediente à todas aquelas leis que o criaram e o mantinham.
Mas as vezes, mesmo leis físicas e perpétuas tem suas exceções, suas variáveis e imprevisíveis exceções que são as verdadeiras e culpadas formadoras do explendor galáctico que no presente tempo, todas aquelas diferentes raças e indivíduos tinham à sua disposição.
E então, aproximou-se daquele pequeno pontinho de luz, que na verdade era um grandioso planeta, aquele objeto estranho mas ao mesmo tempo tão familiar. Era de outro mundo, de outro tempo, de outra realidade.
Mas ainda ninguém sabia disso. Não demoraria muito, no entanto, para descobrirem. E também encontrassem naquele objeto alguém, que também como a massa de aço e metal que o levava, era estranho e familiar ao mesmo tempo.
Não demora para o objeto se aproximar dos satélites artificiais daquele planeta. Ele logo é avistado, e um pânico geral toma conta daquela rocha que dois anos antes fora alvo de um quase genocídio.
Eles não podiam ver ainda, mas naquele objeto estavam alguns dizeres. Para frente, até o amanhecer, dizia numa língua comum àquele planeta.
Faltava pouco para que naquele amanhecer nascesse uma nova esperança naquela galáxia.
Talvez fosse realmente assim que o Universo se comportava, quebrando suas próprias leis, metamorfoseando-se como bem entendia, porque assim queria, porque assim as coisas deveriam ser.
Mas não só esperança brota ao amanhecer. As vezes, surge também condenação.
