Escrita por: Crazyfantasia
Nome Original: Reencuentro
Traduzida por: Bel-Chan
Betada por: IVI
Pares: Harry/Draco
Disclaimer: Os personagens dessa história são propriedade de J.K. Rowling e Warner Bros. Feita simplesmente para diversão, sem qualquer finalidade econômica.
Capítulo 1 – Mais que um rival
O vento gelado soprava com muita força, ondulando as capas dos aurores que se aproximavam da casa na colina. A luz da lua minguante apenas os ajudava a andar pelo caminho de pedra enquanto tentavam fazer o mínimo de barulho e pegar de surpresa os ocupantes da casa.
Todos estavam com as varinhas de prontidão para entrar em ação a qualquer momento. O homem que ia a frente fez um sinal indicando que aguardassem e, com gestos, assinalou para atacarem em dupla, mostrando a direção que deveriam tomar. Eram oito ao todo. Mais que suficiente para subjugá-los e capturá-los.
- Vou na frente, Potter – sussurrou o homem que fazia dupla com Harry.
-Ok, te dou cobertura. – Assentiu.
No maior silêncio, rodearam a casa e encontraram a porta dos fundos aberta. Harry deu à volta pelos arbustos no final do jardim e viu um movimento. Sem esperar para se certificar o que era, lançou um feitiço certeiro e, em seguida, ouviu um corpo cair pesadamente no chão.
- Vou averiguar - disse seu par e Harry concordou.
Ele, por sua vez, entrou na casa e se deparou com uma cozinha totalmente equipada ao estilo Muggle. Uma rápida olhada indicou que estava vazia. Andando rente à parede, chegou à porta de comunicação no corredor e esperou pelo sinal.
Harry ouviu vozes e supôs que todos estavam bêbados.
- Está bem amarrado? – perguntou uma voz grossa marcada por um sotaque estrangeiro.
- Estava muito nervosinho e tive que dar um corretivo nele. – respondeu uma voz idêntica.
- Mas deixou vivo, não é? - disse o outro – Não quero me divertir com um cadáver.
- Vai sobreviver mais algumas horas. – Riu desagradavelmente.
- É um idiota! Sempre tem que acabar com a diversão! – Intrometeu-se outro.
E então se ouviu os sons de uma luta violenta.
Maldições ditas em um idioma que Harry sabia ser búlgaro, mas que ele não compreendeu, indicaram que os homens estavam dispostos a lutar. E nesse momento sua varinha vibrou e ele compreendeu que a hora tinha chegado. A porta de comunicação se transformou em milhões de lascas quando lançou um feitiço. Foi correndo para a sala que se encontrava cheia de homens bêbados e que não ofereceram a menor resistência quando os aurores os encurralaram com suas varinhas.
- Reviste a parte de cima, Potter – o homem que comandava a operação disse – Os outros ficaram de guarda aqui.
- Está bem – Harry disse , voltando-se para ir até as escadas.
- Tenha cuidado!
Harry não retrucou e subiu os degraus lentamente tentando escutar algum ruído que pudesse indicar a presença de mais búlgaros. O primeiro andar da casa estava na penumbra, mas Harry não usou Lumus para iluminar. Havia três portas e ele entrou no primeiro quarto que estava em frente às escadas. Revistou minuciosamente cada canto do cômodo, mas não havia ninguém. O quarto seguinte também estava vazio, mas a cama estava desfeita e havia manchas de sangue no lençol branco que fizeram Harry contrair os lábios, irritado.
Chegou ao ultimo quarto e abriu a porta com cuidado. Lá dentro, uma luz muita fraca o mostrou algo que fez todo o seu mundo desmoronar. Uma figura familiar estava amarrada à cama e tinha apenas um lençol cobrindo seu corpo nu. Harry parecia estar em um pesadelo, nada do que via parecia real. O longo cabelo loiro estava ocultando o rosto belo e inconfundível, mas que agora estava repleto de golpes e cortes profundos, dos lábios saía um filete de sangue que escorria pelo pescoço que também não estava em melhores condições. Desceu o olhar pelo corpo do loiro e viu hematomas por todos os lugares: abdômen, tórax, pernas, braços. Praticamente não havia uma parte sem estar machucada.
- Draco! - murmurou com uma voz repleta de dor.
Uma raiva imensa invadiu seu corpo e ele quis, naquele momento, descer para destroçar, matar e infringir a mais terrível dores àqueles que fizeram isso a... ele.
Mas pensando no que um dos búlgaros tinha dito, Draco estava muito ferido e morreria se não fosse atendido com urgência. Com feitiços certeiros, as cordas desapareceram, soltando os tornozelos e pulsos do loiro ainda imóvel. Harry se aproximou para certificar que o outro respirava e teve um sobressalto quando tocou seu rosto. Estava gelado.
- Não, por favor! Não pode ter morrido! – rogou desesperado.
Colocou os dedos no pescoço para sentir a pulsação. Ela estava lá, fraca, mas estava. Cobriu com muita delicadeza o corpo magro, porém atlético, que ainda fazia seu coração disparar. Nesse momento, um homem apareceu na porta e franziu o cenho ao ver Draco inconsciente.
- Como ele está?
- Muito mal – Tentou dizer com voz firme, mas fracassando terrivelmente – Vou levá-lo ao St. Mungus imediatamente.
- Está bem – concordou o outro – Mas não se esqueça que ele é um suspeito, que está detido.
Como se Draco fosse a coisa mais preciosa do mundo, Harry o pegou nos braços com facilidade e depois de olhar para seu rosto maltratado por um segundo, desaparatou do quarto.
As horas seguintes foram um inferno para Harry. Os medibruxos entravam e saíam do quarto de Draco exibindo cara de enterro, fazendo o jovem esperar o pior.
- Doutor! Doutor! – Deteve um sujeito que ia entrando pela centésima vez no quarto.– Como ele está?
- Estamos fazendo o melhor. – disse com ambigüidades.
- Fala logo! – Ele exigiu.
Não ia aceitar essa tolice como resposta. O medibruxo o olhou um segundo antes de falar:
- Já curamos seus ferimentos – Começou a explicar – Duas costelas quebradas, pulso fraturado e muito álcool no sangue, mas...
- Álcool? – perguntou desesperado.
- O rapaz estava mais bêbado que um gambá.
- Prossiga. – disse Harry quando recuperou a voz.
- Mas ainda está numa fase crítica.
- Mas vai sobreviver, não é? - perguntou com voz embargada.
- Assim esperamos.
Harry sentou, quando sentiu que suas pernas não agüentariam mais.
- Preciso vê-lo. – Não era um pedido, e sim uma ordem.
- Está bem – Consentiu o medibruxo com má vontade ao ver a atitude decidida de Harry. – Quinze minutos.
O medibruxo abriu a porta e indicou que se aproximasse da cama. Harry se sentou numa cadeira perto dela e segurou a mão de Draco entre as suas com delicadeza.
"Não morra, por favor." – Pediu silenciosamente enquanto acariciava-lhe os dedos.
O medibruxo os deixou a sós e Harry beijou a palma da mão de Draco amorosamente. Amor esse que nunca teve coragem de confessar. Fechando seus olhos, recordou o dia em que se deu conta que Draco era muito mais que um rival.
Estava em seu sexto ano em Hogwarts e jogava a clássica partida de Quadribol entre Grifinória e Sonserina. Jogavam há mais de duas horas e o placar estava muito apertado. Harry estava se desesperando, afinal o pomo de ouro não estava em lugar nenhum e Draco não parava de insultá-lo toda vez que se aproximava dele. Por duas ou três vezes, o loiro o agrediu com a firme intenção de derrubá-lo, mas conseguiu se manter firme na vassoura.
Quando percorria o campo pela milésima vez, evitando os balaços e Draco, conseguiu avistar o pomo voando perto do campo. Na mesma hora voou para lá, mas Draco surgiu a frente e Harry o xingou, afinal o loiro estava com muita vantagem sobre ele. Acelerou ao máximo para alcançá-lo. Quando estavam ombro a ombro, o pomo freou de repente e deu ré inesperadamente. Por instinto, Draco virou a cabeça e o pomo passou raspando pela bochecha de Malfoy causando um leve arranhado. Mas o pomo não foi muito longe porque ficou preso no cabelo do loiro.
Harry viu os movimentos do pomo e estendeu a mão para pegá-lo. Só que acabou também segurando os cabelos de Draco. Quando tentou tirar o pomo, Draco soltou um grito de dor e tirou a mão da vassoura. Levou as mãos à cabeça e tentou tirar o pomo de Harry. Ao menos foi o que pensou o grifinório. Harry não pensou em soltar a bolinha dourada e puxou com mais força. Esse movimento fez Draco perder o equilíbrio e cair da vassoura, levando Harry com ele. Foram alguns metros antes de pararem.
Harry caiu por cima de Draco, respirando profundamente, tentando recuperar o fôlego. Tinham os corpos praticamente colados. Harry estava com o pomo e uma grande quantidade do cabelo do loiro na mão esquerda.
- Quando, diabos, você pretende sair de cima de mim, Potter? – Draco cuspiu as palavras – Você pesa uma tonelada e estou sufocando.
- Eu não estou tão gordo. – replicou indignado – O problema é que você é fracote e não tem forças pra nada.
- Sim, claro, o que você quiser – disse arrastando a voz – Agora, saí daí!
- Espera...- retrucou enfurecido – O pomo esta agarrado nesse cabelo nojento e não quer sair.
- E tem que fazer isso em cima de mim?
- Ainda que seja um fraco, é bem mais confortável que a grama.
Draco não retrucou. Seus rostos estavam muito próximos, Harry não tinha percebido por que estava tentando soltar o pomo, mas quando percebeu, emudeceu. Draco estava com os olhos fechados e tinha os lábios entreabertos. Tinha a respiração ofegante e um leve rubor no rosto. Harry o enxergava como se fosse a primeira vez. Reparou nas delicadas sobrancelhas desenhadas, o nariz arrebitado salpicado de suor que estava totalmente de acordo com seu belo rosto, lábios úmidos e apetitosos como nunca tinha visto e uma pele... uma pele que parecia ser de pêssego e se perguntou se realmente seria tão suave quanto parecia.
Moveu-se um pouco para apoiar o braço direito na grama, retirando um pouco do peso de cima de Draco, e o gemido que saiu da garganta do loiro, fez sua pele se eriçar e seu sangue ferver de uma maneira desconhecida. Não parou de observar o rosto de Draco e viu, hipnotizado, como ele molhou os lábios vermelhos e carnudos com a língua para depois morder o lábio inferior. Nesse momento, desejou com todas as forças ser ele a morder aqueles lábios.
Com relutância, endireitou-se. Estava com o pomo preso na mão há algum tempo, mas não queria deixar de sentir a calidez e suavidade do corpo do sonserino debaixo do seu. Ficou de joelhos com toda a intenção de se sentar sobre Draco. Negava-se completamente a deixar de sentir o outro corpo sob o seu. Quando mostrou o pomo ao público, movimentou-se sobre os quadris do loiro, embriagando-se de sensações jamais sentidas, enquanto sua mão livre acariciava a cintura de Draco suavemente.
O ruído desapareceu ao seu redor, apenas consciente do garoto que se movia debaixo dele. Um segundo desejo o invadiu com força e teve a vontade de possui-lo naquele momento. Um aperto forte em seu pulso o fez voltar à realidade. Harry olhou para baixo e constatou que Draco estava furioso.
- Bela humilhação, Potter! – disse, com os olhos cinzentos frios e ele o empurrou com violência.
Harry observou Draco se dirigir ao vestiário com passos rápidos e se levantou para comemorar com a Grifinória a vitória. Mas depois daquele dia, nada foi como antes. Sempre procurava o loiro e seu dia se iluminava quando ele ria e se sentia mal quando ele parecia cabisbaixo ou preocupado.
Ron foi o primeiro a perceber que Draco estava mudado. Comentou que era estranho que o sonserino já não os perturbava e quase não era visto pelos corredores da escola. Para seus amigos, a trégua do loiro era uma benção, mas para Harry era uma tortura, porque não tinha nenhuma outra oportunidade de vê-lo e olhar para aqueles olhos que o perseguiam toda à noite.
Quando começaram a último ano, pararam de ter aulas juntos e Harry ficou desesperado por que só conseguia ver o loiro na hora do almoço. Afinal, Draco parecia ter sumido de todos os lugares.
Hermione foi, como sempre, uma grande amiga para ele. Escutou com atenção sua confissão quando já não conseguia mais esconder e ofereceu um ombro muitas vezes para Harry desabafar. Ela quem insistiu para que ele se envolvesse com outras pessoas para ver se esquecia Draco, mas nenhuma delas conseguiu. Como os namoricos eram rápidos, logo ganhou a fama de mulherengo e garoto irresistível.
O único consolo que tinha era ver Draco nos treinos e nas partidas de Quadribol. No ultimo ano, esperou com ansiedade o jogo contra Sonserina, afinal iria vê-lo. Mas para sua imensa decepção, apareceu outro apanhador. Draco não estava em lugar nenhum Tentou descobrir o que aconteceu com Draco, mas o apanhador não falou nada. Ficou tão furioso, que em menos de dez minutos, o pomo estava em sua mão e o jogo acabado.
Na festa de graduação, Harry observava cada passo de Draco, afinal sabia que não ia voltar a vê-lo. Começara a noite bebendo cerveja amanteigada sem dar importância às garotas que se aproximavam para convidá-lo para dançar. Apenas observava o outro com toda a atenção do mundo e praticamente o comia com os olhos. O loiro estava vestido todo de negro. A camisa de seda moldava perfeitamente seu tórax musculoso. O corte perfeito das calças realçava sas pernas bem-feitas e as nádegas definidas.
Distraiu-se um momento para pegar outra cerveja e quando voltou a observá-lo, ficou chocado. Blaise Zabini tinha passado o braço pela cintura de Draco e sussurrava algo no ouvido dele. O loiro riu com elegância e assentiu ruborizado. Harry teve que se conter para não partir a cara de Zabini quando ele beijou Draco apaixonadamente. O grifinório desviou o olhar da cena para que ninguém percebesse como isso o machucava.
Levantou e foi até uma garota que várias vezes foi falar com ele e, sem dizer uma palavra, levou-a para a pista de dança, tomou-a nos braços e começou a beijá-la com ansiedade enquanto imaginava que era Draco que estava em seus braços. Quando eles se separaram, a garota estava mais do que disposta a acompanhá-lo a qualquer lugar para ficarem sozinhos. Saíram juntos do baile e Harry se obrigou a não voltar a pensar no loiro.
Depois daquela noite, não voltou a vê-lo.
Harry e Ron entraram numa equipe de Quadribol profissional quando terminaram a escola, mas isso não o mantinha ocupado o suficiente. Sobrava muito tempo para pensar em Draco e não conseguia encontrar uma forma de tirá-lo do seu coração. Decidiu entrar para o Ministério como auror e aceitava as missões mais perigosas para ocupar sua mente. Quando não estava em missão, ajudava Ron nos treinos e fazia exercícios até que não tivesse forças para mais nada e conseguia dormir um sono sem sonhos.
Quando chegaram as notícias de que houvera uma fuga da prisão mágica da Bulgária e que os fugitivos estavam na Inglaterra, foi um dos primeiros a se oferecer para capturá-los. Seguiram a pista durante vários dias. Era importante detê-los o mais rápido possível, eles eram muito perigosos e assassinos cruéis.
Harry voltou ao presente quando Draco se moveu, gemendo. Voltar a vê-lo, fez com que mergulhasse tanto no passado, que havia até esquecido onde estava, e secou as lágrimas com rapidez. Não se dera conta que havia começado a chorar.
- Calma – murmurou Harry acariciando a face do loiro. – Tudo vai ficar bem.
Se antes ficou preocupado porque Draco estava gelado, agora ficou alarmado quando sentiu que ele estava muito quente.
- Está queimando em febre – disse angustiado e tratou de se levantar para chamar o medibruxo, mas seu pulso foi apertado com força.
- Blaise... Blaise –Draco disse com os olhos abertos, mas sem enxergar nada a sua frente – Blaise... Blaise, onde você está?
- Blaise está bem. – Harry mentiu, apertando os lábios, cheio de ciúmes.
"Com certeza estão juntos!" - Pensou cheio de dor no coração.
- Blaise... Blaise – Draco murmurava sem parar.
Harry libertou a mão e saiu correndo do quarto. Draco estava tranqüilo quando voltou com o medibruxo depois de alguns minutos. O homem o examinou e o fez tomar todo o conteúdo de um pequeno frasco.
- É um bom sinal que tenha recobrado a consciência. – comentou – Agora, temos que controlar a temperatura.
Harry ficou ao lado do medibruxo e o observava com atenção.
- Tem um homem do Ministério esperando para vê-lo aí fora.
- Obrigado.
- Como Malfoy está? – perguntou o homem que o esperava.
- Parece melhor. – Sentaram-se em umas cadeiras que ficavam no corredor – O que aconteceu com os búlgaros?
- Todos foram levados para país deles, aproveitando que estavam bêbados. – respondeu sorrindo – Alguns quase não se agüentavam em pé.
- Vou precisar dos nomes. – disse tentando soar indiferente.
- Logo te darei. – Assentiu com a cabeça e tirou um papel do bolso – Conhece Blaise Zabini?
- Sim, por quê? – Olhou-o desconfiado.
- Você se lembra que lançou um feitiço antes de entrar na casa? – Harry confirmou – Bom, você o atacou. Ele foi reanimado e interrogado no Ministério.
- O que ele disse? – perguntou ansioso.
- Parece que ele e Malfoy estavam passando uns dias na casa quando apareceram os búlgaros e entraram a força. Tentaram se defender, mas ficaram sem as varinhas. Parece que os búlgaros tinham "gostos especiais" em relação à companhia íntima e os obrigaram a beber muito para que não oferecessem resistência. Zabini disse que eles foram separados e quando ouviu Malfoy sendo espancado, atacou o homem que estava com ele. Lutaram pela varinha e acabaram fora da casa. Zabini deixou o búlgaro fora de combate e quando ia voltar para ajudar o amigo, você o atacou.
- Parece lógico.
- Sim. Encontramos o homem no local aonde ele disse e tudo confere, mas de qualquer forma, precisamos do depoimento de Malfoy.
- Está muito mal.
- Quando estiver melhor, devemos levá-lo ao Ministério.
- Me faz um favor – Encarou-o com firmeza – , atrase o depoimento dele em pelo menos uma semana.
- O quê?
- E consiga uma autorização para que ele permaneça na minha casa.
- Não creio que ...
- É só um suspeito, Jimmy, não é nenhum criminoso.
- Não sei...
- Eu sei que você pode. – Sorriu esperançoso.
- Farei o possível. – Levantaram-se das cadeiras – Você tem que ir ao Ministério fazer seu relatório.
- Irei mais tarde.
Jimmy aparatou e Harry voltou ao quarto.
- Tenho que me ausentar por algumas horas, doutor.
Aproximou-se de Draco e segurou a mão dele outra vez.
- Ninguém que não seja deste hospital tem autorização para vê-lo, entendeu? – Lançou um olhar que não aceitava recusas.
- Claro! Claro! – respondeu o medibruxo.
Aqueles lindos olhos verdes podiam ter uma expressão terrível quando Harry queria.
- Irei dar as instruções necessárias – E saiu rapidamente do quarto, deixando-os sozinhos.
Harry voltou sua atenção para Draco e acariciou seu rosto. Percebeu que a febre tinha cedido e ele dormia profundamente. Acariciou a boca do loiro, e o desejo de mordiscar-lhe os lábios, como queria desde aquele dia no sexto ano, voltou. Ele sabia que o outro estava doente, mas precisava beijá-lo, queria e ia fazer. Olhou rapidamente para a porta esperando que o medibruxo não voltasse e se inclinou sobre Draco. Aproximou seu rosto junto ao do loiro, sentindo sua respiração e aspirando seu perfume.
"Nada mudou!" – Pensou fechando os olhos se embriagando com seu aroma.
Alcançou os lábios de Draco e algo mudou dentro de si. Finalmente o beijava! Ao final, conhecera o sabor desses lábios suaves e vermelhos. Mordeu com suavidade o lábio inferior do loiro como sempre quis fazer e continuou beijando-o sem querer parar. Desenhou com a língua o contorno da boca de Draco e quando descobriu os lábios entreabertos, segurou a respiração. Beijá-lo era muito tentador. Pensou que Draco estava mal, que estava se aproveitando como os búlgaros fizeram, mas com a única diferença que Harry jamais o machucaria.
Antes que sua consciência o detivesse, Harry aprofundou o beijo e introduziu sua língua na boca de Draco e a explorou com ansiedade. Antes de separar, depositou pequenos beijos nos lábios inchados do loiro, pois não tinha se percebido que o beijara com tanta paixão.
"Você está a salvo, Draco" – Pensou enquanto voltava a beijá-lo – Nada vai machucá-lo, eu juro.
Nota do Grupo:
Estamos trazendo a vocês uma nova fic Harry/Draco. Torcemos para que vocês gostem.
E reviews tão são esperadas, por só através delas só sabemos se nossas escolhas de fics também agradam a vocês.
Os Tradutores
