Hum... – Hermione se espreguiçou um pouco. – i "Que horas serão?" /i – pensou, sonolenta.
Ainda com os olhos fechados e com a preguiça que assola a todos logo de manhã, ela esticou o braço procurando sentir corpo ainda quente do marido a seu lado, mas tudo que tateou foi o colchão vazio.
i "Não pode ser." /i – pensou, chateada. – i "Ele não pode ter passado a noite fora." /i – triste, e com medo do que veria, Hermione abriu os olhos. Uma onda leve de alívio tomou seu coração. – i "A cama está desarrumada, ele voltou para casa..." /i
Ela virou para o outro lado a procura de seu relógio. Ainda eram sete horas.
i "Por que ele acordou tão cedo? Por que não me acordou para tomar o café da manhã com ele?" /i – ela se remexeu na cama, incomodada. – i "Não nos falamos desde ontem de manhã e ele parece não fazer questão disso..." /i Aahh... O que está acontecendo com a gente?
Disposta a alcançar o marido em casa, levantou-se, ajeitou os cabelos e vestiu seu hobbe de seda. Lavou o rosto e desceu as escadas.
Bom dia. – falou, tentando sorrir, ao encontrá-lo a mesa, já tomando seu café da manhã. – Acordou cedo.
Bom dia. – ele respondeu. – Tenho uma reunião daqui a pouco.
Podia ter me acordado para te fazer companhia. – sorriu.
Você estava dormindo tão bem, não quis incomodar. – falou.
Você chegou tarde ontem... – ela lhe deu um beijo rápido no rosto e sentou-se a seu lado para tomar o café. – Tentei te esperar, mas acabei pegando no sono.
Eu percebi, mas não se preocupe, era tarde mesmo, não esperava que estivesse acordada quando eu chegasse.
O que aconteceu para você chegar tão tarde? – ela perguntou, casual.
Problemas, mas você não vai querer saber sobre isso.
Por que não?
São negócios, Mione. – ele sorriu. – Você não tem que se preocupar com isso. Deixe que eu me encarrego de tudo.
Você fala como se eu não me interessasse pelos seus assuntos. – ela falou, ofendida.
Não é isso, Mione. – ele suspirou, impaciente. – É que eu te conheço... – sorriu. – Você é muito rápida. Tenho medo que tome gosto e acabe tomando meu lugar na empresa. – brincou.
Hum... – ela sorriu, sem disposição para começar uma discussão.
Bom dia, papai... – uma garotinha de cabelos cheios desceu as escadas, ainda esfregando os olhos, com sono.
Bom dia, princesa. – ele se espantou. – Caiu da cama?
Queria te ver. Por que você chegou tão tarde ontem? Fiquei te esperando para que você me contasse uma história! – ela parou na frente dele, com a testa franzida e as mãos na cintura.
Parece que fiz muita gente esperar ontem, hein? – ele sorriu e a pegou no colo. – Desculpe-me, princesa, mas papai teve muito trabalho.
Você sempre tem trabalho, papai, mas nunca chegou tão tarde! – ela respondeu, astuta.
Hermione sentiu-se aliviada pela filha ter dito o que ela mesma pensava.
Hum... – ele revirou os olhos.
Não me olhe com essa cara! – Hermione se defendeu. – Ela percebe estas coisas sozinha!
Eu sei! – ele respondeu. – Ela puxou para você, não?
Com licença, sr Malfoy. – um velho elfo entrou na sala de jantar com uma bandeja nas mãos. – A correspondência, senhor. – ele se aproximou de Draco e estendeu os braços frágeis para que seu mestre pegasse as correspondências.
Não terei tempo de lê-las agora, Tory! Já lhe disse que não quero ser interrompido no café da manhã com as correspondências! – falou, bravo.
A culpa não foi dele, Draco. – Hermione se intrometeu, brava. – Você sempre reclama que não lhe passam as correspondências a tempo, mas nunca está em casa quando elas chegam. – ela estendeu um braço e fez sinal para que o elfo lhe entregasse as cartas. – Eu pedi para que ele viesse com elas mais cedo.
Não gosto que interrompam meu café, Hermione, e você sabe!
É. Sei. – falou, séria, enquanto averiguava os remetentes. – Da próxima vez deixe as correspondências no escritório, Tory, por favor.
Sim senhora. Com licença. – o elfo saiu, cabisbaixo, embora acostumado aos esporros que levava do patrão.
Já lhe pedi para tratar melhor nossos elfos. – Hermione insistiu. – Aliás, já te pedi para libertá-los e contratar humanos para fazer o trabalho de casa. Humanos que queiram trabalhar em troca de um salário. – falou enquanto olhava os remetentes das cartas.
Será possível que você nunca vai se convencer de que os elfos são agradecidos por serem aceitos em casas senhoriais para trabalhar, Hermione?
Não! Nunca!
Por que vocês estão brigando agora?! – dessa vez um garotinho, mais novo que a menina, intrometeu-se na conversa.
Papai brigou com o Tory! – a garota respondeu.
Hum... – o garoto veio até a mãe e lhe deu um beijo no rosto. – Não sei por que você gosta tanto desses bichos feios, mamãe.
Eu também não sei, Apus, mas sua mãe é assim desde que a conheço. – Draco se inclinou para dar também um beijo no filho mais novo. – Caiu da cama também?
Só bebês caem da cama, pai! – ele se empertigou.
Se sabe que ela é assim por que ainda a provoca, papai? Você também é bem teimoso, não? – Helena falou então.
Mas Hermione já não estava mais prestando atenção à conversa travada entre o marido e seus filhos. Ao invés disso olhava atentamente, e com os olhos ligeiramente arregalados, para um bonito envelope, bem maior que os outros, que estava em sua mão.
Que isso, mamãe? – Apus perguntou, curioso.
É... Um convite... – ela respondeu, abobada. Virou a parte de trás e abriu o lacre.
Convite de quê? – Draco perguntou. – Na certa mais um daqueles eventos sociais chatíssimos da mulher de algum sócio. Mande flores para ela e invente uma desculpa para não irmos. – ele sentenciou.
Não é de nenhum dos seus sócios, Draco. É do Rony! – ela falou passando os olhos pelas linhas bem escritas no convite.
Quem é Rony? – Apus perguntou, novamente.
É um amigo da mamãe. – Hermione respondeu, emocionada. – Alguém que eu não vejo há muito tempo. – sorriu.
O que ele quer? – Draco perguntou, incomodado.
Hum... – ela suspirou. – Está nos convidando para seu casamento. – falou. – Eu nem sabia que ele estava noivo! – espantou-se.
Claro que sabia! – Draco respondeu. – Até eu sabia disso!
Jura? – ela se admirou mais ainda.
Juro! – falou.
Nossa... – suspirou.
Você vai? – ele perguntou.
Você não? – ela o observou.
Duvido que tenha sido convidado. – ele limpou a boca num guardanapo, com a cara fechada.
O convite veio em nome de "Família Malfoy". Sinal de que você também foi convidado. – ela explicou.
Você vai? – ele repetiu.
Ele foi um dos meus melhores amigos. – afirmou.
Foi mais que seu amigo, Hermione.
Hãh! Ele foi seu namorado, mamãe?! – Helena perguntou, de repente. – Eu sei quem é ele! Mamãe tem uma foto dele na gaveta da cama!
O quê?! – Draco perguntou, enciumado.
Helena! – Hermione ralhou. – Eu tenho uma dezena de fotos na gaveta da cama, não só dele! – defendeu-se.
Você não me respondeu se vai ou não.
Você vai? – ela retrucou.
Não tenho a mínima vontade! – ele se levantou, muito sério.
Eu gostaria de ir. Rony e Harry não conhecem as crianças e faz anos que não os vejo.
Vá sozinha, então. Eu, com certeza, só vou atrapalhar. – afirmou.
Se o papai não for eu também não vou! – Apus comunicou.
Eu vou! Mesmo sem o papai! – Helena disse, por sua vez. – Papai nunca tem tempo de viajar com a gente, não é justo! Eu quero conhecer os amigos da mamãe. Ela sempre fala deles.
Façam bom proveito da viagem, então. Eu não tenho tempo para eventos sociais porque alguém precisa colocar na mesa o café da manhã de vocês! – Draco falou, ríspido.
Escute aqui, Draco! – Hermione bateu com o lenço na mesa e se levantou para ficar de frente para o marido.
Apus se assustou e deixou a colher com que comia seus cereais cair no chão. Helena observava os pais com os olhos arregalados e Tory aparatou da cozinha para limpar a sujeira que Apus havia feito. Draco ficou esperando as palavras duras que sabia que Hermione dispensaria para ele.
Ela respirou fundo e olhou para Apus quando a colher caiu: - Conversamos a respeito quando você chegar do trabalho. – disse, apenas. – Se eu não estiver dormindo, não é? – sentou-se novamente e bebericou um pouco de seu chá, enquanto tentava evitar que as lágrimas escapassem de seus olhos na frente das crianças.
Até mais tarde. – falou, voltando-se para beijar Apus e Helena.
Não vai se despedir da mamãe? – Helena perguntou.
Claro... – ele forçou um sorriso. Abaixou-se e deu um beijo rápido nos lábios dela. – Me desculpe. – sussurrou.
hr
b Flashback /b
Você tem certeza de que é isso mesmo o que você quer fazer, Mione?
Claro que tenho! – ela respondeu, resoluta. – Não faça essa cara, Gi. Vai ficar tudo bem!
Não sei não. Alemanha? Com o Malfoy? Ainda dá tempo de voltar atrás! – ela tentou.
Eu não vou voltar atrás, Gina! – ela sorriu e se olhou no espelho. – Eu vou me casar com o Draco e vou com ele para a Alemanha sim!
Não consigo entender como é que você e o Malfoy se apaixonaram, sabia? Justo o Malfoy!
Nem eu entendo direito. – ela sorriu e abandonou o espelho. – O fato é que aconteceu e eu não me arrependo de nada. Eu amo o Draco, Gina. Talvez até mais do que você ama o Harry!
Ha! Duvido! – ela riu. – Você não esperaria sete anos pelo Malfoy, mas esperou vários pelo meu irmão.
Lá vem você! – ela fez uma careta.
Sempre achei vocês tão lindos juntos! Sempre imaginei você e o Rony se casando, sabia?
Eu também imaginei isso por algum tempo, e foi ótimo enquanto durou, mas jamais daria certo.
E como você tem tanta certeza de que com o Malfoy vai dar?
Eu sei! Só isso! – falou, sorridente.
Hermione, querida? – sua mãe colocou a cabeça para dentro do quarto. – Como vai, Gina?
Bem, sra Granger. – ela respondeu.
Ele já chegou, querida. – a mulher sorriu. – Está na hora.
Ai meu Deus! – ela respirou fundo. – Cadê o buquê? – olhou para os lados, nervosa.
Aqui. – Gina lhe entregou o ramalhete. – Boa sorte. – falou.
Eu não vou precisar de sorte, Gi. – sentenciou.
Gina e a mãe saíram na frente. Hermione deu uma última olhada no espelho antes de deixar o quarto. Quando saiu não conseguia disfarçar a felicidade que sentia. Seu pai a esperava ao pé da escada para levá-la até o altar.
Você está linda, querida! – falou, também muito sorridente.
Obrigada. – ela respondeu, simplesmente. Estava tão nervosa e emocionada que preferia não falar muito.
Guiada pelo pai ela chegou até o salão onde se realizaria a cerimônia. O lugar estava lotado. Dezenas de amigos e membros da Ordem vieram prestigiá-la. Rony e Harry estavam no altar, ladeados pelas madrinhas. Ela ficou insegura ao ver Rony ali. Sempre duvidara que tivesse sido uma boa idéia convidá-lo para padrinho. Ele sorriu ao vê-la, e ela pode respirar tranqüila.
Decidida, caminhou até Draco, que a esperava com um sorriso autentico nos lábios, e os olhos brilhantes de felicidade. Sabiam que tinham feito a escolha certa.
b Fim do Flashback /b
Lembranças como essas não saíram da cabeça de Hermione durante o resto do dia. A noticia do casamento de Rony e a possibilidade de rever os amigos que não via há sete anos mexeram muito com ela.
Qual desses, mamãe? – Helena entrou correndo na biblioteca e surpreendeu Hermione.
Helena? Qual desses o quê, querida? – ela sorriu e colocou a filha no colo.
Qual desses é o seu amigo que vai casar? – ela estendeu para a mãe uma foto antiga em que Hermione aparecia ao lado de três amigos.
Você estava mexendo nas minhas coisas, Helena? Já disse que não gosto disso! – ela ralhou.
Hum! Eu fiquei curiosa! – ela respondeu pulando do colo de Hermione. – Qual deles, mãe?! – insistiu, sem se abalar com a bronca que acabara de levar.
Esse aqui. – apontou. – O ruivo.
Hum... – Helena olhou, curiosa. – Você vai, não é? – observou a mãe, ansiosa.
Eu gostaria muito. – falou, sincera. – Queria que eles conhecessem você e o Apus.
Então vamos, mamãe! – pediu.
Vou pensar no assunto. – ela sorriu. – Cadê seu irmão?
Helena apenas arqueou os ombros. Pegou a foto da mão de Hermione e correu para fora da biblioteca em direção ao quarto dela.
O que será que ele está aprontando? – perguntou-se, seguindo-a.
...aí eu me distraí e ele caiu no chão... – ouviu a voz do filho narrar.
O que importa é que você o fez levitar, Apus! – Draco comentou, entrando na sala com um sorriso enorme e Apus nos braços.
Legal, né? Quer dizer que eu não sou um aborto, não é? – o menino perguntou, entusiasmado.
Óbvio que não! – Draco o colocou no chão. – Não há abortos na família Malfoy!
Papai... Eu nunca vi a Helena fazendo magia... – sussurrou.
E não deveria ver até ela completar onze anos, que é quando crianças aprendem magia! – Hermione interrompeu, não gostando nem um pouco do rumo que a conversa tomava.
Mione? Boa noite. – Draco cumprimentou.
Chegou cedo. – ela cruzou os braços, ainda séria por causa da afirmação do marido.
É... Achei que deveria.
E deveria mesmo. – ela se inclinou para falar com o filho. – Onde você estava, mocinho?
Lá fora, mãe. – ele respondeu. – Consegui fazer um ninho de pardais flutuar, mas aí eu me distraí quando o papai chegou e ele caiu no chão.
Oh não! E o ninho estava vazio? – ela perguntou, penalizada.
Não. Havia dois filhotes lá.
E eles estão bem?
Não sei. – sacudiu os ombros com indiferença.
Apus!
Não vai brigar com o garoto por causa de uns passarinhos, vai? – Draco interveio. – O garoto acabou de fazer magia e você se preocupando com aves?
Estou feliz que Apus consiga fazer magia, Draco, só me preocupo com o fato de que ele não se importou com as vidas dos pobres filhotes! Não é assim que quero que meus filhos sejam educados! Para pensarem como co...
Comensais da morte? – ele completou. – Como o meu pai?
Me desculpe, mas sim! – ela falou.
Vocês não vão brigar, vão? – Apus perguntou, chateado.
Vá até onde está o ninho que você derrubou e veja se os passarinhos estão bem. Depois quero que reflita sobre o que fez, e se fizer de novo vai ficar de castigo, ouviu?
Mas são só passarinhos! – ele protestou.
Obedeça sua mãe! – Draco impôs.
Humpf! – o menino saiu, bufando.
Obrigada por me apoiar nisso, pelo menos! – ela cruzou os braços, aborrecida.
O que está havendo com você, hein? – ele abriu os braços, impaciente.
Eu é que pergunto! – ela respondeu. – Você sai cedo, chega tarde, quase não conversa comigo. – suspirou. – O que foi que eu fiz?
Oi papai... – Helena descia as escadas lentamente. Meio tímida. – Que bom que já chegou.
Oi, Lena. Tudo bem?
Tudo... – ela foi até ele, que se abaixou para beijá-la. – Eu vou brincar com o Apus... Vocês podiam ir conversar lá no quarto...
Boa idéia. – Draco sorriu da esperteza da filha. – Vamos? – perguntou para a esposa.
Ela não respondeu, apenas seguiu para o aposento e ficou esperando por ele. Draco entrou logo em seguida e fechou a porta. Os dois ficaram em silêncio por um tempo, sem saber quem, ou por onde, começar.
Depois de um longo suspiro Draco sentou-se na cama e começou a tirar os sapatos, então disse: - Sei que tenho estado meio distante esses dias...
Muito distante... – Hermione interrompeu. – E há muitos dias! – bufou. – O pior é que eu nem sei o que fiz para você me tratar com tanta frieza. – reclamou.
Você não fez nada. – ele falou. – Eu ando preocupado por causa da fábrica. Algumas das nossas varinhas estão dando problemas e o ministério está pegando no nosso pé! – bufou. – Eu já perdi tudo uma vez, não quero passar por isso outra vez, e nem permitir que você e as crianças passem por isso.
Você podia conversar mais comigo, sabe? – ela sentou-se ao lado dele na cama. – Não sou eu que tenho que te dizer o quanto sou inteligente e a capacidade que tenho de discutir certos assuntos com você. Além disso, tem a forma como você falou comigo hoje! – ela levantou-se novamente. – Você falou como se eu fosse uma dondoca burra e preguiçosa, que não trabalha porque tem um marido rico e nenhum interesse!
Eu sei... – ele esfregou os olhos. – Me desculpe por isso também, mas é que eu perdi a calma. Eu realmente estou com problemas e você vem me falar de uma festa?
Você não me conta seus problemas! Quer que eu adivinhe?! Você não conversa mais comigo, Draco, e parece que não faz a mínima questão de conversar. Você mudou muito! Não é mais o mesmo Draco de antes! – ela virou o rosto, com vergonha de mostrar o quanto aquilo a afetava. – O Draco de antigamente me mandava corujas do trabalho para avisar quando não vinha jantar. Quando chegava me acordava com beijos e dizia o quanto lamentava por não ter chegado mais cedo. O Draco de antigamente demonstrava mais o amor dele, se é que ainda há algum... – enxugou, discretamente, uma lágrima que escorreu por seu rosto.
Mione... – ele a segurou pelos ombros e a virou.
Eu não te reconheço mais no Draco com que me casei, sabia?
Me desculpe... – pediu. – Eu prometo que vou tentar não me afastar tanto de você...
Você ainda me ama, Draco? – perguntou, séria.
Claro que amo. – ele respondeu, direto. – Que pergunta!
Você costumava dizer, quando eu ainda relutava em ficar com você, que jamais me magoaria...
Eu tento, mas não sou perfeito...
Você cumpriu sua promessa com perfeição por algum tempo...
Então?
Parece que ela deixou de ser importante para você.
Nunca! Eu juro que tento, mas...
Eu realmente gostaria de ir até a Inglaterra... – aproveitou.
Humpf... Sabe como me incomoda essa saudade que você sente do Potter e do Weasley.
Bom, eu conheço Harry e Rony desde os onze anos! Nós passamos por muitas coisas juntos! Eles foram meus únicos amigos de verdade!
E o Weasley foi seu amor de adolescente! – revirou os olhos, descontente.
E eu o deixei para ficar com você! – suspirou. - Eu sinto, sim, falta deles! Queria que tivéssemos mais contato com eles e queria que eles conhecessem meus filhos!
Nossos filhos!
Nossos! – enfatizou. – Helena quer ir. Ela tem curiosidade...
Imagino o tanto de elogios que você faz a eles todos os dias, não é mesmo? Ao Santo Potter e seu fiel escudeiro...
Não começa, Draco... – foi a vez dela revirar os olhos.
Eu não tenho a menor vontade de voltar para a Inglaterra. Não tem nada lá de que eu tenha saudades ou de que queira me lembrar.
Faz anos que você não vê sua mãe...
Ela tem nosso endereço!
Draco...
Eu não vou, Hermione!
Achei que seria uma boa oportunidade de viajarmos juntos, de você tirar umas férias... Pensei que poderíamos ir uns dias antes e ficar por lá... Quem sabe uma ou duas semanas...
Eu não vou!
Mas, Draco...
Vá você, e leve as crianças. Eu não vou!
Nem por mim? – ela insistiu.
Você vai ficar mais à vontade sem mim. – ele respondeu. – Vai ser como nos velhos tempos, não é? – ele voltou à tarefa de se livrar das roupas com que tinha ficado o dia inteiro. – Não é disso que você tem saudades? Dos velhos tempos?
É... – ela ficou observando-o. – E muita... – suspirou. Levantou-se e abriu a porta. – Vou ver o que as crianças estão aprontando e se o jantar já vai ser servido.
Ok. – ele falou apenas. Virou as costas e entrou no banheiro.
