Orgulho e Sensibilidade

Fanfic dedicada a July-chan

Disclaimer: Saint Seiya pertence ao Tio Kurumada, embora o máscara da morte ainda esteja amarrado no pé da cana lá de casa...E exista um pinguim dourado na geladeira de certa amiga minha...XD

Resumo: "Nas vésperas da invasão alemã, uma francesa vê-se obrigada pela família a casar-se com um militar". Camus x OC / UA.

Créditos: LèFreve é o sobrenome que a Ju dá ao Camus em suas fics, e que eu delicadamente roubei...XD...o/

Mairian Danglars é a personagem que foi criada por mim exclusivamente para homenageá-la, usos são permitidos com os devidos créditos.


Orgulho e Sensibilidade

Capítulo 1 – A noiva

Paris, França, 13 de junho de 1940

O som das bombas assustava os poucos empregados que ainda estavam na mansão. Mai sentia o chão tremer, e sabia que logo haveria um ataque definitivo, devido a atual decadência da defesa francesa. Tentava arrumar as malas o mais rápido que seu estado frágil de gravidez permitiria. Eram nesses momentos que se arrependia de ter dispensado o maior número de serviçais que pode, mas não poderia prendê-los numa cidade que sofria o perigo de um ataque iminente.

Georgette, as camisas de Camus devem ser dobradas com mais cuidado. Não é por que estamos deixando a mansão assim tão rápido que meu marido suportará suas roupas amarrotadas – suspirou, tristemente – Se papai imaginasse que me casando com um Coronel livrar-me-ia dos ônus da guerra, enganou-se.

o-O-o

Paris, França, 10 de janeiro de 1939

A jovem Mai lia um de seus romances na ampla biblioteca de sua casa. Seus olhos castanho-esverdeados encontravam-se totalmente imersos nas palavras, e a boca rosada se contraía a cada momento de suspense. As mãos, vez ou outra, apertavam o pequeno livro, curiosas, e o longo vestido róseo tremulava levemente a cada brisa oriunda das janelas, assim como seus longos cabelos castanhos. Quem pudesse ver de longe, certamente tentaria pintar aquele momento.

Mas toda a paisagem se desfez ao som de batidas pesadas na porta.

Entre – disse a moça, visivelmente chateada pela interrupção – está aberta.

Com licença, madeoseille, mas monsieur Danglars mandou dizer que deseja vê-la.

A empregada voltou a desaparecer atrás da porta. E Mai dirigiu-se – um pouco curiosa, mas bastante frustrada – ao escritório de seu pai, deu duas batidas de leve, e esperou-o autorizar sua entrada. Mal entrou na saleta, chocou-se com um par de olhos azuis-escuros, que a avaliaram milimetricamente.

Papai, o que está havendo? – foi a única e perplexa pergunta de uma garota terrivelmente atordoada pela situação. Aliás, não a situação, mas o provocador de toda ela.

Este é o Coronel Camus LeFrève, minha querida – ele tentava dar um tom mais impessoal, mas a jovem pode distinguir a tensão na voz de seu pai – Está é minha única filha, Mairian Danglars.

Mai, em absoluto, não estava preparava para aquele homem. Rosto másculo, ombros largos, e uma forma física invejável, que ela sabia estar por baixo da bela e impecável farda militar. Sentiu um inesperado arrepio, e encolheu-se um pouco ao sentir que ele tomou-lhe a mão, dando um rápido beijo. Os longos cabelos ruivos, que estavam presos, inclinaram-se para frente nessa hora – Rubros como o sangue das várias pessoas que ele já deve ter matado – concluiu.

É um prazer conhecê-la, mademoseille Danglars – disse, retornando a postura reta e imparcial. A moça ainda sentia os pelos da nuca um tanto eriçados.

Igualmente, monsieur LeFrève. – foi esmerada, e mecânica, em sua resposta.

Após seu pai se acomodar em sua poltrona no escritório, Mai arrumou-se em uma das cadeiras da frente. O militar sentou-se ao seu lado. A situação em si já seria motivo suficiente para alarmar-se, mas ainda havia um adicional: Aquele homem a assustara bastante.

Minha querida, como sabe, estamos em uma situação bastante conturbada. Com a guerra, e a invasão da França pelos Alemães, eu perdi vários dos meus negócios – Danglars trambolinava os dedos nervosamente – Receio não ter recursos suficientes para protegê-la. Custaria muito levá-la para um lugar seguro. Nestes tempos, paga-se uma fortuna até por um maço de cigarros – sorriu tristemente, e olhou com ternura para a filha – E é por isso, porque quero protegê-la, que amanhã à noite anunciaremos seu noivado com o Coronel. Ele foi muito gentil, e recebeu a proposta de uma forma excelente. Creio que vocês se darão muitíssimo bem

Nossa convivência será satisfatória, mademoseille. Tem a minha palavra.

Mai alternava o olhar entre surpresa, para seu pai, e temor, para o coronel. Seu pai a ofereceu como mercadoria a um completo estranho por seu fardo ser muito caro de carregar, era isso que tinha ouvido? Os olhos foram ficando, aos poucos, avermelhados, e não conseguiu evitar derramar algumas lágrimas. Há alguns momentos estava entretida apenas com seu livro, e agora, desposaria homem frio, que lhe fazia ter sensações estranhas. Levantou-se, abruptamente, assustando um pouco seu pai. O outro cavalheiro não demonstrou qualquer tipo de reação.

C-c-com licença – a voz embargava denunciava seu estado de espírito – Eu preciso... Eu preciso ficar sozinha um pouco. – retirou-se, quase aos tropeços, do escritório. Subiu como uma flecha a escadaria, e correu até chegar ao seu quarto. Trancou a porta, e só então chorou.

Assim que Mai deixou o aposento, Camus levantou-se, dirigindo o mais frio e cruel dos olhares ao futuro sogro, que acompanhou-o.

Isto não saiu como o combinado. Espero que ela não queira desistir do enlace –foi seguido aos tropeços por seu anfitrião através do longo corredor que levava ao salão principal da mansão – Isto seria... Muito desagradável.

Minha filha honrará o compromisso, monsieur LeFrève – com um estalo de dedos, uma empregada apareceu, trazendo o sobretudo e o quepe do ilustre convidado – Mairian é uma dama, e honrará sua palavra.

A sua palavra, o senhor quer dizer – Camus estreitou um pouco os olhos, antes de colocar o quepe, e completou, com a voz perigosamente calma – Assegure-se de que o casamento será realizado. Caso contrário... Haverão implicações a serem discutidas no futuro. Bom dia, monsieur Danglard. – e partiu.

o-O-o

Está tudo pronto, madame LeFrève.

Já arrumou suas malas?

Sim, senhora. Deseja mais alguma coisa?

Não, está tudo bem – sentou-se em uma cadeira de balanço, observando o dia nublado – Adeus, Georgette.

A jovem empregada apressou-se para deixar o recinto, enquanto sua senhora apenas mergulhava novamente em suas memórias, como se aquele pequeno diálogo entre elas não houvesse acontecido.

o-O-o

Após duas semanas trancafiada em seu quarto, totalmente chocada com a idéia de se tornar consorte do homem a quem foi apresentada, Mai decidira deixar a clausura e honrar o nome dos Danglars. Se seu pai havia dado a palavra que a filha desposaria o jovem militar, e como boa dama, era seu dever cumprir o combinado. Resolveu apressar-se a contar as novas a um dos mais interessados, bem mais que a própria noiva, diga-se de passagem.

Mairian, isto é maravilhoso! – seu pai gargalhou nervosamente, e acendeu um charuto – Mandarei agora mesmo uma nota a seu noivo. Imagine só, que casamento fabuloso teremos em breve.

Monsieur Danglars ficara imensamente feliz ao ouvir as palavras da filha – aliviado, talvez fosse a palavra mais correta – Após este dia, tudo passou tão rápido que, sem se dar conta, a jovem entrara na igreja de braços dados com o pai.

Era tarde demais para recuar.


CJ está de volta, amigos e amigas leitores .. /o/~~... Com minha primeira fic de capítulos aqui no FFnet... *o*/....

E dessa vez matando dois coelhos com uma martelada só...XD...Sempre foi um sonho meu escrever sobre a Segunda Guerra Mundial, e aproveitando que eu estou devendo uma fic a uma pessoa, aqui está: fic embrulhadinha e com laço de fita pra JULY-CHAN ...Demorou mais chegou, amiga, essa é pra vc...Que me atura no MSN, que me ajuda, que beta minhas fics e me confia as suas pra betar... *-*/... Viva você, que merece essa fanfic mais que tudo.../o/... ;D

Os três capítulos desta fic estão prontos (VIVA! VIVA...XD.../O/~~), e serão postados brevemente. Sintam-se a vontade para deixar um review ou não... ^^ /

Beijos a todos, e agradeço por estarem lendo essa pseudo-escritora despejando homenagens e barbaridades até o fim...o/

CJ