Título: The boy next door.

Autora: Kuroyama Izumi

Beta:

Resumo: Naruto é um advogado bem sucedido que leva uma vida perfeita ao lado da esposa e dos filhos. Mas ele não contava com a chegada de um novo vizinho, o jovem Sasuke, 17 anos, capaz de virar sua vida de pernas para o ar! UA, SASUNARU, e outros casais.

Disclaimer: Se Naruto me pertencesse, a batalha do vale do fim teria terminado com um lemon do cacete.

Um novo vizinho! Bem vindo, Sasuke!

Espreguiçou-se de maneira manhosa, ainda de olhos fechados. Sua mão tateava o lado esquerdo da cama, à procura de alguém que certamente não estava lá. Resignado, lentamente permitiu que a luz entrasse em contato com suas íris azuis como o céu. Aos poucos, a imagem do cômodo no qual se encontrava se formou. Um local sofisticado, com paredes pintadas de um bege leve, mas presente. Havia alguns quadros pendurados à parede, retratando em sua maioria, paisagens bucólicas. À frente de onde se encontrava, havia portas de correr, espelhadas, que davam acesso ao closet. O lustre era tão esplendido quanto o resto do aposento: possuía um formato peculiar, lembrando, de longe, uma imitação do astro rei, o sol.

Sentou-se em sua cama King-size, esfregando os olhos com as costas da mão para em seguida bocejar de maneira escandalosa. Desceu da cama, calçando suas pantufas azul bebê, abriu a porta e pôs a cara para fora, para o corredor, o qual constatou estar vazio.

- Sakura-chan?

Não obteve resposta. Coçou as madeixas loiras, suspirando. "Onde diabos essa mulher se meteu à uma hora dessas?" Perguntou-se ao constatar que não passava das seis da manhã.

O homem em questão chama-se Naruto. Com seus vinte e oito anos, é um bem sucedido Advogado. Trabalha no escritório de um amigo, sendo o destaque dali. Há seis anos casara com sua amiga de infância, Haruno Sakura, agora de sobrenome Uzumaki, também de vinte e oito anos, uma médica muito talentosa e atraente. Contava com um corpo bonito e bem trabalhado, além de olhos cor de esmeralda e cabelos curtos de cor rosa. Tinham como filhos um casal de gêmeos de cinco anos. A menina chamava-se Nakuru e o garotinho Minato, em homenagem ao finado pai de Naruto. Os dois eram idênticos ao pai, com a leve diferença dos olhos do jovem Minato, que eram da mesma cor dos olhos da mãe, e em ambas as crianças, da ausência das três marcas de nascença em cada lado da bochecha que o pai tinha como marca registrada.

- Sakura-chaaan, você está em casa? – Insistiu, adentrando a cozinha.

Mas lá também não havia ninguém.

Naruto estranhou a quietude do lugar, geralmente, Sakura respondia aos seus chamados. Andou até a sala e viu que a porta principal estava entreaberta. Caminhou até lá, abrindo-a para finalmente encontrar a esposa, parada em frente à porta ao lado.

- Sakura-chan, o que faz ai?

- Ah, bom dia, Naruto! – Saudou jovialmente a mulher – Temos um vizinho novo, acabou de se mudar!

- A essa hora da manhã? – Perguntou enfadado. Sabia que a mulher era dada a novas amizades. Se duvidassem, todos no quarteirão eram amigos dela, sem contar o pessoal do hospital.

- Sim, sim, estranho, né? Eu estava preparando o café da manhã quando ouvi uns barulhos, mas quando cheguei aqui fora, só estavam os carregadores e umas caixas vazias. Logo, eu perguntei o que estava acontecendo e eles me contaram que alguém acabara de se mudar para cá.

- Ah...

- Eu estou batendo há uns dez minutos, mas até agora ninguém abriu a porta. – Comentou aparentemente decepcionada.

- Vai ver a pessoa está cansada e foi dormir. Ou está no banho, sei lá. Acho que você deveria vir outra hora...

- É acho que sim.

- Além do mais, está na hora de acordar a Naru-chan e o Mi-chan e prepará-los para a aula. – Disse, em meio a um bocejo, apontando para dentro do apartamento.

- Ai, Naruto! Por que às vezes você não faz isso por mim, hein? – Perguntou emburrada, enquanto acompanhava o marido de volta para dentro do lar.

- É que quando eu tento, eles não acordam. – Disse simplesmente, logo voltando ao quarto. – Vou tomar banho!

Sakura nada respondeu. Sabia que o marido nunca mudaria aquela atitude desleixada dele. Entrou primeiramente no quarto de Nakuro, abrindo a cortina florida, fazendo assim com que o sol adentrasse o cômodo. Em sua cama, ela gemeu em protesto, tapando o rosto com o travesseiro.

- Bom dia, minha princesa! Hora de se preparar para a aula. – Disse Sakura, acariciando as madeixas loiras da filha.

A menininha não respondeu, apenas sentou-se na cama, esperando seus olhos se acostumarem com a claridade. O quarto de Nakuru era todo pintado de cor de rosa, e isso incluía colcha de cama e computador. Havia ursos de pelúcia pelo chão, bem como bonecas e algumas revistas de colorir.

- Nakuru-chan, você precisa deixar as empregadas limparem isso aqui, senão depois vai parecer um chiqueiro.

- Não, elas não sabem arrumar!

- Por que você diz isso?

- Da última vez elas colocaram tudo em lugares errados.

- Então da próxima vez, diga a elas aonde colocar cada coisa. – Sorriu, afagando novamente a cabeça da filha. – Agora já para o banho, mocinha!

Resmungando baixinho, a pequena entrou no banheiro.

Sakura, então, foi para o quarto de Minato. Ao contrário do quarto da filha, o do menino estava impecavelmente organizado. As paredes eram azuis celestes e no teto havia figurinhas de planetas, estrelas e naves espaciais. A própria luminária tinha formato de Saturno, contando inclusive com seus anéis. Era um mimo que Naruto fazia questão de dar ao filho, mesmo que Sakura freqüentemente ralhasse com ele pelo fato de deixar exposta sua preferência pelo menino. O pequeno dormia agarrado a algo escondido sob seu cobertor. A mulher suspirou, percebendo logo do que se tratava.

- Minato!

O menino abriu os olhos, assustado. Quando percebeu a presença da mãe, deu um sorriso amarelo.

- Mamãe!

- Minato, não me diga que esse vulto sob suas cobertas é o que estou pensando que é.

- Tá, então não digo!

- Minato! – Brigou. – Você sabe muito bem que a Kyuubi não pode dormir na sua cama!

- Mas, mamãe, ela tava com frio! – Disse, sinalizando a pequena raposinha ao seu lado.

- Ai, já não me bastasse o Naruto ter trazido uma RAPOSA para dentro de casa, agora isso? Sinceramente, não sei o que seu pai tem na cabeça...

- Ouvi o tio Kiba dizendo que ele não tinha nada na cabeça. – Comentou o menininho, com um dedo na bochecha, ato muito parecido ao de seu pai.

- Não dê atenção ao que o tio Kiba diz, agora passa pro banho.

- Tá, tá, to indo.

Sakura observou o filho sair. Minato, além de tudo, demonstrava uma enorme capacidade de compreensão dos fatos, e quando o pequeno tinha três anos, descobriu-se que se tratava de um garoto super dotado. Agora, com cinco, o menino cursava a quarta série do fundamental. O fato às vezes preocupava Sakura, que temia que o filho fosse rejeitado pelos colegas por ser como era. De fato, o pequeno não tinha muitos amigos, mas ele dizia que não era problema, desde que seu melhor amigo, Chiaki, estivesse com ele. A amizade de Chiaki, um garotinho de oito anos, também bastante inteligente para sua idade, e seu filho também preocupava Sakura. A jovem sentia que futuramente, poderia haver algo mais que amizade entre eles, mas Naruto dizia que isso não passava de neurose da mulher e mandava-a arrumar outra coisa para fazer quando ela resolvia tocar nesse assunto.

Sentiu algo úmido em seu pé e ao olhar para baixo, deparou-se com a raposa Kyuubi, balançando o rabo alegremente. A jovem de cabelos cor de rosa olhou irritada para o animalzinho e foi para seu quarto, resmungando algo sobre maridos normais trazerem cachorros e não raposas para dentro de casa.

Às sete e vinte da manhã, a família Uzumaki pegara o elevador. Nakuru se olhava no espelho, Minato balançava-se para frente e para trás, imitando o pai e Sakura estava parada próxima à porta. Ao chegar ao térreo, após a porta abrir, Naruto se deparou com um garoto que nunca havia visto ali antes, e logo imaginou que pudesse ser o novo vizinho.

O jovem aparentava ter dezesseis, dezessete anos, tinha traços finos e a pele pálida. Seus cabelos, bem como seus orbes, eram negros como uma noite sem estrelas e seu olhar esbanjava frieza. Ele usava um uniforme de uma escola particular conceituada e carregava um saco transparente com alguns legumes.

Os olhares de Naruto e do garoto se encontraram por um segundo, até que a porta do elevador se fechasse. Tanto Sakura, como o marido ficaram parados por um momento, olhando para a porta fechada do ascensor.

- Vamos, mamãe! Não quero me atrasar. – Disse Nakuru, despertando os pais do transe.

- Ah, vamos.

Os pequenos seguiam na frente, correndo em direção a um Audi Q5 prateado.

- Acho que aquele era o nosso novo vizinho. – Comentou Sakura.

- É, deve ser.

- É um jovem muito bonito, imagino que deva fazer sucesso entre as garotas de sua idade. – Comentou maravilhada a médica.

- Bah, bonito? Sinceramente, Sakura, você tem um gosto estranho.

- Bom, eu casei com você, então acho que é verdade. – Comentou em tom de provocação.

- Olha láaa! – O outro disse escandaloso.

Mas Naruto, a todo custo tentava disfarçar o desconforto que sentiu ao encarar aquele moleque. O loiro tinha um mau pressentimento.

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Bom, cá estou, no auge da minha sede criativa, com mais uma fanfic, a qual eu idealizei enquanto pedalava na bicicleta da academia! Melhor do que a outra, que imaginei enquanto estava em uma missa O.O' (É, ironia, Izumi na missa, mas enfim...). Espero que tenham apreciado este primeiro capítulo. Foi só para dar um gostinho, sacaram? Ainda vão rolar muitas emoções :D Ah, eu não sei se já existe alguma fic com esse titulo, caso exista, perdoem-me a falta de criatividade. Ela é limitada.

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