Capitulo 1 – A decisão
A Guerra está a ponto de estourar. Harry vinha informando todos da Ordem sobre seus sonhos com as Horcruxes e já conseguiram destruir cinco delas, faltando apenas uma, já que depois só restará matar o próprio Voldemort "em pessoa", por assim dizer.
- Eu acredito que a última Horcruxe está na floresta que fica logo após a cidade de Dália, a uns 30 km dela. – Disse Harry a todos que estavam à mesa tomando café da manhã. – Eu vi isso no meu sonho. Dessa vez, ele colocou em uma árvore. Mas essa é uma árvore especial, pois ela não morre nunca se for por falta de água. Precisamos descobrir como destruir essa árvore.
- Primeiro temos que descobrir qual árvore é! – Gina comentou praticamente pela primeira vez, já que nunca dão ouvidos a ela por ser "nova demais". Isso já não a irrita como antes, pois a vontade que tem é de dizer a todos: "Não falei?". – Vocês não estão pensando em destruir todas as árvores, não é? Isso é crime!
- Não Gina. – Molly explicou. – Acredito que seja demasiado perigoso, mas se pudermos arranjar um local lá para ficarmos enquanto procuramos a tal árvore, ajudaria muito. Aparatar está ficando muito perigoso, além do mais, aquela floresta é gigante. Acho que temos chance.
Todos trocavam olhares e de pouco em pouco foram concordando. Olho-tonto Moddy levantou-se e caminhava até a lareira. Molly perguntou.
- O que está fazendo?
Moddy virou-se e sorriu mostrando a todos sua nova invenção. Era um pequeno frasco com uma poção. Todos olhavam tentando descobrir para que servia, até que o próprio inventor poupou-lhes o trabalho de tanto pensar.
- Isto, meus amigos, nunca testei, mas acredito que deva funcionar.
- Ok, mas para que funciona? – Fred perguntou ansioso. Talvez pudesse vendê-lo na sua loja como algum artefato importante.
- Isto é uma poção para a pessoa que por ventura receber a pior das três maldições, não morra. Acredito que deva funcionar, já que um de seus principais elementos é sangue de unicórnio, que nos fortalece, e fragmentos destilados da pedra filosofal.
- O que? – Todos estavam espantados.
- Mas a pedra foi destruída há 6 anos. – Harry disse a Moddy.
- Claro que foi, mas foi mal destruída. Encontrei um fragmento mínimo e depois de testes, descobri que realmente é pedacinho da pedra.
- Que ótimo Moddy! – Molly animou-se e sentiu-se até mais encorajada para encontrar a árvore e se arriscar pela paz nos mundos bruxo e trouxa.
Realmente todos da casa se encorajaram, até mesmo Harry. Gina perguntou excitada.
- Vamos então? Não tem nada com que se preocupar.
Molly e Arthur olharam-na com olhar de censura.
- Peraí, por que estão me olhando assim? – Perguntou a ruiva com lágrimas escorrendo pelos olhos. – Primeiro, temos algo aqui que talvez possa salvar alguém que está praticamente morto, segundo, por que o Rony pode e eu não? Só por que ele já vai fazer 18 anos e eu acabei de fazer 17? Ou por que eu sou mulher?
Gina não esperou resposta. Talvez fosse mimada demais, mas não importava seus motivos. Finalmente estourou por algo que até pouco tempo não se importava. Correu até seu quarto e lá trancou a porta, porém sua mãe já havia aparatado e estava sentada na sua cama.
- Escute filha, não quero que você aja dessa maneira na frente das pessoas.
- Mãe, a senhora não entende. Nunca posso fazer nada. Minha opinião nunca vale nada, minha presença ninguém nota, será que eu morri e ainda não descobri?
Gina chorava muito. Parecia um chafariz, pois não parava de cair mais e mais lágrimas no seu rosto já vermelho. Molly apertou os lábios e não sabia o que falar, mas a ruiva desabafava o que carregava durante muito tempo.
- Você talvez nunca sentiu isso, mãe. Eu era invisível em Hogwarts, Harry me beijou e logo terminou e depois mal me deu atenção. Você acredita que nem lá as pessoas percebiam minha presença ou ausência? Você nunca deve ter sabido o que é ser ignorada, já que você é sempre a "fala e acontece" aqui dessa casa.
Molly aproximou-se da filha e a abraçou. As duas agora estavam chorando, mas a Sra. Weasley foi quem desabafou e disse algumas verdades.
- Desculpe, filha. Eu sei como você se sente, mas acho que apesar de todas essas coisas, você não percebeu a maior de todas. Não é pelo fato de você ser a mais nova, mas sim porque você é a pedra mais preciosa dessa casa. Você é a pessoa a qual todos têm a preocupação mais aguçada. Você é o nosso porto seguro, pois sabe confortar, ser amiga em todos os momentos, ajudar em tudo. É mais importante que até mesmo o Harry, que amo tanto. Filha, você é tudo para mim. Eu morro de medo de te perder, mas se você quiser ir conosco... Vamos então! Mas tem que me prometer que será fiel a mim e não se meterá em encrenca!
Gina não sabia se sorria ou se chorava. Acabou fazendo os dois. Abraçou mais forte sua mãe e disse.
- Eu te amo, mãe. Prometo tudo isso.
Ambas sorriram e desceram para a sala abraçadas. Lupin perguntou a Molly.
- Estão prontas? Já separamos comida e algumas coisas suficientes para duas semanas.
- Sim. – Responderam.
Foram breves. Pegaram algumas roupas, principalmente de frio, sapatos e varinhas. Foram aparatando de dois em dois. Assim que chegaram, Arthur procurou montar a barraca num local que parecia ser bem deserto. Os meninos foram ajudá-lo e as meninas pegaram alguns galões para encher de água.
Mione e Gina andaram mais ou menos um quilômetro e encontraram uma nascente. Foram conversando sobre coisas bobas, até que a ruiva perguntou.
- E o Rony, já se declarou pra você?
Mione ruborizou, mas não sabia se era por raiva ou por timidez.
- Nada... E quem disse que ele realmente gosta de mim? Ele me fez sofrer muito ano passado.
- Sim, ele também sofreu. Eu acho que ele só está demorando porque está preocupado com essas Horcruxes... Mas calma Mione! Assim que esse pesadelo acabar, você finalmente será minha cunhada oficialmente! Pelo amor de Deus... Ninguém merece!
- O que foi? – Mione perguntou quando viu a ruiva olhando para trás. Ela olhou também e viu um de seus piores pesadelos. Fleur Delacour corria até elas gritando.
- Meninas! Que saudades de vocês! Rrrony me disse que estarrian aqui! Vou ficarrr com vocês, tudo bem?
Elas se entreolharam e deu em resposta um sorriso amarelo. Voltaram logo com os galões cheios de água. Não tardou a anoitecer e todos ficaram em volta de uma fogueira, comendo e descansando do longo dia.
