Esperança

No lodaçal deste mundo de tristeza
A alegria já não quer aparecer
E a desgraça deste mundo de avareza
Só faz tudo à minha volta enegrecer
Dia após dia é só fome e miséria
O ar em volta já não dá pra respirar
À minha volta é só tragédia e mais tragédia
No ser humano não se pode confiar
Mas cada um de nós conhece tão pouco
Para dizer que algo bom não há
Um dia a luz irá surgir no fim do túnel
No início fraca, mas depois se espalhará
Por mais que tudo à nossa volta esteja negro
Esse fiozinho de esperança restará
Na sua força se reflete, qual espelho
E para ele sempre eu poderei olhar
Cândida estrela que reluz em minh'alma
Tua candura é tão áurea e maravilhosa
Na podridão de tudo nasce a tua rosa
E toda a corrupção pode apagar
Pode ser que o mundo continue ruim
E a maldade tão cedo não se extinguirá
Mas a esperança que carregas é sem fim
E nunca, nunca, nunca se apagará!
Ó cândida luz!
Tão branca infinda, reluz!
A ditosas sendas conduz!
E assim nossa dor reduz!