Especialmente para os amantes/simpatizantes do shipper "delusional", um conjunto de shortfics H/H de autoria da Veela (minha mana do coração).
Espero que gostem. :-)
Inna Puchkin Ievitich
Livre para amar
Autora: Veela
Harry foi carregado por uma multidão que gritava: "Viva ao Harry Potter que nos livrou do Lord das Trevas! Viva!"
Parecia um sonho, mas era real. Ele havia conseguido destruir Voldemort e agora poderia viver em paz e finalmente ser feliz.
A multidão eufórica o levou para longe de Hermione e Rony que sujos de sangue e com as vestes rasgadas sorriram para ele.
Quando Minerva chegou acompanhada de Hagrid, Lupin, Tonks e Moody, a multidão parou e colocou Harry no chão para que ele pudesse abraça-los.
Havia muitas coisas a serem ditas, a serem explicadas. Harry sabia que todos queriam saber detalhadamente como Voldemort havia morrido, mas ele não queria falar nada naquele momento. Ele só queria abraçar cada um deles o mais forte possível.
- Harry! - gritou uma voz feminina conseguindo passar pela multidão e se aproximando dele.
Era Gina.
Harry a olhou com carinho. Gina tinha os cabelos bagunçados por ter corrido muito e seus olhos brilhavam de felicidade. Estava mais linda do que nunca. Tão bonita que Harry desejou não ter descoberto que ela havia usado poção do amor para fazê-lo ficar com ela. Desejou não ter ouvido a conversa dela com Fred e Jorge quando chegou na casa dos Weasleys para o casamento de Fleur e Gui.
- Vocês tem que me ajudar a fazer mais poção! A minha já está acabando e eu preciso de muita para hoje!
- Você acha que é fácil assim, maninha? Não dá pra fazer de uma hora para outra."havia dito Fred
- É, você não deveria ter usado tanto. disse Jorge
- É que eu usei no Rony para ver se conseguia desencalhar ele e assim deixar ele ocupado para que eu tivesse mais tempos a sós com o Harry. E foi uma boa ação da minha parte, até a Hermione ficou apaixonada por ele tendo crises de ciúmes e tudo o mais.
- Isso deve ter sido muito engraçado! disseram Jorge e Fred rindo.
Harry se afastou para não ouvir mais nada sem querer acreditar no que tinha ouvido. Precisava conversar com alguém e o nome de Hermione veio logo em sua mente.
Quando contou para ela o que tinha ouvido, Hermione disse:
- Por isso me sentia tão estranha em relação ao Rony. Foi horrível! Eu fiquei lutando com aquele sentimento porque sabia que ele não era real. Gina não podia ter feito o que fez. Ela não tinha esse direito de obrigar você a ficar com ela. O amor só vale a pena quando é verdadeiro e vem de uma forma natural.
Harry não soube o que dizer, mas manteve-se longe de Gina durante todo o casamento. Hermione o ajudou a vigiá-la para que ela não usasse novamente a poção e assim toda a violenta paixão que ele havia sentido por ela desapareceu por completo como se nunca houvesse existido em sua vida e ele pôde se concentrar no que realmente importava: Destruir Voldemort!
- Não vai me abraçar, Harry? perguntou Gina com voz suave e sem esperar que ele respondesse, ela se atirou em seus braços. O perfume que emanava de seus cabelos era um que Harry já havia sentido uma vez e que havia achado maravilhoso, mas que agora o causava apenas náuseas.
- Por favor, não use mais essa poção do amor, Gina ou eu acabarei vomitando. disse Harry bem próximo ao seu ouvido.
Gina arregalou os olhos e empalideceu murmurando:
- Não sei do que você tá falando...
- Sabe sim, Gina. Por isso, se gosta de mim de verdade não use mais isso. Meu coração tem que ficar livre para escolher quem ele vai amar.
- Eu sei muito bem quem ele vai amar! disse Gina com os olhos faiscando de raiva.
Harry olhou-a sem entender enquanto os bruxos reunidos faziam surgir mesas repletas de comidas e bebidas.
Dino chegou na festa acompanhado dos pais e sem dizer mais nenhuma palavra a Harry, Gina foi para perto dele.
Harry, meu querido! Estamos tão orgulhosos de você! disse a Sra. Weasley o abraçando. O Sr. Weasley também fez o mesmo e olhando ao redor, Harry perguntou:
Cadê o Rony e a Hermione?
Eles foram tomar um banho e trocar de roupa para poder descer e comer e você tem que fazer o mesmo querido.
Harry aceitou a sugestão com um grande sorriso. Há quase quatro meses que ele não comia direito e banho ele nem lembrava mais quando tinha sido a última vez que tinha tomado.
Quando mais tarde, desceu para se reunir aos outros novamente. Harry viu Rony contando animadamente para Luna e Neville tudo o que tinha acontecido e como seus feitiços haviam salvo a vida deles na maioria dos casos.
- Ei, Rony. Onde está a Hermione? perguntou Harry se aproximando do amigo.
- Não sei acho que tá se arrumando ainda.
Harry esperou mais alguns minutos. Como Hermione não apareceu, ele subiu para procurá-la. Não queria comer nem comemorar enquanto ela não estivesse por perto.
- Hermione? ele chamou batendo na porta. Ninguém respondeu e estranhando o fato ele a abriu.
Hermione não estava ali, mas os olhos de Harry encontraram uma carta deixada sobre a mesa onde estava escrito:
Harry e Rony,
Agora que Voldemort não existe mais eu posso finalmente ir embora. Descobri que meu lugar não é entre os bruxos e que eu devo viver como os meus pais. Não quero mais ser bruxa. Vou viajar para outro país com meus pais, ainda não sei ao certo para onde, mas sei que será melhor para mim. Me perdoem por não me despedir, mas é que eu não quiz atrapalhar a festa que merecidamente estão fazendo.
Espero que nunca se esqueçam de mim porque eu jamais me esquecerei de vocês.
Com carinho, Hermione
"O quê? Hermione foi embora? Ela me deixou?" pensou Harry sentindo que começava a respirar com dificuldade.
- Harry Potter, meu senhor! Que grande alegria ver Harry Potter! disse Dobby alegremente aparecendo no quarto.
- Desculpe, Dobby! Mas eu não tenho tempo para falar com você agora eu preciso encontrar a Hermione.
- A Hermione Granger? Eu a encontrei chorando com uma mala na mão. Parecia estar fugindo de alguém. Achei que ela não podia ir a lugar algum daquele modo por isso dei um jeito de impedir que os pés dela não desgrudassem do chão, tirei a varinha dela e vim buscá-lo.
- Dobby, você é um gênio! disse Harry dando um forte abraço nele antes de continuar:
- Agora me leve até onde ela está!
Instantes depois, Harry viu Hermione de costas lutando para tirar os pés do chão. Ao ouvir passos atrás dela, ela disse sem se virar:
- Dobby, por favor. Devolva minha varinha para que eu possa ir embora.
- O Dobby não vai te devolver nada enquanto você não me disser o porque de querer ir embora. disse Harry e Hermione o olhou com os olhos marejados de lágrimas e disse:
- E-Eu expliquei na carta.
- Você chama aquilo de explicação? Desde quando você descobriu que seu lugar não é entre os bruxos e que deve viver como seus pais? Desde quando voce não quer ser bruxa?
- Desde que eu descobri que te amo.
Harry ficou sem fala. Uma lágrima rolou pelos olhos de Hermione e ela continuou:
- Lutei muito quanto esse sentimento, Harry. Mas nesses últimos meses em que ficamos juntos em que todo dia parecia que seria o último foi que eu percebi que não podia mais negar o que eu sentia. Era muito maior que eu. Agora, por favor, peça ao Dobby para me dar a minha varinha para que eu possa ir embora.
- Eu pedirei, mas antes preciso que me responda uma coisa: Por que nunca me falou dos seus sentimentos? Por que iria embora sem me dizer nada?
- Você tem a Gina, Harry. Eu achei que você só tivesse ficado com ela por causa do efeito da poção, mas eu vi vocês juntos e percebi que você realmente sente algo por ela.
- Sim ,eu sinto. Quer saber o que eu sinto pela Gina?
Hermione abaixou a cabeça sem nada dizer e Harry continuou:
- Eu sinto raiva e pena dela. Raiva por ela ter mantido o meu coração e minha mentes ocupados por alguém que não o merecia e pena porque nem que ela usasse mil poções conseguiria me fazer sentir o que estou sentindo agora por você.
Hermione levantou um pouco a cabeça, mas sem conseguir encará-lo perguntou:
- O que você está querendo dizer, Harry?
- Estou querendo dizer que eu também te amo, Hermione. Não sei quando foi que esse sentimento começou. Eu só o percebi quando li sua carta e o medo de não mais te ver me deixou sem conseguir respirar.
- Harry...se está dizendo isso só para que eu mude de idéia, por favor, pare.
Harry se aproximou mais dela e pegando-lhe as mãos pediu:
- Olhe para mim, Mione. Olhe no fundo dos meus olhos e veja se eu estou mentindo.
Hermione obedeceu. Eles se olharam longamente até os olhos dela começarem a brilhar intensamente e um sorriso começar a surgir em seus lábios.
Era o sinal que Harry estava esperando para poder abraçá-la e beijá-la com amor.
Sentado em uma pedra, Dobby viu tudo e sem fazer barulho, libertou os pés de Hermione sabendo que ela não iria mais para lugar nenhum que Harry não fosse com ela.
FIM
