Norma estava na recepção do Motel quando ouviu o barulho de um carro se aproximando, rapidamente ela foi até a janela e olhando através da persiana viu que era o carro do Xerife Romero. Ela poderia ter voltado para onde estava, até porque já havia matado sua curiosidade, mas ao invés disso ela esperou Romero sair do carro e entrar no quarto 11, só então que Norma voltou para o balcão da recepção. Por um instante ela se pegou pensando o porquê daquela necessidade em ver o Xerife Romero, foi um momento tão rápido, mas que de alguma maneira ela precisava daquilo. Antes que seus pensamentos em relação a ele continuassem o telefone do Motel começou a tocar assustando-a.

Após a ligação Norma ficou agitada, começou a organizar algumas coisas antes de resolver fechar o Motel. Já estava pronta para apagar as luzes e ir embora quando sem pensar duas vezes abriu a porta e caminhou até o quarto 11. Hesitante, ela bateu na porta. Não obtendo uma resposta rápida voltou a bater novamente, estava impaciente demais para esperar sem dar algum chilique.

"Oi, Alex." ela disse quando a porta foi aberta. A visão do Xerife Romero sem camisa deixou-a desconcertada por alguns instantes.

"Norma." o tom de voz grave de Romero causou um nervosismo enorme dentro dela. Sempre que ela o ouvia falar seu nome acontecia algo em seus sentidos que ela ainda não sabia como definir.

"Preciso falar com você." seus intensos olhos azuis desviaram do peito nu e fixaram-se nos olhos dele.

"Agora?" o Xerife perguntou como se estivesse incomodado com a inesperada visita. Na verdade ele estava cansado demais para alguma suposta neura que Norma estivesse tendo naquele momento.

"Sim. Precisa ser agora."

"Ok. Encontro com você daqui a pouco na recepção." antes que ele fechasse a porta ela o impediu.

"Podemos conversar aqui mesmo." dito isso ela entrou no quarto, para a surpresa de Romero, e começou a falar desenfreadamente.

"Eles vão voltar com o desvio. Eu preciso fazer alguma coisa, eles não podem fazer isso comigo, com o meu Motel. Você precisa me ajudar, Alex."

"Calma, Norma!" pediu Romero ao fechar a porta.

"Calma? As obras começam em dois dias e você me pede calma? Como eu posso ter calma? " ela andava de um lado pro outro e o quarto se tornava cada vez menor devido a sua impaciência e preocupação.

"Você faz parte do conselho, não precisa entrar em desespero." ele lembrou na tentativa de acalmá-la.

"Eles acabaram de me ligar, não estou mais no conselho e dessa maneira fico de mãos atadas sem poder fazer nada. Você tem que me ajudar a impedir as obras."

"Desculpa Norma, mas não posso ajudar."

Ela parou e olhou diretamente pra ele vestido apenas com uma calça de moletom. Era estranho vê-lo tão a vontade daquele jeito, ela sempre o via com a roupa de Xerife. Da vez que ele apareceu de terno ela ficou surpresa, apreciou a imagem dele vestido daquele jeito, porém nada se comparava com o que estava vendo agora. O nervosismo voltou, seu olhar que antes era para o corpo dele agora voltou para seu rosto.

"Você é o Xerife da cidade. É claro que pode fazer alguma coisa." ela insistia na mesma ideia, não aceitaria que ele lhe virasse as costas.

"Não Norma, não posso. Eu sou apenas o Xerife, não tenho influência nesses assuntos. Sinto muito."

"Sinto muito? É isso que você tem a me dizer? Se eles continuarem com o desvio eu não vou conseguir manter o Motel." Norma estava visivelmente transtornada e não conseguia entender o que Romero estava tentando dizer a ela. Realmente ele não podia ajudá-la, ele até que gostaria, mas infelizmente não podia. "Você nunca gostou de mim, é por isso que você não quer me ajudar. E eu aqui idiota achando que fôssemos amigos."

"O quê?!" aquela acusação o ofendeu. Se tinha alguém que mais ajudou Norma, esse alguém foi ele. Mesmo não entendendo o porquê Romero sempre preocupou-se com aquela mulher louca e instável que conheceu em circunstâncias não tão agradáveis .

"É bem mais fácil você falar que não quer me ajudar ao invés de dizer que não pode. Seja honesto pelo menos." os olhos de Norma tinham um brilho intenso, sua raiva crescia cada vez mais.

"Porque você não vai pedir ajuda ao seu amigo George? Pela forma que vocês estavam se abraçando naquele dia na delegacia, ele me pareceu gostar muito de você e você dele." fazê-la lembrar do George não foi uma boa ideia. Grande parte do que estava acontecendo foi devido ao seu desentendimento com ele.

"Não me venha falar em George." ela pronunciou o nome "George" com certo desprezo e aquilo despertou algo em Romero. A distância entre eles ia ficando cada vez menor. Você me odiou desde o primeiro dia que cheguei na cidade. A verdade é que você nunca engoliu o fato de eu ter passado por cima de todos os problemas que tive quando cheguei aqui. Você me odeia, Alex. É isso, você..." ela jamais conseguiu terminar a frase, tudo aconteceu tão rápido que quando se deu conta estava prensada contra a porta sendo devorada por Romero.

No começo ela tentou resistir, empurrava-o com as mãos no peito dele tentando ao máximo não retribuir o beijo, mas logo depois se rendeu. Seu corpo ficava cada vez mais apertado entre a porta e aquele Xerife idiota que não queria ajudá-la.

"Ainda acha que odeio você?" ele perguntou ao cortar o beijo, olhando nos olhos de Norma. Ambos estavam ofegantes.

Norma sentiu as pernas bambas, estava pedindo aos céus que Romero não a soltasse rápido ou ela não seria capaz de manter-se de pé. Incapaz de falar qualquer coisa ela apenas sustentava seu olhar e tentava recuperar o fôlego.

"Ou você vai embora agora ou continua aqui e eu não respondo por mim." Romero se afastou dando-lhe o poder da escolha.

Sem tirar os olhos dele, Norma tateou até achar a maçaneta da porta, girou-a e quando a mesma abriu ela saiu do quarto. Correu para a recepção do Motel, o coração e a mente a mil deixou-a sem ar. Ainda sentia-se trêmula pela emoção e surpresa do beijo, nenhum outro homem nunca tinha beijado-a com tanto desejo como Romero tinha acabado de fazer.

Enquanto isso, Romero sentia-se um verdadeiro estúpido. Como ele foi perder o controle daquele jeito? Ele sempre foi um cara tão centrado, sempre agia antes de pensar e nunca tomava uma decisão que pudesse vir a se arrepender depois. Como ele pôde fazer aquilo? Ele precisava se desculpar.

A porta do quarto foi aberta de repente, Romero quase não acreditou quando viu Norma parada à sua frente. Ele já estava preparando o pedido de desculpas quando a viu fechando a porta e atacando-o com um beijo...

Ele cheirava tão bem. Aquele cheiro delicioso de pôs-banho já começava a ficar impregnado no corpo dela. As mãos dele eram tão fortes, impacientes, exploradoras. Norma sentiu suas costas bater contra a porta. Será que Romero iria questioná-la mais uma vez? Será que iria falar que aquilo era um erro e mandá-la embora?

O desejo que ambos sentia era assustador. Eles se beijavam enlouquecidamente enquanto todas aquelas dúvidas pairavam na mente de Norma. Ela resolveu ser rápida, e não sabendo como, conseguiu alcançar o elástico da calcinha, mas antes que pudesse pensar em tirá-la Romero a deteve.

"Você acha que depois de fantasiar centenas de vezes te despindo eu vou deixar você mesma fazer isso?" ele disse segurando com firmeza as mãos de Norma, deixando-a imóvel. "Quando eu achar que é a hora quem vai tirar sou eu." se ele sustentasse o olhar por mais alguns segundos ela seria capaz de ter um orgasmo de tão excitada que estava.

Ela fechou os olhos e foi sentindo as mãos do Xerife subindo pelo seu corpo e logo depois os dedos dele desabotoando os botões de seu cardigã, no mesmo momento em que arrepiava-se com os lábios dele em seu delicado pescoço. Ao retirar o cardigã a blusa também foi arrancada. Um gemido de prazer saiu de sua garganta quando Romero apertou seus seios.

"Alex..." seu corpo estremeceu ao sentir a ereção dele contra sua barriga.

Romero agarrou-a pela cintura e levou-a até a cama sem deixar que seus lábios se desgrudassem um instante sequer. Antes de jogá-la na cama ele tirou-lhe a saia, e após tirar a calça de moletom que usava, deitou sobre Norma. O peso de seu corpo foi uma sensação tão maravilhosa que um sorriso dançou nos lábios dela. Ela o agarrou com braços e pernas, sua mãos passeavam pelas costas dele, desejando tocá-lo em cada centímetro do seu corpo. Com a ajuda de Norma ele conseguiu tirar a penúltima peça que a cobria, finalmente revelando a beleza que eram seus seios. A boca sedenta em sentir o gosto foi em direção a eles abocanhando-lhe um dos mamilos, depois o outro, primeiro mordiscando e depois sugando. Norma mordia os lábios impedindo seus gemidos de saírem, e cada vez mais o desejava dentro dela. Um suspiro de surpresa aconteceu quando sentiu a mão de Romero dentro de sua calcinha, os dedos acariciando seu sexo quente e molhado.

Ele voltou a beijá-la na boca e não demorou muito para deslizar a pequena calcinha pelas coxas, joelhos e finalmente, pelos pés dela. Ajoelhado à cama Romero separou as penas de Norma preparando-a para o que estava por vir. No lugar onde os dedos dele haviam brincado, agora quem brincava era sua língua, que subia e descia, entrava e saía de dentro dela. Norma apertava os próprios seios, se contorcia, gemia baixinho a ponto de explodir de prazer a qualquer momento. Percebendo que não demoraria muito pra ela perder o controle, Romero pressionou o clitóris com o polegar e isso foi a perdição de Norma. Ela gritou tendo um intenso orgasmo...

Aquela mulher de vida e sentimentos complexos estava sendo a perdição para o Xerife tão racional e fechado que era Romero. Seu corpo perfeito, a pele macia, o cheiro que parecia ser único, seus gemidos... Tudo isso seria impossível de esquecer, poderia passar anos e anos, mas Romero sempre lembraria daquele momento com Norma. Ele ainda nem tinha feito amor com ela e já estava pensando se teria uma segunda vez. Provavelmente não. Uma relação com Norma nunca daria certo, ha não ser que a relação se resumisse apenas em sexo. Mas Norma merecia muito mais que uma transa, ela precisava de algo estável, seguro. Norma era digna de cuidados e dos sentimentos mais sinceros possíveis.

Norma ainda se recuperava do orgasmo quando Romero deitou sobre ela completamente nu. Seu corpo atlético de músculos firmes e pele bem cuidada agora entrava em total contato com o de Norma. Seu beijo era firme e ao mesmo tempo delicado, as mãos grandes sabiam exatamente como e onde tocá-la.

"Você é tão linda que as vezes me sinto intimidado ao olhar pra você." ele confessou olhando profundamente nos olhos dela e então a penetrou. Norma gemeu fechando os olhos. "Eu quero que você olhe pra mim, Norma." ordenou ele.

Era impossível não obedecer àquela voz de comando, mesmo nos momentos em que as circunstâncias não eram tão favoráveis à ela. Ele admirou-a por mais alguns instantes: sua apetitosa boca entreaberta, bochechas rosadas de excitação, olhos cujo brilho jamais ninguém possuía igual.

"Alex, por favor..." Norma murmurou e sua voz de súplica fez Romero começar os movimentos.

Ele beijava boca, rosto e pescoço enquanto entrava e saía de dentro dela. Calmo, sem a menor pressa no começo pra depois intensificar suas estocadas cada vez mais e mais até se perderem um no outro...

Norma estava com a cabeça deitada sobre o peito dele, seu ouvido bem próximo ao coração. Ela ouvia as batidas como se estivesse ouvindo sua música favorita e aquilo a fez sorrir enquanto ia fazendo desenhos imaginários com as pontas dos dedos pelo peito dele.

"Porque você foi embora e depois voltou? " Romero perguntou quebrando o silencio.

"Estava na hora de apagar as luzes do Motel." ela respondeu e em seguida deu uma risadinha provocante, fazendo Romero sorrir também.