Tinha doze anos quando a vi da primeira vez.

Era desprovida de atrativos físicos, mas da fealdade núbil promete os esplendores da perfeição.

Há meninas que se fazem mulheres, como as rosas: passam de botão a flor: desabrocham. Outras saem das faixas como o conto do patinho feio: Enquanto na emplumam são feios aos olhos dos irmãos; depois se tornam maravilhas ou primores

Era Hinata o oculto cisne; por conseguinte o feio patinho

Ninguém caracterizava com mais propriedade do que um velho amigo de luta. Quando se tratava de mulher apelidava como bem dizia o bom gosto masculino. Há ela

era Kame*

O fato de trazer a cabeça constantemente baixa, comprimindo-a para dentro da densa vestidura. As penugens, fugiam-lhe pelo fino rosto; faces coradas pelo frígido clima de Konoha, sua nuança era de uma raposa branca. Restava apenas à nesga de fisionomia para os olhos, nariz e a boca. Esta parecia nem existir. O nariz ligeiramente arredondando. Os olhos opacos e desmedidamente grandes que pouco refletia sobre a janela da alma.

Compunha-se de um vestuário assaz comportado, que fechava o corpo como uma batina desde a garganta até os punhos e quadris, usando a bandana enrolada ao pescoço; e de uma calça larga, estilo baloné.

Ainda sim não parecia constantemente a encolher-se improvisando o possível para mergulhar o resto do pescoço e queixo para dentro do sobretudo, e sumir as mãos no punho das mangas. Caminhava curva a fim de torna-se invisível; sentada, metia os pés por debaixo da cadeira

Possuía cuidado extremo com as palavras, tratar as pessoas com respeito era quase uma compulsão embora o pouco relacionamento que possuía se quando alguém dirigia-lhe a uma conversa.

Já na bastasse meus comentários aqui ditos a família não era contraria, zombavam com terna ironia quando o momento era de descontração, uma advertência nos campos de é sua irmã, não sendo a herdeira e ter cinco anos a menos, era considerada a filha prodígia, pelo seu próprio pai.

Tal era Hinata aos doze anos

Entretanto quem soubera a anatomia viva da beleza e a sagacidade de um intimo adormecido, conhecera que havia nessa menina feia e desengonçada o esboço de uma soberba mulher. O esqueleto era visível; só carecia do tempo

Ainda me lembro das cóleras súbitas que tinha a me ver, um simples gesto era capaz de desacordá-la, antes pudesse trazê-la de encontro a mim. Quanto tempo desperdiçado

*tartaruga em japonês