- O que devo fazer? – Repetia pela terceira vez em voz alta. Ichijou estava em seu dormitório angustiado enquanto havia uma guerra entre os vampiros de Rido e os vampiros de Kaname. - O que devo fazer?
Qualquer decisão que ele escolheria traria conseqüências gravíssimas. Ele se levantou do chão onde estava deitado e andou para a janela inclinando-se no vidro.
A guerra sem sombra de dúvidas estava sangrenta. Os Level E já devem estar enlouquecidos pela falta de sangue humano, mas eles fariam qualquer coisa pelo seu superior. Por um breve passar de tempo ele invejou aqueles desprezíveis vampirinhos. Todos que conhecera na academia estavam lutando, caçadores e vampiros numa aliança a fim de proteger a escola e a princesa puro sangue, Yuuki Kuran.
- Todos sabem em que lado batalhar... O que devo fazer? – Ele colocou a mão no bolso tirando dela uma pequena fotografia que parecia do ano passado. Era uma bela imagem, as duas pessoas da foto eram incrivelmente esbeltas e encantadoras, Ichijou estava abraçado com seu avô na festa que havia acontecido ao que parecia muito tempo, a última festa que havia visto Sara Shirabuki e seu amigo Kaname Kuran presentes.
Um estouro veio do lado de cima do prédio da Day Class.
Ele é meu avô, tenho que ficar ao lado dele. Kaname irá matá-lo não posso permitir que isso aconteça.
Ele hesitou em pegar a espada que tinha deixado em sua cama. Mais um estouro havia tomando conta de sua audição novamente, dessa vez ele olhou para cima do outro prédio e avistou Zero Kiryuu com sua Bloody Rose e em seus braços raízes espinhosas que o cercavam.
- Zero Kiryuu... O filho da grande família de caçadores de vampiros será que depois de tanto sofrimento finalmente decidiu se matar? Quem não aprecia a vida não merece viver.
Como um lampejo de um trovão ele pegou a sua espada e pulou pela janela.
-Sim, quem não aprecia a vida não merece viver. - O egoísta e ganancioso de seu avô ou o seu amado melhor amigo que sempre esteve ao seu lado? Qual o certo, qual o errado? Sua decisão foi tomada e ele agora ia fazê-la acontecer.
Uma perda terá que existir, mas se é para um ente querido morrer, que morra em minhas mãos e não de outro, não correrei o risco de me tornar como Kiryuu e desejar a vingaça, o lado mais cruel e sórdido da vida.
