Esta é uma fic baseada em um episódio da série Angel, I Will Remember You.
Quem conhece a série e viu esse episódio, notará várias semelhanças, inclusive nos diálogos.
A história é entre Sakura e Shaoran, como não poderia deixar de ser, são meus personagens favoritos. Aqui, eles estão impedidos de ficarem juntos, por conta de um feitiço.
Espero que todos gostem.
Eu peguei emprestado os personagens do anime Sakura Card Captors, que pertencem ao Grupo Clamp.
Divirtam-se.
Eu vou lembrar de você
(Parte 1)
Capítulo 1
- Quando foi que ele voltou? – pergunta Mei Lin a Wei.
- Ontem à noite.
Os dois olhavam Shaoran, que estava na sala de treinamento, arrumando suas armas.
- Ele me parece bem.
- Ele a viu Wei. Ficou 3 dias ao lado dela, seguindo-a. Ele está com a cara mais séria ainda. Eu não sei não. Acho que ele ficou mais abatido do que pensamos.
E os dois voltaram a olhar Shaoran. De repente este pega uma adaga, Mei Lin entra gritando na sala, seguida por Wei.
- Ai, Meu Deus. Não faça isso Shaoran. Não vale a pena.
- Não mesmo? – ele pergunta com um meio sorriso nos lábios.
- Não pode deixa-la fazer isso com você, vai conhecer outra pessoa, é uma questão de tempo.
- O que vai fazer com isso? Dê-me a adaga jovem Shaoran. – pediu Wei com uma expressão preocupada.
- Eu só ia afiá-la. Vocês não pensaram.... – Shaoran não termina a frase, mais do que divertido.
Mei Lin, com um sorriso sem graça diz.
- Foi o Wei. Ele sempre tira conclusões apressadas. – depois de uma pausa, Mei Lin não se aguenta, e pergunta. - E...Você viu a Sakura?
- Não foi uma visita social. Eu fui para protegê-la, fiquei de longe. Ela nem soube que estive lá. – ele responde virando-se de costas.
- Sério? Então você a evitou?
- A Sakura sempre será uma parte de mim, isso nunca mudará. Mas não podemos ficar perto um do outro sem nos machucarmos, ou a alguém, enquanto essa maldição não for quebrada. Vocês sabem o que acontece. Teve que ser dessa maneira.
- Tudo bem. Mas se eu soubesse que meu ex tinha ido a cidade e ficasse me seguindo e nem me dissesse um alô, eu ficaria.....
- Muito irritada. – disse uma voz da porta.
Sakura estava ali parada, a tempestade nos olhos verdes. Shaoran encarou-a sem saber o que dizer.
- Sakura! – Mei Lin foi a primeira a se refazer da surpresa.
- Oi Mei Lin. – disse Sakura sem deixar de encarar Shaoran. – Sr. Wei.
Wei cumprimentou-a com um aceno de cabeça.
- Como você está? – Mei Lin tentava amenizar o clima.
- Eu já estive melhor. – falou Sakura olhando ameaçadoramente para Shaoran.
Mei Lin olha de um para o outro, e vê que ela e Wei estão sobrando.
- Bom, nós vamos deixá-los sozinhos. Vamos Wei. – Mei Lin saiu arrastando o velho senhor consigo.
Sakura fecha a porta e dá um passo, entrando mais na sala. Shaoran dá um passo atrás.
- Não se aproxime Sakura.
Ela nem ligou para a recomendação.
- Quem você pensa que é, indo a minha cidade, me seguindo pelas minhas costas, conversando com meus amigos, e obrigando-os a me trair? Você pode ficar perto de mim. Mas eu não posso nem ao menos vê-lo?
- Eu custei a tomar essa decisão, mas foi a melhor solução. Você sabe que não podemos ficar perto um do outro.
- E você achou que eu não fosse importante nem ao menos para saber que você estava lá? – disse ela, com raiva, dando mais um passo na direção de Shaoran.
Nisso as janelas da sala de treinamento explodiram, voando cacos de vidro para todos os lados. Sakura abaixou-se, tentando cobrir o corpo com os braços, mas alguns pedaços de vidro rasgaram sua pele.
- Sakura! – Shaoran grita aproximando-se. Mas um biombo voa pela sala espatifando-se na parede. Ele estacou subitamente, contendo a respiração.
Ela ergue os olhos para ele. Uma infinita tristeza em seu rosto.
- Foi por isso que não contei Sakura. Para sua segurança. Olhe seus braços? Você acha mesmo que quero vê-la machucar-se a cada vez que nos aproximamos? Eu nem ao menos posso chegar perto de você para ter certeza de que não está ferida. – ele terminou de dizer as últimas palavras baixinho, tão triste quanto ela.
- Eu não preciso de sua proteção. Acha que não sei o que acontece quando ficamos a menos de 2 metros? Eu não sou uma criança inocente que não entende as coisas. – ela disse com mais raiva na voz do que pretendia, por que sua vontade era jogar-se nos braços de Shaoran.
- Me desculpe se fiz tudo errado. – ele disse parecendo confuso. – Você estava em perigo, eu só pensei em protegê-la, mas não queria que você sofresse. O que mais eu poderia fazer?
- Eu não sei. Só sei que você estando por perto, vendo você ou não, eu sinto você.....E me incomoda. – Sakura olhou-o deixando transparecer no olhar todo o amor que sentia por ele.
- A mim também incomoda. A minha vontade é estar ao seu lado. Mas você sabe que não podemos.
- Eu sei. – depois de uma pausa incômoda, ela continuou. - Vamos fazer o que combinamos. Tentar achar uma maneira de quebrar o feitiço, e se não conseguirmos......
- Esquecer um do outro? – eles ficaram olhando-se, o medo de que talvez nunca mais ficassem juntos presente naquela troca de palavras.
- É. Isso... Esquecer um do outro. – disse Sakura virando-se para a porta.
Mas antes que desse um passo um indivíduo envolto em uma longa capa preta, entra por uma das janelas, que ainda estava inteira.
- Cuidado Shaoran! – grita Sakura, ao mesmo tempo em que rapidamente invoca Escudo para protegê-lo.
O atacante ergue um pequeno machado e ao atingir Escudo, com a força do golpe voa longe, então ele vira-se para Sakura, juntando suas mãos, diz algumas palavras e, uma força invisível joga-a de encontro a parede, Shaoran vendo-a em perigo sai da proteção do escudo para ajudá-la, o atacante move-se rapidamente, e com um golpe que Shaoran nem pressentiu joga-o em cima de Sakura, e foge por uma das janelas quebradas, os dois, em contato um com o outro, produzem mais alguns estragos na sala já quase totalmente destruída. Mais do que depressa, eles se afastam.
- Você está bem? – pergunta um atordoado Shaoran.
- Sim. E você?
- Tudo bem?
- Você reparou no medalhão que ele trazia no pescoço? Era igual ao que o sacerdote que lançou a maldição tinha. Você acha que tem alguma coisa a ver? Eles podem ser da mesma seita?
- Pode ser. Vale a pena investigar. – diz Shaoran com um fio de esperança, mas querendo manter a serenidade, não queria decepcionar-se e muito menos a Sakura. - Mas você tem certeza que quer ir junto?
- Você me ajudou, agora eu ajudo você. Se ficarmos a uma distância segura, não vejo problemas em irmos juntos.
Depois de olhar para ela durante algum tempo Shaoran concordou.
- Tem um lugar onde eu possa limpar-me? – pergunta Sakura mostrando o sangue já seco nos braços, e a roupa rasgada.
Shaoran leva-a a um dos quartos da mansão, mantendo uma devida distância. Enquanto esperava-a, ele começa a lembrar-se do dia em que os dois foram separados por um dos Magos da ordem Zaratustra.
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Depois de terem capturado todas a cartas, ter terminado seu treinamento na China, ele voltara ao Japão para ficar com sua amada, tudo ia bem, até que começaram de novo os problemas. Alguns discípulos da seita Zaratustra, originária da Índia, chamados Parses, que eram adoradores de Ahrimã, o Deus do Mal, acreditavam que quem possuísse as Cartas Mágicas, seria dotado de grande poder, então eles começaram a vir, alguns mais fortes que os outros. Até que um dia, um deles era portador de um grande poder, um sacerdote athravan, "ofertadores do fogo", que lançou-lhes um feitiço.
Sakura e Shaoran lutaram bravamente, usando todos os recursos que possuíam para derrotá-lo, conseguiram quando juntaram suas forças, Sakura com a carta Água e Shaoran invocando o Deus do Raio, atingiram o sacerdote gravemente, não era a intenção deles matar o sacerdote, apenas acontecera. Mas antes de cair, ele disse umas palavras em uma língua estranha, uma luz envolve Sakura e Shaoran. O sacerdote cai de joelhos, e com um último suspiro diz:-
- Juntos vocês eram poderosos. Sozinhos estão mortos.
Aquelas palavras pareceram aos dois jovens, a premonição de trágicos acontecimentos. E eles mal sabiam o quanto estavam certos, como descobriram depois.
Quando Shaoran se aproximara para ver se estava tudo bem, coisas estranhas começaram a acontecer.
As árvores racharam ao meio, como se raios invisíveis as cortassem. Os bancos do parque saíram voando descontrolados, chocando-se uns contra os outros, os balanços retorciam-se em uma dança furiosa.
Os dois sem entender o que estava acontecendo, tentam proteger-se quando um poste de luz voa em direção a eles, Shaoran empurra Sakura para um lado e salta para o outro, quando tudo para de repente. Os dois olham-se assustados e quando se aproximam de novo, tudo volta a acontecer. Shaoran dá um passo atrás e parece entender o que está havendo. As palavras que o sacerdote disse antes de cair, talvez algum tipo de magia tenha sido lançada sobre eles. Depois de explicar o que provavelmente estava acontecendo, os dois concordam em manter uma distância segura, até descobrirem como desfazer essa feitiçaria.
Shaoran foi pesquisar as palavras que o sacerdote disse, juntamente com Eriol, e o que descobrem deixa-os extremamente preocupado.
"Deus Ahrimã, eu invoco seu poder, para que a magia desses dois seres tragam a destruição e o terror".
Foram exatamente essas as palavras usadas pelo sacerdote. Shaoran não poderia mais ficar perto de Sakura, sem machuca-la ou a outra pessoa.
E o que era mais aterrorizante, ele não sabia como desfazer o feitiço.
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Shaoran volta ao presente quando vê Sakura aproximando-se pelo corredor.
- Estou pronta. – diz Sakura.
Ele a olha em silêncio durante alguns segundos, sua vontade era puxá-la para seus braços e não largá-la nunca mais. Com um suspiro ele dá as costas a ela.
- Muito bem. Vou pegar meu tabuleiro e vamos atrás dele.
Continua
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Rô
