Capítulo I – Come back down
I hope that you can find your way back
(Eu espero que você possa encontrar seu caminho de volta)
To the place where you belong
(Para o lugar de onde você pertence)
Hermione Jane Granger, uma das alunas mais inteligentes da historia de Hogwarts, já viveu muita coisa na sua passagem pela escola de magia e bruxaria inglesa. Era uma menina determinada, companheira, adoradora dos regulamentos (mesmo que nem sempre os cumprisse), protetora, uma Grifinória em sua excelência. Depois de sete longos anos lutando ao lado de Harry e Ron por um mundo de paz e igualdade entre sangues-puros e nascidos trouxas. Hermione via em seu último ano de escola uma chance de ter um ano tranqüilo, livre de confusões e conflitos. Apenas a idéia de se dedicar mais aos estudos fazia com que ela se tornasse a garota mais bem humorada que os amigos conheciam. Tudo bem que Ronald Weasley já não era mais um simples amigo, o "namorico" dos dois já caminhava para algo mais sério e oficial à medida que as férias – tão merecidas férias – corriam nA'Toca, que se encontrava em estado muitíssimo melhor desde que o Sr. Weasley tinha sido promovido por seus serviços prestados durante a guerra.
Draco Lucius Malfoy, um dos alunos mais inteligentes da historia de Hogwarts, já viveu muita coisa na sua passagem pela escola de magia e bruxaria inglesa. Era um menino arrogante, metido, prepotente, cheio de princípios falsos. Acostumado a mandar, sempre tentando achar uma maneira de se dar bem. Um sonserino em sua excelência. Depois de sete longos anos que passou apenas vendo a guerra de fora, espreitando e perturbando Harry e seus amigos, Draco teve sua chance de fazer parte do exercito do mal de Voldemort. Chance que ele não aproveitou como devia, porque no fim era apenas um adolescente que não teve uma educação adequada, mas que mesmo assim não era um assassino. A idéia de ter que voltar para Hogwarts para concluir seus estudos o assustava, teria que encarar a todos; Os sonserinos o acusariam de traidor, os Grifinórios iriam rir de sua covardia em desistir. Se não tivesse sendo obrigado pelas circunstancias (o julgamento de seu pai e a quase loucura de sua mãe), jamais voltaria aquele lugar.
Hogwarts, ah Hogwarts. O melhor lugar de todo o mundo, a segunda casa de muitos, a única de mais outros tantos. Sua beleza medieval se esplandecia pelos seus terrenos agora verdes e bonitos, as águas calmas e negras do lago, ali paradas como um grande espelho, sua floresta que guardava grandes segredos, cada pedacinho de Hogwarts trazia para seus alunos memórias impossíveis de serem apagadas. Memórias tristes e alegres, memórias que iam com ele onde quer que estivessem. Voltar era reconfortante, era ter a certeza que tudo estava em paz. Era ter a certeza que a vida havia sido renovada, e que agora uma nova era tinha começado, uma era que seria construída com paz e igualdade.
Mcgonagall esperava os primeiranistas na escada para o salão principal - como fazia todos os anos, mesmo que agora fosse diretora, era uma função da qual sempre gostara. Ver todos aqueles rostos ansiosos e preocupados, alguns até envergonhados, era para ela a confirmação de que tudo poderia correr bem aquele ano. Os alunos dos outros anos iam até a escola em carruagens comandadas por Testrálios, que para alguns ainda eram invisíveis. Hermione descera do expresso de Hogwarts animada, não deixando de sorrir um minuto sequer, puxando o namorado pela mão e cumprimentando todos que passavam. Por outro lado Rony tinha uma expressão de total e completo desanimo.
- Não sei por que tanta alegria, nós deveríamos ser liberados de voltar aqui, afinal só estão vivos graças a nós – Rony reclamava para Harry que apenas olhava o amigo com uma cara de interrogativa ao ouvir tantos "nós".
- Rony não seja assim, voltar aqui para concluir os estudos é muito importante, afinal queremos ter bons empregos não é mesmo? – Hermione falava animada, olhando para o namorado que apenas revirava os olhos.
- Como se alguém fosse negar emprego pra gente depois de tudo que nós fizemos. – Rony cortou a namorada com um selinho e voltou a caminhar até a última carruagem que ainda se mantinha parada.
Ao subirem, se depararam com Luna Lovegood, Neville Longbotton, já sentados ao lado de Draco Malfoy, que mantinha sua comum careta de desgosto ao ver que mais quatro pessoas haviam embarcado; Harry, Gina, Rony e Hermione, a castanha sendo obrigada a sentar em frente ao loiro, que encarava o sorriso dela com uma expressão de duvida. A carruagem partiu, sacolejando os passageiros pela precária estrada de terra, Luna e Neville batiam um papo animado, sendo assistidos por Rony, enquanto Harry e Gina apenas se olhavam apaixonados. Hermione e Malfoy que estavam meio perdidos vez ou outra se olhavam, desviando o olhar rapidamente cada vez que isso acontecia.
- Como vai Malfoy? – Hermione falou com uma voz baixa e quase não foi ouvida pelo loiro, que a olhou de lado. Ficou em silencio sem responder, apenas olhando Hermione que o encarava de volta, como se tivesse tido uma alucinação e esperasse uma confirmação de que ela tinha mesmo falado com ele – Eu perguntei como você vai! – Ela insistiu na pergunta o encarando apreensiva.
- Está mesmo falando comigo Granger? O que é isso? Tomou whisky de fogo escondido na viagem e agora está tendo alucinações? – Draco estreitou o olhar para Hermione fazendo a garota corar violentamente, se encolhendo no assento da carruagem, e sem querer chamando a atenção de Rony para os dois – Ou agora que a guerra acabou você está pensando que somos "amigos" de alguma maneira? Por favor, você ainda é a mesma sujeitinha de sempre, e eu continuo sentindo nojo de você – Quando terminou de falar Draco deu uma ultima olhada com asco para Hermione antes de saltar da carruagem que havia parado nos portões de Hogwarts, foi caminhando em passos decididos sem olhar para trás, mas ainda podia ouvir os gritos de Rony que provavelmente estava sendo segurado para não voar por cima dele.
Hermione se manteve calada durante todo o tempo, ouvindo sem responder as perguntas e insinuações de Rony. Até que chegaram ao salão principal tomando seus lugares na mesa da Grifinória. Acompanharam os alunos passando pelo chapéu seletor e logo após veio o discurso de Mcgonagall, que teve um tom diferente dos que tinham os discursos de Dumbledore.
"Queridos alunos, mais um ano letivo se inicia em Hogwarts, que passou por grandes provações nos últimos anos, tendo sempre se mantido forte, e mesmo que as forças externas fossem poderosas, nós resistimos, lutamos até o fim, perdemos grandes amigos no caminho até a vitória, mas tenho certeza que todos que no deixaram por lutarem para um mundo melhor para vocês, sempre serão lembrados como heróis que sempre foram, heróis que merecem todo o reconhecimento dessa entidade e de qualquer outra do mundo bruxo. Não é porque o mal foi vencido uma vez que quer dizer que ele não exista mais, pelo contrário enquanto existir o bem haverá o mal, esse é o equilíbrio do mundo, é a vida e sua forma inexplicável"
A mulher pigarreou baixinho antes de continuar, todos ali prestando toda atenção nas palavras da velha bruxa.
"O que podemos fazer é impedir que o mal ganhe proporções tão grandes dentro de nós mesmos que tenhamos que atingir outras pessoas para aliviar esse peso. É preciso aprender a controlar as vontades e impulsos que todos nós possuímos, é preciso que tenhamos inteligência para seguir em equilíbrio. Um dos caminhos mais fáceis para atingir esse equilíbrio é a cooperação, entre alunos e professores, entre alunos e alunos. As diferenças sempre irão existir, porque afinal não somos iguais, mas a diferença é muitas vezes, o que nós une, é algo que temos em comum com aquele que não tem qualquer semelhança conosco. Aprender a conviver com o diferente, respeitando suas formas e ações é o primeiro passo para manter a paz que tanto nos custou conseguir. Aqui em Hogwarts, sempre aprendemos que a justiça e a igualdade é sempre o caminho para um mundo de paz, e que esse ano seja o melhor anos dos últimos tempos, e que quando ele acabar, tenhamos a concretização de que a paz pode ser estabelecida e que possamos respirar com tranqüilidade, que nosso futuro estará garantido. Boa sorte para todos, e bom apetite."
Minerva dera um sorriso carinhoso em meio a suas rugas profundas, e com um estalo a comida surgira em fartura sobre a mesa, encantando todos, até mesmo aqueles que já tinham se acostumado com o ritual.
Assim que a professora tomou seu lugar à mesa, sentando-se no lugar que era de Dumbledore, Rony se virou para a namorada, enquanto pegava uma coxa de peru para devorar.
- O que tinha em mente? Conversar com Malfoy? Agora quer ser amiga daquela cobra? – Rony falava com a boca cheia de comida, olhando para a namorada que parecia se irritar profundamente com os modos do ruivo.
- Eu estava sendo educada, uma coisa que você ainda precisa aprender Ronald – Ela apertou o olhar, e se levantou da mesa, deixando o namorado atônito e de boca aberta. Rony se virou para Harry e Gina que pareciam mais interessados na comida do que se meter na discussão do casal.
Hermione andava irritada pelos corredores vazios de Hogwarts, quando uma voz rouca e arranhada a chamou, a castanha se virou rapidamente, dando de cara com Filch, o velho zelador corria atrás dela pelo corredor, arrastando suas botas barulhentas. Hermione teve vontade de rir da figura caricata que era o velho, mas segurou seu impulso caminhando de encontro a ele.
- Sim, aconteceu alguma coisa? – Ela sorria docemente para o velho que de perto era mais caricato ainda, mas que não correspondeu o sorriso, e manteve sua carranca mal humorada.
- A diretora deseja ver a senhorita em seu escritório depois do jantar, é para estar lá – Sem esperar a confirmação ou qualquer resposta de Hermione, Filch deu meia volta, voltando a correr pelo corredor, indo à outra direção, fazendo barulho com suas botas. A castanha ficou parada no corredor, dividida entre voltar para o salão e comer algo até acabar o jantar, ou ir até a porta da sala de Mcgonagall e esperá-la. Optou por esperar na porta do escritório, não queria ter que ouvir as reclamações do namorado, que nos últimos tempos estava sendo completamente irritante e insuportável, sempre reclamando de tudo e de todos, ela só queria que o ano fosse bom, mas pela pequena amostra que tivera, sentia que o ano ia ser mais complicado do que derrotar um Basilísco.
Caminhou em passos preguiçosos até encontrar a gárgula de pedra que guardava a porta da diretoria, ficou apenas admirando a estatua enquanto aguardava a diretora, depois de longos minutos observando então desistiu de esperar uma resposta da estatua que não parecia inclinada a se mexer. Caminhou até uma das grandes janelas que dava vista para o lago dos sereianos e ficou admirando o reflexo da lua no espelho d'água. Encostou os cotovelos no parapeito, ficando com o corpo inclinado, abriu uma das folhas da janela, deixando a brisa sacudir seus cabelos. Fechou os olhos se perdendo no carinho que a brisa fazia em seu rosto, se esquecendo por momentos onde estava e qual era seu nome
Nem se quer reparou que seu momento íntimo com o vento era observado por um loiro sonserino que se mantinha a alguns metros de distância dela, encostado de braços cruzados na parede fria. Sem saber o motivo pelo qual observava, Draco se manteve parado, admirando a pureza e sutileza daquele momento que Hermione vivia, e sem saber o motivo quis ir até ela e xingá-la, culpá-la por tudo de ruim que ele estava vivendo, e fazer com que a paz que ela transparecia sumisse, queria ferir a garota, fazer com que ela sofresse e pagasse por ele sofrer, queria descontar suas frustrações, queria socá-la, queria destruí-la. Queria apenas fazer com que o sorriso dela desaparecesse. Porque a felicidade de Hermione lhe era tão ofensiva afinal? Talvez por que ela não merecesse ser feliz, ele merecia, ele podia ser feliz, ele nascera pra isso, para ser grande e poderoso, para poder ter tudo que sempre quis, para ser o maior dos maiores, era um sangue-puro, era direito de nascença ser feliz, mas ela era mais feliz do que ele, ela tinha amigos e vitórias, tinha notas exemplares, ela era alegre e sorria, e isso tudo era como uma facada no peito de Draco que sofria por invejá-la tanto assim.
Os pensamentos dos dois foram interrompidos por barulhos de salto no piso de pedra, que se tornavam mais altos à medida que a diretora se aproximava do casal. Draco logo desviou sua atenção para o som dos passos, logo vendo a mulher se aproximar calmamente, ela sorria pra ele, mas não foi correspondida, já esperava essa reação e por isso não se abalou. Hermione ainda se mantinha alheia ao mundo, quando a voz da diretora soou em seus ouvidos a fazendo erguer o corpo e ficar ereta, sorriu ao se virar e encarar a mestre, sorriso que desapareceu ao perceber que Draco Malfoy também estava presente.
- Vamos esperar que os outros cheguem para entrarmos – os dois jovens nem ao menos pareceram ouvir, estavam com os olhares presos um no outro, travando uma batalha silenciosa que nem mesmo eles saberiam dizer o motivo, ou as armas que usavam, mas não saiam do empate, uma vez que nenhum dos dois desviava o olhar, vez ou outra apertando os olhos, para tentar entender o que passava na cabeça do rival, logo o corredor se encheu de vozes exaltadas, que aumentavam de volume cada vez mais, logo os dois quebraram o contato visual, se virando para o motivo do barulho.
Seis cabeças surgiram, três de cada lado do corredor, discutindo e proferindo xingamentos, Hermione poderia jurar que vira uma das cabeleiras ruivas empunhando a varinha, ela não sabia se dava risada ou se repreendia os amigos, assim que percebeu de quem se tratava. Olhou para a diretora, que parecia escandalizada com o comportamento. Draco encarava tudo parecendo muito entediado, já voltando a se recostar na parede de pedras. Logo o grupo chegou Harry, Gina, Rony. Acompanhados de Emilia Bulstrode, Pansy Parkinson, e Mark Stravinsky um russo que também pertencia a Sonserina. Os oito formavam um circulo em volta da diretora, ficando os sonserinos de um lado e os grifinórios de outro. A velha olhou a todos e deu as costas sem falar nada, sussurrou uma senha que fez a gárgula criar vida e saltar para o lado, mostrando a porta, que a diretora abriu entrando em seguida, sendo acompanhada pelos demais.
Os oito convidados se sentaram em cadeiras dispostas em um semicírculo, a diretora sentou-se atrás de sua grande mesa de madeira, ficou por alguns momentos observando os alunos que se mantinham calados. Ela pigarreou antes de começar a falar.
- Boa noite a todos, - ninguém respondeu – eu gostaria de propor algo a vocês, que são os alunos que melhor representam suas casas. Mas antes de tudo eu sugiro que pensem bem antes de recusar minha proposta. Como devem ter ouvido no meu discurso de abertura, esse ano marca a reconstrução da escola, que agora carrega a união como uma das colunas principais de disciplina. Todos aqui sabem que entre a Grifinória e a Sonserina existe uma rivalidade que vem desde a época dos fundadores, mas sei que isso não é novidade aqui. – Ela dera uma risadinha – No meu e no ver dos demais professores, essa rivalidade tem que terminar, e para isso eu sugiro que os principais representantes se entendam. Quero que se tornem amigos – De repente Pansy Parkinson começou a gargalhar alto, chamando a atenção de todos para ela, a diretora enrugou mais a testa a encarando – Posso saber qual a piada? - A menina imediatamente se calou, olhando para todos que por dentro gostariam de ter soltado a mesma gargalhada que ela, mas o juízo tinha falado mais alto.
- Com licença professora – Hermione erguia a mão a cima da cabeça, chamando a atenção para si – Se eu entendi, quer que nós nos tornemos amigos deles – Apontou para os três sonserinos – Perdoe a petulância, mas não seria meio impossível e artificial?
A professora deu um sorrisinho antes de responder – Nós imaginamos muitas possibilidades de fazer isso dar certo e eu vejo que só não se gostam porque não se conhecem direito. Isso cria tabus e preconceitos, eu não estou dizendo que irão se tornar grandes companheiros, eu nem mesmo sei se vai ter o resultado esperado, mas no meu ponto de vista temos que tentar, se nunca se derem uma chance não irão descobrir se podem ou não conviver em paz. – Ela se levantou indo para o centro do semicírculo de cadeiras, andando de um lado a outro, observando cada um deles – Vocês que sempre se detestaram seriam um exemplo para os demais, e para dar uma motivação extra, se conseguirem realizar as tarefas que serão passadas a vocês ganharão pontos extras para suas casas e notas melhores nos boletins.
Ao ouvir a menção de ser compensada com pontos e notas o rosto de Hermione se iluminou em um sorriso e Draco pareceu mais interessado na proposta da professora, os demais permaneceram no mesmo estado de irritação e tédio. Rony resolveu falar em nome de todos.
- Com todo respeito diretora, eu acho que falo por todos quando digo que essa idéia é impossível, nós jamais iríamos conviver com eles, isso é ridículo – A parte do "com todo respeito" tinha sido apenas uma citação, já que ele não usou nenhum pouco de respeito em sua entonação de voz. – Acho que todos aqui discordam disso não é? Então... estamos liberados?
- Eu tinha imaginado que isso iria acontecer, por isso resolvi dar a vocês um tempo para pensar no assunto - Mcgonagall voltou para sua mesa e sentou-se olhando para todos, que pareciam pensativos e divididos – Agora podem ir e na sexta-feira voltem para uma resposta definitiva. – Sendo assim todos os alunos se levantaram e saíram em fila para fora da sala.
Hermione nem se quer olhou para os lados e fez seu caminho até o salão comunal da Grifinória, sendo seguida pelos amigos e o namorado, que ainda se demoraram comprando uma briga com os sonserinos, durante o caminho, Rony falava, quase gritando, que jamais iria aceitar isso, que não passava de algo ridículo e que jamais iria aceitar se misturar com eles. A castanha já não agüentava mais as reclamações do namorado, finalmente explodiu com ele.
- Sabe, você se diz muito inteligente e capaz, mas nem se quer prestou atenção nas vantagens que isso vai trazer – Ele abriu a boca pra retrucá-la, mas ela o cortou – E não me venha com "não tem vantagens se juntar com cobras", porque você nem tem argumentos para isso, ou não se tocou que é o ultimo ano e que nossos exames vão ser mais difíceis, e que nós últimos sete anos perdemos tantos pontos para Grifinória, que se não fosse a idiotice de Dumbledore em nos compensar por loucuras estaríamos todos os anos em ultimo lugar. Então Ronald, eu sugiro que considere a idéia, porque eu não estou muito afim de bancar sua professora esse ano – Dizendo isso ela se virou dizendo a senha para a mulher gorda e entrando no salão comunal já vazio, subiu rápido para seu quarto e não falou com mais ninguém.
No dia seguinte, Hermione estava quase arrependida de ter brigado daquela forma com Ron, mas era orgulhosa e não pretendia pedir desculpas, principalmente porque tinha certeza que estava certa. Desceu para o salão comunal e encontrou Harry e Rony, o namorado a olhou com uma expressão apreensiva no rosto, a castanha sorriu fracamente e disse um "oi meninos" passando por eles e saindo pelo buraco do retrato. Caminhou pelos corredores, sozinha e pensativa, estava se sentindo estranhamente vazia de repente, como se todas suas esperanças tivessem abandonado seu corpo de uma só vez... Ela sabia que os sonserinos provavelmente iriam recusar a proposta e que se tivesse muita, mas muita sorte mesmo a professora Mcgonagall iria lhe dar dez pontos por se voluntariar. Respirou pesadamente já passando pela porta do salão do principal que borbulhava de alunos. Procurou seu lugar habitual na mesa da Grifinória e começou a comer seu café da manha, levantou os olhos quando sentiu algo a observar assim que encontrou seu espião, sentiu sua espinha gelar. Draco Malfoy mantinha um olhar penetrante e muito sério em sua direção, sem saber direito o que fazer ela desviou o olhar para sua refeição, tendo a certeza de que ele ainda a observava. Logo os amigos chegaram para comer e Hermione tentava fingir que não tinha acontecido nada, e quando voltou a procurar o olhar de Draco ele não estava mais em seu lugar ou em qualquer outro daquele salão.
- O que você tem Hermione? – Gina perguntara enquanto se servia de suco de abobora – Anda tão estranha ultimamente, o que aconteceu com sua animação? – antes de responder a melhor amiga, Hermione olhou para Harry e Rony que pareciam ansiosos por sua resposta.
- Acho que acabei criando expectativas demais para esse ano, mas no fim das contas eu acho que vai ser apenas um ano normal e sem graça como vocês previam – Ela dera um sorriso triste e voltara sua atenção para sua comida.
- Não fale assim Mione, nós podemos dar um jeito das coisas melhorarem. O ano está apenas começando – Harry abraçara Gina pelos ombros e dera um beijo carinhoso em sua bochecha – Então... Vamos ou não participar do projeto com os sonserinos?
- Nunca, eu prefiro enfrentar uma aranha gigante sete vezes do que me juntar a eles – Rony fizera uma careta de desgosto logo depois encarando a namorada, que não parecia muito surpresa com sua resposta.
- Sabe, eu só quero que esse ano seja um ano tranqüilo e que passe rápido, quero aproveitar cada pedacinho de Hogwarts e evitar o máximo de obrigações que eu conseguir – Harry disse em uma expressão sonhadora quase digna de Luna Lovegood. Gina dera uma risadinha logo concordando com o namorado.
No fundo Hermione entendia o posicionamento dos amigos, mas para ela se formar com louvor era muito importante, já tinha sofrido demais nos últimos tempos, tendo sempre que deixar seu objetivo principal – os estudos – de lado, para se meter em buracos e armadilhas como Harry e Rony. Não que se arrependesse de ter lutado, pelo contrário tinha muito orgulho da ajuda que conseguiu dar a Harry, mas ela ainda tinha sonhos e como todo mundo queria muito poder realizá-los, mesmo que isso significasse algum sacrifício.
Draco andava pelos corredores, totalmente revoltado e irritado, se encontrasse alguém a sua frente provavelmente mataria sem pensar. O que ele tinha na cabeça afinal? Ficar secando a sangue-ruim e deixar que ela percebesse isso. Não era muito culpa dele afinal, ela tinha que chamar sua atenção. Quem mandara ela entrar sozinha pelo salão principal? Onde estavam os idiotas que sempre a seguiam? Porque diabos ela tinha que incomodá-lo tanto? Era só uma sangue-ruim metida que achava que podia tudo, que podia desafiá-lo, ridícula, nojenta, imunda. Draco deu um soco forte em uma das portas de madeira. Puxou o ar pelos pulmões e resolveu ir logo pra sala de aula.
Durante aquele dia Rony arrumou uma maneira de se desculpar com a namorada, lhe trouxe um buquê de rosas vermelhas que ele mesmo havia conjurado. Hermione não teve como resistir a isso, e em seu intimo tinha gostado mais do fato de Rony ter conseguido conjurar algo do que ter recebido flores dele. Poderia ser um rolo de papel higiênico e ela ainda estaria radiante. Durante um dos intervalos de aulas os dois se refugiaram em um corredor vazio para namorar, Rony tinha seu jeito um tanto atirado e impulsivo, enquanto Hermione se mantinha na retranca. Sempre impedindo o namorado de avançar os limites.
Rony beijava os lábios macios de Hermione com pressa, sugando todo o ar que ela respirava, deixando a garota tonta, enquanto a empurrava na parede fria e apertava de leve um de seus braços, o beijo dele é desesperado e muitas vezes Hermione se sentia como uma boneca sem reação, não tinha tempo de reagir. O namorado a beijava como se isso fosse a coisa mais importante do mundo e particularmente ela não era grande fã dessa atitude, se sentia quase acuada, desprotegida, como se ele de repente fosse avançar descontrolado sobre ela e a atacar como um leão faminto. A mão de Rony desceu pela lateral do corpo de Hermione atingindo sua coxa, a garota levou um susto, e teve que reunir forças para empurrar o namorado quando sentiu a mão dele ir subindo por sua perna levando consigo a saia do uniforme. O ruivo olhou surpreso para ela quando sentiu o corpo ser empurrado para trás.
- O que foi amor? – ele voltou a se aproximar dela devagar, enquanto Hermione ainda estava encostada na parede, respirando ofegante. – Vem cá – Ele a chamou, quase colando os corpos novamente, mas Hermione voltou a afastá-lo.
- Sabe que eu não gosto quando faz assim – Ela disse já recuperando o ar e se afastando dele em passos largos. Virou o corredor e começou a correr se sentindo estranhamente incomodada, como se tivesse sido atacada por um estranho, era horrível estar com uma pessoa com quem não se sentia a vontade para deixar que ele a fizesse carinhos e mostrasse o quanto gostava dele, porque ela sabia que ele a amava de verdade, que os sentimentos dele eram puros e verdadeiros, era nessa verdade que se segurava para seguir com seu relacionamento.
A semana corria extremamente rápida e quando se deu conta já era quinta-feira, no outro dia teria que dar sua resposta para Mcgonagall, já tinha tomado sua decisão, iria realmente participar do trabalho, queria as recompensas e não importava com quem teria que trabalhar, desde que não fosse com ele estaria feliz de ter que engolir a Parkinson. Ela e Rony estavam estranhos desde o episodio que ela correra dele, mas ela fingia muito mal que estava tudo bem entre os dois. Hermione cumpria sua ronda noturna pelo castelo que ultimamente andava calmo e sem alunos fujões. Já estava quase terminando quando ouviu passos vindos de um corredor atrás de si. Virou-se voltando para verificar de quem se tratava, levou um susto quando deu de cara com Draco Malfoy. O garoto estava com o uniforme todo despojado, a camisa branca com três botões abertos, as mãos nos bolsos os cabelos um pouco bagunçados, mas ainda assim perfeitamente lisos e platinados. Ele parou sua caminhada quando percebeu Hermione parada ao fim do corredor. Logo a castanha deu meia volta, andando para a Grifinória como se não tivesse visto ninguém.
- Hei Granger, - Draco a chamou com a voz alta que ecoou no corredor vazio – está fugindo de mim? – Ele dera uma gargalhada baixa quando percebeu os passos da garota cessarem, se aproximou devagar, cuidando para manter uma distancia segura entre os dois – Eu quero falar com você.
- Eu tenho horários a cumprir, o que você quer? – ela se virou de braços cruzados para ele e sentiu um incomodo em seu estomago ao ver como ele parecia bonito sob a luz fraca dos archotes – Anda, eu não tenho a noite toda – Ela bufou tentando transparecer tédio.
- Sobre essa coisa da Mcgonagall, você vai participar? – Ele usou uma voz desconhecida por ela, ele parecia contrariado e curioso ao mesmo tempo, como se para ele falar com ela nesse nível fosse quase um pecado imperdoável – É que você me pareceu interessada.
- Sim, eu me interessei, vou mesmo me oferecer para participar, quero uns créditos extras. – Ela olhava analítica para ele, tentando ler os pensamentos por trás daquela expressão indefinida e estranhamente anormal de Draco.
- Como se precisasse de créditos extras, já estava formada desde o primeiro ano – Se ouvisse isso de qualquer outra pessoa Hermione iria dar risada e fingir uma irritação, mas isso vindo dele jamais poderia ser considerado um elogio, ou um contorno de tal. Sua voz ao dizer essas palavras eram carregadas de sarcasmo e uma ponta de inveja.
- Vai participar também Malfoy? – Ela perguntou depois de um breve silencio, em que eles se analisavam, Draco a olhou de soslaio e deu seu habitual sorriso sarcástico, do qual Hermione já estava começando a sentir saudades.
- Como se isso fosse da sua conta – Ele passou por ela dando uma breve gargalhada, quando finalmente estava emparelhado com ela sussurrou baixinho – sangue-ruim.
Na mente de Hermione surgiram milhões de respostas e xingamentos, sem contar na lista de feitiços assassinos ou perigosos que ela pareceu lembrar para acabar com Draco Malfoy, mas ela não respondeu ou se quer se mexeu, apena ficou parada, perplexa demais para ter alguma reação. "Ridículo, completamente irritante, idiota... Eu poderia matá-lo pelo simples prazer de ver aquela cara branca dele se retorcendo de dor". Ficou mais alguns momentos parada naquele corredor até que seus pés – quase automaticamente – fizeram o caminho de volta para a Grifinória.
Draco acordara muitíssimo irritado nessa fria manhã de sexta-feira, ao se olhar no espelho reparou que se nos últimos tempos passava a maior parte do tempo sempre irritado e os períodos de calmaria interna eram apenas passageiros. Perguntava-se de onde viria tanta raiva, e a primeira coisa que veio a sua mente foi "Granger... essa sangue-ruim maldita, queria eu poder matá-la só para ver sua cara nojenta se retorcendo de dor". O loiro dera um jeito nos cabelos sorrindo irônico para seu reflexo no espelho "Está precisando de sexo Draco, isso é falta", dera uma breve gargalhada e saiu a caminho do salão principal.
Hermione teve certeza que seu dia ia ser péssimo a partir do momento que se levantou da cama e bateu o dedo mindinho no pé da cama. Foi até o banheiro e agradeceu mentalmente que seu cabelo estava no mínimo descente, o que era raro, geralmente perdia vinte minutos do seu dia tentando abaixar sua juba, depois de terminar seu ritual matinal, desceu para o Salão Principal, mas não teve tempo de chegar até a porta, Draco Malfoy atrasara seu caminho.
- Nossa péssima maneira de começar o dia, encontrar a Granger na minha frente – Ele dera uma gargalhada sarcástica e ela, respirou fundo tentando manter a calma – Eu tenho reparado que anda muito tempo sozinha por ai, o que aconteceu com seus amiguinhos? Finalmente perceberam que você é mesmo nojenta e insuportável e resolveram te largar de lado? – Ele se aproximara meio passo e algumas pessoas já assistiam a cena – Quase tenho pena de você Granger, nem mesmo seu namorado suporta sua companhia.
Antes de responder Hermione deixou escorregar um sorrisinho no canto de seus lábios – Então isso quer dizer que você tem reparado em mim? Achei que eu era uma sujeitinha nojenta e sem graça, quem diria que você um sonserino de sangue-puro poderia reparar em mim. – Ele abriu a boca, tentando rebater a acusação, mas ela foi mais rápida na hora de responder – E quanto a ter pena, você é único ser digno de pena que eu vejo por aqui, onde estão os seus amigos? Ah claro, me lembrei que não sobrou nenhum, nem mesmo os sonserinos da sua laia te suportam, ninguém quer você por perto, ninguém gosta de você, você é desprezível. – Ela finalizou, o olhar apertado e o peito um pouco arfante, sentia que as palavras tinham doído nele e sem saber por que tinham doído nela mesma. Tinham sido palavras terríveis, humilhantes, ela queria pedir desculpas, e a contrariedade que sentiu fez seus olhos arderem ao se encherem de lágrimas.
Draco ouviu tudo aquilo sentindo o peito explodir, ela tinha razão, ela tinha razão, ele não era nada, nada além de um covarde fracassado e agora todos ao redor tinham ouvido aquilo, vindo da pessoa que ele mais odiava no mundo. Sua confusão logo se tornou raiva e tinha vontade de matar, pegou sua varinha no bolso da calça, mas parou o movimento antes de mirar para Hermione que essa hora, já tinha deixado uma pequena lágrima escorrer no canto de seu olho esquerdo. Ele apenas olhou mais contrariado e confuso para ela antes de se virar e ir embora, sem olhar para trás.
Hermione engoliu seco e entrou no salão principal, se juntando aos amigos que a invadiram com perguntas sobre o que tinha acontecido, ela respondeu um simples "O de sempre, Malfoy..." que pelo seu tom fez os amigos se calarem. A castanha passou o resto do dia quieta, sentindo remorso e culpa por ter sido tão cruel quanto ele poderia ser com ela. Agir daquela forma não era se mostrar mais forte, era se tornar tão fraca quanto ele, que ofendia as pessoas apenas para se sentir mais forte e seguro, ela definitivamente não era esse tipo de pessoa, mas pedir desculpas a ele não era uma das opções viáveis.
Logo após o jantar os oito alunos que foram selecionados pela diretora se encaminharam para a grande sala, na qual já eram aguardados pela velha bruxa, os oito se sentaram novamente em um semicírculo e Minerva começou a falar.
- Vejo que todos estão aqui, agradeço a presença, - Ela sorria gentilmente, o que para Hermione era algo extremamente estranho, afinal a diretora sempre fora séria e carrancuda – Eu gostaria de ter a resposta de vocês, quem irá se voluntariar para participar das atividades conjuntas?
Um breve silencio se formou até que um par de mãos se levantou ao mesmo tempo Draco e Hermione ergueram as mãos. Em seguida se encararam muito surpresos, por terem sido os únicos. A diretora olhou os demais alunos como se esperasse que de repente todos fossem erguer os braços, mas o que viu foi apenas os jovens abaixarem a cabeça. Ela dera um breve suspiro e apertou um dos dedos nas têmporas. Voltou o olhar para Hermione e depois para Draco, dando um breve sorriso.
- Foram menos do que eu esperava, mas creio que se tratando dos mais inteligentes da escola irão fazer uma boa dupla – Ela se levantou da cadeira, indo parar na frente dos alunos – Os demais estão dispensados, boa noite. – Rony olhou para a namorada com um olhar quase suplicante, mas a castanha apenas balançou a cabeça negativamente, não iria voltar atrás na decisão. Assim que a sala se esvaziou a diretora voltou a se sentar em sua mesa e começou a falar – Bom já que estão dispostos a colaborar, serão responsáveis por um projeto esse ano. O projeto em si é simples, mas exige a colaboração e o trabalho em equipe dos dois. Eu tinha alguns projetos em mente, mas como são os mais inteligentes, vão coordenar um grupo de atividades extracurriculares. O que irá acontecer nesse grupo passa a ser responsabilidade de vocês dois, que tem de me apresentar um projeto até o final da semana que vem. As atividades podem ser variadas, contanto que acrescentem algo aos alunos que se mostrarem dispostos a participar. Podem usar toda a criatividade que tiverem. Se o clube for um sucesso serão devidamente recompensados como lhes foi prometido, mas se os alunos reprovarem os dois sofrerão leves punições. O mais importante nisso tudo é que para obterem algum sucesso terão que trabalhar em conjunto como uma verdadeira equipe. E isso que tenho para lhes dizer, por hora estão dispensados. - Ela se manteve em silencio, tentando decifrar as expressões imparciais dos dois, que ainda se mantiveram calados, - Estão de acordo?
- Sim – Hermione dissera timidamente, se levantando da cadeira encarando a diretora com um leve sorriso, a mulher olhou sua melhor aluna com orgulho e meneou com a cabeça.
- Tudo bem – Draco se levantou mais bruscamente, nem se quer encarando a diretora, já se virando-se em direção a porta – Posso ir? – Sem nem ao menos esperar a resposta já tinha aberto a porta e pegava seu caminho em direção ao salão comunal.
Hermione desejara boa noite para a diretora e fora embora, ainda procurando Draco pelos corredores, o encontrou andando preguiçosamente ali por perto e se aproximou, os sapatos fazendo barulho no chão frio. O loiro parou os passos e se virou para ela, sabendo de quem se tratava antes mesmo de se virar.
- Malfoy... – Ela começara bem baixinho, respirou fundo antes de continuar – Quando podemos começar a trabalhar? – Ela parou a alguns metros dele, sem querer se aproximar mais e sem encarar as íris cinzas e penetrantes que ele tinha, de alguma forma o olhar de Draco a enfraquecia.
- Granger, sua falta de ter o que fazer é totalmente ridícula, - Ele deu as costas já dando pequenos passos – amanha é sábado e eu não vou perder meu dia livre para ficar com você, quando eu tiver vontade te mando uma coruja. – Ele bocejara alto, virando a cabeça para encará-la e dera um sorriso irônico – Péssima noite Sangue-ruim.
Hermione novamente ficou sem reação, totalmente perdida com a petulância e chatice dele. Seus instintos assassinos voltaram mais fortes, mas ela se controlou dando passos apressados de volta para o salão comunal. Dormiu muito mal a noite e ao amanhecer agradeceu não ter que acordar cedo para estudar...
Continua...
Nota da autora.
Nossa, acho que dessa vez eu me superei, tanto no tamanho do capitulo, quanto na quantidade de descrições, acho que ainda falta algo, mas como eu costumo pensar "we keep's getting better". O que eu mais gostei nessa historia é que eu não pensei no que viria em seguida, ela fluiu naturalmente enquanto eu escrevia. E ver que eu ainda posso escrever uma historia sobre esses dois é algo que realmente me acalma, eu estava com uma espécie de bloqueio, onde uma idéia não surgia nunca. Então comecei a descrever os dois personagens e a fic foi escrita por si só. Talvez não seja a mais original das historias, mas eu acredito que ela vá fluir para algo bem legal. Demorei quase uma semana para terminar esse, fui escrevendo com calma, por isso talvez eu demore para postar o próximo, vou deixar a historia ter seu próprio tempo, sem pressa, porque eu quero ter um compromisso com a qualidade e não com o tempo. Escrever historias com quatro páginas é fácil, revisamos por cima e postamos, mas fazer todos os detalhes aparecerem é complicado e eu entendo a demora das minhas autoras favoritas, e caso eu demore eu peço que entendam também. Agradeço a todos que tenham lido. Música do começo e titulo do capitulo Lifehouse – Come back down Um beijo e deixem reviews.
Bri
