Sakura nascera em uma cidade pequena, Filha natural de Sayuri Haruno, uma empregada que trabalhava em uma das famílias mais importantes da cidade. Sayuri tinha 17 anos era linda, e Kenko o rapaz de 20 anos, belo loiro, filho da família,Sentiu-se atraído por ela. Seduziu-a, e um mês depois, Sayuri soube que estava grávida. Quando contou a kenko ele disse: _Isso é maravilhoso_
E correu para escritório do pai, para dar a má notícia.
O pai chamou Sayuri ao seu escritório na manhã seguinte e disse:

_Não quero uma puta trabalhando nesta ê está despedida._

Sem dinheiro, sem formação e sem habilidades, Sayuri se empregou como faxineira num prédio industrial, trabalhando horas, pra sustentar a filha recém nascida.
Em cinco anos tinha juntado dinheiro suficiente para comprar uma casa velha de tabúa que transformou numa pensão para homens. Converteu os cômodos numa sala de estar, sala de jantar,quatro quartos pequenos e um pequeno cômodo conversível onde Sakura dormia. A partir dessa época uma série de homens vivia chegando e partindo.

_Eles são seus tios_ Dizia Sayuri._ Não os incomode._

Sakura ficou satisfeita por ter uma familia tão grande, Até ter idade suficiente para saber que todos eles eram estranhos.

Quando tinha oito anos estava dormindo em seu pequeno quarto escuro quando foi acordada com um sussurro gutural. _Shhh! Não faça barulho._ Sakura sentiu a camisola sendo levantada, e antes que pudesse protestar um dos seus "tios" estava em cima dela, com a mão em sua boca. Sakura pode sentir ele abrindo as suas pernas à força. Tentou lutar, mas ele segurou-a Ela sentiu o membro do sujeito rasgando seu corpo e se encheu de uma dor excruciante. Ele foi implacável penetrando com força, indo cada vez mais fundo, esfregando sua pele até machucar. Sakura podia sentir o sangue quente jorrando. Estava gritando em silêncio, com medo de desmaiar estava pressa na escuridão aterrorizante do quarto. Finalmente depois do que pareceu uma eternidade, Sentiu o estremecer e depois recuar. Ele sussurrou:

_Eu vou embora, mas se algum dia você contar isso a sua mãe eu volto e mato ela._ E saiu.

A semana seguinte foi quase insuportável . Ela sofria o tempo todo, mas tratou do corpo lacerado da melhor maneira possível, Até que a dor foi passando. Queria contar a mãe o que aconteceu, mas não ousava. Se algum dia contar alguma coisa a sua mãe eu volto e mato ela. O incidente durou apenas alguns minutos, mas aqueles poucos minutos mudaram a vida de Sakura. Ela se transformou, de um menininha que tinha sonhado em ter marido e filhos, Em alguém que se sentia manchada e desgraçada. Resolveu que nunca mais deixaria um homem tocá-la. outra coisa havia mudado em Sakura. A partir daquele noite, Ficou com medo de escuro.

Lavava roupa, passava pano no chão, varria e ajudava com o jantar, Sua vida se tornou uma rotina pavorosa cheia de tédio. Era ansiosa para ajudar a mãe esperando uma palavra de elogio. Mas nunca havia. Sua mãe estava ocupada demais com os pensionistas para prestar atenção à filha. Quando Sakura era bem pequena, um morador gentil leu para ela a historia de Alice no pais das maravilhas e Sakura ficou fascinada pelo modo como Alice escapou para a toca de coelho mágica. é disso que eu preciso, não posso passar o resto da vida lavando banheiro, passando pano no chão, e limpando a sujeira de estranhos E um dia Sakura achou a toca de coelho mágica. Era sua imaginação, que a levava a qualquer lugar aonde quisesse ir. Reescreveu sua vida... Tinha um pai e sua mãe. Nunca ficavam com raiva e nem gritavam com ela. Todos moravam numa casa linda. A mãe e o pai a amavam. Quando Sakura estava com quatorze anos, Sua mãe se casou com um dos pensionistas, Fuuma, um sujeito carrancudo que reclamava de tudo Sakura não conseguia fazer nada que o agradasse

_O jantar está péssimo._

_A cor desse vestido não combina com você. _

_O abajur do quarto ainda está quebrado eu disse pra você consertar._

_Você não terminou de limpar os banheiros._

O padrasto de Sakura era alcoólatra, a noite a menina podia ouvir o som de socos e gritos. De manhã Sayuri aparecia usando maquiagem pesada que não conseguia esconder os hematomas e os olhos roxos. Sakura ficava arrasada.
A gente deveria sair daqui, minha mãe e eu nos amamos.
Uma noite, escutou vozes no quarto ao lado

_Por que não se livrou da criança antes de ela nascer? _

_Eu tentei não deu certo._

Sakura sentiu como se tivesse levado um chute na barriga, Sua mãe nunca a desejara. Ninguém a queria. Achou outra fuga do pavor interminável da vida: O mundo dos livros. Tornou-se uma leitora insaciável e passava todo o tempo que podia na biblioteca pública.

No fim de semana nunca sobrava dinheiro para Sakura, e ela arranjou trabalho como babá, invejando as famílias felizes que jamais teria.

Aos dezessete anos estava se transformando na beldade que sua mãe um dia fora. Os garotos da escola começaram a convidá-la para sair. Ela sentia repulsa. Recusava todos Aos sábados, quando não havia aula e suas tarefas terminavam, ela corria até a biblioteca e passava a tarde lendo. A Sra. Shizune , bibliotecária. Era uma mulher inteligente e simpática de modos calmos e amigáveis. Vendo Sakura com tanta freqüência na biblioteca ficou curiosa. Um dia falou:

_É bom ver uma pessoa jovem que gosta tanto de ler. Você passa muito tempo aqui._

Esse foi o passo inicial de uma amizade. À medida que as semanas se passavam, Sakura expôs seus medos, esperanças e sonhos para a bibliotecária.

_O que você gostaria de fazer da vida, Sakura?_

_Ser professora._

_Acho que você seria uma professora maravilhosa. É a profissão mais recompensadora do mundo._

Sakura começou a falar, e parou. Estava se lembrando da conversa do café da manhã com a mãe e o padrasto há uma semana.

_Eu preciso fazer faculdade. Quero ser professora. _

_Professora?_Fuuma riu_ Que idéia idiota! Os professores não ganham ê pode ganhar mais varrendo o chão. De qualquer modo, sua velha e eu não temos dinheiro para mandar você para a faculdade

_Mas me ofereceram um bolsa, e... _E daí Sakura? Você vai passar quatro anos desperdiçando o tempo. Com a aparência que você tem, poderia vende o rabo.
Sakura saiu da mesa.

_Há um problema. Eles não me deixam ir para faculdade_
Sua voz estava em bargada._Eu vou passar o resto da vida fazendo o que faço agora!

_Claro que não._O tom de shizune era firme_ Quantos anos você tem? _

_Faltam três meses para fazer dezoito._

_logo terá idade para tomar suas decisões, Você é uma jovem linda, Sakura. Sabe disso?

_Não, na verdade não._Como é que eu vou dizer a ela que me sinto um monstro?Não me sinto bonita._Eu odeio minha vida, Shizune, Não quero ser como... quero ir embora dessa alguma coisa diferente e nunca vou ter_

_Estava se esforçando pra controlar as emoções_

_Nunca terei a chance de fazer alguma coisa, De ser alguém.

_Sakura... _Eu nunca deveria ter lido todos aqueles livros._
Sua voz estava amarga.

_Por quê?_

_Porque eles estão cheios de mentiras. Todas aquelas pessoas lindas, lugares chiques e mágicos..._

Sakura parou por um momento.

_Não existe magia._
Shizune examinou-a por um óbvio que a auto-estima de Sakura tinha sido tremendamente prejudicada.

_Sakura existe magia, mas você tem de ser o mágico. Você tem de fazer a magia acontecer.

_Verdade?_O tom de Sakura era cínico._Como eu faço isso?_

_Primeiro nos precisamos saber quais são os nossos seus são de uma vida cheia de empolgação. De gente interessante e lugares chiques. Na próxima vez que vier aqui, vou lhe mostrar como realizar seus sonhos.
Mentirosa.

Na semana depois de ter se formado, Sakura voltou a biblioteca, Shizune disse:

_Sakura, você se lembra do que eu falei sobre fazer sua própria magia?_

_Lembro_ Disse Sakura.

Shizune enfiou a mão debaixo da mesa e pegou um punhado de revistas; Vogue, Glamour, Essense, Teens, Cosmogirl... e lhe entregou. Sakura olhou as revistas.

_ O que eu devo fazer com isso?_

_Você já pensou em ser modelo?_

_Não._

_Olhe essas revistas. Então diga se elas lhe dão alguma idéia que possam trazer magia a sua vida.

Ela esta bem intencionada, Mas não entende, pensou Sakura.

_Obrigada Shizune, eu vou olhar_

Semana que vem vou procurar um emprego.

Sakura levou todas as revistas para a pensão, enfiou num canto qualquer do seu pequeno quarto e se esqueceu a tarde fazendo suas tarefas. Quando começou a se preparar para dormir, exausta, lembrou-se das revistas. Pegou algumas por curiosidade, e começou a folhear. Era outro mundo., Outra realidade As modelos se vestiam lindamente e tinham ao lado homens bonitos, elegantes, em lugares exóticos de todo o mundo. Sakura sentiu um súbito desejo de ser como elas, De viver aquela vida. Colocou rapidamente um roupão e foi correndo até o banheiro. Examinou-se no espelho. Achou que talvez fosse bonita. Todo mundo dizia que ela era. Mesmo que seja verdade eu não tenho experiência,Pensou no futuro em sua pequena mundo tem de começar em algum lugar. Você tem de ser o mágico, fazer sua própria magia.

Na manhã seguinte, bem cedo, estava na biblioteca para falar com Shizune.
Shizune ergueu a cabeça, surpresa ao vê-la tão cedo.

_Bom dia, Sakura. Viu as revistas?._

_Vi._Sakura respirou fundo_ Gostaria de tentar ser modelo, o problema é que não tenho idéia de por onde começar._

Shizune sorriu.

_Eu tenho. Olhei a lista telefônica de Tokio,Você disse que queria sair dessa cidade?_

Shizune pegou na bolsa um papel e entregou a Sakura.

_É uma lista das doze principais agências de modelos de Tokio, com endereço e telefone._Ela apertou a mão de Sakura._Comece por cima. Sakura ficou pasma.

_Eu não sei como agradecer... _
Eu lhe digo que eu veja suas fotos nessas revistas.

Durante o jantar naquela noite Sakura disse:

_Decidi que vou ser modelo. Seu padrasto grunhiu.

_É idéia mais estúpida que você teve até hoje. Qual é o seu problema? Todas as modelos são putas. A mãe de Sakura suspirou

_Sakura, não cometa o mesmo erro que eu. Eu também tive sonhos vão matar você. Você é pobre. Não vai chegar a lugar nenhum._

E foi nesse momento que Sakura tomou sua decisão.

Às cinco horas da manhã seguinte Sakura arrumou a mala e foi para a estação rodoviária. Na bolsa havia algum dinheiro que tinha ganho trabalhando como babá. A viagem de ônibus demorou duas horas.E Sakura passou esse tempo fantasiando sobre o futuro. Hospedou-se num hotel barato e às nove passou pela porta da agência de modelos que estava no topo da lista que Shizune tinha lhe dado. Sakura estava sem maquiagem e usava um vestido amarrotado, porque não tinha como passar as roupas. Não havia ninguém na recepção. Ela se aproximou de um homem sentado numa sala, Trabalhando atrás de uma mesa.
_Com licença_Disse Sakura.

O homem grunhiu alguma coisa sem levantar a cabeça. Sakura hesitou.

_Eu queria saber se vocês precisam de uma modelo.

_Não _disse o homem_ Não estamos contratando._ Sakura suspirou

_Obrigada de qualquer modo._E se virou para sair.

O homem ergueu os olhos, e sua expressão mudou

_Espera! Espera um minuto. Volte aqui._Você já trabalhou como modelo?

_Não. _

_Não faz ê vai aprender aqui, no trabalho._

A garganta de Sakura ficou subitamente seca.

_Isso significa que eu... que eu vou ser modelo?_

Ele riu.

_Vou dizer uma coisa: nós temos clientes que vão ficar malucos quando virem você.

Ela mal podia acreditar essa era a maior agência de modelos que existia, e eles...

_Meu nome é Hatake Kakashi. Eu dirijo essa agê é o seu nome? _

_Haruno Sakura.