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A brisa batia

Fria e cortante

Corria a noite

Com cores cintilantes

Fazia meu mundo girar

Rodar sem parar

Socorro, não consigo me encontrar

Quando tudo ao meu redor

Resolveu desmoronar

Uma epifanía giratória

Me fez acordar

Parava tudo

Contra o mundo

Esse sentimento mútuo

Tristezas e incertezas

Rodeavam-me sem parar

Pesadelo, medo

Toda noite, a me atormentar

Algo angustiante

Talvez ilusório

Muito mais que maquinações

São minhas tormentas de furacões.

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Aberração

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O chá fumegante a minha frente tinha um doce sabor e a sua fumaça cheirosa nublava seus sentidos por alguns instantes, desprendendo os pés do chão sem me mover. Levei aos lábios secos e finos o calor da xícara de chá e tomei pequenos goles daquela doce bebida.

Coloquei novamente a xícara de porcelana no pires a minha frente sutilmente e observei meu reflexo no que restou daquele líquido. De traços finos e exóticos, corpo invejável e família memorável. Não tinha do que reclamar. Doce engano.

Poderia ter uma família, mais ela não era unida. Poderia ter a beleza, mais não tem quem quero. Poderia ter tudo no mundo, mais não tenho nada ao alcance de minhas mãos.

Pele alva, cabelos em um tom arroxeado e lisinho, cheiro de lavanda.

Tinha o tudo e o nada.

O que mais me entristecia era se olhar no espelho e encaras meus olhos. Desbotados. Descoloridos. Sem vida. Olhos de um cadáver.

Não era da cor de chocolate como os da Tenten.

Não era da cor azul-anil como os da Ino.

Não eram da cor de esmeraldas como os de Sakura.

Eram brancos... Como o nada.

Todos tinham uma cor. Seja feia ou igual, todos tinham. Menos eu.

Eu era branca. Sutil e que passava despercebida. Não era chamativa como a cor laranja de Naruto ou misteriosa como o vermelho dos olhos de Sasuke. Eu não existia. Li uma vez no dicionário algo no qual me identifiquei muito. Dizia que o branco era só uma ausência de cor.

uma ausência... Mais de vida também.

Ninguém era como eu, nem parecida. A idéia era assustadora. Ser tão diferente e não poder se encaixar. No paraíso das cores, eu era privada de tamanho privilegio.

Eu era uma estranha no paraíso. A folha sobressalente. Um ponto branco em um fundo preto.

Eu era apagada.

Eu era a aberração de cores. Isso diminuía seus batimentos.

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Yo minna-san! o/

Aqui estou eu com mais um de meus projetos absurdos :D Mais esse eu termino, juro! ò.o/

Será uma coleção de one-shots centrados nos sentimentos da nossa querida herdeira Hyuuga (Não me diga) ela serão organizadas de A a Z. Não sei se terá capítulos maiores que esse, mais eu tentarei, colocarei todo meu fogo da juventude! /o/

Não terá casal nenhum, e único e exclusivamente centrado na Hina-chan :3

Quero reviews! #Marketing e a alma do negócio#

Capítulo não betado por pura preguiça! Gomen pelos erros x.x'

Amo vocês! ;D