Kalispera!!
Ti kaneis?
Essa é
minha primeira fic em um site. Eu nunca sei como nomear minhas fics,
então o nome não importa, mas acho que "New Saints"
passou mais ou menos o que eu queria que passasse. Bom, já
aviso que essa fic é yaoooi, leeemon, hentaaai, au,
pirada, chata e sem graça como a dona.
Mas
agradeceria muitissíssimo se vocês lessem e
enviassem reviews - Se não for pedir muito, claro
/o/
Ah, cada capítulo vou tentar nomear com uma língua
diferente (se meu conhecimento permitir).
Esse primeiro é
grego, em homenagem ao Milo, que é o primeiro a aparecer em
cena!
"File
Mu, Erotas Mu" significa "Meu amigo, Meu amor"...
Sem graça,
né? xp Bom, eu avisei. Espero que eu me solte mais no lemon...
Nunca fiz um/o/
PS: Tive que repostar a fic, porque eu ratiei
errado aqui, delataram e deletaram /o/
Signooooom
+some+
Cap. 01 – File Mu, Erotas Mu…
Milo entrava sorrateiramente pela 11ª casa zodiacal. Sabia que Camus estaria ali. Parou frente à porta. Seus músculos ardiam de excitação. Abriu delicadamente a porta, evitando qualquer ruído. Estava escuro lá dentro, o que provava que o francês já dormia. Passou sorrateiramente pela sala, apenas iluminada pela lua lá fora. Uma grande e iluminada lua cheia. Entrou no quarto do aquariano, vendo seu corpo subir e descer, acompanhando a respiração do mesmo. Se aproximou mais, a ponto de estarem face a face... Queria beijar o francês... Queria dormir com ele... Queria...
PIPIPIPIPIPI
- YÁ ÓNOMA TU THÉE(0)!!! – esbravejou tacando o despertador longe. – Pô, logo agora que eu ia beijar o Camus, porcariaaaa!!! – enfiou a cabeça no travesseiro com força.
Era sempre assim, a mesma coisa toda manhã.
Levantou, tomou banho emburrado, se vestiu o mais relaxadamente possível e foi para a cozinha. Lá pegou uma barrinha de cereal porcaria e começou a comer com má vontade. Esse negócio de ser saudável não era com ele. Pegou o controle da mesa e ligou a tv.
"Ei você! É, você mesmo! Você está cansado de ser chutado por aquele que ama? Peça para os astros ajudarem voc.."
Desligou. E quase tacou o controle longe. Só não o fez porque a outra mão pensou mais rápido e foi uma meia barrinha que voou pela sala. Até parece que os astros iam ajudá-lo a derreter um cubo de gelo como Camus.
- Mas nem que eu mandasse o Camus pro sol derretia o gelo dele! Porcaria de tv burra... – suspirou, recolhendo os restos de barrinha do chão. - Mas peraí... – levantou. - Pensando bem, eles tão certos! Vou pedir ajuda à 12ª casa zodiacal! – afinal, Peixes sempre tivera um bom conselho a lhe dar.
Começou a se animar a tal ponto com a idéia que até decidiu colocar uma roupa mais apresentável. Aliás, desde que 'ela' se mudara pra lá, nunca mais vira os cavaleiros andarem desleixadamente só de cueca nem se quer em suas próprias casas. Vestiu uma calça justa preta, uma camiseta escarlate com detalhes em branco e preto. Prendeu os cabelos num meio rabo de cavalo alto e colocou um tênis. Podia cair na night assim, e sabia disso.
Saiu de casa apressadamente, passando pela 9ª e 10ª casa correndo, quase não reparando no cumprimento do espanhol que varria a casa de Capricórnio enquanto cantava algo como "Aiaiaiai... Aiai mi amor... Ai mi morena de mi corazon..."(1). Parecia já ter ouvido aquilo em algum filme do Banderas qualquer, mas resolveu ignorar. Lançou-lhe um 'Kalimera!'(2) e um aceno de mão rápido e foi-se embora.
Olhou pra dentro da 11ª casa, mas pelo visto, o aquariano devia estar ausente. Seguiu mais que depressa para a casa de peixes, lar da mais nova moradora do santuário.
-+-+-+-+
Tempos atrás rolava um boato de que Afrodite estava treinando uma amazona em sua casa, e que ela levava jeito pra coisa, evoluindo rapidamente. Mas foi surpresa geral quando a notícia se oficializou e o pisciniano passou a casa pras mãos da jovem e foi morar na 4ª casa zodiacal. Uma notícia que não agradou nem à riquinha e mimada reencarnação de Atena; nem ao Saga, que, como Mestre do Santuário, deveria ensinar todas as regras à garota; e muito menos ao próprio Máscara da Morte, morador e dono da 4ª casa zodiacal.
-Cazzo
dio(3), Afrodite, como vai fazendo as coisas assim?? Ché
scopata!(3) HAE!$& - bradou num tom que até os
brasileiros mais entretidos no carnaval carioca puderam ouvir.
É
claro que isso só ocorreu na 1ª semana. Afrodite, mais do
que ninguém, sabe como acalmar um italiano infernal sem ser
levado para o inferno.
Resumindo:
Afrodite simplesmente acordou um dia e disse: "Vou morar com o
Carlo.". E assim o fez.
Os cavaleiros tiveram receio de ter uma
mulher entre os guerreiros das 12 casas, por machismo e vergonha. Ela
morava na última casa! E se, por descuido, acabasse vendo o
que não devia? Sabe como é... homens, quando moram com
outros homens, às vezes são mal-educados, briguentos,
esquecem de baixar a tampa do vaso, esquecem de vestir camisa... No
caso do Milo, esquece de vestir a roupa toda.
Mas esse medo de todos passou logo depois da primeira reunião geral feita no santuário. A começar, a amazona aparecera sem máscara à reunião e todos que a viam imploravam por desculpas. Sua expressão inexpressiva deixava os cavaleiros ainda mais apreensivos. Assim que a reunião começou, Saga pediu que Afrodite se levantasse junto à amazona e a apresentasse.
- Hnf... – fungou. - Essa é Venus Velacquéz, minha ex-aprendiz e agora, dona da armadura e da casa de peixes. Preciso falar mais? – Se deparou com a cara séria e desgostosa de Saga e continuou. – Ehm, ok, vamos ver... Ah, darling, há algo que gostaria de dizer?
- Há sim senhor, mestre. – disse impassível.
- Pois diga... – e cutucou-a de leve, cochichando. – "e diga mais alguma coisa, antes que o Saga tenha um pití. Vou me sentar ali." – e saiu.
- Muito bem. Vi que muitos dos cavaleiros me pediram desculpas por me verem sem máscara, mas não se preocupem. Ao aceitar me tornar cavaleira de peixes, deixei de ser amazona, não preciso mais da máscara desde então. Mestre Afrodite me treinou e a armadura aceitou-me como guerreira. – ajoelhou-se em frente à Saga e Saori, numa grande reverência. – Peço que me aceitem assim como a armadura, e que me tenham como uma amiga. – Levantou.
Os rostos de Saga e Saori estavam impagáveis. Nenhum cavaleiro jamais fez menção de pedir permissão para ser cavaleiro das 12 casas. Nem mesmo o educadíssimo Camus. E se a armadura a aceitou, foi por algum motivo, e sendo assim, não poderiam dizer não.
Venus agora era oficializada perante Atena e seus guerreiros, a 12ª cavaleira.
-+-+-+-+
Milo, chegando à casa que cheirava a rosas vermelhas – talvez por influência de Afrodite – notou um certo chiado, mas mesmo assim, adentrou à casa da garota sem bater. Tinham se tornado bons amigos, assim como a maioria dos cavaleiros. A menina muitas vezes fazia o papel de mãe dos cavaleiros que ali moravam, outras de irmã, outras de melhor amiga, outras de mulher. E isso deixava uma Saori Kido fervendo de raiva e inveja.
O escorpiniano foi entrando na casa folgadamente, pelos caminhos já conhecidos e chamando pela cavaleira. Ao entrar no quarto, percebera que o chiado vinha do banheiro, provavelmente a garota estava banhando-se. Mais que depressa, Milo fez aquela cara de malícia e deu mais uns dois passos em direção à porta. Pelo visto, a menina ainda não o notara e mais! Estava cantando, o que indicava que provavelmente ela estava totalmente distraída. Deu mais um passo à frente. Afinal, uma amazona não devia ser de se jogar fora! Ao dar mais um passo, estava quase com a cara na porta entreaberta, quando de repente sentiu algo estranhamente viscoso se emaranhar em suas pernas e em um segundo, Milo estava erguido de ponta cabeça por ela.
- Aaargh!! Venuuus!!! Milady, me ajudee!!! AAaarghh!! Tira essa coisa nojenta do meu pééé! Faz esse projeto de papa-mosca me soltaaar!! – gritava enquanto era carregado pra dentro do banheiro pelo que parecia ser um cipó de planta bem maior que o normal.
- Ah, olá Milo. – disse de costas fechando o chuveiro e vendo quem chegara. - Como estava no banho, ordenei à Melody que zelasse por mim. Mas confesso que não esperava que você viesse à minha casa só pra me espiar.
- 'Melody'!? – Falou com sarcasmo. – Essa joça tem nome??
- Essa joça não irá te soltar até que eu ordene... E se irritá-la demais, ela pode se rebelar ao meu comando e te deixar mais um bom tempo de cabeça pra baixo♫. – ao cantar essa última palavra, 'Melody' chacoalhou um pobre Milo já tonto de tanto sangue na cabeça.
- Entaxei! Entaxei!(4) – implorou Milo. – Desculpa Melody, agora ME SOLTA!
- Agora mesmo, petit ♫ - um som doce preencheu o ar. Milo se sentiu tranqüilo e leve como nunca em sua vida. A planta levou-o até o chão bem devagar e se soltou de sua perna levemente para voltar para onde quer que o resto dela estivesse. – E então, estava me dizendo porque veio... – disse vestida sob a toalha, que Milo nem soube como fora parar no corpo dela. Seus úmidos cabelos cacheados e róseo-rubros caiam por sobre a toalha de maneira sensual. E ainda havia aquele cheiro de rosas.
- Eh... sim, é verdade... – disse, voltando a si ao pensar no motivo que o levara até a casa da amiga. – Venus, quero que me ajude a... você sabe... quebrar o gelo com uma pessoa... E quando digo quebrar o gelo, é mais literal do que metafórico.
- Hm... Quer que eu te ajude a conquistar o Camus...
- Oxi, Oxi!(5) Eu não disse isso!! – cortou rapidamente, sentindo suas faces corarem mais que os cabelos da pequena garota à sua frente. – Quero apenas que...
- Milo... Se quer que eu te ajude, tem que me dizer a verdade. – disse impassível e nessa hora, apesar dos cachos que mais pareciam de Milo, algumas vezes ela era a personificação do humor de Camus.
- ...
- Hăojíle!(6) Agora, vamos ao plano... Você vai aproveitar essa roupitcha e vai lá embaixo e chamar o Camus pra jantar. Depois...
- Calma, calma, péra lá... QUEM DISSE que o senhor "eu sou anti-social" vai aceitar jantar comigo pra começo de conversa?
- Hm... Agora você falou uma coisa certa... – respondeu franzindo o cenho e indo pra trás de um biombo se trocar. – Não sabe de nada que amoleceria o Camus?
- Se eu soubesse não teria subido até aqui! Bah... Sei lá, viu. Aquele homem é impossível... A última vez que o chamei pra sair comigo ele começou a soltar aqueles palavrões em francês que eu não entendo e nem faço questão de entender... Foi de merde pra cima...
- Aonde você disse que ia levá-lo? – disse, enquanto jogava a toalha azul clara por sobre o biombo.
- Na Cats(7). – disse com a inocência de uma criança de três anos.
- Ah, claro... Milo, devo bater-lhe agora ou depois? – respondeu ríspida, olhando pela lateral do biombo a cara do grego, já que sua altura não a permitia olhar por cima deste.
- Mas o que foi de errado? Eu, Deba, Aioria, Shura, Máscara e até o Dite e o Shaka às vezes vamos lá para nos divertirmos!
- Você acha que o Camus é o tipo de cara que iria numa balada gls? Aliás, você acha que o Camus curte uma balada?
- Acha que escolhi o lugar errado? – disse tristemente, sentando-se na cama de lençóis brancos da menina.
- Se eu acho?... Eu tenho certeza... – saiu descalça de detrás do biombo, vestindo agora um vestido levemente rodado e rubro, com a cintura fina e justo ao corpo em cima. O vestido lhe deixava com um jeito jovial, mas ainda assim ciganamente sedutor. – Olha, Mi darling, eu acho que o Camus aceitaria mais fácil, se você o convidasse pra ir, tipo assim, num restaurante... num museu... ou ao cinema...
- Bah, mas mesmo assim, acho que ele não aceitaria...
- É, ainda não tivemos uma idéia que prestasse...
- Vou chegar lá e ele vai ficar falando aquele monte de tralha em francês e eu vou sair de lá com a cara no chão... – disse cobrindo o rosto com as mãos.
- Milo! É isso! – a menina apoiou os braços nos ombros do rapaz.
- Isso o que?
- Você não só vai chamar o Kamyu pra jantar, como vai convidá-lo em français(8).
- Você pirou menina?? Eu sou grego.. Não sei uma palavra de francês... A não ser 'merde'.
- Eu podia te ensinar a...
- Não, corta essa. Eu não vou aprender francês em 24hs.
- Eu sei que não, quer me escutar?? – o grego olhou pra cima emburrado e cruzou os braços. – Obrigada. Não vou te dar um curso de francês. Vou apenas fazer você aprender algumas frases. Só pra impressionar... – piscou sorrindo.
- E você acha que isso dará certo? – olhou torto.
- Eu acho. Não... Tenho certeza! Você vai lá agora falar com o Kamyu... – se ergueu, arrancando um fio ruivo de cabelo.
- Ah, claro. E eu vou desatar a falar francês com ele como, filha?
- Simples... Eu vou! – pegou o fio arrancado e amarrou no bolso da calça escura de Milo, sem ligar pra cara de descrença do mesmo. – Agora vá até lá. E depois desça à 3ª casa e manda o Kanon vir aqui. Vamos tratar do seu jantar.
- Mas eu nem sei se ele vai aceitar!
- Ele vai sim. – disse confiante. – Depois te mando mais umas frases clichê antes de vocês saírem, junto com a conta dos meus serviços. – piscou sorrindo.
- Se você me fizer pagar mico, ô trapezista de circo de pulgas, eu te mato. – disse se levantando e caminhando até a porta.
- Anata no tame ni utatteimasu(9), Milo... – disse ao ver o grego saindo pela porta.
-+-+-+-+
- Cara, quantas línguas essa nanica fala?! - Gritou Milo já lá fora, sem poder ver a garota sentar na cama, unir os dedos e começar a cantar bem baixinho.
- Bah, eu vou é pra minha casa... Venus é uma boa amiga, mas pira às vezes, tadinha... – disse um Milo descrente, ao passar pelo portal da casa de Aquário. Chegou perto da porta de Camus e quase bateu, mas se conteve. – "Ele vai é curtir muito com a minha cara" – pensou. E quando ia saindo, a porta se abriu.
- Milo, queria falar comigo? – o olhar gélido do francês cortou a voz do grego. Por que ele tinha que ser tão... Frio?
- Anh... Como você sabe? – disfarçou.
- Senti seu cosmo próximo da minha porta e decidi abrí-la. Algum problema, mon ami(10)?
- Não, nenhum, é que... – de repente, ouviu uma canção quase inaudível encher seu peito de confiança. Ao mesmo tempo, não conseguia ter controle de seu corpo. Era como se tivesse tomado aquele porre, mas muito mais gostoso.
- É que..? – repetiu o francês, se apoiando na porta sensualmente, mas ainda sério.
- "É que eu acho que fui rude te convidando pra ir à boate noutro dia, e queria me desculpar..." – As palavras saiam de sua boca, mas não era ele quem falava. Mas o que diabos... Claro… Era Venus.
- Esquece isso, Milo. – disse sério fazendo menção de fechar a porta.
- "Français..." – disse, vendo que Camus desistira de fechar a porta na cara dele. - Est-ce que vous voulez dîner avec moi(11)?" – proferiu e nem acreditou na cara de surpresa que o aquariano fez.
- O... o que disse, Milo? – a cara de Camus chegava a ser cômica. Era possível ver que conseguira arrepiá-lo com aquela frase só de ver seus braços desnudos.
- "Est... Est-ce que vous voulez... dîner avec... moi?" – repetiu e viu Camus arrepiar-se mais uma vez.
- Quem te ensinou isso, Milo?
- "Eu aprendi só pra poder te convidar. Ah, vai! Eu venho aqui, aprendo francês e você nem responde ao meu convite?" – disse fazendo biquinho. Pelo visto, o plano de Venus dava tão certo quanto os de Afrodite. Eram unha e carne.
- Très bien(12), Milo... À qual restaurante vamos? – disse desviando o olhar, com um visível rubor nas faces pálidas.
- "Isso é um sim?"
- Oui.
- "Vamos ao 'Jerome Serres(13)', perto do centro velho de Atenas City. Pode ser?" – Milo quase saltava de felicidade. Ainda bem que estava paralisado.
- Hm... Boa escolha. Nos encontramos às oito, na porta da sua casa.
- "Entaxei! Oito horas, na oitava casa! See you later, Mon ami!" – disse saindo da casa de Aquário, e descendo para a de Gêmeos falar com Kanon, como Venus pediu. Faria qualquer coisa pela menina depois do presente que lhe dera.
-+-+-+-+
- Geia sa(14)...?
- Kanon?
- Não. A vó. Bateu em que casa, Milo?
- Ta estressado, é?
- Você me acordou.
- Não tive culpa. Venus pediu pra você ir lá na casa de Peixes. E disse que era urgente. – mentiu.
- Hn... Ela não disse o que era?... – encarou Milo, mal humorado. Ser um dos melhores amigos da pisciniana às vezes incomodava. - Que sorriso besta é esse?
- Se troca aí que eu te espero. Tenho certeza que se eu for embora agora você vai deixar a coitada esperando. – disse empurrando o geminiano pra dentro. – E vê se bota uma roupa bonita, não os trapos dos treinos.
Minutos depois, um Kanon emburrado, vestindo um jeans azul escuro e uma camiseta justa branca de mangas longas azuis com detalhes em preto e azul escuro passou praguejando em grego pela porta.
- Uuh, tá gatão, hein! Agora vam'bora que eu tenho que me preparar pra hoje à noite. – disse guiando o outro grego pela escadaria rumo à casa de câncer.
- Cale a boca. Não estou de bom humor.
Subiram as infinitas escadas, vendo cenas no mínimo estranhas, como rosas na casa de câncer (tá, essa não era mais estranha há um bom tempo) e Shaka e Mu conversando animadamente na porta da casa do loiro sobre banalidades enquanto tomavam chá com bolachas quase encostados um no outro. Logo, Miro chegava à casa de Escorpião, mas para Kanon ainda faltavam quatro desempolgantes lances de escada pela frente.
Enquanto passava pela casa de Sagitário, Kanon viu mais uma cena estranha. Shura varria a casa do vizinho, cantando e dançando com a vassoura em intervalos regulares. O espanhol realmente não batia muito bem da cabeça. Já o vira várias vezes na casa de Aioros, mas dificilmente via Aioros na casa de Capricórnio. O pensamento que se seguiu foi tão estranho que resolveu apressar os passos, passando o mais rápido que podia pelas duas casas. Só se acalmou quando viu a entrada da casa de Aquário à sua frente. Camus devia estar lendo algum livro pra variar, e não 'encheria o saco' de Kanon com perguntas como por que está indo ao topo do santuário.
Mas Camus não estava lendo, e estava sim encostado no pilar de saída de seu templo de braços cruzados. Olhava Kanon com um olhar gélido, típico do francês.
- Kanon.
- Diga logo, Camus. Estou com pressa. – respondeu, tentando cortar a conversa.
- Vai passar pela casa de Peixes?
-+-+-+
Venus terminava de secar seus cachos e os prendia com um laço de fita, contente pelo seu plano ter dado certo. Passava um brilho leve e purpurinado nos lábios quando ouviu batidas na porta. Soou uma melodia e esta se abriu.
- ♫.
- Venus...
- Ah, entre, mein freund (15)!
- …
- … Kanon?
- Falou com o Camus hoje?
- Hm... não, por quê?
- Ele te mandou um recado.
- Ah, é? Qual?
- Disse que da próxima vez que você der uma de professora de francês, haverá uma 'Venus de Milo'(16) de gelo na entrada da casa de Peixes.
- Wooohohohoh, então ele gostou do meu presente!
- O que você aprontou, hein Venus? Vai acabar levando uma aurora na cabeça.
- Como você é bobinho.. – falou. – Se Camus tivesse realmente ficado bravo, ele não avisaria antes. Ele simplesmente faria. Agora venha, vou lhe contar o que faremos hoje.
(0) Yá ónoma tu Thée! (Grego) – Pelo amor de Deus!
(1) "Aiaiaiai.. Aiai mi amor... Ai mi morena de mi corazon..." (Mus) – Cancion Del Mariachi, tema do filme "A Balada do Pistoleiro", cantada por Antonio Banderas.
(2) Kalimera (Grego) – Bom dia.
(3) Cazzo dio / Ché scopata! (Italiano) – não vou traduzir porque é palavrão u.u.
(4) Entaxei (Grego) – ok.
(5) Oxi (Grego) – Não.
(6) Hăojíle (Chinês) – Ótimo.
(7) "Cats" (Cwb) – Cats é um bar gls de Curitiba. Não tive criatividade e coloquei esse mesmo apesar de não morar mais lá.
(8) Français (Francês) – Francês.
(9) Anata no tame ni utatteimasu (Japonês) – Estarei cantando por você.
(10) Mon ami (Francês) – Meu amigo.
(11) Est-ce que vous voulez dîner avec moi? (Francês) – Você gostaria de jantar comigo?
(12) Très bien (Francês) – Muito bem.
(13) "Jerome Serres" (Atenas) – Esse restaurante existe. É um restaurante francês perto da Acópole, Filopapou e Astreroskopio, no lado clássico de Atenas.
(14) Geia sa (Grego) – Olá.
(15) Mein freund (Alemão) – Meu amigo.
(16) "Venus de Milo" (Art) – Obra grega. A estátua representa a deusa Afrodite/Venus, e não tem os dois braços. Atualmente está no Museu do Louvre (França). Quis fazer uma tiradinha com Venus/Milo/França/Camus...
