Disclaimer: Lost e seus respectivos personagens pertencem à J.J Abrams e CIA, esta fanfiction é totalmente sem fins lucrativos.

Categoria: Drama/Romance/Suspense/Ação.

Spoilers: Tudo o que já aconteceu na 1° e 2° temporadas com muitas adaptações, Ana-Lucia e Libby não morreram, Michael foi perdoado por sua traição e está de volta ao acampamento com Walt. As crianças Emma e Zack também foram resgatadas.

Nota: Esta é uma temporada alternativa de Lost que se inicia após o último episódio da segunda temporada. Tempos depois daqueles acontecimentos, os sobreviventes do vôo 815 seguem com suas vidas na ilha, enfrentando perigos, vivendo grandes paixões e se confrontando com os mistérios do lugar e os segredos excusos da Dharma Initiative.

Sinopse do episódio:Jack e Kate começam a descobrir sentimentos mútuos um pelo outro,porém ela desaparece misteriosamente e ele parte para encontrá-la com a ajuda de Sawyer e Ana-Lucia.

Censura: K+.

Episódio 1- "Desaparecida".

O líquido esterilizante sobre a carne recém-machucada provocou uma dor aguda, mas ela limitou-se a morder os lábios, sem emitir som algum. Com olhar preocupado, o doutor Jack Shephard segurava o vidro de vodka com a mão direita enquanto com a outra mão preparava a agulha de costura para suturar o braço da paciente.

- Você está bem, Kate?- ele perguntou olhando diretamente para os olhos verdes dela, nesse momento lacrimejantes.

- Sim, é claro!- ela respondeu, se esforçando para fazer parecer que não sentia dor alguma.

Jack sorriu percebendo o semblante dolorido dela.

- Ora vamos, Kate, eu sei que dói.- ele disse, divertido.- Sei melhor do que ninguém!

Ela franziu as sobrancelhas, fingindo irritação. – Não dói, não!

- Certo!- ele respondeu pacientemente. – Mas me diga, onde você se machucou desse jeito?

- Escorreguei de uma árvore, estava pegando frutas.

Jack balançou a cabeça negativamente: - Tome mais cuidado. Você poderia ter pedido pra alguém pegar pra você.

Kate franziu as sobrancelhas: - Alguém quem? Sawyer?

Jack riu: - Que tal eu?

- Você? Não, nada disso. Você é o único médico nessa ilha, não está aqui só pra cuidar de mim. Além disso, sou capaz de pegar minhas próprias frutas.

- Estou vendo.- Jack gracejou apontando para o ferimento no braço dela.

Os dois riram juntos, e Jack pôs-se a costurar o corte no braço de Kate. Ela fechou os olhos e mordeu os lábios. – Obrigada, Jack.

- Pelo quê?- ele perguntou. – Que eu saiba eu sou o médico aqui, e você fez isso por mim uma vez, se lembra?

Ela sorriu ao recordar a forma como se conheceram. Em meio a todo aquele caos do desastre de avião ele estava com um corte terrível debaixo das costelas, e pediu a ela que o suturasse. Kate até então nunca havia se deparado com uma situação daquelas, mas fez o que precisava ser feito.

- Prontinho!- ele disse enquanto guardava seus apetrechos e protegia o ferimento dela com uma gaze de tecido improvisada. – Não se meta mais em encrencas!

- Pode deixar doutor, pelo menos hoje, eu prometo que vou ficar quietinha.

Os dois sorriram um para o outro, e por milésimos de segundo sentiram como se fossem os únicos naquela ilha. Aliás, às vezes bem que Jack gostaria que ele e Kate fossem os únicos na ilha, sem monstros ou ursos polares para os perseguirem, ambos livres de qualquer preocupação. Jack era um homem muito honesto e correto, cuidava de todos, mas adorava cuidar dela. E momentos como esse eram tão raros porque Kate não era uma mulher que gostasse de ser cuidada, ou pelo menos era a imagem que ela gostava de passar. Provavelmente essa postura dela teria a ver com seu passado obscuro de fugitiva da lei, mas Jack não se importava.

Naquele momento, ele a achava mais linda e mais meiga do que nunca, e a vendo assim tão próxima, não resistiu e tocou-lhe carinhosamente os cachos dos cabelos castanho-avermelhados. Ela sorriu ao toque.

Uma voz feminina rouca interrompeu o momento sublime dos dois.

- Doutor?- a mulher indagou ao ver Jack e Kate juntos. – Se estou interrompendo alguma coisa, eu posso...

Antes que Rose terminasse de falar Kate a cortou.

- Não Rose, o Jack já terminou de fazer o curativo no meu braço, eu já estava indo para a praia.

- Ah sim, claro- Rose falou aproximando-se de Jack. – Doutor eu ando com muita dor- de- cabeça , será que você...

Jack prestou atenção às palavras de Rose, e quando procurou Kate com os olhos ela já havia deixado a escotilha. Ele sorriu e pensou consigo mesmo: "Não estamos mesmo sozinhos nessa ilha".

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Uma tempestade estava se formando, os trovões ecoavam por toda a ilha. Charlie agoniado arrumava tudo o que podia nas mochilas para transportar Claire e o pequeno "Aaron cabeça de nabo" para as cavernas. Jack havia avisado que não seria seguro para eles ficarem na praia numa tempestade como aquela e mandou que fossem para as cavernas, já que não dava para acomodar a todos na escotilha. A maioria o tinha escutado, e até mesmo Sawyer começava a arrumar suas coisas. Enquanto observava as pessoas arrumando tudo, apressadas para irem às cavernas, Jack estava preocupado, pois não vira mais Kate desde a hora em que fizera o curativo em seu braço logo cedo. Sawyer, notando seu semblante de preocupação, debochou:

- Está procurando a sardenta, doutor?

Jack fingiu não perceber a provocação. – Estou sim, você sabe onde ela está? A tempestade não tarda quero ter certeza que ela vai estar segura.

- Já procurou na minha barraca? – perguntou Sawyer fazendo insinuação.

Antes que Jack pudesse responder, Sayid apareceu dizendo:

- Jack já estão todos indo para as cavernas. Vou cuidar de tudo por lá, como você me pediu.

- Não encontro a Kate!- ele disse preocupado.

- Acho que ela já deve ter ido, também não a vi aqui pela praia.

- Eu não sei não Sayid, a Kate não iria para as cavernas sem...

- Sem avisar a você doutor?- debochou Sawyer. – Pois eu te digo por experiência própria, que quando a sardenta sente vontade de fazer alguma coisa ela simplesmente faz.

Jack ficou olhando para ele sem dizer nada.

- Por que essa cara doutor? Por acaso isso ainda não aconteceu com você?- continuou insistindo Sawyer na tentativa de irritá-lo.

- Eu não ligo pro que você diz Sawyer. Eu estou realmente preocupado com a Kate.

Os trovões começaram a aumentar de intensidade.

- Vamos Jack, essa tempestade vai cair logo. A Kate já deve estar protegida.Quem ficou no seu lugar na escotilha?

- Locke e Eko estão lá!

- Sayid! Vamos!- gritou Shannon enquanto arrastava sua mala até a entrada da floresta.

- Ô Mohamed, a sua patroa tá chamando!- falou Sawyer.

Sayid deu um sorriso falso para Sawyer e em seguida puxou Jack pelo braço:

- Vamos Jack, a Kate deve estar nas cavernas ou quem sabe foi pra escotilha, escuta o que eu digo.

- È sim doutor, é melhor ouvir o Ali Babá, e vamos logo antes que esse temporal desabe!- disse Sawyer indo em direção à entrada da floresta.

Jack acabou concordando, e seguiu o grupo até as cavernas. Entretanto, ao chegar lá não encontrou Kate em parte alguma, ficando ainda mais preocupado. Pôs-se então a arrumar sua mochila com água e comida, disposto a ir atrás dela.Vendo-o arrumar as coisas, Hurley indagou:

- Vai atrás da Kate, Jack?

- Vou! –ele respondeu monossilábico.

- Mas vai cair uma tempestade- ele falou preocupado.

- Não me importa, ela deve estar perdida, provavelmente ferida, eu preciso encontrá-la!

- Então eu vou com você- falou Charlie que vinha chegando e escutou a conversa.

- Não Charlie, nem pensar! Eu vou sozinho, e volto logo, com a Kate.

- Vai sozinho nada!- disse uma voz feminina intimidadora.

Jack virou-se e encarou a dona da voz, Ana-Lucia.

- Se você vai sair por aí debaixo de uma tempestade atrás de sua "namorada", é melhor que eu te acompanhe.

Jack apressou-se em corrigir:- Ela não é minha namorada!

- Eu vou também!- disse Sawyer aproximando-se.

- Eu também quero ir! – disse Sayid.

- Ah não Sayid, você não vai!- disse Shannon abraçando-se a ele.

- Como é?- indagou Sayid.

- È perigoso, eu não quero que você vá, e também não quero ficar aqui sozinha com essa tempestade.

- Shannon, não faça chantagem emocional comigo, precisamos encontrar a Kate.

- Sim, eu sei- ela frisou. – Mas o Sawyer, o Jack e a Srta. "atiro-em-todo-mundo" podem fazer isso, não é?

- Sim, é claro- confirmou Sawyer.

- Pois eu acho que Jack deveria ir sozinho- falou uma voz vinda de perto da fonte.

- Sozinho?- indagou Sawyer a Locke. – Tá maluco é Crocodilo Dundee? Tudo bem que eu e o doutor não somos melhores amigos, mas não quero que aconteça nada com ele afinal ele é o único médico nessa droga de ilha, além do mais a sardenta está desaparecida.

- Sempre achei você um homem muito pretensioso James, mas pretensão não é tudo. Digo que Jack deve ir sozinho, ele a encontrará.

- Do que você está falando, Locke?- indagou Sayid.

Antes que Locke pudesse dizer alguma coisa, Jack colocou a mochila nas costas, e disse: - Já chega de discussões, eu estou indo procurar a Kate. Ana-Lucia e Sawyer vocês são bem-vindos nessa busca. Sayid gostaria que você ficasse aqui e cuidasse de tudo. Locke tome conta da escotilha.

- Eu já estava voltando pra lá, só vim ver se todos estavam bem.- Locke respondeu calmamente.

Um raio ameaçador cortou o céu da ilha, seguido de um estrondoso trovão. Todos correram para abrigar-se nas cavernas. Michael olhava intrigado para Locke enquanto protegia a entrada da caverna com uma lona de plástico improvisada.

- O que você acha disso Charlie?

- Do quê?- perguntou Charlie arrumando suas coisas.

- Do Locke não querer que ninguém acompanhasse o Jack para ir atrás da Kate, digo, porque ele teria de ir sozinho?

- Por mais estranho que pareça Michael, o Locke sempre tem razão.

Continua...