Título: Secret Love

Autora: Lady Anúbis

E-mail: .br

Co-Autora: Yume Vy

Beta: Eri-chan

Banda: the GazettE.

Casais: Aoi x Uruha/ Menção de RxR e MxK.

Classificação: + 18

Gênero: Slash/ Romance/ Comédia leve/ Lemon.

Status: Fic em andamento.

Direitos Autorais: Infelizmente o the GazettE não nos pertence, mas a imagem deles pertence a PS Company. Essa fanfic não tem fins lucrativos e foi feita apenas para diversão.

Sinopse: O que poderia acontecer se uma fic slash caísse nas mãos de Uruha? Como ele vai interpretar as palavras de Aoi sobre a referida 'obra'? Às vezes segredos precisam de uma ajudazinha para se tornar uma realidade... E isso é o que o moreno mais deseja! Uma comédia-romântica AoixUruha.

ooOoo

Secret Love

Capítulo I – Fanfiction.

A viagem transcorre tranqüila, os olhos negros observando ocasionalmente as imagens desfocadas pela janela do ônibus. Respira fundo, extremamente cansado, pois essas turnês geralmente o deixam assim, bastante melancólico. E esta em particular parece ainda mais difícil para Yuu...

Volta a ler, devorando com os olhos cada linha, em pouco tempo se vendo diante da página quarenta e dois, sem imaginar o final que a autora dará a seus personagens. A brochura encadernada escorrega por seus dedos e ele lamenta não ter imprimido as outras dez histórias dela que encontrou na internet.

Um pouco à frente, Kouyou está praticamente deitado em sua poltrona. Lá fora, uma chuva fina cai, ressaltando o verde das árvores, tornando o ambiente mais puro e bonito de se olhar. Mas, nem toda a natureza é capaz de aplacar o tédio sentido pelo guitarrista de madeixas loiro-mel, que suspira, passando a mão pelos cabelos.

Ao ouvir algumas risadinhas, Uruha volta seus chocolates para o lado, vendo como Reita e Ruki estão perto um do outro, reparando que a mão do baixista... Está dentro da blusa do vocalista? Pisca algumas vezes, pensando ter visto errado, mas não... Reita está mesmo 'abusando' do menor. Desvia o olhar, ligeiramente envergonhado. Sabe que eles estão juntos, porém não está acostumado a vê-los assim.

Decidido a fugir dessa sua indiscrição involuntária, Uruha se levanta, vendo que Kai está dormindo mais a frente, próximo de alguns rapazes do staff que sempre viajam com eles. Então se volta para trás, notando que Aoi está acordado e lendo algo, resolvendo ir perturbá-lo. Caminha cambaleante até o fundo do ônibus, as curvas da estrada o fazendo se mover devagar e com cautela.

– Ei, Yuu... O que você está fazendo aí? – Kouyou indaga sorrindo ao moreno, ainda de pé, apoiado no encosto da poltrona da frente, seu olhar curioso.

– Lendo algo muito interessante que encontrei na net. – Yuu diz com um meio sorriso malicioso ao voltar seu olhar para o loiro de pé ao seu lado. – Chamam de fanfic... E há algumas autoras muito talentosas que se dedicam a escrevê-las.

– Ah, é?! – O guitarrista mais novo ergue uma sobrancelha ao ver aquele sorriso nos lábios do moreno, ouvindo atentamente o que ele diz.

Sem demora, Aoi faz sinal para que Uruha se sente na fileira ao lado da sua, acomodando-se melhor para ficar totalmente de frente para ele, recostando-se à janela, estendendo suas pernas sobre o banco.

Curioso, o loiro acaba se sentando de acordo com o pedido mudo de Aoi, ficando de frente assim como o moreno, uma das pernas sobre o apoio da poltrona, o que faz seu short encurtar ainda mais. Ruki o perturbou como de costume por estar usando-o, mas apesar da chuva fina lá fora, dentro do ônibus está quente demais para o seu gosto, graças ao ar condicionado. Culpa do Kai que é friorento demais! A poltrona está deitada e Uruha encosta o braço na mesma, ficando ligeiramente deitado, dando um sorriso enquanto fita o mais velho.

– E o que tem de tão interessante nessas histórias para despertar seu interesse? – Indaga, olhando dentro dos olhos do moreno. – Você está me deixando curioso...

– São histórias de fãs, criando aventuras novas para seus personagens favoritos. – Aoi fica satisfeito com o interesse do amigo. – Essa, por sinal... É de uma fã nossa.

– Oh, mesmo? – Uruha o fita com mais interesse, querendo mais informações.

Internamente exultante Aoi fecha o calhamaço, desinteressando-se no momento por seu conteúdo, mais interessado em analisar a expressão enigmática nos olhos chocolate, que se arregalam de leve diante de suas palavras.

– Uau! As fãs escrevem histórias com a gente? E que tipo de aventuras acontecem? – Indaga Uruha, completamente curioso, sorrindo para Aoi, contente por saber que existiam histórias assim com o the GazettE, porque isso mostra que a banda está fazendo sucesso.

O loiro então ouve uma gargalhada mais a frente, identificando-a como sendo de Kai, que devia ter acordado e agora fala animadamente com um dos staffs. Então sorri, voltando a fitar Aoi, se inclinando ligeiramente para frente.

– Nee, Yuu... E nessa história que você está lendo? Ela fala do quê? – Indaga, inconscientemente molhando os lábios, extremamente animado com o que ele está lendo.

Inconscientemente Aoi solta uma risadinha marota e se levanta ficando de pé bem devagar, parando diante do loiro, sem nunca desviar os olhos dos dele. Estende-lhe as folhas impressas, encadernadas com uma espiral vermelha... Maliciosamente se movendo e encostando-se ao banco da frente.

Uruha pisca os olhos ante o movimento de Aoi, vendo as folhas a sua frente. O loiro as segura sem pressa, olhando a capa, vendo o título da 'obra'... Amor Secreto... Volta a fitar o moreno, achando a forma como este o observa extremamente suspeita e isso o deixa com a pulga atrás da orelha.

– Leia... Você vai gostar. – A expressão de Aoi é das mais intrigantes, mal conseguindo disfarçar. – Eu... Adorei! Depois comentamos...

– Hum... Você está fazendo muito mistério, Aoi! – Diz Uruha, sorrindo ao outro, se virando e se ajeitando na poltrona.

Suspirando, Kouyou segura a encadernação nas mãos, ainda com uma expressão interrogativa nos rosto, pois algo nas atitudes de Yuu lhe parece muito estranho. Normalmente o moreno comenta entusiasmado as novidades que lhe caem na mão, tornando as viagens de ônibus nas turnês menos cansativas, mas hoje ele parece esconder algo, como se fosse o detentor de algum segredo e isso atiça ainda mais sua curiosidade.

Aoi se vira sem dizer mais nada, decidido a manter o loiro interessado e inocente do que irá ler. Caminha para a frente do ônibus, parando ao lado de Kai e se sentando no braço da cadeira, sem deixar de lançar um último olhar para o fundo, apesar de fingir não estar interessado.

Takashima lê o nome da fanfic, autora, classificação... E ergue uma sobrancelha ao ver o 'para maiores de dezoito anos', descendo os olhos e chegando a... Par? Estreita os orbes escuros ao perceber que está escrito 'Aoi x Uruha'. Fica um tempo parado, apenas observando o nome dele e de Shiroyama ali, até que olha adiante, vendo em gênero as palavras 'slash/ romance/ lemon'.

"Mas o que é isso?" – Indaga, ainda mais intrigado, mas temendo o que pode encontrar...

Uruha começa a ler, reparando os detalhes que a autora coloca, como a luminosidade do ambiente, no caso um quarto, a cama, a forma como os lençóis estão desarrumados... E à medida que segue com a leitura consegue visualizar em sua mente, claro como o dia, a imagem transmitida através daquelas letras...

"O... O que o Aoi...?!" – Os olhos chocolates se arregalam e sua boca se abre, chocado, quando nota a descrição do caminho seguido pelas mãos de dedos longos do moreno, sua feição entre a surpresa e quase... Quase indignação. Engole em seco ao continuar a acompanhar a detalhada narração dos atos de Shiroyama...

"Aoi percorre a pele macia com seus lábios quentes, sentindo o instante em que esta se arrepia ao seu toque, chegando com a língua ao ponto que desejava, percorrendo a glande, circulando-a devagar, animando-se com o gemido profundo de Uruha."

– Eu não acredito! Como assim? – Indaga o loiro, sem acreditar no que está escrito, levando a mão à boca, cobrindo-a.

À medida que lê, visualiza com perfeição a cena... Os lábios do moreno em seu corpo... A língua sobre sua glande... E Uruha se remexe, incomodado, uma sensação estranha se alojando em seu estômago, o coração batendo mais rápido.

"E eu estou gemendo?!" – Pergunta-se em pensamento, internamente revoltado, mas há outra gama de sentimentos que ele não sabe definir em palavras...

Por mais que esteja lendo, não consegue crer no que 'está acontecendo'. Como aquela autora pode escrever algo como aquilo? Ok. Tudo bem que ele sabe que algo assim deve rolar na mente das fãs devido aos fanservices e coisas ditas nas entrevistas, mas... Assim? Desse jeito? Nesse nível?

"E por que eu sou o passivo?" – Indaga-se mentalmente, suas bochechas completamente coradas.

"E cada reação do seu próprio corpo o leva a tornar suas carícias mais intensas, cada gemido tomando seu ser como um animal selvagem... Apossando-se de sua boca, de suas mãos, acelerando seus movimentos com uma ânsia devastadora. Logo o toma todo em sua boca, sentindo o pulsar do membro sedento por mais."

Uruha acaba mordendo a falange do dedo indicador, morrendo de vergonha, sabendo que deve parar de ler, no entanto, não consegue... Seus olhos continuam devorando as cenas, incomodando-se ao sentir certo arrepio em seu baixo-ventre e logo ele abaixa o texto, colocando-o sobre suas coxas por um momento.

"O que é isso, meu Deus?" – O loiro se pergunta em pensamento, enquanto desvia o olhar por um instante.

Aoi lança mais um olhar pra o fundo do ônibus, vislumbrando o loiro de face corada, disfarçando a vergonha ao ler, fazendo-o sorrir enquanto dissimula sua satisfação com a fase um de seu plano dando ótimo resultado.

– Cara, que loucura! – Kouyou diz baixinho para si mesmo, chocado, voltando a fitar o texto.

"– Você me quer? – A voz do moreno soa provocativa e rouca de desejo. – Quero te amar... Você é só meu..."

"Como assim eu sou do Yuu?" – Indaga em pensamento, fechando o cenho, mas...

Imaginar a voz sexy e enrouquecida de Shiroyama é algo perturbador! E pensar que o moreno está falando aquilo para ele, é ainda mais intrigante, além de... Pisca os olhos, percebendo o que está pensando. Aquele Aoi não está falando com ele... Está perguntando para o Uruha da fic e...

"Droga! Isso... Isso é tão estranho..." – Pensa o loiro, mordendo a ponta da unha do dedo indicador, lambendo os lábios em seguida, continuando a leitura. Ansiedade e curiosidade permeando seu ser...

"Aoi coloca-se entre as pernas do mais novo, se encaixando em seu corpo, esfregando-se nele quando se deita sobre seu ventre, sua boca tomando a do loiro sem pudor, querendo instigá-lo e receber uma resposta... Precisa saber que Uruha também o deseja."

"Cretino! Como ele espera que eu diga não, fazendo isso?" – Uruha indaga mentalmente, totalmente concentrado na fanfic.

Sem que possa evitar, ele imagina o peso do corpo de Aoi sobre o seu, as peles se tocando com suavidade, o roçar delicioso em seu ventre, bem como aquela boca tomando a sua com uma paixão avassaladora e...

– Mas que porra...?! – Uruha acaba falando um pouco mais alto e cobre a boca em seguida, se afundando na poltrona para que ninguém o veja.

Que merda é aquela que está pensando? Ele acaba de imaginar, realmente, ele e Aoi juntos, transando? Tudo bem... Está apenas lendo, um ato em que se costuma visualizar a cena, caso a autora seja boa, mas... Mas... Aquilo parece um filme pornô rodando em sua cabeça, onde os personagens principais são ele e o guitarrista moreno!

"Eu... É melhor eu parar de ler isso..." – Fica olhando para as páginas, o coração batendo forte, temeroso das reações que aquela história está provocando em si mesmo, principalmente as imagens mentais...

Uruha decide parar de ler aquela pouca vergonha! Afinal, onde já se viu ele, Takashima Kouyou, ficar lendo aquele tipo de história onde é colocado como passivo de Aoi, que percorre seu corpo com aquela boca indecente, as mãos grandes e pede para que lhe dê uma resposta positiva para então possuí-lo?

"Isso mesmo! Eu não vou ficar lendo e... Ei! O que é isso?" – Seus olhos captam algo que o intriga e Uruha acaba lendo mais um trecho.

"Uruha desperta suado, o sonho recorrente perturbando sua mente, ainda no limiar entre devaneio e realidade, tentando voltar à razão... Pois na verdade deseja tudo isso, mesmo sabendo não ser correspondido. Sofre com um sentimento impossível que o maltrata, que transforma suas noites e dias junto de Aoi em um tormento. Mas como afastar-se dele?"

– Como assim?!? – Uruha indaga revoltado. Como a autora pôde colocar que era um sonho? Isso não é justo!

Sua irritação é clara, jogando a encadernação sobre a poltrona vazia ao lado, o rosto vermelho e a respiração alterada. Olha vez ou outra a brochura ao seu lado, pensando em pegá-la de volta, mas tendo ganas de jogá-la longe.

"Merda! A infeliz escreve tão bem que eu nem notei que isso era um sonho. Mas que droga!" – Pragueja internamente.

Em poucos minutos, o loiro começa a querer socar o Aoi da fic por ser um idiota que não percebe seus sentimentos. Como o moreno lerdo podia não perceber que está apaixonado por ele? Pelo visto, era um completo cego mesmo e também...

"Isso soou estranho..." – Pensa Takashima, olhando com cara feia para o nada.

– Uru... Que foi? – Kai está ao seu lado, intrigado ao ver aquela expressão raivosa. – Está sentindo alguma coisa?

– Aaaahhhhhhh!!! – Uruha grita, quase pulando na poltrona, levando a mão ao coração, olhando assustado para o líder da banda.

A reação de Kouyou assusta igualmente o baterista, que dá um passo para trás, começando a se arrepender em ter se aproximado após ver a agitação que parecia estar perturbando o loiro. Afinal, Uruha costumava ser silencioso durante as viagens.

– Que susto, Kai! Quer me matar? Desde quando está aqui do meu lado? – Lança as perguntas, praticamente apavorado, suas bochechas começando a esquentar, ficando tão vermelhas quanto morangos maduros e Uruha pega a encadernação que estava lendo e a fecha depressa, olhando quase temeroso para o baterista, preocupado que este possa ter visto algo de seu conteúdo.

– Desculpa! Não queria te assustar! – Kai se sente sem graça, mas sabe que sua intenção foi das melhores.

– On-Onde estamos? Já chegamos? – O loiro olha para a janela, se ajeitando na poltrona, mantendo o 'livro' sobre o colo, ficando ainda mais assustado ao perceber-se... Excitado?

– Acredito que estamos quase chegando... – Quer entrar em mais detalhes, mas é interrompido bruscamente.

– Cadê o... Aoi? – Pergunta agitado, cortando Kai sem notar, ainda olhando pela janela, o coração batendo forte... E ele está ainda mais envergonhado.

– Ele sentou lá na frente. Deve estar tirando um cochilo. – Kai fala tranqüilo, mas intrigado com a agitação do loiro. – Você... Tem algo errado?

– Nada não! – Agarra as pontas da fanfic, amassando-as de leve devido à tensão.

– É que você me parece um pouco... – Uke pensa em como definir a expressão estranha no rosto do amigo. – Nervoso... Incomodado...

– Hum... – Uruha se ajeita na poltrona, não olhando para o amigo.

– Não está se sentindo bem? – Diz preocupado. – Se precisar tenho Dramin na minha mochila. Em algum lugar...

– Não, está tudo bem... – Sussurra, suspirando e fitando o outro, quando uma freada brusca ocorre e Uruha pragueja.

O movimento inesperado do ônibus projeta Kai para frente, quase caindo e resolve sentar, esquecendo o que o preocupa. Sabe que ficar em pé muito tempo é perigoso e podem acabar reclamando com ele, por isso decide voltar ao seu lugar.

– Melhor eu sentar... – Volta-se com cuidado para Uruha. – Conversamos depois.

Aoi ouve a conversa, temendo ter exagerado na dose, fingindo não ter notado, mas discretamente observando o loiro agitado, decidindo desistir de algo que lhe pareceu uma boa idéia, mas que agora se configura como um grande erro. Afunda-se no banco, fechando a expressão e evitando olhar para Uruha.

– Caramba... – Diz para si mesmo frustrado.

Quando Kai enfim se afasta, Uruha olha novamente para a fanfic encadernada. Suspirando, começa a pensar sobre o que leu... Ou melhor, sobre o pouco que pôde ler. Por que Aoi estava lendo aquilo? Por que se interessava tanto? E por que disse que ele gostaria? Remexe-se inquieto na poltrona, vendo que estão bem perto do hotel, o ônibus fazendo a curva.

"Será que eu... Consigo falar com ele?" – Pergunta-se, sentindo as bochechas corar de novo, só de se imaginar frente a frente com Aoi, falando sobre a dita fanfic.

O ônibus estaciona, o alarido das fãs já preenchendo o ambiente até então tranqüilo, trazendo-os para a agitação que sempre cerca as turnês. Aoi permanece imóvel, afundado na poltrona como se algo de muito ruim tivesse acontecido, afastando Reita que se aproxima pra mexer com ele.

Uruha se levanta, começando a caminhar, segurando firmemente o encadernado nas mãos, procurando Aoi com o olhar, até que o vê se levantando quando Reita se aproxima, saindo depressa e... Não pode deixar! Precisa falar com ele!

O guitarrista moreno se levanta depressa... Precisa se apressar, sair rápido para evitar a reprovação do loiro. Não consegue deixar de pensar como aquela idéia era totalmente sem noção desde o início, mas teimoso resolveu se arriscar e agora teme o resultado negativo, por isso aperta o passo quando ouve que o loiro se aproxima.

"Essa é a última coisa que eu preciso... Baka!" – Yuu estapeia o próprio rosto enquanto deixa o veículo e entra apressado no hotel.

Uruha se apressa, tentando passar pelos rapazes da produção começando a descarregar as bagagens, mas vê que Aoi está quase na porta e...

– Ei, Aoi! Espera! – Pede, mas é em vão... O moreno já saiu do ônibus e Kouyou pragueja, fechando a cara.

Reita e Ruki descem, o baixista primeiro, parando e olhando para trás como se zelasse pela descida do pequeno, temendo que ele tropece ou algo assim. Kai sai do ônibus em seguida, junto dos staffs e Uruha por último, seguindo para o hotel, parando perto de Aoi, mas não podendo falar com o moreno ali.

– Hã... Aoi... Uruha? – Chama o líder da banda, fitando os guitarristas.

– Sim? – O loiro pisca os olhos algumas vezes, percebendo que o baterista parece preocupado.

– Houve um problema de vazamento em alguns quartos e... Bom... Vocês podem ficar no mesmo quarto de novo? Teria algum problema? – Indaga o moreno de covinhas, olhando para os dois, em expectativa.

– Bom... Acho que... Bem... Acho que não... – Uruha responde tão baixinho que não tem certeza se Kai escuta.

– Ótimo! O quarto de vocês é este! – Diz, dando a chave para Aoi e Uruha apenas desvia o olhar, sentindo as bochechas quentes.

Takashima segue em silêncio junto com os outros, entrando no elevador e ficando ao lado da porta, olhando vez ou outra para Aoi e depois abaixando a cabeça, temendo ficar vermelho ali... Ele sabe que se Ruki percebesse não perdoaria e faria piadinhas. Tenta por os pensamentos em ordem, mas está difícil.

Aoi procura evitar por mais alguns minutos a raiva de Uruha, colocando-se no fundo do elevador, com os outros entre eles. Pior que essa mudança de quarto os forçaria a conversar e já prevê uma noite difícil. Ouve a voz alegre de Ruki, parecendo ansioso e feliz... Mais do que o normal. Mas nem sinal da voz de Uruha, apesar de pela visão periférica perceber que ele está entre os outros.

Quando a porta do elevador se abre, o loiro segue os amigos, vendo Aoi à frente e nada diz, até chegarem ao quarto destinado a eles, sabendo que as malas já haviam sido levadas. Despede-se dos outros, sorrindo ao saber que Ruki está muito feliz por ficar no quarto junto com o namorado...

"Ele vai se divertir muito pelo visto..." – Pensa consigo mesmo, dando um pequeno sorriso. Ruki e Reita merecem, afinal, acompanhou aquela história. Ainda estranha quando os vê aos beijos e tudo mais, porém, fica feliz por eles.

O moreno abre a porta, despedindo-se monossilábico dos amigos, dando passagem para o loiro entrar. Encosta no batente por alguns instantes, respirando fundo e criando coragem. Observa de soslaio o rapaz bonito que passa a sua frente, o perfume que permanece no ar... Arrepiando-se com todos os pensamentos pecaminosos que ele provoca.

O coração de Uruha começa a bater mais rápido após entrar no quarto, ouvindo Aoi fechar e trancar a porta. Fica no mesmo lugar, não sabendo o que fazer ou dizer, vendo o moreno se sentar na cama e ligar a TV... E aquilo o irrita um pouco. Por que ele simplesmente não fala nada?

– Eu vou tomar um banho. – Avisa, colocando a fanfic encadernada sobre a cama em que dormirá.

Vai até sua mala, abrindo-a e pegando a toalha, um short e uma regata, indo em direção ao banheiro. Sente-se prisioneiro de sentimentos que não consegue explicar, um nó na garganta lhe tirando o fôlego e tornando a respiração difícil. Não gosta dessa situação indefinida, onde ambos parecem ter algo para dizer, mas mantendo esse silêncio perturbador.

– Quando eu voltar conversamos... – Sussurra, fechando a porta atrás de si.

Aquelas palavras fazem Yuu tremer, pois evitara a briga o quanto pôde, mas agora seria inevitável. E tudo porque seguira o conselho de Ruki e provocara o loiro com a fanfic.

"Maldita hora em que contei pra ele o que sentia..." – Desliga a TV, nervoso. – "Contar... Acho que só o ceguinho do Uruha ainda não percebeu!"

Seus olhos não saem da porta do banheiro, ouvindo o chuveiro, imaginando o loiro sob a água quente, as mãos passando por sua pele, o vapor o envolvendo. E essa imagem mental o excita, pensando na fanfic e em tudo que o Aoi dela tem coragem de fazer. O verdadeiro, pelo contrário, esteve por tanto tempo escondendo o que sente que teme ser incapaz de um dia revelar seus sentimentos.

ooOoo

Uruha toma um banho relativamente rápido para seus próprios padrões, só para tirar o suor do corpo mesmo e relaxar, pois ainda está nervoso... E desconcertado devido ao que leu. Ainda não consegue entender o porquê de Aoi ler aquilo, mas... Vai tirar suas dúvidas hoje. Respirando fundo, o loiro deixa a água percorrer seu corpo, permitindo que a mesma caia sobre seus ombros e costas, quase gemendo com a sensação gostosa que isso lhe provoca.

Ao terminar de se banhar, Uruha se enxuga, secando os cabelos e penteando-os, passando um perfume suave. Veste o short preto curto e uma regata cinza-escura, dispensando a peça íntima, pois não quer nada o apertando. Olha-se no espelho, gostando do que vê e respira fundo.

– É agora. – Diz pra si mesmo, se virando e abrindo a porta.

E quando esta se abre, Aoi puxa a jaqueta jogada na cama sobre seu quadril, temendo que o loiro perceba o estado comprometedor em que se encontra. Nem mesmo se deu conta da passagem do tempo e agora terá que enfrentar as conseqüências se seus atos.

Os olhos chocolates percorrem o quarto, parando sobre o corpo do moreno, que permanece quase deitado sobre o colchão macio, agora com a TV desligada. Caminha até sua própria cama, se sentando de frente pra ele, segurando uma mão na outra, nervoso, sentindo o coração bater mais forte e as bochechas corarem ao se lembrar da fic.

– Y-Yuu... Bem... Sobre a fanfic... – Passa a mão direita nos fios loiros molhados, evidenciando o seu nervosismo. – Bem... Por que você estava lendo aquela história?

– Eu... – O que dizer nessa situação? Aoi engole em seco, perdendo a coragem. – E aí... Você gostou?

Aoi sabe que a melhor forma de evitar o confronto é responder uma pergunta com outra. E é exatamente isso que faz, fazendo parecer que estão se referindo a uma história corriqueira, com nada demais, por isso senta na cama de forma casual.

– O... O que? – O loiro se assusta com a pergunta, sentindo as bochechas esquentarem ainda mais...

Uruha sabe que deve estar mais vermelho que morangos maduros, acabando por desviar o olhar, o coração batendo ainda mais forte. Não esperava que o outro agisse dessa forma, que o confrontasse, que o forçasse a pensar naquilo que sentiu ao ler o texto. Suas pernas amolecem, tendo caído se não estivesse sentado. Suas mãos se contorcem nervosamente, apertando os nós dos dedos com tanta força que chegam a ficar tão rubros quanto o seu rosto.

– Eu... Eu não sei o que dizer, aquilo é... É... Bem... – Leva o dedo a boca inconscientemente, mordendo a unha.

Aoi o observa ansioso, mas espera o tempo certo para o loiro pensar.

Uruha ainda está surpreso, pois apesar de imaginar que as fãs podem fazer algo como aquilo, ler era outra história bem... Bem diferente! E a autora escreve de modo tão realista que é impossível não visualizar mentalmente cada detalhe, cada 'cena'... Ele conseguiu imaginar até mesmo o tom de voz de Aoi na própria mente.

– Eu... Confesso que ainda estou chocado. – Diz por fim, respirando fundo.

– E? – Aoi o instiga a continuar falando...

O loiro olha para a fanfic encadernada ao seu lado na cama, pensando em como sair dessa encruzilhada em que o moreno o colocou, decidindo qual a melhor forma de fazer Yuu se abrir, contar a razão para estar lendo algo que os coloca juntos de forma íntima, que explora sentimentos entre eles... Nada que exista na realidade! Ou...

– Mas... Você me disse que adorou, então... Bem... Isso significa que você gostou de nos ver... Humm... Como dizer... Íntimos daquela forma? – Morde o lábio inferior, sentindo que suas bochechas estão queimando.

Takashima jamais se sentiu tão tímido como nesse momento, constrangido diante de alguém que conhece há um bom tempo. Nunca pensou em Shiroyama da outra forma que não fosse como um excelente amigo, que sempre esteve ao seu lado, mesmo quando sua vida sofreu uns tropeços. Mas ser colocado nessa situação muda tudo que já pensou, mas de uma maneira que não sabe definir.

– Kou... – Sussurra o moreno, pensando em como começar a falar.

– É... Sobre... Hã... É sobre isso que você queria discutir? – Pergunta o loiro, fitando-o sem jeito.

– Você não ficou com raiva? – Aoi precisa desesperadamente saber isso.

– Hã? – Fita-o, surpreso, piscando os olhos repetidas vezes.

Raiva? Não, não sentiu raiva... Exceto quando a 'autora do mal' colocou que era sonho e terminou o capítulo em um momento crucial... Mas Aoi não precisa ficar sabendo disso, certo? Afinal, para Uruha já é difícil ter aquela conversa, então contar o que pensa está fora de cogitação.

– Não, eu... Eu não estou com raiva. – O loiro disse por fim, molhando os lábios secos sem nem perceber, inclinando-se ligeiramente para frente, a alça da regata caindo por ser larga e mais velha. – Mas você tinha dito que adorou, então... Você gosta de nos... Imaginar daquela forma?

– Eu... – Aoi se aproxima dele meio tímido, coisa rara em sua personalidade, mas é uma realidade no momento. – Tenho que confessar... Gosto sim.

Uruha sente uma batida de seu coração falhar quando vê o moreno se aproximando dele, sua respiração ficando mais rápida, pois o ar parece simplesmente rarefeito ali... E seus olhos mostram toda a sua surpresa quando sua mente finalmente entende o que o moreno quer dizer com aquelas palavras.

– En-Então você... – Uruha está chocado, os lábios delineados abrindo e fechando sem que nenhuma outra palavra saia, ligeiramente zonzo com aquela descoberta.

Aoi pensa no que deve falar para quem sabe amenizar o erro que cometeu, porém não tem idéia do que poderia dizer para contornar a situação. E se o loiro não quisesse mais falar com ele? E se o ignorasse?

Lembranças vêem a mente de Uruha e este se recorda que em uma declaração recente, Aoi dissera que não era gay e... Naquela mesma entrevista ele também falava muita coisa que na época não o fez pensar, mas que agora parece assumir uma conotação totalmente diferente.

"Ele disse que estava pensando em mim, então..." – Olha-o num misto de ansiedade e temor, seu coração batendo ainda mais forte.

Todas as palavras de Aoi na entrevista se mesclando com a fanfic, as duas lhe dando uma visão diferente do amigo, fazendo-o pensar na razão de Yuu falar tanto sobre sentir sua falta... Sobre entregar uma cópia dessa matéria em sua casa... De ressentir-se com o afastamento entre eles... De pensar nele... E o moreno da fanfic é tão decidido, determinado... Como o Shiroyama da interview demonstrou não conseguir ser.

"– Quero te amar... Você é só meu..." – As palavras do Aoi da fic lhe vêem a mente e Kouyou volta a realidade, imaginando se Yuu deseja a mesma coisa.

– Hã... Então você... Quer fazer sexo comigo? – Indaga o loiro, ainda sem acreditar realmente que o moreno possa realmente querer isso.

– Bom... Eu... Sinto... – Essa pergunta feita assim o deixa sem jeito, pois quando pensa em Uruha são os sentimentos que se sobressaem, mas sexo é uma conseqüência previsível. – Eu quis dizer que... Gosto de você.

Ao ouvir aquela declaração Uruha tem a impressão de que seu coração falha uma batida, a respiração fica suspensa e procura nos olhos negros as respostas para todas as suas perguntas, sua boca se entreabrindo, puxando o ar com força, apoiando uma das mãos para trás sobre o colchão, ainda olhando Aoi, incrédulo.

– Você... Go-Gosta de...? – A cabeça de Uruha roda por um segundo.

Apesar de Aoi encarar os olhos chocolates que o observam, não sabe se conseguirá responder a todas as dúvidas que surgem com sua declaração de forma satisfatória.

– Sobre a fanfic... Não posso negar que isso... Me excita... – Tenta evitar gaguejar, mas sente um calor se apossando de seu rosto, certo de que deve estar corado.

Kouyou olha para Yuu, surpreso por ele admitir tal coisa, imaginando-o ficando excitado enquanto lia aquelas histórias, se tocando e... Seu rosto começa a ficar mais vermelho, a boca tão seca, que instintivamente molha, lambendo os lábios. Não sabe o que falar, só conseguindo pensar no que aquelas mãos faziam com o Uruha da fic... Seus olhos descendo para a calça preta do moreno, percebendo certa protuberância intrigante...

– E você quer...? – Kouyou sente que sua respiração está pesada, sua mente a mil e... Aquele quarto de repente lhe parece terrivelmente quente.

Aoi se aproxima ainda mais do loiro, percebendo como seu 'estado' o perturba, temendo tomar qualquer iniciativa e acabar perdendo até a amizade dele, coisa que preza acima de tudo. E sabe que se tal fato ocorrer, até mesmo a banda teria problemas. Porém aquela pergunta o instiga devido ao tom ansioso e o motiva a tocar a mão de Uruha com delicadeza, olhando fundo nos olhos chocolates.

Kouyou estremece com a aproximação de Yuu e seu coração começa a bater mais rápido, a adrenalina percorrendo suas veias em grandes quantidades, principalmente ao ter aqueles dedos tocando sua mão, envolvendo-a com gentileza... E segundos depois o moreno o puxa, fazendo-o ficar de pé e se percebe envolto pelos braços fortes, se assustando.

– O q-que você...? – Uruha gagueja, sentindo contra seu baixo-ventre a ereção de Aoi e isso lhe causa um doce rubor, seu corpo se arrepiando visivelmente por estar tão colado a ele... Por saber como o mais velho está excitado.

– Sei que já menti sobre isso... – Aoi sussurra, apertando-lhe a cintura delgada. A sensação dos rostos tão próximos o enlouquece... A visão do amado o fazendo sorrir.

– A-Aoi... – O nome dele sai num ofego, a respiração se tornando mais pesada.

– Disse numa entrevista que não era... – Aoi sabe que na verdade ainda se enganava naquele dia, mas ali começou a ver a verdade. – Mas não consegui esconder como sentia sua falta...

Uruha prende a respiração ao ouvir aquela declaração, surpreso por lembrarem da mesma entrevista, mas seus olhos descem dos orbes negros para os lábios carnudos... E trechos da fic que descreviam aquela boca percorrendo sua pele lhe vêm à mente, fazendo uma nova onda de arrepios percorrerem todo o seu corpo.

– Yuu... – Kouyou ofega, voltando a fitá-lo.

Ouvir seu nome ser dito dessa forma apenas o excita mais, o estremecimento daquele corpo junto ao seu o instiga e nada mais pode impedir o guitarrista moreno. Não é mais uma questão de coragem... É algo inevitável! Toma aqueles lábios com ternura, se apossando lentamente de toda a sua maciez, de sua textura, do seu sabor doce, da respiração ofegante que se perde com a sua.

Uruha congela ao sentir o toque quente dos lábios dele nos seus, mais um forte tremor percorrendo seu corpo, percebendo como aquela boca pecaminosa acaricia seus lábios, sugando-os, lambendo-os... E lentamente o loiro vai fechando os olhos, apenas sentindo aquele beijo, a forma carinhosa e quente com que é tocado, suas mãos indo para os ombros dele em reflexo e sem pensar entreabre os lábios, deixando a língua impudica escorregar para dentro.

"Ah, Kou..." – Ao sentir aquela boca se abrindo, Aoi quase geme extasiado.

O tempo pára. O mundo ao redor se desintegra à medida que sente Aoi provando-o daquele jeito... E corresponder é algo irresistível. Sua língua vai de encontro à dele, beijando-o de volta, seus dedos deslizando pelos ombros, indo até a nuca, enrolando-se nos fios negros, enquanto Uruha se perde naquele beijo, sentindo o corpo se aquecer cada vez mais...

O moreno se entrega à delícia desse momento, empolgando-se quando Uruha corresponde, desejando mais, enlaçando sua cintura com mais firmeza, as mãos grandes percorrendo suas costas, acomodando-se sobre as espáduas, apertando de leve a pele macia. Envolve-se com seu aroma, perguntando-se como Kouyou consegue sempre ser tão deliciosamente perfumado, não importa a hora do dia. Ou... É sua visão idealizada dele que o acha tentador de qualquer maneira que se apresente?

– Pá-Pára... – Uruha afasta-se bruscamente, caindo sentado na cama, suas pernas entreabertas, o short mais curto devido ao movimento brusco, completamente corado e ofegante, os lábios vermelhos, os quais ele toca, incrédulo com o que ocorreu.

O desenlace deixa Yuu extremamente confuso, vendo então o loiro chocado sentado na cama, fazendo-o se sentir culpado, como se o tivesse forçado a isso com a fic, com suas palavras, com esse beijo.

– Kouyou... Me perdoa... – Quer dizer tanta coisa, mas as palavras não saem. Permanece ali, estático, sem conseguir se mover, temendo que possa magoar Uruha novamente e perder sua amizade para sempre.

Ao ouvir as palavras dele, Uruha ergue o olhar, fitando o moreno, vendo nos olhos dele como Aoi se arrepende, como... Tem medo? Fica no mesmo lugar, fitando-o, a respiração ainda forte, o corpo ainda quente e... Dá-se conta de algo que simplesmente o apavora.

– Eu... Eu não sou passivo! – Fala do nada, levantando rapidamente, as faces queimando de vergonha e corre para a porta, abrindo-a e batendo a mesma, não dando tempo para que Aoi possa fazer ou falar qualquer coisa.

Com a mão esquerda no peito e a direita na maçaneta, já no corredor, Uruha desce o olhar, vendo como seu short está apertado, um volume intrigante o denunciando e pragueja, saindo correndo pelo andar, a procura de um lugar discreto e pouco usado, pois precisa urgentemente se acalmar.

"Por que ele tinha que fazer aquilo?" – Indaga-se em pensamento, chegando até as escadas, achando um espaço ali embaixo dela e se sentando, respirando profundamente, a fim de se acalmar.

Lambe os lábios, ainda sentindo o gosto de Aoi em sua boca, o cheiro dele em sua pele, que ainda queima devido ao toque daquelas mãos e... Isso é por demais perturbador. Até aquela tarde tinha certeza de que era hetero e agora... Está excitado pelo beijo e toques de um homem... Seu amigo... Companheiro de banda e... Gay.

Continua...

ooOoo

Depoimento de Lady Anúbis:

Esta fanfic nasceu de um delicioso jogo de RPG Yaoi via YM quando a minha querida amiga Yume bateu o pé querendo um Aoi deliciosamente imprevisível... E como boa amiga, que é incapaz de negar nada a ela, fiz um Aoi especial, como ela desejava. Wuhahuhuahuhuahu...

Buscando inspiração para um plot interessante, assisti 'Dangerous Love', um dos filmes da Banda DBSK, onde um deles lê uma fanfic slash e imagina os fatos dela acontecendo. Daí a idéia explodiu na minha cabeça e o jogo rendeu meses, proporcionando uma deliciosa diversão, que agora começamos a mostrar a vocês.

Agradeço de coração a minha amada filhota Eri-chan por betar e se divertir conosco, embarcando de cabeça na idéia maluca desse jogo.

Depoimento de Yume Vy:

Foi simplesmente delicioso jogar com a mamy-Anúbis e esse começo em particular foi hilário! XD Eu ficava pensando em como o Uruha reagiria se lesse uma fanfic e algumas reações eu meio que coloquei parecidas com as minhas quando li minha primeira fanfic yaoi. AMEI! Esse jogo! *__* E está sendo maravilhoso vê-lo aqui, agora como uma fic! Obrigada por jogar comigo, mamy-Anúbis!

Esperamos que gostem e COMENTEM!!!!

08 de Junho de 2009

09:00 PM

Lady Anúbis e Yume Vy