Diário de um vampiro.
Obs: Bom pessoal sei que o titulo faz lembrar uma serie de tv, mas creio que não tenha nada relacionado com a serie, pois nem assisti-la eu a assisto...
Essa é mais uma historia de minha autoria espero que vos agrade e se assim o for comentem, pois dependendo do reconhecimento que ela a ter eu continuo, sem mais delongas... Saboreem...
Capitulo 1 – Vazio.
As arvores da Floresta há muito tempo era minha única companheira fiel e compartilhadora de meu real segredo. As arvores com seu jeito único de se enrolarem uma na outra, trazia consigo naquele movimento um ar sombrio que era mais do que bem vindo. Minha alma não era muito diferente daquele lugar, com seus temores, medos e segredos sombrios. Corri pela copa das arvores: caçando. Meu instinto não me enganava: minha presa estava próxima. Cheirei o ar e senti o cheiro de carne fresca, se fechasse os olhos poderia até me degustar do barulho do sangue coagulando pelas artérias do animal, sorri de forma faminta. Andei com cautela, meus instintos todos aflorados. Lá estava o centauro-jovem, sozinho, desprotegido de seu rebanho, um erro tinha que afirmar, pois já não havia uma criatura que habitasse aquele lugar que não sentia minha existência ali. Era temido e de alguma maneira isso me fazia sentir asco de mim mesmo, mas ficar sem me alimentar era suicídio, não tinha escapatória, era uma estrada de apenas uma mão, ou caçava e saciava minha sede insana ou morria. Mas como podem ver morrer não estava em meus planos mais distantes.
A presa se retraiu, sentira minha presença. Tinha que agir agora. Com um movimento rápido e mortal, o centauro nem viu de onde veio o ataque, só se contorceu debaixo de meu corpo menor, porém bem mais forte. Sem nem uma cerimonia, ou tortura acabei logo com aquilo, perfurando seu pescoço com meus dentes finos, o sangue fluiu como um baquete sendo oferecido por meu pior inimigo, mas mesmo assim o aceitou de bom grado desfrutando como um animal que era. Saciei minha sede-insana até a última gota mais refinada de autoflagelação. Como se pudesse esconder o que era: com um aceno de minha varinha eu enterrei o corpo imóvel que se encontrava caído aos meus pés. Como se não pudesse tão pouco me sentir mais miserável: Chorei perante o tumulo da criatura que eu mesmo matei.
Termino meu dia nessas poucas palavras, sei porem que não deveria escrever tão pouco sobre coisas assim, mas o faço para que ao reler me lembre do que realmente sou. Um Vampiro.
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O castelo há muito tempo já não lhe trazia ar de conforto. Em cada corredor que virava, esperava ver um ataque eminente a sua pessoa, porém sabia que pensar assim não lhe fazia bem algum. Mas fazia eras que não pensava em seu conforto de espirito e corpo. Hermione lhe dizia que precisava de férias, mas ficar sozinho em um lugar onde não conhecia ninguém não era a melhor coisa no momento. O perigo já não existia mais. Mas como Dumbledore lhe disse: "A raiz fora podada, mas nem por isso impedimos dela ter vindo a botar frutos e geminar sua semente.". Sua cabeça no mercado negro, como gosta de falar lembrando-se de filmes trouxas, estava no leilão com a oferta mais alta. Sorriu para a noite, melancólico. Um assassino estava morto, mas boa parte de suas mudas estavam por ai, colocando o terror em cada cidadão não magico. A Floresta Proibida lhe saudou com um vento gostoso lhe tocando a face com carinho.
Sete anos ali e mesmo assim se surpreendia com cada canto que veio a lhe passar despercebido. Como aquela sacada que agora estava e que nunca a havia notado antes. Com sua visão para a Floresta e o lago, logo atrás. Porem o que mais lhe chamou a atenção foi as duas estatua de leão, postadas uma de cada lado, como guardiões daquele lugar, em cima do muro. Mesmo tão fascinado não se prendeu nos detalhes, estava tarde, amanha teria sua primeira aula daquele ano tinha que dormir. Deu meia volta e se retirou para seu dormitório de sempre, com as mesmas pessoas e as mesmas camas. Respirou entediado ao se deitar em sua cama e ali adormecer.
*****H****
Harry acordara extremamente péssimo aquela manha de Setembro, não dormira o necessário. Sentiu alguém lhe tirar as cobertas e seu coxão ser movimentado com rudez pelos pulos incessantes de Rony que gritava seu nome fazendo seus companheiros de quartos resmungarem em seus casulos. Abriu os olhos com o maior brilho mortífero que poderia juntar naquele período da manha e deferiu em seu melhor amigo que ainda pulava.
_ Rony, chega. – disse firme lhe passando uma rasteira e o fazendo cair. Simas, Neville e Dino riram da cena. Mas Harry não, que se levantou e sem olhar para ninguém pegou a toalha de cima da cadeira próxima e rumou para o banheiro retirando cada peça de sua roupa em uma calma irreal.
Entrou no Box, abriu o chuveiro na temperatura mais alta, mesmo sendo Setembro e o calor ainda o sufocava de alguma maneira, aquilo não aconteceu àquela manhã ao acordar. Sentia frio, porém sabia que era inútil tentar fazer a agua esquentar mais do que podia, não era seu corpo que precisava de calor, era sua alma. Mas a cura, ainda não havia descoberto. Saiu e terminou de se vestir ignorando as tentativas de Rony de se fazer ouvir com seus sermões dispensáveis. Pegou o pequeno caderno trouxa que escondia debaixo do travesseiro e rumou para o agora 'seu' lugar, ali mesmo naquele andar do castelo escondido por duas estatuas uma de um leão e outra de um homem com uma espada. Sabia porem que ninguém ia até depois da entrada da torre da grifinoria, aquelas duas estatuas em questão tampavam a pequena e frágil porta de madeira que ali se escondia naquele pequeno espaço.
Sem cerimonia se colocou para dentro de seu esconderijo e debruçou-se sobre o terraço e olhou a Floresta ainda mantendo seu ar de independência e mistério. Queria ser como ela, pensou. Misteriosa e independente, de alguma maneira eu também era independente, não da maneira que queria; todos ainda tomavam decisões por ele, todos ainda lhe diziam como se portar, mas ainda era independente... Não, mentira! A palavra certa talvez fosse: sozinho. Riu, para o ar ameno que lhe acalentava a face, um riso seco sem vida, como sua alma. Realmente era sozinho, mesmo com uma vozinha incessante e chata lhe gritando: 'Você ainda tem seus amigos. ' e realmente tinha, mas de alguma maneira aquilo já não bastava mais.
Sentou no chão de pedra fria e encostou-se à parede e abriu o pequeno caderno em suas mãos, pegou a pena carregável de seu bolso e pôs a desabafar da única maneira que conseguiu depois que todo seu mundo deu um giro de 360° novamente.
Sei que devo estar parecendo um garoto fresco reclamando: 'Meu Merlim, como a vida é injusta comigo? E blá, blá, blá...
O vazio voltou essa manhã, não deveria me importar com ele, mas ele bate fundo em meu coração com suas unhas de ferro ferindo, machucando, fazendo sagrar sem piedade ou tempo para consolo. Não reclamo, pois o mereço. Recebo de bom grado cada dor que assola meu peito e arrebenta minha alma. Amigos me dizem que isso vai passar, mas me pergunto se eles sabem do que falo? Se eles sentem como se sua alma a cada dia que você acorda fosse arrancada aos poucos de seu corpo? Acho que não... Seus mundinhos estão intactos e salvos por suas mentes criativas, da qual fascinam seus olhos com coisas irreais e irrelevantes. Mas quem sou eu para lhes tira, talvez a única coisa que os fazem sorrir? Quando que para mim já não surte mais nenhum efeito.
Estou doente e sei disso, porem não sei o nome que dou para essa doença e tão pouco sei sua cura. Mas ela me mata aos poucos, como veneno que corre nas veias bem lentamente te dando a oportunidade de suplicar pela morte e se fazer perguntar: por que vivo?
Sei que tenho a resposta, mas a renego. Ela já não me importa mais. Mas quando vejo certos olhos ai eu sei que jamais partirei sem que assim seja a vontade de alguém maior que eu mesmo.
...
Espiou por entre os pilares da sacada e viu estudantes indo em direção as estufas, fechou o caderno e o deixou ali mesmo, o almoço voltaria para lá novamente. Sem demora saiu correndo para a torre onde encontrou seus amigos o esperando com sua mochila na mão do ruivo. Sorriu, mas os dois sabia assim como ele que era o seu sorriso seco que mal lhe fazia levantar os cantos dos lábios.
_ Bom dia, Harry. – disse Hermione com seu olhar doce, mas lhe esfregando na cara: 'Eu sei o que você sente. ', mas ela não sabia. Ninguém sabia.
_ Bom dia Hermione, Rony. – o ruivo apenas acenou entregando-lhe a mochila e saindo pelo retrato. Segui-o.
Hermione colou ao seu lado, decidida a fazê-lo desabafar. A muito já não a procurava por conselhos. Sabia que isso a torturava para saber de seu bem estar.
_ Harry, o que está acontecendo? – sorriu-lhe tentando parecer dócil, mas nada não passou de uma careta de horrores. A castanha firmou seu olhar questionador. – Acho melhor treinar mais um pouco na frente do espelho Harry Potter e depois olhar para seus amigos e tentar mostrar nesses seus sorrisos que tudo está bem, não subestime minha percepção de ver a vida de meus amigos. – e sem mais nenhuma palavra ela saiu pelo corredor esbarrando em Rony a frente e quase o fazendo cair. O ruivo lhe olhou inquisidor, mas como resposta apenas deu de ombros. Rony esperou que se aproximasse.
_ Ela só está preocupada com você. – disse ele com seu jeito simples. – Todos estão, mas não vou pressiona-lo Harry, sei que falara quando estiver pronto, mas só peço que tenha um pouco de paciência com Mione, ela... – Harry colocou a mão no ombro do seu melhor amigo e sorriu.
_ Está tudo bem Rony, sei que estão preocupados e peço desculpas por isso, mas eu preciso desse silencio por enquanto. Vai passar, tudo passa. – suas ultimas palavras em sua mente não soaram como a afirmação forçada que tentou fazer seu amigo engolir, soou interrogativa, duvidosa. Será que esse vazio um dia vai passar? Será que voltaria a ser o Harry de antes do fim da guerra? Desacreditou naquilo há muito tempo...
_ Eu sei, mas nós queremos que saiba que quando precisar...
_ Eu sei a quem recorrer a aqueles que sempre vou amar. – Rony sorriu e sabia que aquele assunto não seria mais tocado, pois até Rony impediria que viesse a afronta-lo.
_ Nem acredito que temos ainda um ano pela frente com esse cara de cavalo. – Brincou o ruivo mudando de assunto, enquanto alcançávamos as masmorras para a aula de poções. – Serio Harry, se esse seboso, acha que vou abaixar a cabeça esse ano para suas ofensas ele está...
_ Completamente certo, pois sem as notas dele jamais vai conseguir seu cargo de auror e nem conseguir casar com Mione. – disse tentando soar brincalhão, pela cara vermelha do ruivo funcionou.
_ Cala boca Harry. - disse ele com um sorriso nos lábios, enquanto nos aproximávamos de uma castanha de cabelos encaracolados, só que dessa vez não mais revoltos, não era tão tapado em não notar o quanto seus amigos haviam mudado. – Descobri que odeio quando está certo.
Hermione nos fitou.
_ O que Harry está certo e que você odeia? – perguntou ela com ar de inocência na voz.
_ Nada Mi, apenas que mais um ano nós seremos torturados pela presença do nosso amado Professor de poções.
_ Que pena não posso dizer o mesmo de sua presença em minha sala Sr. Weasley. – disse Severo Snape atrás de Harry, que se virou e o encarou. Snape o mirou indiferente sem seu ódio eminente de um ano antes. Por algum motivo sabia que aquela distração seria útil agora, mas já não a tinha mais. O ódio do professor de poções esse ano era exclusivo de seu amigo e de Neville é claro. – Agora, por que todos vocês ainda estão fazendo fora da sala, vamos entrem.
Snape passou por si sem nem ao menos fazer suas vestes se triscarem e postou impaciente na frente da sala esperando todos se arrumar. Buscou o lugar mais distante, a última carteira. Rony sentou ao seu lado suspirando fogo pelas ventas. Harry, porém não lhe deu atenção nem aos insultos sussurrados que deferia contra o professor em questão, que rabiscava o quadro com raiva.
_ Quero que preparem essa poção, pagina 355 do livro. – ele olhou para os alunos que ainda o encarava e Harry se pegou sorrindo já prevendo o grito de Snape que não tardou a chegar. – AGORA.
_ Cara é impressão só minha ou ele está de TPM. – Riu, mas foi um riso curto e saiu para pegar os ingredientes que precisariam, quando a porta da sala se abre e as vistas do professor assim como as do moreno e dos estudantes presentes mira na figura parada a porta.
Havia algo ali, algo que não deveria chamar sua atenção, mas chamava. Lá estava parado na porta Draco Lucius Malfoy, porem, não vai criando em suas mentes o garoto almofadinha não, ali parado era outro, um com ar serio, de semblante profundo, olhos cinza com um brilho misterioso em suas retinias. Sentiu necessidade de gritar, acabar com toda aquela calma, aquele ar de paz. Isso o incomodava, mas não deveria. Em sua observação, mal reparou os olhares de seus companheiros de classe que olhava o loiro com admiração, que viam apenas sua pele alva e olhos cinza hipnotizadores ao mesmo tempo indiferente e completamente pavorosos a todos. Mas se ele tivesse aprestado mais atenção notaria porem que assim que seus olhos se encontraram por um milésimo de segundo os vazios se reconheceram.
_ Olha só quem resolveu nos agraciar com sua presença. – disse Snape de forma seca, um ano atrás ficaria feliz por aquelas palavras assim como Rony estava ao seu lado. Com um sorriso petulante e divertido.
_ Peço permissão senhor para assistir a vossa aula. Tenho um atestado de Madame Pomfrey, pelos minutos de minha ausência. - disse Malfoy com seu ar calmo que instigou ainda mais a raiva de Harry. Respirou fundo, porem quando ele passou pelo corredor e indo até Snape, que recebeu seu atestado colocando-se de pé e olhando diretamente para mim. Naquele momento soube: Quem disse que ele me deixaria em paz? Oh deixe-me responder: EU.
_ Sr. Weasley tem um segundo para recolher suas coisas e se juntar ao inútil do seu colega Longbottom. – disse ríspido e com quase um sorriso macabro no rosto.
_ Mas senhor; já começamos o preparo da poção. – disse Harry firme já vendo seu destino, mas por dentro finalmente algo dentro de si se mexia: um sentimento talvez...
_ Esvazie o caldeirão Potter, Sr. Malfoy ao seu lugar com o Herói. – Sim era sentimento, sentimento de raiva que corria pelas suas células finalmente, podia até beijar Snape se naquele momento não quisesse azara-lo pela sua atitude petulante.
A sala inteira acompanhou o percurso lento do loiro, mas o moreno não lhe dava atenção alguma, sorria solidário ao amigo que se juntava ao um Neville assustado. Um peso de algo se chocando no chão em um som seco, chegou aos seus ouvidos chamando sua atenção para o seu novo companheiro de poções. Percebeu porem que ainda estava de pé e caminhou como ia fazer, minutos antes de sua atenção ser tomada por alguém indesejável, até o armário de ingredientes. Pegou todos os necessários e manteve sua mente vazia até a poção Wiggenweld ser concluída com sucesso. Malfoy também o ignorava com perfeição, a sincronia no preparo da poção eles eram perfeitos, mas palavras e olhares eram desnecessários. Em total observação Snape analisava a cena irreal que seus olhos um dia jamais pensaram em ver. Pegou o frasco que lhe era entregue por seu afilhado e acenou afirmativamente: Poção correta.
Enquanto Malfoy voltava com sua tranquilidade inabalável, Harry via seu professor rabiscar a lousa novamente com raiva com apenas duas palavras: 'Poção Polissuco. ', sorriu. Hermione o olhou junto com Rony sugestivamente, até ver mais uma palavra na lousa: DUPLA.
Aquela palavra gritava em sua mente: mau agouro. Mas com uma pequena batida fora do normal de seu coração se permitiu ser curioso e ver o que aquele doido de uma figa estava querendo com aquilo. Mata-los ou faze-los se matarem? Mas descobriu em sua face um sorrisinho de escarnio. Afinal ambas às alternativas não eram tão assustadoras a sua mente.
_ Acho que está mais do que claro que a pessoa ao seu lado é sua dupla pelos próximos 30 dias. Projeto contando do dia de amanhã darei o dia de hoje para pesquisas, mesmo que alguns já saibam manuseá-la com perfeição. – Snape encarou Hermione com repugnância. Harry sorriu. – Agora estão dispensados.
Enquanto recolhia seu material, pensando que não deveria ter sorrido com aquele olhar de Snape para sua amiga. Nem sentir seu coração bater fora do normal ao fazer um trabalho com a pessoa que já deveria naquele espaço de tempo ter mandado para enfermaria, mas muito pelo contrario se sentia como se algo ainda daquele pedaço de seu mundo não havia sido mudado tanto assim. Talvez nem tudo estivesse perdido. Talvez ainda algo pudesse dar certo em sua vida.
_ Potter... Potter estou falando com você cabeça rachada. – disse Malfoy arrastando as palavras como sempre fazia e finalmente Harry o encarou. Percebeu que algo o avisava, naqueles olhos gélidos, que deveria temer e que deveria correr e dizer... Mexeu a cabeça com a intenção de acabar com aqueles pensamentos malucos e sorriu de lado para o loiro. Quando um dia temesse Malfoy ai sim poderia ser internado no St. Mungus.
_ O que quer Malfoy? – disse indiferente voltando a recolher suas coisas.
_ Às 17hs na biblioteca. – disse ele autoritário e se retirando. Harry lentamente colocou a mochila nas costas e com a voz calma disse.
_ Não, às 16h30min na biblioteca. – Harry passou pela porta da sala e Malfoy o encarou com fúria fazendo todos os alunos se mandar, menos Rony e Hermione que se postaram ao seu lado bem atrás, mas bem atrás mesmo. Firmou seu olhar no dele, mesmo seu corpo se arrepiando e seu senso de sobrevivência gritando para correr.
_ As cinco. – disse Malfoy calmamente, como se explicasse algo a uma criança birrenta.
_ Eu não posso. As quatro ou nada de pesquisa. – disse falando bem de vagar para saber até onde o outro se manteria firme no lugar. Ele rangeu o maxilar e virou as costas, acenado com a cabeça afirmativamente. Algo dentro de si despencou, como se alguém tivesse lhe tirado seu brinquedo favorito das mãos. Ficou encarando as costas do outro até desaparecer pelo corredor.
Rony se colocou ao seu lado e suspirou longamente.
_ Cara eu nunca pensei que ia dizer isso, mas aqueles olhos me deu medo. – Mas Harry não lhe deu atenção, firmou seu olhar em sua amiga que tinha a face naquela careta de: 'Algo está fora do normal e vou descobrir o que?' Precisava dela por perto. Caminharam para a próxima aula de Transfiguração com McGonagall. Porem de nada aquela aula lhe deu o que obteve nas masmorras. Manteve centrado em seus pensamentos o tempo inteiro. E em um espaço de tempo naquela aula, concordou com Rony. Aqueles olhos estavam diferentes, mais animal, feroz, mortal. Mostrava um poder que Malfoy não tinha antes, pelo menos não há dois anos atrás em seu sexto ano. O que havia acontecido para a mudança?
O horário do almoço veio voando e passou igualmente da mesma maneira. Ficou triste por não ter conseguido uma brecha aos olhares de Hermione para uma escapada até o sétimo andar.
Após os términos das aulas, correu da sala de adivinhação e deixando um Rony ocupado com Dino em uma conversa sobre Quadribol. O sétimo andar enxia de gente a cada minuto e com muito cuidado entrou em 'seu lugar', pegou o pequeno caderno ali abandonado e saiu para o corredor abarrotado de estudantes que tentavam entrar na sala comunal da grifinoria. Seus olhos, sem muita demora, acostumados pela guerra, logo avistou seus amigos abaixo na escadaria olhando para todos os lados a sua procura. Um ano atrás sorriria e lhes acenaria, mas dessa vez como todas as outras nos meses passados que passou n'A Toca correu entre a multidão tentando passar despercebido e pelo caminho mais longo chegou à biblioteca.
Olhou a sala com suas estantes gigantes e nos espaços de uma para outra, as mesas a maioria, ocupadas por alunos de sua aula de poção. Andou por entre os corredores e o avistou, longe, na mesa mais afastada e do lado mais escuro da biblioteca, sentado com as vistas baixas acompanhando uma leitura pelo que parecia interessante. Ajeitou a mochila nas costas e o pequeno caderno colocou no bolso do casaco que usava. Aproximou-se lentamente e em nenhum momento sua presença parecia ser notada, Malfoy continuava a ler o livro despreocupadamente. Jogou a mochila na mesa, com raiva por ser ignorado, mas o único movimento que o outro fez, foi olhar pela janela que dava vistas para a floresta.
Aquilo o irritou, não deveria mais irritou. Sentou na cadeira de frente para ele e viram seus lábios se arquear em um sorriso que poderia dizer sinistro.
_ Potter quebrar toda a mobília da biblioteca, não vai fazer o trabalho sair mais rápido e por tanto, não vai me impedir de continuar a ter sua insuportável presença na minha frente, a não ser que esteja disposto derrubar uma dessas estantes em cima de si. – disse o outro com a mesma voz seca e fria que falara na aula de poções.
Não queria admitir, enquanto o observava a voltar a sua leitura e depois anotar algo no pequeno bloco de papel na mesa, que a ausência de seu sarcasmo ou até a arrogância lhe fez sentir algo dentro de si cair. Tinha ciência que aquele pequeno pedaço era sua esperança que conseguirá na aula de Snape, que nem tudo havia mudado. Que poderia ter ainda em Malfoy a certeza de todos os anos que ele não o olharia como a oitava maravilha da terra. Uma estatua andante, da qual as pessoas poderiam olhar e apontar, aquilo o incomodava porem não chegava perto do incomodo que teve pela indiferença do loiro. O olhou mais por um segundo e desviou o olhar para a janela.
_ Sabe que não precisamos estar aqui pesquisando. – não o encarou, mas sentiu seu olhar perante sua face. – Creio que ambos sabemos faze-la e descreve-la com precisão.
Harry segurou seu olhar, novamente animalesco com um brilho que antes não estava ali, mas que mesmo fazendo-o se arrepiar, o apreciava.
_ Se não quer minha companhia e sabendo do ocorrido no segundo ano, por que me chamou para pesquisarmos?
_ Está errado não sei fazer essa poção. – disse ele com sua voz desprovida de sentimentos.
Harry puxou seu bloquinho e o leu para depois firmar suas íris nos olhos cinza de Malfoy que começava a irrita-lo profundamente, mas sorriu, pois gostava dessa reação, era melhor do que nenhuma. Arqueou as sobrancelhas.
_ Duvido muito que esse livro básico de poções descreva tão bem definido a Poção Polissuco. – Levantou-se e colocou a mochila nas costas e se aproximou bem da face do outro, apreciando a adrenalina mínima de seu corpo. – Para uma pessoa que me ignorou a aula inteira e que não quer suportar minha presença devo dizer que não esta se saindo muito bem. – endireitou a postura, por ver a raiva tão conhecida naqueles olhos cinza e sorriu. – Amanhã faça melhor que me ignorar.
Saiu.
O ar fresco do jardim com o termino da tarde, brincou com seus cabelos já rebelde e a adorável adrenalina que minutos antes corria por suas células já havia sido distinta há muito tempo. Suspirou. Caminhou com certa lerdeza até a árvore que todo ano gostava de ficar deitado meditando. Lembrou com indiferença da fez que Hermione comentou que era perigoso ele se esgueirar pela floresta e sair na pequena clareira do lago onde um dia protegeu seu padrinho dos dementadores. O ar ali era bem mais gelado, mas não menos acolhedor. Sentou no gramado escasso pelas pedras e jogou a mochila a seu lado. Encolheu as pernas em uma postura de intensa fragilidade como gostava de se recriminar. Não deveria se sentir tão frágil, ou insignificante, afinal salvara cada uma daquelas pessoas que lhe apontava o dedo, mas por que sentia como se já não fosse mais útil? Como se sua existência somente era necessária para aquele bem maior? Então por que não havia morrido na clareira não muito longe dali quando Tom lançou pela segunda vez a maldição da morte? Sabia a resposta para aquela ultima pergunta, mas ela já não saciava mais a sua alma e acalmava seu coração. Ela só permitia que o vazio crescesse e que sentimento de abandono e inutilidade corrompesse sua alma a fazendo sangrar. Suspirou novamente.
Queria gritar, mas nem a isso se permitia fazer. Como Rony comentara uma vez brincando: "Cara, agora cada vez que peidar vai ser noticia para o profeta noticiar...". Sim, não tinha um dia que não pegasse o jornal seja na Toca ou na casa Black que não via sua foto estampada na primeira pagina. Já havia se passado um ano, mas lá estava ele ainda nas maiores colunas sociais pessoas comentando que o conhecia, quando não as vira nem em sonhos. Mas isso era o de menos, a cada artigo onde tentavam descrever sua vida antes, durante e depois da guerra, se permitia perguntar se realmente fora assim como aqueles traçadores de fofocas estava expondo sua vida em fatos, porem sabia que eram extremamente mentirosos. Não fora daquela maneira heroica e egoísta, onde só ele levantava a varinha e liquidava um comensal. A sociedade já havia se esquecido dos muitos bruxos e bruxas brilhantes que morreram tentando salvar aquela nação, eles sim eram os heróis, não ele que agora respirava, enquanto seu próprio afilhado crescia como ele cresceu sem os pais por perto, mortos em batalha.
Como tinham coragem de engrandecer alguém que repudiava a si mesmo por não ter se indignando a morrer como seus pais, Sirius, Lupin e Tonks. Respirou fundo e recolheu a única lagrima que parara no meio de sua face. Olhou-a em seu dedo por uns instantes antes de seca-la em sua capa. Pegou seu caderno e a pena carregável se pôs a desabafar, antes que sua mente estourasse. Dumbledore lhe sugerirá que esvaziasse sua mente em uma penseira, mas tinha medo de que alguém as vesses, medo talvez não, mas vergonha de seus momentos de covardia. Ali naquele caderno que só se mostraria para aqueles que realmente sabem para o que é utilizado, poderiam ler seus pensamentos mais infantis e nebulosos. Mas tinha a esperança e cuidava para que isso nunca viesse a acontecer. Percebeu assim que colocou a pena sobre o papel que nada tinha a escrever, que seus pensamentos não estavam prontos para sair do casulo de sua mente. Permaneceu ali naquele silencio por quanto tempo que não sabe, mas percebeu que dormira e que o sol ameno o da tarde dera lugar ao ar gélido da noite. Com certeza perdera o jantar, pensou com raiva de si mesmo por se permitir a dormi ali.
Levantou com rebeldia e seguiu em direção ao castelo, com sorte entraria na sala comunal sem ninguém nota-lo. Estralou o pescoço e colocou a mochila nas costas e apertou os passos simplesmente não se simpatizava com essa floresta anoite. Mas por algum motivo mesmo fazendo seus pelos do braço eriçar ainda lhe dava uma sensação de acolhimento. Olhou ao seu redor, o vazio ali era constante, não importa quantas vezes viesse ali, bastava olhar a sua volta e se via refletido em cada canto daquela floresta. Animais sem duvida a habitava, assim como pessoas compartilhava de seu espaço. Mas bastava olhar com um pouco mais de atenção como fazia agora e todos perceberia o vazio estampado em seu intimo, assim como o intimo da Floresta Proibida era tão vazio quanto sua alma. Coberto pelas arvores pode avistar Hogwarts ao longe, com suas luzes acessa e convidativas, expressando conforto e hospitalidade. Tão diferente de si naquele momento, mas foi o que mais precisou anos antes quando chegara ali, com seu jeito tímido e corpo frágil. Pensando melhor não muito diferente do que se encontrava agora, mas sua fragilidade já não era mais causada por abuso físico e má alimentação, sua timidez, talvez a palavra mais correta agora seja retração, já não era mais causadas pelo palavreado abusivo e imundo de seus tios e primo. A culpa do que é não pode joga-la para cima de ninguém além de si mesmo, que com sua mente deixara pensar que tudo terminaria naquele campo de batalha. Não se permitiu em nenhum momento pensar ou saborear um futuro diferente do que esquematizou em sua mente forçada a amadurecer com rapidez. Com o fim da guerra, com o fim do único homem que se permitia ver em seu futuro, agora o VAZIO.
Vi alguns alunos correr apresados pelo jardim em direção à entrada do Hall, peguei a varinha de meu bolso e conjurou um feitiço do tempo, para lhe mostrar a hora: 20h25min. Tinha cinco minutos para estar em meu dormitório e não ser pego por Filch. Correu como aqueles Lufanos que a pouco havia visto, mas em seu rosto não tinha a mesma expressão de felicidade e excitação por ser pego ou por estar acompanhado. Afinal pouco se lixava para Filch e no momento não havia ninguém ao seu lado para que pudesse esboçar na face uma de suas caretas que treinava na frente do espelho no banheiro.
O Hall lhe recebeu com seu calor, esquentado sua face e a fazendo ficar corada pela mudança brusca de temperatura. Alguns grifinorios lhe acenaram sorrindo e como se programado para aquilo também sorriu, acenando em resposta. Continuou seu caminho dessa vez mais calmo, mas não foi para torre da grifinoria continuou andando pelo castelo, sabia que não era para dar tempo de a sala ficar fazia, mas sim para que seus amigos desistissem de espera-lo e fossem dormir.
Depois de uma hora rodando os corredores do castelo, quando já passava das dez me levantei de meu esconderijo e caminhei até o retrato da mulher gorda, que não fez nenhum comentário, coisa que achei terrivelmente estranho, mas talvez fosse minha cara que não deveria ser das melhores. Naquele momento estava cansado de tudo até de minhas mascara e no final ela não passava de uma pintura. Atravessei o retrato cabisbaixo pedindo para alguma divindade que tivesse um pouco de piedade de mim e me permitisse chegar a minha cama sem a intervenção de ninguém.
'Mas quem disse que Harry Potter precisa que tenham piedade dele? Vamos lá, vamos enchê-lo mais ainda de dor e sofrimento, o menino-que-venceu ainda não sofreu o suficiente. ' – pensou quando ouviu a voz de Hermione chama-lo.
_ Harry, precisamos conversar. – 'Claro que precisamos. ' – pensou com sarcasmo. Respirou fundo e se aproximou dos amigos que se encontravam perto da lareira.
_ Claro Mi pode falar. O que precisa? – disse com um dos seus sorrisos forçados se sentando na poltrona tentando parecer casual. Rony lhe sorriu. Adorava a falta de percepção de Rony, mas Hermione cobria a falta de seu amigo muito bem, diga-se de passagem.
_ Do meu amigo. – disse ela da poltrona onde estava encolhida e quando finalmente a encarou fundo percebeu que ela havia chorado. Seu coração deu um aperto.
_ Desculpa, não entendi. – disse, porém de confuso não estava em nada. Só desejava não se tratar do que estava pensando. Ela se levantou.
_ Acho que entendeu Harry. – ela o encarou com lagrimas descendo por sua face e Rony tentou apara-la. – Não me toca Rony, ele precisa ouvir. Ele precisa entender. – Hermione empurrou o namorado para longe e se ajoelhou aos meus pés. Desviei o olhar covardemente. – Olha para mim Harry.
_ Eu sei o que você quer, mas eu não consigo. Tentam me entender. – ela se pôs de pé já com a raiva a dominando.
_ Então me explica de novo. Acho que não entendi da ultima vez. – gritou ela chamando a atenção de todos que ainda permanecia na sala comunal, mas isso não passou despercebido pela grifinoriana. – O QUE ESTAO OLHANDO? OU MELHOR, O QUE TODOS AINDA FAZEM AQUI EM BAIXO, VAMOS QUERO TODOS EM SEUS QUARTOS. – ela gritou para seus colegas de casa, que para não questiona-la subiram em silencio com o ar resignado. Mas quem teria coragem de questionar uma Hermione nervosa? Só um louco. – E você Harry o que esta esperando para me responder? – continuou ela ríspida.
_ Calma Hermione. – tentou Rony, que voltou a se sentar com apenas o olhar da morena.
_ O que você quer que eu diga? – perguntei triste, pois nem raiva me indignava a sentir, apenas aquela merda de vazio, tristeza e uma tonelada de culpa. Ela voltou a se ajoelhar na minha frente.
_ Me explica, por que Harry? Por que esta assim? – sua voz agora era mais doce, mas isso foi como uma punhalada em meu coração já danificado e mal remendado.
_ Assim como? Eu continuo o mesmo. – mentiu descaradamente.
_ Está tentando convencer a mim ou a si mesmo, pois se for a mim desista, precisa fazer melhor que isso. Se for a você, espero que esteja tendo algum avanço.
_ Eu já disse Mi que só estou tentando me encaixar de novo. Eu só tinha Tom como futuro e quando tudo acabou e me vi livre... Eu não sei o que fazer?
_ Não Harry, não minta para mim, quer que eu te fale o que esta acontecendo aqui? – ela não esperou por resposta, pôs-se de pé e desatou a falar. – O que está acontecendo é que meu melhor amigo não acredita mais em si mesmo, que o meu realmente meu amigo está em algum lugar ai dentro... – Hermione apontou para seu peito. – morrendo e eu estou sendo impedida de ajuda-lo... De lhe estender a mão, por que você, esse ai em que você se tornou não me permiti. Eu sei o quanto esta se sentido inútil, antes todos precisavam de você, hoje eles te olham e eu vejo a repulsão de si mesmo no seu olhar. Você acha que com esses projetos fúteis de sorrisos, mascara o vazio que 'seus' amigos ver em seu olhar? QUEM VOCE ACHA QUE ESTA ENGANANDO?
_ EU NÃO SEI. – gritou com uma dor devastadora no peito as lagrimas lhe turvando a visão. – Eu não sei.
_ Nos deixe te ajudar Harry? – ela tentou toca-lo, mas fugiu de seu toque. Mesmo vendo a dor nos olhos castanho, soube que fazer aquilo doía mais em si mesmo. – Acha que é só você. Acha que só você se sente inútil? – ela balançou a cabeça desolada. – Não. – sua voz agora era mansa, quase inaudível, mas eu a ouvia e cada letra cravava em minha alma a fogo. – Nós também, por que simplesmente não podemos salvar a única pessoa por quem lutamos em manter vivo naquela guerra maldita. – ela segurou meus ombros e naquele momento quase desabei. Não sabia que eles estavam sofrendo pelo meu vazio, mas o que podia fazer?
_ Desculpa, eu não queria me tornar um estorvo para vocês? – disse cabisbaixo e vi uma lagrima cair de meus olhos e desfalecer no chão perto do sapato preto de minha amiga.
_ Harry, amigos não são estorvos. – disse Rony serio agora também ao seu lado.
_ Deixar ser ajudado Harry, não é fraqueza. Aquele caderno sabe mais de você do que nós. Isso nos faz inútil, pois você confia mais naquele monte papel do que em seus amigos.
Encarou-a sem mascara alguma, com lagrimas de sangue de uma alma ferida desde a morte de seus pais, se desvencilhou de seus braços e os encarou. Se queriam tanto saber, pois que saibam.
_ Ajudar? ?O que vocês querem ajudar? Aqui... – apontou para o próprio peito. – não tem nada. Está vazio desde a morte dos meus pais. Todas as férias vocês vão para casa e sorriem para seus pais, para seus irmãos. Esse ano eu vou voltar para a minha casa e vou encontrar o mesmo vazio que eu encontro quando olho para mim mesmo. – encarei Rony antes que esse pudesse dizer algo e continuou. – Mas tenho ciência que tenho gente que me ama, não estou desfazendo dos meus amigos e nem da família Weasley que tenho como minha. Mas que não é a mesma coisa, pois tenho medo de encarar uma mãe que por culpa dessa maldita guerra perdeu seu filho, um amigo que perdeu seu irmão e companheiro de vida. O que vocês querem ajudar? Aquele Harry caiu quando Tom lançou pela segunda vez a maldição da morte, aquele que morreu para salvar cada um de vocês. Não vanglorio, pois repudio sim cada olhar de admiração e de gratidão que se direciona a mim, pois não o mereço. EU NÃO SOU O HEROI. Eu não sou aquele que o profeta escreve todos os dias. Eu sou um monstro que deixou pessoas morrerem em seu lugar antes de criar coragem e aceitar a morte.
_ Harry... – suplicou Hermione.
_ Eu não sou herói, todos poderiam mata-lo. Todos foi herói.
_ Você não está sozinho cara. – Fuzilei com meu olhar. Eles não ouviam, por que ainda tentava explicar.
_ Vocês não sabem do que eu me refiro, pois não sabem como é. Querem me ajudar, só que como podem fazer isso se não me entendem? – Me virei para Hermione que desabou no sofá. – Me dá um tempo, eu vou conseguir superar isso.
_ Harry só faz um favor para mim? – concordou. – Não coloque mais essa mascara para gente, ela me machuca mais do que o vazio dos seus olhos.
Sorriu-lhe com tristeza e seguei as lagrimas da minha amiga e depositei um beijo em sua testa.
_ Obrigada, eu precisava desabafar. No final até que eu estava errado. Tentarei não me fechar mais tudo bem? – com uma calma irreal.
Ela concordou minimamente. Levantou e se virou para Rony que estava encostado na parede.
_ Cuida dela. Vou dormi. - ele assentiu caminhando em direção à namorada.
Olhou os amigos acolhidos um nos braços do outro, sorriu com dor.
É desse vazio que me refiro. Pensou subindo as escadas para seu dormitório onde desabou na cama e esvaziou sua mente. Já havia sentido muita coisa em um só dia. Seu vazio naquele momento era bem mais que acolhedor. Morfeu o abraçou o levando ao um sono sem sonhos.
_S2_
Nota: Nem um personagem que lhe for conhecido nao me pertence e sim a nossa querida Joaninha...
Bom explicando um pouquinho a historia e pelo que já deu para perceber, Harry venceu a guerra, mas como que esperado agora ele se ver sem rumo, sem uma tragetoria de vida e espaço... Com forme os capitulos seguir será mais claro...
Agora quem será nosso vampirinho eu dou um doce quem adivinhar...kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Bjos espero que acradem e por favor...
REVIEWS...
Aquele abraço de urso e até o proximo capitulo que dependem de voces...
S2
