A/N: Essa idéia surgiu derrepente na minha cabeça, num dia de
muito tédio. Eu fiquei pensando: se o Ron nunca tivesse existido MUITA
coisa seria diferente. Mas, o que exatamente? Daí eu comecei a pensar em todas
as possíbilidades. A primeira de todas elas a mais provável.
Será uma fanfic não muito comprida, com de 3 a 5 capítulos. Espero que goste,
e não esqueça de deixar um review! Idéias e opiniões são sempre
importantes. Mas nada de flames! ò_ó Pq eu já tenho um extintor aqui pra
apagar todos eles!
Max Weasley
The Weasley fanatic
Meu lema: "Go Ron! Go Fred&George! Go Percy! Go Charlie! Go Bill! Go Ginny! Go Molly! Go Arthur! GOOOO WEASLEYS!" Hehehe
~***~
Eu desejo...
Capítulo 1
"yo listen up here's a story
about a little guy that lives in a blue world
and all day and all night and everything he sees
is just blue like him inside and outside
blue his house with a blue little window
and a blue corvette
and everything is blue for him and hisself
and everybody around
cos he ain't got nobody to listen to"
Blue (Da Ba De) by Eiffel 65
Era mais uma dessas tardes que Ron
Weasley gostaria de evitar. Outra vez ele, Harry e Hermione estavam na
biblioteca pesquisando o que acontecia com Harry. Doeu a cicatriz? Corre pros
livros. Teve um pesadelo? Mais livros. Ron já não era o maior fã dos livros,
e tudo só ficava pior quando Hermione dava uma de espertinha. Ron gostava dela,
mas a sua personalidade as vezes... 'enchia o saco'.
Mas não era nada disso que o incomodava. Era que, se ele
tivesse um pesadelo, ele seria logo ignorado. Ninguém queria saber se o 2 mais
novo Weasley tinha um pesadelo. O TCHAM alí era Harry Potter, o menino que
sobreviveu. Ron achava que ele não fazia sentido no time. Harry é o herói e
Hermione o cérebro e única garota da equipe, isso a deixava na posição de
mocinha. E o que sobrava pra ele? Só o posto de amigo do herói, nada mais que
isso.
E foi numa dessas tardes, quando estava quase anoitecendo,
que tudo aconteceu.
"Eu estou começando a ficar preocupado." Harry
disse. Ron olhou até para o teto para não olhar para Harry. Ele tinha certeza
do que vinha a seguir. Tanto que, quando Harry voltou a falar, ele até imitava
o que ele dizia com a boca. "Acho que Voldemort... desculpe...
você-sabe-quem está por trás disso."
"Eu também acho!" acrescentou depressa Hermione,
fechando um livro bruscamente. O silêncio foi enorme depois disso. Hermione se
virou para encarar Ron, como se quisesse que ele apoiasse. Mas ele não
entendeu.
"Que?!?!" ele perguntou.
"Ron, você não acha que o Harry está certo?"
Hermione insistiu, arregalando os olhos.
"Eu? Seilá. Minha opinião importa?"
"Importa." Harry respondeu por Hermione.
"Pois o que você diria se eu dissesse que eu acho que
você está errado?" Ron perguntou, num extremo mal humor de tarde de
pesquisa.
"Eu diria que você tem uma péssima
atitude." Hermione disse, enfatizando o 'eu'.
"Não, Mione, não é a minha atitude! É a sua!"
ele respondeu quase gritando. Ainda bem que a biblioteca estava praticamente
vazia. Porque já os poucos que haviam lá olharam curiosos para a mesa deles.
Ron apontou para Harry. "E a sua também!"
"Ron! Pare de fazer cena!!" Hermione disse, entre
dentes.
"Eu não estou fazendo cena! Estou te dizendo a verdade,
Mione! Quer dizer, por que tudo aqui tem haver com o Harry?" ele desabafou.
Harry pareceu surpreso e, ao mesmo tempo, preocupado. "Quer dizer, ele só
sobreviveu a um feitiço. Ele não é nenhum SANTO!!"
"Você tá delirando." Hermione murmurou.
"Ron, você está certo!" Harry respondeu, para a
surpresa de ambos. "Eu não sou santo. Mas tudo acontece comigo."
"Não, Harry. Tudo não acontece com você! O mundo não
gira ao seu redor!" Ron pareceu ainda mais irritado. Ele se levantou
bruscamente da cadeira. Ele apontou para Harry e disse com a voz mais baixa e
irritada. "Eu cansei de ficar sempre para segundo plano. Eu cansei
de ser o inútil."
"Eu não tô entendo!!" Harry disse rápido, mas
era tarde. Ron já tinha saido da biblioteca.
~***~
Sem saber exatamente para onde ir ou o que fazer, Ron foi se refugiar num lugar em que ninguém pudesse o encontrar: no banheiro de Murta que Geme. Ele se trancou dentro de uma das cabines e se encostou numa lateral, pensativo. Murta passou a sua cabeça quase transparente pela porta da cabine que ele estava.
"Ron!" ela disse com
sua voz esganiçada. "Como é bom ter companhia!"
"Uma outra hora, Murta. Eu quero ficar um pouco
sozinho." ele disse.
"Ah... eu sei como é isso. Eu também me sentia assim.
Aham." ela disse, balançando a cabeça afirmativamente. "Mas sabe,
não me ajudou muito. Eu acabei assim, morta. Fazer o que né."
"Dá só pra você sair daqui?" Ron insistiu
irritado.
"Ninguém liga pra o que eu digo!!" Murta disse, e
começou a 'chorar'. Ela logo desapareceu.
Os pensamentos continuaram a passar por sua cabeça sem pressa. Ele tentou se lembrar de uma só vez que ele tenha sido realmente útil, indispensável e que ninguém possa ter feito por ele. Nada veio a sua cabeça.
"Se eu não tivesse existido o mundo teria sido bem melhor." ele disse com um suspiro. Então ele ouviu um barulho de metal batendo no chão. Ele abriu a porta da cabine e olhou para fora. "Murta?"
Ninguém respondeu. Ele começou a andar pelo banheiro a procura do que poderia ter feito aquilo. Ele foi andando na direção das pias e viu que um dos canos tinha estourado. Água saia dele aos poucos. Ele suspirou, mas se esqueceu que a água tinha se espalhado. Ele deu mais uma passo e escorregou, batendo com a cabeça bem na porta de uma das pias a caindo no chão, inconciente.
~***~
Quando ele abriu os olhos
novamente, não tinha certeza quanto tempo tinha passado, mas que ele não
estava mais no banheiro ele não estava. Ele se levantou, estava dentro de uma
das cabines do Expresso de Hogwarts. Ele olhou em volta, desorientado. 'O que eu
estou fazendo aqui?', pensou.
Antes que ele pudesse pensar em qualquer outra coisa, a porta
da cabine se abriu e Harry entrou pela porta. Só que ele estava diferente. Ele
estava menor, mais novo.
"Harry?! O que aconteceu? O
que eu estou fazendo aqui?" ele perguntou, mas o garoto não respondeu. Ron
acenou para ele, mas o menino nem percebeu sua presença. "Você está me
ignorando?"
"Ele não tá te ignorando seu..." uma voz disse.
"Idiota!" terminou outra voz muito parecida com a
primeira.
"Que?" Ron perguntou, e se virou. Para sua surpresa
ele conhecia as duas vozes. Eles estavam sentados na poltrona oposta a de Harry,
com sorrisos maliciosos estampados em seus rostos, pálidos como o resto do seu
corpo, mas mesmo assim pálidos. "Fred? George? O que vocês estão fazendo
aqui?"
"Você desejou nunca ter existido..." Fred
começou.
"E nós fomos chamados pra ter mostrar..." George
continuou.
"O mundo sem você!" os dois disseram
juntos.
" 'Cês tão brincando!?" Ron perguntou, rindo ao
mesmo tempo.
"Não. A gente vai te ajudar a entender as coisas por
aqui. Então vai vendo tudo com muito cuidado..." Fred disse.
"Que a gente já volta!" George termiou, e os dois
desapareceram como fumaça.
" Droga! Nem quando eu viajo pra outra dimensão eu me
livros dos meus irmãos." Ron murmurou, e se sentou na poltrona oposta a de
Harry. Ele olhou para as próprias mãos. "É. Estou tão pálido quanto
Draco, Nick quase sem cabeça e Murta que Geme juntos!"
A porta da cabine se abriu e outra figura pálida apareceu na porta. Desta vez não era nenhum fantasma. Era Draco Malfoy. De certa forma, para Ron, era mesmo um fantasma. Mas isso realmente não vem ao caso. Ele entrou na cabine, olhou diretamente para a cicatriz de Harry e começou a falar.
"É verdade então. Harry
Potter está vindo para Hogwarts." ele disse, e Harry só confirmou com a
cabeça. "Você viveu todo esse tempo no mundo dos trouxas, não? Deve ser
frustante viver entre aquela gentinha, ter que se misturar com eles. E Hogwarts
tem o mesmo povinho inútil. E para você não se misturar com o jeito errado,
eu posso te ajudar." ele disse, estendendo a mão para Harry.
"Há! Vai sonhando Malfoy!" Ron disse, quase
gritando, já que eles não podiam ouvi-lo. "O Harry NUNCA vai aceitar a
sua ajuda!"
Mas, para a surpresa dele, Harry apertou a mão do garoto pálido, e ele deu um sorriso malicioso para Harry.
"É bom saber que está
do lado correto, não é... Harry?"
"NÃO!!! Solta a mão dele, Harry! Solta agora! Esse
cara é problema, nãooo!!" Ron gritou, tentando bater nas mãos deles para
que se soltassem. Elas realmente se soltaram ,mas não por causa dele. Draco
sentou ao lado de Harry e eles começaram a conversar. "O que está
acontecendo aqui!!! Fred, George! Isso não o mundo sem mim, é um
pesadelo!!!"
Continua...
No próximo capítulo: Ron vê como a amizade de Harry e Draco foi prejudicial. E, pensando que só aquilo mudou, ele vai dar uma olhada em Hermione. E se surpreende.
