Lembrando que: Vampire Knight não me pertence, pois se pertencesse eu teria colocado todos aqueles vampiros bonitões para me servir diariamente e Aidou-senpai já teria mordido meu pescoço há muito tempo! Hah!
Agradecimentos especiais: à minha querida sensei Biy por ter gentilmente betado a fic. v
À tia Ana por dar algumas idéias e ajudar com os títulos. (Ganbatte amante, não se deixe abater por bloqueios criativos!)
. Pouvoir .
. Capítulo um – "Une chance pour le Roi" .
Darckcabe Kingdom
Kaname Kuran era o enigmático e introspectivo rei do isolado reino de Darckcabe, cujo humor, neste momento, variava de: terrivelmente entediado, para: um tanto preocupado. Sentado na sacada da mais alta torre de seu castelo, observava a humilde cidade abaixo dele, enquanto ponderava sobre o que vinha lhe incomodando desde a noite anterior.
"Escute-me, mestre Kaname... Com a morte de seu pai e agora que assumiu o trono, não pode continuar solteiro. É uma tradição... O rei precisa de uma rainha ao seu lado. Imagine o que pensarão de sua majestade..." - as palavras do jovem tutor Aidou ecoavam em sua cabeça.
Era contra a sua vontade, mas ele devia seguir corretamente as regras. Era como se houvesse um "manual de como ser um rei exemplar", e com tantas pessoas torcendo para que ele falhasse em reinar Darckcabe, ele não podia simplesmente quebrar regras e tradições milenares por mero capricho ou tédio. Ainda que infeliz, estava disposto a cumprir a missão. Dentro de vinte e nove dias, o rei estaria unindo votos de casamento com alguma donzela. Mas... quem seria essa donzela? Não havia, até então, pessoa digna de casar-se com o descendente dos Kuran. Sem contar que um segredo muito valioso cercava as pessoas da realeza de Darckcabe, logo, apenas alguém de extrema confiança poderia casar-se com o rei. Afinal, cá entre nós, a cidade definharia tomada pelo medo, ao saber o tipo de criaturas que faziam parte da nobreza.
- Majestade...? - chamou-lhe a bela empregada de cabelos encaracolados, aparecendo na varanda.
- Diga. - respondeu secamente, sequer olhando-a.
- Soube que sua majestade precisa casar-se rapidamente então eu... - ela estava um tanto nervosa, encarando agora os próprios pés.
- Ora, ora, Ruka... - o jovem virara-se finalmente para a humilde criada. - Eu já havia reparado que de todas as minhas servas você era a mais... - aproximou-se dela, erguendo seu queixo com uma das mãos, rispidamente, fazendo-a olhar seus belos orbes castanhos. - ...ambiciosa e atrevida. Mas francamente, como pôde pensar que eu me casaria com você? Não é suficiente que a tenhamos acolhido após a morte de seus pais? - ele a olhava firmemente.
- Mestre Kaname... - balbuciou. Contudo, fora silenciada ao sentir os dentes afiados do outro, cravados em seu pescoço, naquele ritual quase prazeroso, onde ela já não sentia mais dor, tão acostumada que estava. Sentiu o sangue escorrer pela roupa, os olhos permaneciam arregalados, até que ele finalmente soltou-a. O jovem retirou-se limpando com as costas da mão o sangue que escorria pela boca. A pobre criada deixou que seu corpo caísse, ajoelhando-se, sem poder conter as lágrimas que desciam pelo rosto agora mais pálido que o normal.
- Maldito seja o rei... – ela secou as últimas lágrimas e o rosto triste deu lugar a uma expressão de ódio. - Maldito seja o que ousam chamar de amor...
...
Kaname descia as escadas da torre, agora irritado. "Ora... maldita natureza..." – pensava. Dirigiu-se até o enorme saguão principal do castelo.
- Estava o procurando... Aonde vais, majestade? Está quase na hora do chá das quatro. – disse o jovem tutor Aidou, acompanhando o outro pelas escadas.
- Não precisa me seguir. – disse virando-se ao outro que parou instantaneamente. – Vá pro inferno com o chá das quatro... – e terminando o lance de escadas, atravessou o saguão desaparecendo pela porta.
- Odeio quando o rei se irrita... – suspirou.
Kaname dirigiu-se ao estábulo, encontrando lá outro criado, Kain, que agora escovava um de seus cavalos favoritos.
- Boa tarde majestade. – disse o criado fazendo-lhe uma reverência.
- Dê-me este cavalo... Preciso sair... – disse, passando a mão pelos cabelos.
- Sim, majestade... Estou quase acabando...
- Dê-me o cavalo, agora! – bradou.
Kain afastou-se para que o rei subisse no cavalo, saindo apressado. O jovem Kuran atravessou o enorme jardim e em poucos minutos já havia passado pelos enormes portões, saindo rumo à cidade de Darckcabe.
O sol estava escondido, deixando o tempo nublado, exatamente como ele gostava. Enquanto cavalgava podia sentir a leve brisa brincar com seus belos cabelos, estava distraído e quando deu por si, havia chegado à floresta, que ficava exatamente do outro lado da cidade. Resolvendo dar uma trégua ao companheiro que o guiara até ali, amarrou-o numa árvore qualquer e decidiu andar sozinho, floresta adentro. Após poucos minutos de caminhada, avistou, deitada à sombra de uma das árvores, uma garota que dormia tranquilamente ao lado de uma cesta de frutas. Sua pele era alva e seus cabelos, um pouco desgrenhados pelo vento, caiam-lhe sobre a face, deixando-a ainda mais deslumbrante do que já era. Possuía um vestido longo e simples, surrado e também muito encardido; estava descalça. Mas mesmo com a pobreza notável, aquelas vestes não significavam nada se comparadas à sua beleza. Ele a contemplou por longos minutos, até que não resistiu e apressou-se em direção a ela. Ajoelhou ao seu lado, retirou algumas mechas de cabelo de sua face e também de seu ombro, deixando o alvo e vulnerável pescoço à mostra. Lentamente aproximou os lábios do pescoço da garota, beijando levemente o local. Contudo, antes que pudesse cravar seus dentes ali, ela acordara assustada, afastando-se rapidamente.
- Waaaaah! Tarado! – gritou, encostada na árvore onde antes dormia, as mãos juntas à altura da boca e a evidente expressão de susto.
- Desculpe-me bela senhorita eu estava... – ele hesitou. – Estava apenas conferindo se estava viva... É que dormia tão profundamente... – "Ela não pode sequer desconfiar..." – pensou, prendendo o olhar da garota com o seu.
Ela o observou, completamente desconfiada, por alguns segundos, os olhos presos no profundo olhar do outro. – Espere... Você é o novo rei! – ela finalmente deu-se conta.
- Sim...
- Oh, majestade... Desculpe por duvidar de sua excepcional pessoa. – desculpou-se, fazendo reverência.
- É impressionante como as pessoas mudam seu conceito sobre mim, devido a esse conceito "rei"...
- Me desculpe, eu me chamo Yuuki Kurosu. Estou a sua disposição majestade! – ela voltou a fazer reverência, agora sorrindo.
- Ora, guarde todas essas formalidades... A verdade é que eu as odeio. – disse passando a mão pelos cabelos, notando como tudo nela, até sua voz era incrivelmente meiga.
- Desculpe, majes... Desculpe.
-Também pode parar de pedir desculpas. – suspirou. – Me diga... Por que estava dormindo aqui? – perguntou sentando-se ao lado de Yuuki, sob a grande árvore.
- Eu gosto de vir aqui às vezes... Aproveitei para pegar algumas frutas para levar para casa. – disse bocejando. – Acabei pegando no sono...
- Parece mesmo cansada.
- Pois é... Trabalho no centro da cidade, pela manhã. Meu pai é um simples comerciante, tenho que ajudá-lo. – ficou em silêncio por algum tempo. – Veja, estou sendo inconveniente...
- Não, não está. Quero ouvi-la. – disse, encarando-a. – E pare com esse "majestade".
- Minha vida não é interessante...
- E acha que a minha vida é interessante, hm? – interrompeu-a.
Ela pareceu constrangida, encolhendo-se um pouco. – O senhor deve ter muitas coisas importantes a decidir...
- Exatamente, é uma vida sufocante. Várias pessoas vigiando-me, perguntando-me como estou e mandando-me seguir uma série e regras. É entediante!
O silêncio instalou-se sobre eles.
- Oh, eu preciso ir... Está quase na hora do jantar, ficarão preocupados comigo! – Yuuki levantou-se apressada.
- Claro. Também preciso voltar... Há essa hora meu tutor deve estar louco sem saber meu paradeiro. – ele apressou-se e pôs-se de pé também, sorrindo. – Ficarei feliz em revê-la por aqui, senhorita Yuuki. Tivemos uma tarde adorável. – o jovem segurou cuidadosamente uma das mãos da garota, beijando-lhe.
Kurosu corou ligeiramente. – Está certo! Até mais... – ela virou-se, desaparecendo pela floresta.
O jovem Kaname buscou seu cavalo e retornou ao castelo, já imaginando a longa bronca que receberia por desaparecer.
X
"Pouvoir" - Poder
"Une chance pour le Roi" – Uma chance para o rei.
(sabe...títulos em francês sempre me parecem mais atraentes!)
Olá pessoas fofinhas!
Essa é minha primeira fic de VK e espero do fundo do meu tendão que tenham gostado desse capítulo. É mais uma introdução, mas estou adorando escrever...com esse ar medieval e chiquê! XD
Bom...como toda ficwriter, é óbvio que eu quero reviews, hohoho!
Então... se você gostou, odiou, quer me xingar, quer conversar comigo, quer dar alguma sugestão ou quer pedir indenização ou um dinheiro emprestado... Review, review, review!
Não é tão bom quanto ser mordia(o) por um vampiro(a), mas é de graça. Eu garanto! ;)
Até o próximo capítulo! Bubais v
