O trem finalmente havia chego. Enma Matsumoto passou seis horas viajando para chegar a Tokyo, onde sua prima distante morava. A estação estava lotada de pessoas passando sem sequer notar o garoto de 16 anos que observava tudo, maravilhado. Suas aulas iriam começar em três dias e ele não via a hora de conhecer quem seriam seus colegas. Mesmo sendo somente a parte periférica de Tokyo, era muito maior que Ranpu, sua cidade natal.
Enma subiu lentamente a escada enquanto o som de seu headphone o exilava do barulho exterior. O aparelho repousava suavemente em sua cabeça, amassando uma parte de seu cabelo liso e negro que escodia um pouco de seus olhos e completamente suas orelhas. Elas só ficavam visíveis instantes antes de Enma pôr os Headphones. Seu Ipod reproduzia uma de suas músicas favoritas:
kudaranee boku wo waraou
(Ria do idiota que eu sou)
kudaranee kono sekai ga
(Se meu mundo idiota)
bokura no tame ni aru no nara
(Está aqui para mim)
saiteki de saikou sa
(Esse é o melhor do pior)
kudaranee yume wo mi nagara
(Enquanto eu tenho meus sonhos estúpidos)
itsu ka wa dare yori mo kagayaite yaru sa
(Um dia vou brilhar mais que todo mundo)
Do lado de fora da estação, uma mulher de cabelos vermelhos de vinte e poucos anos segurava uma placa escrita "Enma-san". Ela vestia uma regata vermelha com um casaco roxo por cima e uma calça branca, que entrava em contraste com seu all-star preto. Enma andou até ela, desligou o headphone e perguntou:
-Fuka?
-Enma-san. como você cresceu!-berrou Fuka, abraçando o com força. Enma sentiu os mamilos de Fuka pressionando contra seu peito mas tentou fingir que não estava acontecendo.
-Tudo bem, Fuka-chan. Agora vamos para casa.
-Hã, que apressadinho o Senhor Enma é!Fazem 8 anos que não nos vemos e ele ainda é frio, HE HE HE.
-Olha, desculpe-me. É só que estou bem cansado da viagem e só quero dormir um pouco.
-Não se preocupe, priminho. Vamos lá, eu estacionei meu carro logo aqui na esquerda.
Ao virar a esquerda, ele pode ver uma caminhote velha com a pintura lascada e enferrujando que parecia exalar um cheiro ruim da distância que ele estava:
-Que carro é esse, Fuka?
-Essa, meu priminho mal humorado, é uma F-100 da sim é carro de verdade!
A cada acelerada dada, o carro parecia estar pronto para desmontar e Enma sentia-se muito assustado. Sua irmã abriu o porta-luvas e pegou uma garrafa de vodka, abriu-a e começou a beber:
-Fuka, você não pode beber dirigindo!
-Ninguém nunca me parou. Esses policiais são todos uns bundões.
-É melhor você tomar mais cuidado...!
-Vou te mostrar meu cuidado com policiais!
Fuka começou a acelerar a caminhote e prosseguir muito rápido pelas ruas. Trinta segundos depois, uma viatura da policia havia parado ela e um oficial parou do lado de sua janela:
-Carteira de motorista.
-Poisé Senhor Polícia, eu não...sabe...
-Você não tem carteira!-perguntou Enma, desesperado.
Fuka virou-se completamente para Enma e começou a brigar com ele:
-Isso é coisa de gente fraca que liga pra policiais, priminho!
-Fuka, o policial ainda está do seu lado.
-É, eu ainda estou aqui.
Com uma cara de decepção, Fuka virou-se e perguntou:
-Você não vai me livrar dessa, vai?
O policial sorriu.
A cela dos dois era compartilhada com mais ninguém. Enma estava deitado ouvindo música enquanto Fuka cantava baixinho fazendo a batida de sua melodia na coxa. O garoto desligou o Ipod e disse, nervoso:
-Mas que droga, Fuka!
-Você não queria dormir, primo!Dorme logo seu merda!
