▹ História criada para o anivercitron do grupo Panelinha da Limonada, tema sorteado pá (objeto) do DeLiPa 13.
▹ Hawaii Five-0 e seus respectivos personagens não me pertencem.
▹ Arte de capa por UDKL udkl. tumblr post/ 91853707685
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— Eu juro que vou matar o desgraçado que inventou essa ideia de que tudo nessa maldita ilha tinha que ser enfeitado co abacaxis – ditou um muito exasperado Daniel Williams.
Enquanto isso seu parceiro tentava o acalmar com palavras que nada pareciam adiantar.
— Calma Danno, assim você vai ter um infarto.
Do outro lado da sala, encontrava-se seus companheiros de equipe, Chin Ho Kelly e Kono Kalakaua, primos e moradores nativos da dita ilha, chamada Hawaii.
— É mesmo o Chefe está certo, fica assim não Danny – pediu Kono.
— Kono para você é fácil falar não é mesmo?
— Vish acho que hoje ele amanheceu com o pé direito – respondeu a havaiana.
— Preocupa não prima, é fim de semana sem a Grace – intermediou Chin já ciente que a mudança de humor do outro se devia ao fato de não ter por perto a sua filha.
— Ah é mesmo, poxa foi mal Danny eu não sabia – ditou, mas o outro já era empurrado para dentro de um dos escritórios por Steve e só pode ditar um pedido de desculpas pela metade.
Dentro da sala, Steve fechou as persianas do ambiente, deixando-os em completa privacidade. Com poucas palavras abraçou o outro que enterrando o rosto em seu ombro chorou. Danny era um homem bastante sensível e o último trabalho resolvido nessa semana o havia deixado a flor da pele. Após um caso dos mais horríveis, onde uma mãe informara o desaparecimento de sua filha e descobriu-se depois que a menina havia sido enterrada no jardim da família, o detetive encontrava-se visivelmente abalado.
E como geralmente ele sempre tinha por perto a presença de Grace sua filha, tê-la a quilômetros de distância, do outro lado do mundo, mais especificamente na Inglaterra, não ajudava em nada os seus temores. Não quando ele ainda se lembrava da pá de jardinagem, repleta de abacaxis dourados em traços infantis que adornavam o que agora era a arma do crime. Não quando ele chegara em casa e notara que Grace tinha uma muito parecida e ao tentar comprar um modelo diferente, para poder apaziguar seu coração, encontrara tantas outras iguais.
Aquilo era muito para o detetive, que saiu do estabelecimento segurando as lágrimas, que eram um misto de frustração e raiva. Mas para sua sorte, ele tinha Steve, que mesmo sendo por vezes o mais obtuso dos homens, sempre se tornava um porto seguro ao qual recorrer. Porto seguro esse que agora o abraçava como se não houvesse amanhã, e que após todo o derramar de lágrimas as secou do seu rosto e depois o beijou.
