Avisos: Essa long também é meio songfic, não é exatamente toda em cima de uma música, na verdade, eu só ouvi a música e, inspirada por ela, a escrevi; ou seja, não há semelhantes tão grandes que possam classificá-la como songfic - exatamente.
Inspirada em 'Amor, meu grande amor' de Barão Vermelho
Era mais um verão em Hogwarts, os alunos depois dos exames finais se refrescavam nos campos ao redor do castelo, a sombra de árvores aos pés do lago. Tudo estava maravilhoso, junto com o tempo, todos estavam se divertindo; no entanto muitas mudanças começaram a acontecer na vida de todos os adolescentes do colégio, era uma nova era em Hogwarts. Mudanças aqui e ali, como nos métodos de ensino, como na visão das pessoas sobre as coisas e nas modas; na moda se encontrava James Potter, James era imbatível em sua vassoura, era um ídolo, tanto fora como dentro de Hogwarts. Ele tinha muitos amigos, entre eles estava, o seu melhor, Sirius Black. Um charmoso rapazote de 15 anos que fazia as garotas todas suspirarem, e Remu Lupin o jovem, inteligente e mais tranqüilo dos amigos, e mais um jovem, não muito interessante, que os perseguiam para todos os lados, Pedro era ele.
Sirius é nosso personagem principal, junto com outro garoto, que iremos encontrar mais a frente. Black e Potter eram melhores amigos entre os melhores, viviam criando planos e fazendo travessuras, eram populares, galantes, charmosos, o sonho da maioria das garotas. Jovens que eram bons no que gostavam de fazer, não no que não gostavam tanto.
Eram bom alunos no resto, mas não faziam muita questão de brilhar tanto quanto aonde eram craques, e realmente gostavam de ficar, fazendo o que eles mais gostavam.
Era o quinto ano de todos que foram citados. Todos estavam exaustos, e descansavam pelos cantos de Hogwarts; brincando, jogando ou/e conversando.
James, Sirius, Remo se juntavam e faziam o que lhes davam na telha, até Pedro chegar para se juntar a eles:
- O que você vai fazer da vida, James? – perguntava Sirius, suspirando, e descansando a cabeça sob um tronco de árvore a onde Lupin lia.
- Vou ser jogador de Quadribol! – fez ele uma pose, ao responder. Lupin sorriu de traz do jornal.
- Está rindo porque peludo? – murmurou perto do amigo, se inclinando para encará-lo.
- Você sabe, tem jeito pra coisa, sabe jogar, tem pose de babaca; combina bastante. – disse rindo, e o já bem posicionado Potter lhe apertou a barriga carinhosamente com a varinha, fazendo lhe cócegas.
- Você é muito certinho, Remo. Devia se soltar um pouco, irritar o Ranhoso com a gente...
- Ranhoso não, Potter. Snape, é o nome dele...
- Tanto faz, ele parece mais um ranhoso, não é Sirius? – Sirius concordou vorazmente e, se levantou.
– Estou entediado, James. – Sirius deu um sorrisinho que o companheiro de travessuras entendeu sem pestanejar.
- Vamos lá! – disse James, se virando. Deu uma olhadela para trás, e perguntou:
- Vem com a gente, Remo? – Remo sorriu com a pergunta, com a pergunta de sempre, e, bem, com a resposta de sempre.
- Não, eu vou continuar lendo, é mais útil, tanto pra mim, quanto pra vocês, e pra ele. Você sabe, sou péssimo nisso, além do que, tenho coisas preferíveis a fazer. – disse ele voltando suas atenções para o jornal.
James deu de ombros. Ele não esperava mesmo que Remo fosse com eles. O importante é que James e Sirius estavam juntos para mais uma, para irritar, encher, infernizar Severo Snape, mas conhecido por eles como Ranhoso:
- Oi Ranhosinho! – disse Sirius, enquanto esperava James chegar, rindo.
- O que vocês querem? Eu não posso nem ler mais em paz?
- Não, Ranhoso. – disse James , chegando aos pés do colega sonserino – Você tem que aprender a ser menos antipático. Sempre assim, lendo esses livros de magia negra... – disse roubando o livro da mão de Severo.
- Devolva isso, Potter. Não é da sua conta, o que eu faço ou deixo de fazer..
Severo fez menção de levantar e erguer a varinha para James, no entanto Sirius foi mais rápido, e saltou a sua sobre o peito do sonserino, mirando seus olhos fundos e negros, como um buraco negro sem fim; os dois se encararam por alguns minutos, Snape se apoiava mal na árvore que o apoiava, mas mesmo assim não tirava os olhos de Sirius, os dois se encaravam como duas feras. Snape mirava-o, como se fosse um animal, acuado, caindo para trás, ele se apoiava no seu instinto; Sirius se perdia pela primeira vez em seus olhos negros, nunca havia os olhado; e eles eram profundos, de uma escuridão completa, ou quase, mas que o fazia se perder em sua tentativa de compreender o seu olhar, o olhar vago, porém melancólico do esquálido Snape:
- Sirius? – James olhava aquela cena, entre riso e confusão. – Vai ter luta trouxa também?
Os dois voltaram a si quando lembraram da presença de James, e começaram uma discussão:
- Vamos, Potter. Devolva o meu livro. – disse Severo sibiladamente, sem tirar os olhos de Sirius, com a varinha direcionada para ele.
- Ta mansinho, é Seboso? – disse James rindo, com o livro na ponta dos dedos. – Sua coragem se foi, é? – ele riu mais ainda, dando uma olhada em Sirius. Sirius estava um pouco aturdido, mas não deixou transparecer ao ver que o observavam; que James o observava.
- Sim, sim... – Sirius engoliu em seco o mais rápido que pode, tinha que engolir seus pensamentos extravagantes, bisonhos que estavam começando a surgir em sua mente. – Cadê o Severo das Trevas? – falou tentando parecer um bebê, com a voz manhosa. Contudo, disse sem convicção, sem prestar a atenção.
- EU JÁ ESTOU DE SACO CHEIO ! – Severo levantou num pulo, colocando suas coisas com estrondo nas costas. – EU NÃO AGUENTO MAIS, SEU GRAN-DE FILHO DUMA PUTA! – Severo aproximou-se profundamente de James, o olhava nos olhos, sua varinha pendia em direção ao chão, sonsa. Ele não estava mais querendo usar magia, ele estava com vontade, muita vontade de matar James, matá-lo como um trouxa, pega-lo pelo pescoço e matá-lo.
- VOCÊ NUNCA ME DEIXA EM PAZ, POR QUE VOCÊ NÃO VAI TRANSAR COM UMA DAS SUAS GATINHAS NO CIO, HEIM? PORQUE NÃO VAI ENGOLIR SUA FAMA PELO CU? – e saiu pisando forte, sem olhar pra traz, sem temer nada. Estava irritado, não agüentava mais nenhuma encheção de saco. Nunca tinha um momento de paz, em nenhum momento James saia de perto dele, em nenhum.
James, Sirius, e até mesmo Lupin foram surpreendidos, o colégio todo foi. Ninguém esperava aquilo de Severo, por mais mal encarado que fosse. Todos sentiram a amargura dele, todos tiveram pena dele naquele momento, e até um pouco de justiça. James se achava o rei da cocada preta, agora, era só um patife como qualquer outro. James não revidou, nem Sirius, nem ninguém. Todos sentiram que aquele momento fora a desforra de Severo, e deveria ser assim, pelo menos uma vez na vida. James até se sentiu bem por Snape se defender daquele jeito; seu espírito grifinório se acendeu, como se a cobra de Snape tivesse sido influenciada por seu Leão. Como se a cobra fosse seu aprendiz. Mas aquilo tinha que ter uma revanche; James não se perdoaria se não fizesse, e com muito gosto.
