Prólogo

Narcisa nervosa andava para um lado e para o outro do quarto, pensando se a atitude que tomaria seria a mais acertada, afinal, não era somente sua vida que estava em jogo. Caminhando elegantemente até uma das cômodas em estilo vitoriano de mogno vermelho, abriu a gaveta maior e separou vários documentos, entre os quais havia uma carta com o timbre Black no selo. Em seguida, colocou dentro de um envelope mágico e o lacrou com um feitiço que somente revelaria o conteúdo da correspondência a pessoa correta. Meket piou na janela impaciente.

A bruxa apertou o envelope junto ao coração uma ultima vez e o deu a coruja para que esta o levasse ao seu destino. Seu olhar ficou a mirar o horizonte com uma expressão triste, no entanto isso não durou muito tempo, pois seus aposentos foi invadido por seu filho, que disse um tanto aliviado ao vê-la:

_Mãe que bom que esta bem. A mansão esta toda tomada, Voldemort enlouqueceu e esta matando a todos, aliados ou inimigos. Vamos rápido, eu tenho que tira-la daqui.

Narcisa analisou preocupada, o estado em que Draco se encontrava. Este possuía os cabelos bagunçados e sujos, suas roupas bem cortadas mostravam sinais que havia combatido, pois estavam rasgadas, cobertas de fuligem e empapadas pelo sangue que minavam dos cortes em seus braços, tórax e supercílio.

Vendo que sua mãe não reagia, o jovem loiro caminhou ate junto dela e colocando uma das mãos sem seu braço, apressou-a:

_Mãe temos que ir. Não há muito tempo.

_ Sim meu querido, mas veja se o corredor esta livre. _ disse a bruxa pegando sua varinha.

Malfoy assentiu com a cabeça e foi ate a porta, porem quando se encaminhava ate ela, Narcisa disse com a voz embargada:

_ Draco... filho...Perdoe-me.

_ Perdoar o que mã...

O rapaz mal teve tempo de virar-se e perguntar o motivo daquelas palavras, pois a bruxa o interceptou com um feitiço.

_ Obliviate.

O loiro caiu desacordado e Narcisa caminhou até ele lentamente e se ajoelhando a seu lado e abraçou-o, beijando fronte sem perceber as lagrimas que rolavam pelo seu rosto e molhavam a pele do jovem loiro desacordado em seu colo.