As Aventuras dos Tão: NADA LEVARÁ O MEU AMOR

Capítulo 1 – "O peixe morre pela boca"

AUTHOR: Sygotsky e Lady K


Em homenagem ao primeiro aniversário do grupo Casa da Árvore e a todos os amigos que lá virtualmente residem.

Dedicado a todos os que lêem e escrevem fics mantendo TLW vivo.

DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão)


AVISO DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA(mais um): Se você não leu a História dos Irmãos Tão vai ficar mais perdido do que cego em tiroteio.

Também da grife As Aventuras dos Irmãos Tão: João Roquis Tão e o Pé de Mamão de Lady K e Um toque de finesse de Sygotsky & Lady K

AVISO IMPORTANTE: Esta é uma história (Segundo o Aurélio: "Recomenda-se apenas a grafia história, tanto no sentido de ciência histórica, quanto no de narrativa de ficção, conto popular, e demais acepções." Eu também não sabia. He!) de sangue (pouco), suor e lágrimas (muitas mesmo). Uma historia de sacrificio e redenção. Então, se você é sensível, tem problemas de coração, chora com facilidade, por favor, NÃO LEIA.

AVISO MAIS IMPORTANTE AINDA: As experiências contidas nessa história foram testadas por anos em ambiente controlado de laboratório por técnicos da Nasa. NÃO tentem reproduzir nenhuma delas em casa, crianças!

Algumas referências contidas nessa história são baseadas em acontecimentos reais. (É sério!)

Agradecimentos a TRexton, Lady, aos patrocinadores Motorola, Materiais de Construção Do Carmo, Toddynho, Cajá Pizza, Avon, Instituto Universal Brasileiro, Tok Stok, Bayer (fabricante dos deliciosos Sonrisal sabor laranja).


Quando os irmãos Tão caem seriamente doentes, Margarida e Melão serão capazes de arriscar suas vidas para salvar aqueles que tanto amam.


Com todos reunidos, as famílias alegravam-se com a oportunidade de passarem algumas horas deleitando-se com as companhias uns dos outros.

E lá estavam eles, saindo do ônibus da família.

João Roquis Tão e sua bela esposa Margarida Cruz Tão, e sua pequena prole: Os gêmeos João Júnior e João Filho (6 anos), as gêmeas Margarida e Marguerite (5 anos), os trigêmeos Artur, Conan e Doile (4 anos), os gêmeos Cherloque e Holmes (3 anos), e os também gêmeos Rakel e Uiliam-carinhosamente chamado de Uiu (2 anos).

Verônica Lei Tão e Eduardo Melão Tão: e os filhinhos Deivid (3 anos) e Genifer (1 ano).

Mas o impensável aconteceu. Uma tragédia se abateu sobre eles.

Durante a quermesse da prefeitura da cidade de Platô, com o objetivo de angariar fundos para a construção de uma sauna coletiva e piscina olímpica aquecida com câmara hiperbárica para as famílias carentes da cidade, alguém ofereceu a João e Verônica coxinhas de ricota com catupiri temperadas com um ingrediente secreto: CEBOLAS ROXAS (quem leu a História original da saga dos irmãos Tão sabe que eles são alérgicos àquela coisinha nojenta chamada cebola, e ainda mais às cebolas roxas).

Foi João quem primeiro sentiu os efeitos da planta venenosa, já que ao ser informado que era de graça (e um Tão jamais recusa nada que seja gratuito), tirou o chapéu e colocou todas as coxinhas que podia lá dentro. Embora em menor quantidade, Verônica também pegou uma porção bastante razoável, já que sua técnica de juntar os braços e equilibrar as coxinhas entre eles era impecável.

Juntos sentaram-se em um lugar sossegado longe dos filhos e de suas almas gêmeas pra não serem incomodados por ninguém.

E lá estavam eles. Fraternalmente unidos em um dos atos mais instintivos, elementares e antigos do ser humano, mesmo antes do surgimento do homo erectus: saciar a fome.

Resolvendo aproveitar melhor a noite de lua minguante em que as estrelas ornavam alegremente o céu, imperceptivelmente os irmãos começaram a caminhar cada vez mais lentamente... lentamente... lentamente...

Em um determinado momento Margarida, cercada pelos 11 filhos, e Melão com os 2 filhos no colo olharam para trás...

Onde estavam João e Verônica?

Ao retornarem, já preocupados, encontraram os dois sentados na calçada recém reformada pela prefeitura, com material de construção doado pela loja de materiais de construção Do Carmo.

Alarmado, rapidamente Melão tirou seu celular Motorola Razr V3 GSM com Câmera Integrada, Fone Bluetooth e Mobi do bolso e discou para a emergência solicitando uma ambulância, mas esta, com o sucateamento da saúde no local, e com a verba restante destinada para a construção de um viveiro para répteis voadores, não estava disponível.

Então, a família em pânico, cônjuges e filhos, em um esforço hercúleo, carregaram os irmãos, agora mais pesados, devido ao consumo excessivo de coxinhas, para casa.

Lá encontraram os amigos Finnel e Tribunus, para quem Margarida havia enviado um e-mail (usando o celular motorola Razr V3 GSM com Câmera Integrada, Fone Bluetooth e Mobi), prontos para ajudá-los. Acompanhados dos três filhos, eles levaram todas as crianças (16 ao todo) para a casa de João e Margarida, para que ela e Melão pudessem dar a assistência necessária a seus amados, confortavelmente instalados na casa da árvore.

Colocaram os irmãos no mesmo quarto com camas e armários da Tok Stok que haviam ganhado em uma rifa. Usavam lençóis de percal de no mínimo 180 fios, porque como todos sabem, nesse tipo de material é mais difícil de aparecerem aquelas bolinhas nojentas que incomodam na hora de dormir.

Os enfermos tremiam, de suas bocas saiam sons ininteligíveis e o suor escorria pelos rostos dos irmãos.

Melão e Margarida estavam assustados, mas aproximaram-se tentando entender o que eles diziam e após um momento finalmente compreenderam estarrecidos o que havia acontecido ao decifrarem uma única palavra dita em uníssono pelos irmãos.

"Ce... bo... la" - gemeram eles.

Neste momento, Jorge C, que havia feito curso de medicina à distância em um ano pelo Instituto Universal Brasileiro, e fora chamado às pressas, chegava.

Examinou as pupilas de Roquis Tão e pensou por alguns segundos.

Depois voltou-se para Verônica, deitada praticamente imóvel.

"Preciso fazer um exame completo nela. Ajudem a tirar as roupas."

Melão levantou a sobrancelha esquerda - "Mas você não acabou de examinar João? Ela está com o mesmo problema."

O Dr. Jorge C irritou-se.

"Você pensa que vou fazer isso por que gosto? Eu sou um médico diplomado e meus pacientes são assexuados para mim."

Foi a vez de uma desesperada Margarida interferir.

"Por favor Dr. C, então faça um exame completo no meu João" - ela adiantou-se já começando a despir o marido enfermo.

"Pare!" - Jorge gesticulou - "Deixe que eles descansem. Vamos conversar reservadamente." - disse já puxando os dois para um canto mais afastado, enquanto os irmãos caiam em um sono povoado de pesadelos em que se viam perdidos em uma imensa plantação de...

Margarida e Melão perceberam a gravidade da situação apenas observando a expressão contrita de C.

As lágrimas dançavam nas pálpebras do rapaz e da mulher, mas se recusavam a cair. Tinham que ser fortes para escutar aquilo que gostariam de se recusar a ouvir.

"Fale Dr. C. Por favor. Diga a verdade. Não esconda nada."

"Lamento informar que a situação é crítica."

"Nnnnnãããããooooo!"

"Temo dizer que eles sofreram uma inequívoca ingestão de um vegetal da família das liliaceae que normalmente não provoca nada mais do que uma alteração no hálito de quem a ingere, mas em pessoas alérgicas é mortal. Eles foram envenenados pela ingestão de allium cepa."

Margarida e Melão arregalaram os olhos, impactados com o impacto do que lhes foi dito.

Jorge alisou a barba loira avelã com olhar pensativo.

"Uma coisa me intriga." – disse o cientista, ex-presidiário, biólogo, médico, perfumista, e futuro veterinário (Jorge C havia decidido prestar vestibular para veterinária após adotar uma cadelinha abandonada a quem dera o nome de Leidi).

"O que?"

"Essa alergia só ataca pessoas extremamente inteligentes. Mas para toda regra existe uma exceção, não é?" - olhou na direção das camas onde estavam os irmãos. – "Neste caso duas."

"Mas eles ficarão bem, não é?" – soluçava Margarida. Jorge a encarou sem saber se ela aguentaria a verdade.

"Diga Dr. C. Sonrisal sabor laranja vai fazer com que melhorem." – soluçava Melão. Jorge o encarou sem saber se ele aguentaria a verdade.

Naquele momento C, tinha uma decisão difícil a tomar. Contar toda a verdade aos dois e talvez matá-los do coração antes mesmo dos enfermos, ou deixar que permanecessem na ignorância esperando o inevitável.

"Margarida, Melão. Eles foram envenenados de uma forma tão cruel como jamais vi antes. E além de conter cebolas roxas as coxinhas também eram de péssima qualidade."

"Por favor, Jorge, diga o que podemos fazer."

"Deixá-los confortáveis e esperar o inevitável"

"Você diz..." – O queixo do rapaz e da mulher tremiam ao tentarem conter o choro compulsivo que ameaçava consumi-los.

"Sinto muito."

"NNNNNNNNNNÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOO!

CONTINUA...

Enxuguem as lágrimas e REVIEW... REVIEW... REVIEW...