Capitulo I

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Cidade de Londres - Inglaterra.

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- Ótimo - Resmungou Harry em voz alta sem perceber.

- O senhor falou comigo? - Perguntou o garçom, desviando o olhar do balcão que limpava para o moreno.

Despertado de seus pensamentos por aquela pergunta dirigiu seu olhar para frente, um garoto loiro de olhos castanhos que deveria ter no máximo 16 anos o encarava, jovem demais para qualquer conversa, pensou Harry.

- Não! - Respondeu Harry seco.

- O senhor esta com algum problema? - Perguntou o jovem sustentando um sorriso simpático.

Harry deu um leve sorriso em retribuição, porém nenhum pouco verdadeiro, aquela pergunta para ele no mínimo era irônica, mesmo que o garoto, autor da pergunta, não fizesse ideia de quem ele era. Apenas balançou a cabeça de maneira negativa deixando um pequeno sorriso nos lábios petrificados.

O olhar desconfiado do jovem mostrava que não havia acreditado nele, mas nem tivesse um dom para adivinhação seria impossível descobrir o que carregava por trás de sombrios olhos esmeraldas.

Problemas, pensou, sentindo as mãos tremerem levemente. Deu um gole de sua bebida especialmente forte, seu líquido desceu rasgando por sua garganta. Problemas? Repetiu mentalmente e um leve riso de escárnio escapou por seus lábios. Problemas literalmente era o que não faltava na vida do Eleito. Na verdade não se lembrava do dia em que não os teve, desde a rejeição de seus tios em sua infância ao motivo que o levará aquele bar. Talvez o fato de ter vivido boa parte do tempo fugindo de um psicopata preconceituoso que poderia usar de magia negra sem qualquer remorso tenha sido um problema, mas ao menos esse tinha sido resolvido. Novamente tomou mais um gole da sua bebida e olhou para suas mãos, mesmo que nada houvesse nelas as sentia sujas de um sangue invisível, se fechasse os olhos se recordava com invejáveis detalhes cada milésimo de segundo do que antecedeu na batalha final e seu único consolo nesses momentos era que Voldemort foi derrotado para sempre, sem qualquer chance de retorno.

Suas mãos voltaram a tremerem, sempre acontecia quando se deixava recordar daqueles momentos. Colocou a bebida em cima do balcão e recolheu as mãos para dentro dos bolsos da jaqueta.

Não se arrependia do que havia feito, havia sido necessário, as únicas alternativas que tinha era morrer ou matar, o velho dilema que não mais o perturbava. Hoje em dia tinha as mãos tão sujas com o sangue dos malditos adoradores das trevas como qualquer outro auror de destaque e por nenhum momento pensou em desistir da carreira, ao contrário, havia adquirido um estranho e inexplicável gosto por aquele trabalho.

O que lhe perturbava era as lembranças daqueles que perdeu no meio do caminho, eram tantos mortos, todos aqueles que um dia ele considerava como da própria família... Suas noites eram preenchidas dos mais diversos pesadelos, e era exatamente por isso que procurava dispensar qualquer companhia feminina que tivesse, não queria e nem iria dividir com ninguém o remorso que carregava no peito.

O barulho do sino tocando da porta lhe indicou que mais alguém havia adentrado o bar. Uma mulher por volta de seus quarenta anos adentrou o local e foi para trás do balcão beijando a face do garoto a sua frente, este corou com a demonstração de afeto soltando um exasperado "Me solta mãe". A mulher pareceu se divertir com o constrangimento do filho e sumiu para dentro do que o moreno considerou ser a cozinha, porém nada disso lhe prendeu a atenção, mas sim os cabelos dela que eram... ruivos.

Por mais agradáveis que fossem as ruivas que se aproximavam dele, ele não conseguia confiar em nenhuma delas, lógico que havia uma única exceção denominada Molly Weasley porém isso era porque ele a considerava como uma segunda mãe, mas qualquer outra mulher com essa característica seria facilmente rejeitada por ele. Toda vez que estava na companhia de alguma se sentia agitado e com vontade de sair correndo para o mais longe possível.

Tudo isso se deve ao fato de ter sido um perfeito tolo no passado, um dia foi apaixonado por uma garota ruiva, essa lhe roubou seu coração perturbado e ao invés de desgostar disso ele se encantou com a possibilidade de amá-la, alguém por quem lutar, alguém com quem poder sonhar em ter uma família que lhe foi negada na infância. Ao menos era o que acreditava na adolescência mas em troca de todo o seu fascínio recebeu em troca foi uma traição da forma mais inescrupulosa que poderia ter. No percurso também perdeu a melhor amiga, Hermione Granger, a garota mais inteligente que conhecerá foi incapaz de compreender algo tão simples, e seu orgulho juntamente com seu coração ferido não lhe permitiu qualquer outra opção além de se afastar dela.

- Um brinde aos problemas! –Pensou com sarcasmo.

Voltou a entornar o restante do líquido de seu copo, voltando a enchê-lo com a garrafa ao seu lado. Muitos haviam lhe aconselhado a deixar o passado de lado, mas ele nunca chegou a tentar, queria guardar aquela experiência com ele, por mais dolorosa que fosse. Somente assim poderia garantir que não se deixaria ser humilhado e ferido por qualquer outra pessoa.

O jovem lhe dirigiu um olhar penalizado, provavelmente havia notado sua perturbação.

- São apenas... Problemas de trabalho. – Mentiu Harry - Mas obrigado por perguntar. – Respondeu educadamente.

Por fim o jovem somente sorriu para Harry e foi em direção a uma mesa onde havia duas jovens sentadas, provavelmente duas universitárias, eram muito bonitas e o jovem garçom se empenhar tanto em ser cuidadoso e atencioso, era evidente seu interesse nelas.

Harry estava em um bar trouxa sentado em uma banqueta, uma banda de adolescentes tocavam um dueto romântico, os vocalistas da banda, uma menina loira e um menino de cabelos tingidos de azuis arrancavam suspiros do seu pequeno público. Deveria ser uma música conhecida já que eram acompanhados por algumas das mulheres que se arriscavam a cantarolar o refrão.

Cada pessoa naquele bar estavam perdidas em seus próprios mundos, alguns haviam ido ao bar na tentativa de espantar a solidão, enquanto outros tinham largos sorrisos e se divertiam ora com a música, ora com conversas animadas.

Seus olhos se perderam em sua própria figura, claramente ele não era um daqueles que estava se divertindo. Seus cabelos estavam mais compridos e sem nenhum corte, escondendo facilmente sua cicatriz assim como seus olhos. Rony e Vanessa costumavam brincar que seus olhos tinham duas cores o verde esmeralda sem qualquer sinal de vida e o verde-musgo que lhe dava um ar tenebroso, mas para ele nada mais soara do que uma observação desnecessária, afinal para que lhe serviria saber a cor ou o brilho dos seus olhos? Preferia mil vezes que as pessoas a sua volta reparassem em suas qualidades como auror, ao invés, por exemplo, de um objeto de desejos sexuais reprimidos como aquela matéria do Seminário das Bruxas lhe mostrará.

A matéria que estava se recordar era a enquete em votação entre o público feminino da revista sobre: "Que parte do corpo de Harry Potter você amaria por as mãos", só de lembrar a menção de determinados membros de seu corpo seu rosto já corava. Desde que aquela maldita edição foi lançada com os resultados tinha que aceitar provocações de no trabalho, Rony tinha um prazer insano de sempre fazer algum comentário relacionado aquela vergonha, e nessas horas não negava ser irmão dos gêmeos.

Rony, seu melhor amigo gostava sempre de provocá-lo, dizia que fazia aquilo apenas para lhe arrancar alguma reação humana, para lembrá-lo que ainda era capaz de tê-las. Bobagem, sempre era educado com todos no trabalho ou em outros ambientes, até mesmo se deixava ter breves relacionamentos com algumas mulheres interessantes. Todavia nada daquilo era suficiente para o ruivo, que dizia se tratar apenas de reações calculadas.

Admitia que havia construído uma muralha em volta dele, sentimentos não eram confiáveis e por isso evitava ao máximo se envolver, e quando percebia qualquer envolvimento por parte de sua parceira se afastava de forma educada mas clara, para que a companheiras percebesse que de fato não era homem para relacionamentos duradouros. Entretanto isso não queria dizer nada demais!

Esse pensamento lhe levou ao motivo por estar naquele bar trouxa desconhecido por todos, precisava refletir o que vinha fazendo. Havia cometido uma "grande burrada", se envolveu romanticamente com a única mulher que mereceu seu respeito durante todos esses anos de amargura com o sexo feminino. O pior de tudo era que Vanessa se encontrava cada vez mais voltada ao relacionamento deles, enquanto ele procurava a cada momento uma desculpa, apenas um motivo para não encontrá-la.

Era um tolo, concluiu novamente. Deveria ter se aproveitado da chance quando acabaram o namoro na primeira vez, mas em um ato desesperado havia concordado em reatarem, com falsas esperanças que seria capaz de reviver uma parte que a muito morrera dentro de si.

Colocou novamente as mãos no bolso da jaqueta e acabou encontrando dois pergaminhos, tinha sido escalado para uma nova missão por Kingsley Shacklebolt, dessa vez seu chefe havia sido extremamente misterioso não fornecendo qualquer detalhe, mas nada daquilo importava, seria apenas mais uma missão onde iria cumprir com exatidão.

Com gestos lentos e exaustos olhou para fora e observou o frio que fazia do lado de fora, arrumou-se dentro de seu casaco ajeitando por cima o cachecol, bebeu o último gole de sua bebida. Tirando da carteira uma quantia mais alta do que a necessária a largou no balcão vazio, sabia que o jovem garçom logo viria buscar.

Saiu pensando na carta que havia sido enviado horas antes por seu amigo Ronald.

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"Harry, acabei de receber a sua carta e apesar de estar muito puto com você agora, tanto que estou realmente tentando buscar minha "paz interior" para não ir aí e enfiar um belo foco nesse seu olho míope!

Quero lhe dizer para guarde a merda das suas desculpas para qualquer outro idiota, pois eu não quero mais saber delas. Você é meu amigo, meu MELHOR amigo e vai ao meu casamento, com ou sem missão.

Lembre-se de que sou um Weasley e nada do que diga me fará mudar de ideia.

Hermione como sempre não disse nada quando lhe contei sobre sua carta, mas eu a conheço Harry, ela ficou decepcionada e antes que me manda mais uma carta dizendo que não são mais amigo e blá blá blá... EU respondo que me recordo dessa IDIOTICE dos , francamente, depois ainda me acusam de ser insensível e lerdo!

Pois é, Ronald Weasley acha que Hermione Granger - que ela não saiba - e Harry Potter são dois grandes idiotas por não perceberem que o que ficou no passado deve permanecer lá.

Para sua informação, eu irei cuidar especialmente que não faça nenhuma besteira por aí, e se for necessário tenho certeza que consigo convencer Carlinhos a me emprestar um daqueles dragões e irei botar fogo nesse seu traseiro que tantas mulheres admiram!

Mamãe esta mandando um beijo e o convidando a vir nos visitar quando puder.

Pense nisso."

Rony Weasley

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Cidade de Nova York - EUA

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(Algumas horas antes...)

Todos haviam sido convocados para uma reunião de emergência, por ser extremamente cedo muitos se encontravam jogados dormindo na antessala da diretoria. Alguns estavam apenas encostado na parede olhando para o relógio esperando que desse logo à hora combinada, enquanto outros cochilavam na fileira de bancos a esquerda do estreito corredor, a atenção de todos os acordados foi direcionado a uma ruiva que havia descido do elevador naquele momento, com passos largos e decididos caminhou por todo o corredor até alcançar o último banco ao qual pertencia a uma loira que dormia tranquilamente. Os colegas de trabalho que estavam acordados a assistiram curiosos se curvar sobre a "vítima" e respirar profundamente, em seguida o "bom dia" dado aos berros desencadeou uma porção de sobressaltos e olhares furiosos.

-Sua louca, o que foi isso? -Perguntou à loira, indignada. -Perdeu o juízo que lhe restava?

Enquanto a loira falava a ruiva mantinha em seu semblante o sorriso mais inocente que podia fazer. Internamente seu desejo era de explodir em gargalhadas, afinal enfim tinha conseguido lhe dar o troco do susto que levou no mês passado.

-Jéssica, querida, se eu sou louca como insinua como poderei perder algum juízo? Não sou Medibruxa, mas diria que a loucura seria exatamente uma perca de juízo, ou seja, os loucos não podem perder o que já não possuem... Mas você é loira então... Bom... deixa para lá! –Falou levantando os ombros como se desistisse de explicar algo para uma criança com dificuldade de aprender.

A loira abriu a boca pronta para soltar uma enorme quantidade de impróprios, entretanto antes que o fizesse a porta que dava aceso a sala da diretoria tinha sido aberta, permitindo enfim o seu acesso. Alguns ainda resmungavam coisas inteligíveis para a ruiva que apenas sorria em retribuição, sem o menor constrangimento pelo que havia feito.

A sala era enorme e tinha uma longa mesa em um retângulo que cabiam por volta de trinta pessoas. Nas duas extremidades haviam dois homens, seus olhares eram nada amistosos.

Um dos ocupantes era um homem de cabelos grisalhos e olhos castanhos gélidos, sua face cheia de rugas geralmente demonstrava sua impaciência e desgosto em estar ali. Não era atoa que ele fosse o mais odiado por qualquer funcionário de todo o Ministério, e por incrível que pareça esse mesmo homem, era o próprio Ministro. Todos sabiam que estava sendo pressionado por seus inimigos para abandonar o cargo e o seu ar de superioridade e o descaso para com toda a população bruxa vinha ocasionando uma série de manifestações populares, ninguém ficaria surpreso no dia em que fosse colocado para fora do Ministério.

Por sua vez, do lado oposto estava um outro homem, uma versão mais jovem e encantadora do primeiro. Seus cabelos castanhos estavam sempre cuidadosamente arrumados, olhava qualquer funcionário com respeito e sempre carregava um sorriso simpático ao cumprimentar todos quando entrava e saia do trabalho. Mas nem por isso escapava das mais diversas fofocas, afinal era filho do Ministro, e como se não fosse o suficiente, recentemente havia sido nomeado como chefe dos aurores apesar de todo o esforço realizado pelo próprio pai de derrubar a indicação dele para o cargo.

Naquele momento o chefe dos aurores lançava um olhar exasperado ao Ministro, vendo que não iria se retirar da sala. Fez um sinal para que toda sua equipe sentasse e assim que eles fizeram se ergueu. Adrian trocou um olhar cansaço com a loira e a ruiva que estavam próximas a ele, era evidente que a presença do pai, Brian, o incomodava.

Ao perceber o ar cansado do chefe e amigo, tanto a loira quanto a ruiva expressaram olhares preocupados. Apesar de não ser segredo para ninguém sobre o clima tenso entre os dois, apenas as duas sabiam ao fundo o que acontecia entre pai e filho, uma verdadeira guerra fria, desde opiniões políticas quanto a herança deixada por Claire Hart. Assim que todos se encontravam acomodados, iniciou a reunião.

-Sinto muito por tê-los obrigados a acordarem tão cedo para esta reunião, porém, me vi obrigado a fazer isso diante de alguns imprevistos ocorridos essa manhã. –Falou o mais novo. -Antes de começar a falar sobre as novas missões gostaríamos... -Falou lançando um olhar irritado ao Ministro sentado do lado oposto. -... de discutir sobre os relatórios das missões anteriores.

Geralmente os relatórios eram entregues diretamente a Adrian, em individual, onde cada um relatava seus feitos, as dificuldades encontradas e as motivações de determinadas decisões, porém naquela manhã após insistência do Ministro se viu obrigado a mudar não só toda a sua rotina como a de sua equipe, mas o que mais irritava é que sabia exatamente o porque daquela imposição.

Passada uma hora e meia ainda escutavam o início do terceiro relatório, aquilo estava consumindo mais tempo do que eles esperavam. Jéssica suspirou em desanimado enquanto trocava olhares de profundo tédio com a ruiva, mas para o azar de ambas seus gestos discretos não passaram despercebidos pelo ministro.

-... Ao percebemos o esconderijo agimos com...

-Vejo que as senhoritas estão dando um profundo descaso a essa reunião. – Ele interrompeu bruscamente a fala do auror.

O silêncio reinou na sala, o auror que relatava perturbado permaneceu com a boca aberta enquanto fitava confuso o Ministro, este último não se importou em virar o centro da atenção, pelo contrário, sua pose voltou a ficar com ar de superioridade, enquanto olhava as duas aurores as desafiando a contrariá-lo.

Um pequeno estrondo se foi ouvido na outra extremidade da mesa, havia sido Adrian que socou a mesa com o punho, como previa seu pai estava atrás de uma desculpa para frustrar com seus planos. Estava muito enganado se achava que iria permitir comandar sua equipe!

-Desculpe, mas o que o senhor está querendo dizer com isso? -Jéssica perguntou com um falso ar de preocupação, porém a leve curva de um começo de sorriso a entregava.

- Quis dizer exatamente o que você entendeu menina, as senhoritas ficam sentadas ai trocando olhares em um sinal claro de descaso para com seus colegas de trabalho. Deveriam se envergonhar disto! –Falou o homem com um sorriso provocativo.

Adrian viu a loira se erguer de sua cadeira, mas antes que a coisa fugisse do controle foi até ela e tocou delicadamente seu ombro, esta apenas respirou profundamente e cruzou os braços.

-Senhor Ministro, espero que tenha consciência que se insultar novamente de qualquer forma um dos membros da minha equipe, terei todo o direito de pedir que se retire desta sala! -Falou o mais firme que conseguiu, Brian arqueou a sobrancelha como se estivesse o desafiando a cumprir sua ameaça, todavia para a surpresa da equipe não falou nada. - Agora se nos permite podemos continuar a lhe informar sobre nossos relatórios...

A partir daquele momento, todos só falavam aquilo que lhes eram questionados pelo chefe, dessa forma os relatórios começaram a serem mais rápidos. Quando chegaram na parte em que as missões eram distribuídas Jéssica e Gina passaram a ficar inquieta, afinal ambas por motivos distintos sofriam tanta pressão quanto Adrian, e por isso as missões destinadas a elas eram sempre as piores, ou como elas chamavam, era o resto. Exatamente por isso, por diversas vezes ambas sonhavam no dia em que fossem criar coragem e desistir da carreira, tinham inclusive planejado abrirem alguma loja em sociedade.

Adrian pegou uma pasta azul nas mãos e a olhou em silêncio, pelo seu olhar era claro que estava tomando uma importante decisão. Levantando a vista da pasta o deixou recair sobre o Ministro, ou como o chamava como pequeno, papai. Desde a morte de sua mãe aquele homem que um dia chegou a admirar se tornou um político arrogante que não media esforços em pisar em todos que lhe desagradassem ou lhe trouxesse algum risco, e nesse todos poderiam incluir ele e seus amigos.

Estava prestes a tomar uma decisão sem volta, sabia que aquele gesto iria por fim a qualquer conversa que poderia ter entre eles. Desviou seu olhar para as duas mulheres que sempre estavam ao seu lado, aquelas que ao seu lado aguentou as diversas injustiças que Brian Hart era capaz, e por elas colocaria fim em um delas.

-Hoje me foi passado uma missão especial do ministério da Inglaterra, me pedindo para que se destaque uma de minhas aurores, devidamente qualificada, e indicasse para uma missão em Cambridge. -Fez se uma pausa onde todas as aurores mulheres se entreolhavam sorridentes. –Estive analisando o perfil esperado dessa auror, suas características e experiências, sendo assim decidi destacar a Weasley.

Uma cadeira foi derrubada bruscamente enquanto um Brian Hart furioso se erguia.

-Você não pode fazer isso! -Gritou o Ministro.

Com intensidade na voz, Adrian respondeu:

-Não só posso como já fiz, Ginevra Molly Weasley vai a esta missão. Estou cansado das suas interferências onde não deve senhor Ministro!

Incrédulo por ter sido desafiado em frente a todos aqueles aurores, mas confiante de que eles um dia se arrependeriam de tê-lo desafiado, saiu da sala batendo a porta a suas costas.

Depois da partida do ministro o clima se tornou mais leve, o que permitiu que várias brincadeiras fossem feitas à custa deste. Muitos cumprimentaram Gina por sua mais nova missão, essa mal podia esconder a felicidade por finalmente ser reconhecida ao invés de reprimida para mais uma missão sem a mínima importância para a sociedade bruxa. Porém não podia negar que o olhar triste de Adrian lhe preocupava tanto quanto lhe perturbava, seu sorriso morreu em seus lábios ao lembra-se de um garoto de cabelos negros e com aquele mesmo olhar estampados em seus olhos verdes.

Acordando do transe viu que todos se retiravam menos Adrian e Jéssica que permaneciam calados em seus devidos lugares, alguns aurores que se retiravam tinham caras desanimadas por provavelmente terem que trabalhar, enquanto isso os que estavam de folga saíam sorridentes fazendo piadas dos colegas de plantão.

Quando o último auror passou pela porta, deixando os três sozinhos, Jéssica se levantou e foi até o namorado, ao parar em suas costas passou a lhe massagear os ombros tensos arrancando um gemido de satisfação.

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N/A: Olá, essa fic é de minha autoria, a primeira versão dela foi escrita em 2005, ou seja, a muitoooooooo tempo! Tenho atualmente 17 capítulos prontos, estou relendo a fic para corrigir possíveis erros antes de encerra-la como ela merece.

O fato de posta-la novamente se deve há algumas pessoas que nunca desistiram dela, como, por exemplo, a Andressa também conhecida como Dressa Potter, por isso dedico a fic para ela, Carol e Anny por me aturarem no MSN pedindo socorro ou lendo cenas e dando palpites. =D

Infelizmente até que termine os capítulos, serão no máximo 21, irei postar um por mês. Todavia, estou terminando uma Song Rony/Hermione que fiz praticamente toda no trabalho, irei postar novamente "Apenas Uma Segunda Chance" corrigida, entre outras que tenho postadas como a "St. Mungus, Muito além que um Hospital" que será devidamente corrigida (erros de gramática, ortografia).

Obrigado a todos que não desistiram, e se em minhas adaptações fico feliz com comentários imaginem fic de autoria própria, falto dar saltos de alegria! =D

Ass: *Lily Van Phailaxies* ou *Darklokura*