Capítulo 1:
Primeiros acontecimentos
O verão estava realmente se superando, estava muito quente aquelas férias. Gina não agüentava mais as férias com os seus irmãos, eles só falavam coisas de meninos. Ela queria muito falar com suas melhores amigas: Linda e Hillary! Mas, Linda estava em "maravilhosas" férias com Draco Malfoy e seu irmão Johan, e Maya estava passeando em Paris, matando as saudades de seu pai, Lupin.
Ela estava sentada na sua cama quando alguém aparece na janela de seu quarto com um lindo maço de rosas nas mãos. Quem ela menos esperava: Johan.
- Johan... Mas, você... Como?
- Ahh, minha irmã e Draco estavam brigando demais... e isso se torna realmente cansativo... - diz ele entrando pela janela, e lhe entregando as rosas...
- São realmente lindas... - diz ela. Ele se senta na cama ao seu lado. - Mas, como você veio?
- Tenho os meus modos... - sorriu de lado.
- Não fez nada de ilegal não é!
- Claro que não, meu padrinho saberia. E a idéia de eu estar vindo visitar uma Weasley no meio da noite... sem a intenção de matá-la... não lhe agrada muito... - diz ele se aproximando perigosamente...
- Sabe... - diz Gina se levantando de súbito, fazendo Johan ter um sobressalto e cair da cama... - Ah, desculpe! - diz ela o ajudando a se levantar...
- Não foi nada... Mas, eu preciso ir... se a Linda souber que eu vim aqui e não a trouxe... ela vai ficar uma fera... e eu realmente não quero deixá-la brava! - diz ele saindo para o telhado ao lado da janela no quarto de Gina...
- Sim, ela seria capaz... De sem dó algum jogar um Avada em você... - disse Gina rindo.
- Não é algo para se rir... você não viu as torturas que ela fez com os caras que invadiram nossa casa semana passada! - disse ele subindo na vassoura que Gina não tinha reparado... - A gente se vê! - diz dando um beijo no rosto dela...
Tchau... - diz ela ciente de que estava vermelha como um pimentão.
Ficou observando ele se afastar cada vez mais. E foi sentindo um aperto no coração que nem sabia o motivo. Parecia que tinham tirado algo dela...algo precioso, valioso. Mas ela não podia estar sentindo aquilo por ele...não por ele.
Não porque ele era irmão de uma das suas melhores amigas, mas porque...na verdade ela não conseguia achar um bom motivo para não sentir aquilo. Tudo bem que ele estava de um lado na guerra e ela de outro, mas e daí?Não escolhemos de quem gostamos, é o coração que escolhe. E como diz aquela frase que seu pai lhe disse uma vez "Amar é a eterna inocência, e a única inocência é não pensar!". Realmente ela não estava raciocinando direito...mas o que fazer?
Olhou no relógio e se assustou com o horário. 3:45 da manhã e ela ainda estava acordada. Mas depois dessa maravilhosa visita não teria como ela conseguir dormir. Deu mais uma olhada nas rosas...eram lindas. Ele sabia tudo sobre ela, cada parte de sua vida, do seu passado. Ele sabia como deixa-la brava, sabia como deixa-la feliz. Ele sabia quando ela estava mal e quando estava bem só pelo olhar. Ele realmente sabia como deixa-la muito feliz...com uma simples visita.
Deixou as flores em cima da sua mesinha e se deitou na cama. Olhou o teto e ficou pensando na vida. Mais duas semanas e estaria indo para Hogwarts novamente. Ter que ver todas aquelas pessoas idiotas. Mas tinha um lado bom...rever suas amigas. Virou de lado e apagou.
Linda despertou e olhou para o lado... como odiava aquele lugar, amava sua casa e sua família, mas a casa de Draco Malfoy a enojava. Não que fosse um lugar ruim de se viver, muito pelo contrário, era um lugar muito aconchegante... Ela odiava aquele lugar, pelo ser repugnante que vivia ali: Draco Malfoy... ela o odiava com todas as suas forças, e sempre que podia fazia ele se dar mal.
Diversas vezes, ela o fizera perder partidas de Snap Explosivo, quando ele estava jogando com o seu irmão... pois, eles sempre apostavam alguma coisa. Linda se virou e olhou para um retrato ao lado de sua cama, ela estava sentada forçada no colo de Draco, os dois estavam com as caras amarradas... Mas, sua mãe a obrigou a tirar aquela foto.
- Idiota! – disse ela, derrubando o porta-retrato... seu quarto era totalmente salmão, a cor que ela mais gostava no mundo, claro, como uma boa sonserina ela amava verde, prata e preto... mas, ela amava aquela cor... Linda tem um leve sobressalto, quando batem na porta.
- Linda Lisbella Monroe! – disse uma voz altiva de mulher do outro lado da porta. – Levante-se já! Todos estão a sua espera... hoje iremos para casa, e passaremos as duas semanas restantes lá! – não foi preciso dizer duas vezes, Linda pulou da cama, e se vestiu rapidamente, abriu a porta correndo e deu de cara com o rosto inexpressivo de sua mãe.
- Estou aqui... vamos! – disse ela.
- Você e Draco vão na mesma carruagem, por isso quero que desçam juntos! – disse ela.
- Tá e onde está esse jumento! – perguntou Linda.
- Estou aqui, madrinha! – disse ele. Draco havia sido batizado pelo pai e pela mãe de Linda.
- Então vão... e não se atrasem porque o seu padrinho... – disse apontando para Linda. – Vai lá na mansão Monroe hoje!
- Ai que ótimo... – disse Draco sarcástico.
- Vamos, anta... logo! – disse Linda, o puxando pela mão, o que fez Draco se assustar com a delicadeza da pele dela, e com a temperatura quente, em sua mão gelada.
Entraram na carruagem e se sentaram frente a frente, quando um dos fios cobres de Linda caiu sobre o seu lábio, fez com que o loiro desse um suspiro. A viagem inteira foi tranqüila, não conversaram, estavam ambos mergulhados em seus pensamentos.
Estava chovendo muito e seu pai havia saído. Ficou ali, parada, olhando a tão famosa Torre Eiffel...e ela era muito linda mesmo. Começou a ficar entediada quando o telefone toca.
Alô
Oi, a Hill, por favor?
Sou eu seu bobo...
Ah...oi, não reconheci sua voz...desculpe.
Tudo bem Harry...- deu algumas risadas para disfarçar a felicidade.
E aí, como está a viagem?
Ah Harry, você me conhece né!...Eu fico entediada com "pouca" coisa...
Verdade – ele deu umas risadinhas que fez ela estremecer do outro lado da linha.- mas agora você não está fazendo nada?
Não...papai foi numa reunião da ordem aqui...
Reunião da ordem? – ele falou meio alterado. Ela não devia ter dito aquilo...não mesmo. – para variar estão me deixando de lado de novo não é mesmo...
Não Harry...nada a ver...ele foi só resolver o desaparecimento "repentino" – ela fez questão de dar ênfase a palavra - de um auror...
Como assim?"Repentino"?
Ah...eles falam que os comensais estão envolvidos no caso e tal, mas eu sempre duvidei daquele cara...eu acho que ele era um espião.
Será?Pra você até o Dumbledore é um espião...
Eu nunca gostei muito dele...e nunca vou gostar. Posso ser da grifinória e tudo...mas não vou com a cara dele. Ah, porque uma pessoa seria tão boazinha como ele?Sem ter um motivo?Não tem dessa...ele é muito "queridinho"...você sabe minha opinião sobre o que ele quer de você...mas você não me escuta né...
Ta Hill...não vou tentar mudar isso de novo...porque sei que é perder meu precioso tempo...
Ah, agora falar comigo é perder tempo então?
Não foi isso que eu quis dizer...você não entendeu...eu sei que mesmo eu provando que ele não é do mau não mudaria em nada seu pensamento...
É...verdade.
Se o amarelo você diz que é azul tem que ser...teimosa.
Não sou teimosa...
É sim...
Não sou...
É...
Pára Harry...
Pára você...
Vou desligar...
D-U-V-I-D-O – Como ela odiava que duvidassem dela. Ele sabia disso...e adorava provocá-la.
Então ta, até mais.
Você ... – mas ele não teve tempo de acabar a frase, pois já estava sozinho na linha. Riu com gosto e tornou a ligar...sabia que nada adiantaria pois ela não ia atender...e não deu outra.
"Não vou atender, pode ligar..." ela ficava pensando enquanto fazia uma trilha pelo quarto. Andando de um lado para o outro. Aquele barulho irritava ainda mais...quem era o idiota que tinha inventado aquilo...pra que?Só pra dar dor de cabeça era a opinião de Hill. Pegou o casaco e foi dar uma volta.
A chuva havia parado e ela não sabia ao certo onde estava indo. Andava como se conhecesse cada rua, cada parte daquela fabulosa cidade. Lembrou-se que quando era pequena sempre dizia que um dia ela moraria ali, em Paris. Sua mãe ria com gosto e respondia: "E eu vou te visitar sempre, pois vou morrer de saudades da minha princesinha...". Era tão bom lembrar-se de sua mãe. Ela havia morrido quando tinha sete anos numa missão da ordem. Hill sabia exatamente o que Harry sentia. Também havia perdido alguém muito importante no passado, mas não gostava de comentar com ninguém sobre isso.
Ficou ali, olhando a cidade. As pessoas passavam por ela como se não houvesse ninguém ali. Não conseguia entender o mundo. Porque havia tantas regras, tantas leis. Ela sempre estava perdida. Não sabia o que faria quando terminasse os estudos. Seria uma aurora?Ela não tinha certeza se queria lutar...ainda mais lutar ao lado de...Dumbledore. Nunca. Não sabia exatamente o motivo pelo qual o odiava.
A chuva começou a cair e ela não se importava mais com nada. Sentiu os olhos molhados, mas não sabia o motivo. Queria ficar sozinha, mas ao mesmo tempo torcia para encontrar alguém conhecido que a consolasse. Não agüentava mais a solidão que ela mesma fazia. Sentia falta de quem a compreendia. Suas amigas. Lembrou-se que não havia escrito nenhuma vez para elas. Resolveu que chegaria no apartamento e escreveria duas cartas para cada se desculpando pela demora.
De repente veio uma vontade súbita de...espirrar. Arrependeu-se profundamente de ter pegado aquela chuva, agora estava gripada. Chegou em casa e seu pai não havia chego da tal reunião. Escutou os recados da secretária dando risada da cara do Harry que deixou cinco recados um em seguida do outro. Ficou com dó, mas resolveria isso na estação.
"Em duas semanas... estarei em Hogwarts novamente!".
Linda desceu da carruagem praticamente correndo, Draco desceu mal humorado por saber que ela estava certamente pensando naquele idiota que ela namorava desde o final do ano passado… estava prometida para ele desde que nasceu, mas namorava escondida com esse garoto.
- Linda… dá para esperar?
- Não! – respondeu de mal-humor. – Além do mais eu não quero ficar andando com você pra lá e pra cá… ui, credo! Até parece que estamos tendo um caso…
- Lá vem você! – disse ele. – Aposto que está louca para que isso se torne realidade… - disse ele, entrando em sua frente, e puxando ela pela nuca, fazendo os fios de cobre sedosos escorrerem pela sua mão como uma cachoeira.
- Me larga, Malfoy! – disse ela se afastando dele, e correndo para dentro da casa… entrou correndo na sala de piano e se sentou em frente ao mesmo, começando a tocá-lo, os primeiros sons que saíram dele, foram doces... e ela começou a cantar...
Frozen (Madonna):
You only see
Você só enxerga
What your eyes want you see
O que os seus olhos querem ver
How can life be
Como a vida pode ser
What you want it to be?
Do jeito que você quer?
You're frozen…
Você está congelado…
When your heart's not open!
Quando seu coração não está aberto!
You're so consumed
Você está consumido
With how much you get
O quanto você pode ter
You waste your time
Você perde o seu tempo
With rate and regret
Com ódio e arrependimento
You're broken...
Você está em pedaços..
When you're heart's not open
Quando seu coração não está aberto.
Mmm...mmm...mmm
Mmm...mmm...mmm
If I could melt your heart
Se eu pudesse derreter o seu coração
Mmm… We'd never be apart
Mmm… Jamais iríamos nos separar
Mmm… Give yourself to me
Mmm… Entregue-se a mim
Mmm... You... hold... the key!
Mmm… Você segura a chave!
Now there's no point in place the blame
Agora não é hora de procurar um culpado
And you should know I'd suffer the same
E você deveria saber que eu sofro também
If I loose you…
Se eu te perder…
My heart will be broken
Meu coração ficará em pedaços
Love is a bird... she needs to fly
O amor é como um pássaro, precisa voar
Let all the hurt inside you die
Deixe toda a cor dentro de você morrer
You're frozen…
Você está congelado…
When you're heart's not open
Quando seu coração não está aberto
Mmm...mmm...mmm
Mmm...mmm...mmm
If I could melt your heart
Se eu pudesse derreter o seu coração
Mmm… We'd never be apart
Mmm… Jamais iríamos nos separar
Mmm… Give yourself to me
Mmm… Entregue-se a mim
Mmm... You... hold... the key!
Mmm… Você segura a chave!
You only see
Você só enxerga
What your eyes want you see
O que os seus olhos querem ver
How can life be
Como a vida pode ser
What you want it to be?
Do jeito que você quer?
You're frozen…
Você está congelado…
When your heart's not open!
Quando seu coração não está aberto!
Mmm...mmm...mmm
Mmm...mmm...mmm
If I could melt your heart
Se eu pudesse derreter o seu coração
Mmm… We'd never be apart
Mmm… Jamais iríamos nos separar
Mmm… Give yourself to me
Mmm… Entregue-se a mim
Mmm... You... hold... the key!
Mmm… Você segura a chave!
Mmm...mmm...mmm
Mmm...mmm...mmm
If I could melt your heart
Se eu pudesse derreter o seu coração
Mmm… We'd never be apart
Mmm… Jamais iríamos nos separar
Mmm… Give yourself to me
Mmm… Entregue-se a mim
Mmm... You... hold... the key!
Mmm… Você segura a chave!
If I could melt your heart...
Se eu pudesse derreter o seu coração...
Depois de cantar, Linda se atirou no chão e começou a chorar... ela não entendia bem o que tinha acontecido com ela, nesses últimos dias... só sabia que estava estranha com Draco... e ele também estava para com ela.
- Li? – uma voz suave chegou aos seus ouvidos... e ela reconhecia essa voz... era o seu amado irmão...
- Johan! – disse ela, se atirando no pescoço do irmão...
- O que houve Li?
- Eu não sei... – disse soluçando.
- Nunca a vi chorar assim maninha! Se acalme, por favor...
- Linda... Johan... na sala de jantar agora... – Lisbella estava na porta à espera dos filhos... Draco estava ao seu lado, Linda se encolheu para impedir que eles vissem o rastro das lágrimas...
- Estamos indo mamãe! – disse Johan... – A Li, ela tá com uma dor de cabeça muito forte... já vamos! – disse ele.
- Muito bem... Linda Lisbella Monroe... seu padrinho a espera na sala de jantar, 5 minutos para estarem lá! – disse ela saindo.
Draco se aproximou dos dois... Linda se levantou e saiu da sala de piano, parou do lado da porta, e fez um feitiço rápido para secar as lágrimas e limpar o seu olho vermelho.
Gina se espreguiçou e olhou de um lado para o outro... ah, como estavam chatas as suas férias... ela queria ver Linda e Hill... mas, fazia tempo que elas não lhe escreviam e ela já estava se sentindo excluída... apostava que estavam juntas se divertindo... na fazenda de Linda, ou em algum país onde Lupin poderia estar.
- Que droga... – disse ela se levantando quando a coruja histérica de Linda começou a bater na janela... era uma coruja muito linda, suas penas eram pretas... e seus olhos vermelhos...
"Gin...
Desculpe, não ter enviado a carta antes... mas, é que estávamos na casa do Draco...
Eu queria dizer que sinto muitas saudades de você e da Hill, mas... vocês sabem que é impossível vocês passarem as férias comigo... se não o meu padrinho me mata... ainda bem que amanhã estaremos de volta em Hogwarts... mas, que sem graça... então nem devia ter te enviado a carta...
Mas, tudo bem!
Beijos
Linda!"
- Ai que saudades... – disse ela suspirando... hoje era finalmente o seu último dia na Toca, ela finalmente iria encontrar Linda e Hill...
Era um dia normal para qualquer bruxo menos para os estudantes de Hogwarts. O sol estava queimando a pele de Gina. Ela estava louca para chegar logo na estação e rever suas amigas. Tinha tanta coisa pra contar e pra ouvir também...
Quando o carro parou, ela pulou e começou a correr desesperadamente até chegar na entrada da estação. Rony vinha correndo atrás a xingando por ter deixado as malas com ele.
Ah Rony...sou mais nova né...
Não me importa, pode me ajudar, pegue aqui as suas coisas...
Ah ta bom seu chato...
Você que é uma chata...
Crianças por favor, não briguem...
Mãe, a única criança que está aqui é a Gina...
Melhor ser criança do que ser um aborrecente... – começou a rir. Sentiu duas mãos em seus olhos. E teve certeza de que era...
Hill...
Gina...
Que saudades de você. Porque não me escreveu?
Ai amiga desculpa. Eu ia escrever, mas daí o pai teve que viajar do nada e não deu tempo...
Tudo bem, já viu a Linda?
Ainda não...ela deve estar do outro lado já...
Oi Hill...tudo bem?
Oi Rony, tudo e você?E a Mione?
Não sei...era para ela estar aqui...mas...lá vem ela... – ele disse levantando a mão mostrando a Mione onde eles estavam. A multidão estava aumentando mais e mais.
Bom, crianças, vejo que estão em boa companhia...eu tenho que ir...tchau meus queridos. – disse Molly se despedindo dos filhos, de Hill e Mione.
E ai, vamos atravessar logo?
Vamos...
Primeiro foi Gina, depois Mione, depois Rony. Quando Hillary estava se preparando para atravessar sentiu alguém a abraçar por trás.
Harry...que saudades...
Nem me fale...eu já estava morrendo de saudades de você, e depois da "briga" fiquei com mais saudades ainda...
Mas quem foi o culpado da "briga"?
Eu...
Nossa, aprendeu a assumir as coisas?Ainda bem...
Cadê o pessoal? – ele disse rindo do comentário maldoso dela...
Já atravessaram...vamos?
As damas primeiro... – ele respondeu apontando a mão para ela ir.
Hillary Lupin quer me matar de susto...porque você demorou tanto?
Encontrei um ser do outro lado...aí vem ele...
Harry, meu amigo...quanto tempo... – disse Rony apertando a mão de Harry.
Draco, Johan e Linda chegaram na estação e já acharam as amigas de Linda... ela quase derrubou Hillary quando pulou nas costas dela...
- Ai... tinha que ser! – disse Draco mal-humorado.
- Nossa, cara... você implica demais! – disse Johan abraçando Gina pelas costas, ela soltou um leve riso antes de seu rosto ficar rubro. – Oi... pra vocês! – disse ele, com expressão de desgosto para Rony e Harry.
- Ah... desculpe meninos... eu não tinha visto vocês! – disse Linda pulando no pescoço de Rony, e lhe dando um grande beijo. Draco sentiu uma leve pontada no coração e se virou saindo, e indo certamente na direção de Crabbe e Goyle... porque quando não estava com Johan estava com eles.
- Nossa Linda... obrigado pela consideração...
- Desculpe Rony... mas, eu realmente não os vi! – disse ela abraçando Harry...
- Tudo bem! Mas, você é minha! – disse ele a puxando de novo para os seus braços.
Todos entraram no trem e se sentaram em uma cabine... Johan estava sentado ao lado de Gina, Harry ao lado de Hillary... e Rony deitou a sua cabeça no colo de Linda... que por sua vez massageava os cabelos rubros do namorado sem muita atenção.
Parecia aos olhos de Rony que Hogwarts estava mais bela esse ano, desde que começara a namorar Linda no final do ano passado tudo era mais belo para ele, ela era tudo para ele, mesmo que fosse da Sonserina, mesmo que fosse tudo o que diziam que ela era... ele a amava... e se fosse preciso faria qualquer coisa por ela.
- Vamos... meu ruivinho! – a voz dela chegou como uma canção para os seus ouvidos... ele estava ainda deitado no colo dela, e não queria que aquele momento tão pleno terminasse.
- Sim... vamos! – disse ele se levantando e entrelaçando a sua mão com a dela. Desceram do trem e embarcaram em uma carruagem, entrou com eles apenas Johan...
- Hm... maninha! – chamou ele. – Sabe... eu queria conversar com o Weasley... e saber suas intenções para com você! É que... poxa, vocês começaram a namorar sem ao menos me consultar! – Linda começou a gargalhar... Rony e Johan se olharam intrigados.
Eu não preciso de irmão mais velho no meu pé! – disse ela parando de rir subitamente e se tornando seca com o irmão, aproveitou que já tinham chego na escola e puxou Rony para fora da carruagem...
Linda, me desculpe, mas...o Rony a partir de agora é meu...
Só deixo ele ir porque é com você e sei que...
É claro...você acha mesmo que vou querer ter um caso com...meu irmão?
Bem por isso... – as duas riram e se direcionaram cada uma para sua mesa dentro do salão. Os "pigmeus" como dizia Rony começaram a entrar e a formar uma grande fila na frente da profª Minerva. Ela foi chamando cada um...
Kirsten Killer – uma garotinha loira, com os cabelos cacheados, de olhos azuis como água se encaminhou para o banquinho a sua frente. Ela delicadamente pegou o chapéu e o colocou na cabeça. Este demorou pouco mais de um minuto para gritar: Grifinória. Ela pulou feliz do banco e correu para a mesa de sua nova casa. Sentou-se ao lado de uma garota que ela achou linda demais e decidiu que seria amiga dela custe o que custasse.
Oi, meu nome é Kirsten, qual é seu nome?
Oi querida, meu nome é Hillary, mas pode me chamar de Hill. Tudo bem?
Melhor agora que tenho uma nova amiga. – ela disse sorrindo para Hillary que retribui o sorriso maior ainda.
Que bom querida...
Quando Hillary se deu conta já estava na hora de ajudar os novatos. Ela era monitora da Grifinória e como tal tinha que leva-los até os dormitórios e passar a nova senha.
Bom, eu tenho que acompanhar os novatos né gente...Harry depois nós conversamos direito está bem?Vamos Kirsten?
Vamos Hill...
Novatos, por aqui, por favor...me acompanhem... – ela disse aos novos grifinórios. – vocês terão uma senha para entrar no salão comunal da grifinória e como cada casa tem seu salão comunal eu espero que vocês compreendam que não se deve dar a senha para pessoas de outras casas. E cuidado – ela olhou para dois garotos que já estavam fazendo bagunça, eles olharam para ela como se a desprezassem – para não se perderem, o castelo é grande e as escadas...gostam de mudar – justo quando ela disse isso a escada que eles tinham acabado de estar mudou, porém os dois garotos estavam nela ainda.
Hei, nos tira daqui...
Subam até o final e virem ali...vocês vão nos encontrar lá na frente...vão reto...agora não temos como tirar vocês daí...
Ela continuou andando sendo acompanhada pelos passos rápidos que os pequenos davam. Virando o corredor encontraram os dois garotos.
Você deveria ter avisado antes sobre as escadas...
E vocês deveriam prestar atenção no que digo e não ficarem se bobeando...agora, vão andando...
Chegou na frente do quadro da mulher gorda. Esta lhe cumprimentou cordialmente. Explicou tudo o que faltava aos pequenos e lhes disse a senha: Cabeça de Dragão.
O que? – riu um dos garotos. – não sabem coisa melhor não é mesmo?
Entrem... – Hillary estava com a paciência esgotada já. "Esses dois deveriam ter ido para a sonserina isso sim..." ela pensou – lado direito dormitório das meninas e o esquerdo dos meninos. Suas malas já estão em seus quartos. São quatro pessoas por quarto. Seus nomes estão nas portas...boa noite.
Hill, eu posso dormir com você?
Não Kirsten...desculpa, mas são regras.
Tudo bem, então até amanhã...durma bem.
Oh, obrigada linda. Boa noite meu anjo... – ela ficou ali, olhou Kirsten se distanciar. Aquela garotinha tinha mexido com ela. Era muito linda...
Minha salvação chegou, graças a Merlin...
Nossa, porque tudo isso?
Aqueles dois não param de brigar... – ela deu uma olhada do outro lado do salão e reparou que Rony e Mione estavam a brigar novamente. – eles me lembram duas pessoas: Linda e Malfoy.
Nem me lembre daqueles dois...não consigo entender como não enxergam o que sentem um pelo outro...mas qual é o motivo pela briga desses aí?
O de sempre...sabe, eu estou achando que eles estão com papéis trocados...o Rony e Mione deveriam estar juntos e a Linda e o Malfoy...e não...você sabe...
Eu sei, mas você acha que eles me escutam?A Mione eu sei que gosta do Rony... – ela levou a mão à boca, havia jurado para Mione que não contaria a ninguém seu segredo...e contará, sem querer, logo ao melhor amigo de seu amado.
O que?a Mione...gosta...do...Rony?
Harry, por favor, me promete que não vai contar para ninguém, muito menos para o Rony?ela confiou em mim, e se descobrir que te contei...vou perder a confiança dela...
Ta, eu não falo nada...mas, temos que fazer alguma coisa para juntar eles e o outro casal...não?
Sim, mas o que? – respondeu Hill com um sorriso nos lábios que fez Harry ter uma recaída...ela estava tão linda. Balançou a cabeça para espantar tais pensamentos, ele não poderia sentir nada por ela além de amizade...não podia.
Não sei...mas vamos pensar...bom, agora vou me deitar, temos aula amanhã cedo e estou cansado...
Eu também vou indo... – subiram as escadas e pararam de frente um para o outro na divisa dos dormitórios – boa noite Harry ate amanhã – ela disse dando lhe um beijo no rosto. O lugar ficou marcado como fogo. Ele se sentiu estranho. Teve vontade de puxa-la e beija-la, mas a razão falou mais alto.
Boa noite Hill...
Ficou meia hora batendo na porta do quarto dele, e ninguém respondia. Cansou. Entrou e fechou a porta.
Vazio...ai, onde esse idiota se meteu...ora, ora...o que é isso? – era uma pena muito linda. Toda colorida. Ela não se deteve e pegou-a. Ficou admirada com a pena e isso não era normal, mas por mais que tentasse larga-la não conseguia. De repente ela sentiu um cheiro estranho, e tudo ficou preto. – onde estou? – ela não sabia por quanto tempo ficara desacordada, mas ele ainda não voltara ao quarto. Levantou-se e sentiu uma dor de cabeça muito forte. – Mas...o que eu estou sentindo? – foi para seu quarto trocar de roupa.
Primeiro dia de aula. Todos felizes por estarem de volta. Claro, sem nenhum teste pelos próximos dois meses. Porém um dos alunos estava preocupado demais.
- Meu pai é louco, só pode... – Draco andava de um lado para outro em seu dormitório. Como seu pai podia ter feito aquilo?Mandado justamente aquele artefato. Era uma pena normal para qualquer pessoa, mas ele sabia os efeitos dessa "pena", só não entendia o que seu pai pretendia com isso – deve ter algo a ver com o maldito Potter, mas eu não posso deixar que isso caia em mãos...erradas.
Enquanto isso, no salão principal todos estavam assustados com a cena que estavam vendo.
O que deu em Linda?
Não sei Harry, mas ela está...diferente. – ela estava entrando pela porta. Estava vestida com uma saia preta de couro que mostrava boa parte de suas pernas. Uma blusa preta com um decote enorme e um bota preta de cano alto. Os cabelos estavam lisos e enrolados nas pontas. Os olhos estavam bem realçados devido à alta quantidade de lápis que havia passado neles. Uma sombra preta combinava com eles. O mais impressionante era os lábios. Um simples brilho que delineava certinho. Rony ficou babando pelo novo visual de sua namorada.
Olá Ronald.
Oi Linda, o que...
Eu estava pensando – ela disse chegando mais perto dele – em faltar às aulas da manhã para...fazer alguma coisa mais...útil. O que você acha?
Bom, você sabe como eu vou mal em...poções e ...
Covarde...
Linda...o que esta havendo com você?
Nada...só que...acabou Weasley. Até logo... – ela disse saindo deixando um Rony meio em choque.
O-o que...ela não ta...
Falando sério?Desculpa amigo, mas...acho que está.
Hill estava conversando com Gina sobre Johan, quando Linda se aproximou. Elas ficaram olhando para ela...
Hill...quem é essa que está vindo aí?
Não sei, mas Linda é que não é...
Olá garotas, tudo bem?
O que você tem?Que roupas são essas?
Este é meu novo estilo gostaram?Cansei de parecer meiga...
Ah sim, e agora você quer parecer...gótica?
Sabe, sempre achei isso legal... – ela respondeu com um sorriso estranho, que nenhuma das duas nunca tinham visto antes.
Linda, nós precisamos conversar...
Larga-me Johan, porque você não vai cuidar da sua vida e resolve seu caso com a Gina logo em vez de ficar me atormentando... – ela respondeu grossa e saiu do salão andando como se estivesse em uma passarela.
O que...deu nela? – perguntou Johan para Gina que estava mais vermelha que o normal.
Eu...não sei. – ela disse e saiu correndo em direção a sala de aula. Não acreditava no que Linda tinha dito. Porque falar aquilo...na frente dele?Estava com muita raiva de Linda. – ela me paga.
Johan, você sabe onde sua irmã esteve ontem?Ela está muito diferente...isso é muito estranho.
Eu sei. Eu falei com ela ontem no salão comunal da sonserina...eu falei que estava indo dormir e ela disse que só ia resolver um negócio com o Malfoy...depois não a vi mais.
Malfoy...vou falar com ele.
Ele deve estar no quarto ainda. Eu levo você até lá, quero saber o que há com minha irmã. – eles estavam saindo quando alguém puxou o braço de Hillary.
Oi né...onde você vai?
Oi Harry, agora eu não posso falar com você...tenho que resolver um negócio importante...
Então eu não sou importante...
Não é isso, mas tenho que ver porque a Li está assim...até depois.
Será que ele ainda está no quarto? – ela perguntou a Johan quando estavam em frente ao quarto de Malfoy e ele não atendia a porta.
Não estou... – eles olharam para trás e viram Malfoy voltando, deduziu ela, do banheiro. – o que vocês querem?Ei, o que uma grifinória está fazendo aqui?Johan? – ele perguntou seco ao amigo.
Temos que conversar Malfoy é urgente. Entra aí, rápido. O que você conversou com a Li ontem?
Ontem?Nada...só vi ela no jantar, mas porque tudo isso, eu...
Ela não esteve aqui ontem? – perguntou Johan com cara de surpreso.
Não...que eu saiba. – Hill olhava em volta do quarto procurando algum sinal. Ficou encantada por uma pena que estava em cima da escrivaninha de Malfoy. Começou a andar até ela quando Draco a segurou. – o que foi?
Essa pena...
Não é nada, é só uma pena...grifinórios, além de tudo são curiosos demais.
Malfoy, você tem que nos contar se falou com a Li, ela está agindo muito estranha hoje...não é a mesma. – disse Hillary tirando os olhos da pena.
Como assim, estranha? – ele disse temendo algo.
Ela está se vestindo diferente, está agindo diferente...ela foi capaz de romper com o Rony... – de repente ele se sentiu feliz com a notícia
Sério? – ele disse com um pequeno sorriso nos lábios, o que fez Hillary ficar muito feliz...estava comprovado: ele gostava de Linda.
Sim, mas não mude de assunto...
Toc toc...o assunto é muito importante para ter até uma grifinória no quarto de um sonserino...não é mesmo? – Draco ficou parado olhando para a garota que estava na porta. Não podia ser a...
Linda? – ele perguntou franzindo a testa.
Não maninha...não é nada demais...hum, Hill vamos deixar isso pra depois...vamos pra aula?
Mas... – ela disse sendo arrastada para fora do quarto por Johan. – a gente tem que descobrir...
Pra falar a verdade eu acho que ela não tem nada demais...só está...se revelando.
Pode ser...mas e se...
Não tem "e se..." Chega de besteiras...vamos que a gente vai perder a aula...
Ta legal...
Ela não sabia o porque, mas estava se sentindo muito estranha. Tinha coragem pra fazer tudo o que viesse em sua mente. Estava com a sensação de liberdade...e só tinha uma pessoa em sua mente: Draco.
Enfim...sós.
Linda, você está...
Linda?Pois é Draco...eu sei que eu estou linda...o meu nome já diz tudo... – ela disse se aproximando dele como se fosse uma cobra – suponho que você não assista à primeira aula...do ano?
Não...eu...mas que diabos você pensa que...
Sabe... você é muito atraente apesar de ser um Malfoy idiota... – sussurrou ela no ouvido dele. Eu sei o que eu quero... – ela disse acabando com a distância entre eles – só resta saber – ela colocou a mão em seu peito – o que você quer...
O que deu em você para andar mais de preto? – perguntou ele, sabendo da resposta...
Decidi mostrar que não sou mais a velha e idiota Linda... gosto da cor...– disse ela, se soltando dele, o que o fez tremer. – Não gosta? – perguntou provocativa, começando a andar com um ar sensual.
É... hhm, eu... eu... eu amo essa cor! – disse ele. Linda colocou as mãos em volta de sua nuca... Draco quase babou no decote dela que mostrava os seios delineados perfeitamente.
Eu sei que você me deseja Draco...então... – ela o encurralou contra a parede – aproveite a chance... – foi tão automático que ele não sabia como, mas já estava se perdendo nos deliciosos lábios dela. Sua razão gritava em sua cabeça para larga-la e tentar entender o motivo de tudo aquilo, embora ele já soubesse o motivo: a pena. Ele lutou contra a própria vontade de continuar o beijo e a empurrou para longe de si.
O que você tem Linda, não estou te reconhecendo...
Nada...só resolvi assumir todos os meus segredos...e um deles é que eu...
LINDA... – ele gritou ao ver que ela caia no chão com os olhos semicerrados. Segurou-a em tempo e sentiu como ela estava quente. – Linda, fale comigo...
Draco... – foi a ultima coisa que ela lhe disse antes de desmaiar em seus braços. E agora?O que ele ia fazer...a primeira coisa que lhe veio na mente foi em leva-la para a Ala Hospitalar. E o fez.
Bom, meu garoto...eu não sei o que ela tem...parece que ela está...em coma. Mas os sintomas são estranhos demais...nada que eu já tivesse visto algum dia. Agora preciso que você saia...
Está bem, mas qualquer novidade, me chame, por favor.
Pode deixar.
DRACOOO... – ele olhou assustado para trás e viu três pessoas correndo até ele. – como ela está?O que aconteceu?
Ela simplesmente...desmaiou. Juro que ela estava bem...e do nada...puft.
Mas...ela está acordada? – perguntou Johan abraçando Gina que estava em prantos.
Ela está...em coma.
O QUE? – gritou Hill desesperada. – não, ela não pode...
Hill, o que foi? – Harry apareceu do nada.
Linda está em coma.
Mas...como...porque? – ele perguntou a Malfoy segurando Hillary que tinha acabado de desmaiar também.
