N/A: Fic em U.A. e sim eu viciei em Blaise & Daphne.
Pedras de gelo.
Três pedras de gelo no copo, uma no lugar do coração.
Alongava os lábios e curvava-os na direção dos meus, beijando como costumava fazer comigo e com Draco. Um beijo demorado nos meus lábios e depois nos dele, era para eu estar acostumado com a situação, mas não estava. Eu queria prender Daphne para mim.
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Uma pedra de gelo no lugar do coração e três no copo.
Se ela tivesse assas voaria livre pelo mundo, pois tinha liberdade para ser e fazer tudo que quisesse. Se eu tivesse assas voaria todos os dias para perto dela, só para tê-la, mas eu não tinha assas e não a tinha.
Ela não namorava ninguém, só gostava de se divertir e sentir o gosto dos homens nos seus lábios. Ela me disse que Draco tinha um gosto refrescante de menta, e que eu tinha um comum gosto amargo. Gosto de café, rude e áspero. Gosto de tantos outros que ela tinha experimentado, talvez seja por eu parecer tão comum que ela me beijou mais que uma vez naquela noite.
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Quatro pedras de gelo. Três no copo e uma no lugar do coração.
Ela gostava de ouvir música alta e rápida, onde ela pudesse ser quem quisesse e nada poderia a impedir, ela era livre para ir e vir, mas eu preferia permanecer e esperá-la, pois me prender a ela era a única coisa que eu queria.
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Gelo; quatro pedras. Uma no lugar do coração e três no copo.
Sorria e cantava alto enquanto a música dela tocava. Olhava para dentro dos meus olhos querendo me enfeitiçar, sorvia a bebida para dentro do corpo como se retirasse dela mais força, como se ela aumentasse a sensação de liberdade que ela tinha.
Daphne não se ligava a nada nem a ninguém. Não queria casar, não queria ter filhos. Só queria ter ela mesmo e as pedras de gelo que refrescavam sua bebida.
Daphne era como uma borboleta, eu era um lagarto, preso em um casulo que tinha o nome dela.
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Uma pedra de gelo no lugar do coração e três no copo.
Ela não tinha coração, não sentia nada, não me queria como eu a queria. Para ela, eu era somente um garoto rico da rodinha de amigos que ela fazia parte. Mais um que ela provava do gosto e dava as costas.
Eu era mais um que não iria prendê-la, pois se eu a prendesse eu a mataria, afinal, não se deve ter só para si a beleza de uma borboleta, pois ela morre. É melhor tê-la viva e livre, esperando que ela retorne todos os dias, preso em um ciclo só para olhá-la e tê-la na palma das suas mãos.
Daphne era uma borboleta e eu estava preso em um ciclo montado por ela.
FIM.
