Sinopse:
Um ser considerado "perfeito", criado para um fim determinado. Até quando um desejo nobre, pode se manter, frente aos diversos perigos? Há heróis nesse mundo? Uma jovem cientista será capaz de salvar a sua raça dos saiyajins? Será que a ligação verdadeira é tão poderosa ao ponto de mudar a frieza, a crueldade e orgulho típico de um saiyajin? E o que fazer quando o ódio e a vingança assumem a forma de um inimigo poderoso e igualmente perigoso?
Notas da Autora
Um casal com uma filha tenta fugir das garras da Red Ribbon.
Será que eles irão conseguir fugir do "exército do inferno"?
Yo!
Eu peço desculpas pela demora. Não consegui revisar os capítulos adequadamente para postar no domingo.
Tenham uma boa leitura.
Capítulo 1 - Fuga
- Meu amor, temos que ir embora.
Uma criança acorda, após sacudirem, levemente, o seu ombro e ao abrir os olhos, percebe que era a sua mãe e que ela exalava a puro medo.
Ela levanta sonolenta, abanando as suas orelhas, assim como a cauda, conforme bocejava e olhava para o céu, sendo que estava escuro, ainda.
- É muito cedo, kaa-chan... Por que temos que ir embora? E por que está com medo?
- Os homens maus nos encontraram. Seu tou-chan já está no carro, esperando. Já fiz a sua mala.
Nisso, a pega no colo, sendo que ela vê o seu bichinho de pelúcia no colchão e sai do colo da mãe, pegando a pelúcia e trazendo junto de si.
Rapidamente, a mãe torna a pegá-la no colo e desce de dois em dois degraus, sendo que saem e entram em um carro, onde um homem as estava esperando.
- Vamos!
Nisso, eles entram e saem cantando os pneus, sendo que o pai da criança corria o máximo que conseguia com o carro, enquanto que a mãe da pequena chorava agoniada, acabando por fazer a criança chorar, conforme esta abraçava ainda mais fortemente a sua gatinha de pelúcia, associando o estado de seus amados pais com os homens malvados, pois, eles sempre falavam para ela, que havia homens malvados que estavam perseguindo eles e se os pegassem, fariam maldades e isso a fez teme-los, mesmo nunca tendo os visto.
Então, um som imenso chama a atenção deles e nisso, a pequena vê vários carros, sendo alguns enormes e estranhos que pareciam bloquear a estrada.
O seu pai vira o carro e entra na área da floresta, sendo que o veículo trepidava devido as pedras, até que ele para e manda elas descerem.
- Tou-chan!
Nisso, é silenciada pela mãe, que chorando se afasta, enquanto o pai torna a correr em um sentindo contrário ao dele.
Ela e a mãe se esgueiram entre rochedos, sendo que ela fala para a sua filha, que relutava em segui-la:
- Tou-chan só vai parar o carro mais para frente. Ele irá nos encontrar no local combinado.
- É verdade, kaa-chan?
- Sim, meu amor. A kaa-chan alguma vez mentiu para você?
- Não. – ela fala abanando a cabeça para os lados.
- Então, vamos. Precisamos encontrar o seu pai. – ela fala com lágrimas nos olhos.
- Por que está chorando, kaa-chan? – ela pergunta inocentemente.
- Apenas estou assustada. Você não está assustada também com os homens maus?
A pequena consente com a cabeça, sendo que chorava.
- É por causa disso, Aiko-chan.
Então, elas continuam descendo uma trilha escapada dentre rochedos, conforme os sons morriam ao longe, enquanto a mulher chorava, pois, já imaginava o destino de seu amado, sendo que ele tinha uma arma e haviam combinado que se a Red Ribbon os localizasse, ele se mataria com um tiro na cabeça para não ser torturado, mantendo assim a localização delas em segredo, pois, havia drogas que poderiam fazê-lo confessar.
Elas andam a noite toda, sendo que a mulher estava cansada, enquanto que a sua filha não estava, graças a sua resistência natural.
Após algumas horas, a genitora para, sendo que os seus pês estão machucados dentro do sapato que ela se recusava a tirar, para não deixar uma trilha de sangue, agradecendo o fato que eles eram de borracha e fechados, não acreditando que um dia iria agradecer ao professor de estágio dela no passado que a obrigou a usar tais calçados no laboratório, fazendo-a apreciar tais calçados, com o tempo.
Então, ela se lembra dele, assim como do seu grupo de amigos, movidos por ideais nobres, desejando fazer a diferença no mundo e também se recorda de sua decisão, que acabou norteando a sua vida, ao não conceber que tudo aconteceria daquela forma.
Ela permitir-se se perder em um minuto de recordações, até que tropeça e cai, sendo que a filha se aproxima com lágrimas nos olhos e fala:
- Vamos andar, kaa-chan. O tou-chan vai nos encontrar.
Ela olha para a sua amada filha que havia acreditado em sua mentira, sendo que se recorda da promessa que ambos fizeram, tanto para eles, quanto para os outros movidos por ideais nobres, porém, estúpidos, conforme analisava agora tudo o que fizeram ao não perceberem os riscos e o que aconteceria se a Red Ribbon soubesse de suas pesquisas.
- Tem razão, meu amor.
Nisso, ela anda mais alguns metros, até que cai e quando a sua filha se aproxima, ela fala, fracamente:
- Meu amor, se lembra de que o seu tou-chan e eu a proibimos de assumir aquela forma?
- "Aquela forma"? A de quatro patas?
A mulher pensa e fala:
- Sim.
- Seu me lembro.
- Eu preciso que você se concentre e assuma tal forma. Lembre-se, mantenha a sua mente e olhar sobre mim. Consegue fazer isso?
- Não sei... Manter a minha mente e olhar sobre você, kaa-chan? – ela pergunta ligeiramente confusa, não compreendendo, por completo, o motivo de tais recomendações.
- Isso. Pense na mamãe, enquanto se transforma. Imagine a sua forma de quatro patas na sua mente.
Então, a pequena se concentra, se recordando da forma dela sobre quatro patas ao mostrarem uma foto para ela e o seu corpo muda, assumindo a forma de um lobo imenso do tamanho de uma pessoa, sendo negro como a própria noite, enquanto que as roupas rasgavam, no processo de metamorfose.
Ao abrir os orbes dourados, começou a rosnar para a mulher que tremia, pois, somente via a fera por trás daqueles olhos.
Então, começa a chorar e fala:
- Meu amor! É a kaa-chan! Não se lembra de mim? É a kaa-chan.
A imensa fera para de rosnar, assim como detém o seu avanço com as mandíbulas escancaradas e uma voz surge no mesmo:
- Kaa-chan? – ela murmura fracamente.
- Sim. A kaa-chan.
Então, ela observa que o imenso lobo sacode vigorosamente a cabeça para os lados, para depois cessar, sendo que os olhos estavam fechados e ao abri-los, eles revelam os orbes azuis de sua filha, sendo que ela chora e corre até a genitora que afaga o focinho dela, sendo que a mesma lambe as suas mãos.
- A mamãe vai subir no seu lombo e irei segurar a Myuu-chan.
Nisso, ela pega a gatinha de pelúcia de sua filha que tinha lacinhos, para depois subir, sendo que a filha não entendeu a palavra lombo, até que a mulher pede.
- Abaixe o corpo ao flexionar as suas patas.
A criança faz isso e ela sobe, para depois segurar bem no lombo, falando:
- Fique de pé e corra em linha reta, meu amor.
A pequena consente com a cabeça e corre pelo trecho íngreme, levando a sua mãe que lutava para ficar acordada, conforme a sua filha avançava velozmente no caminho, até que adentra na mata.
O plano da genitora era correr sempre em linha reta, para se distanciarem o máximo possível dali, ao seguir as estrelas.
Após um dia inteiro, a pequena tem fome e para de correr, para falar:
- Estou com fome, kaa-chan;
- Vamos parar. Eu trouxe comida em uma cápsula.
Ela desce do lombo da filha e se arrasta até uma árvore, para depois pegar uma cápsula, a apertando, sendo que esta revela pedaços de carne e pão. Ela divide entre ela e a filha, sendo que na verdade, dá a maior parte para a pequena.
A criança come com voracidade, sendo que ainda está na forma de um lobo, até que escuta um som estranho, sendo que a mulher fica alarmada ao ver que a sua filha erguia as orelhas, assim como a cabeça, enquanto farejava o ar, para depois falar:
- Estou sentindo cheiros estranhos, kaa-chan. Inclusive, são cheiros que estavam próximos de nós.
Ela sente o sangue gelar, sendo que se aproxima da filha e fala, ao fazê-la olhar para ela, sendo que sorria, forçando o seu melhor sorriso, enquanto controlava ao máximo a sua tristeza, devido ao olfato de sua amada filha:
- Quero que corra meu amor. Corra em linha reta. Corra por horas e se puder por dias. Corra. Eu tenho que me juntar ao seu tou-chan, para irmos nos encontrar com você. Correndo em linha reta, haverá uma espécie de cabana.
Nisso, ela pega outra cápsula, presa em uma corrente e envolve o pescoço dela com o item, falando:
- Prometa que só vai apertar o botão da cápsula quando estiver na cabana.
- Mas, você e o tou-chan não vão me encontrar? – ela pergunta confusa.
A mulher pensa rapidamente e fala:
- Vai que eu esqueço meu amor. Eu quero que você se lembre. Assim, irá ajudar o papai e a mamãe. Você pode ajudar o papai e a mamãe? – ela consente com a cabeça – Ótimo. Além disso, vamos demorar um pouco para encontra-la. Quero que me prometa que ficará longe dos outros humanos e que nunca sairá dessa forma. Você promete?
- Sim... Eu não sou humana?
- Você é humana meu amor – ela fala, não tendo a coragem de contar o que era ela, na verdade, sendo que se envergonhava dela mesma e de suas concepções no passado - Mas, se vê outros como o seu pai e a sua mãe, quero que se esconda ou fuja. Não permita que eles cheguem perto de você. Espere nesse local seguro, que kaa-chan e tou-chan vão encontrá-la. Agora, vá!
A pequena se afasta, sendo que havia pegado com a boca a Myuu-chan, sendo que olha para a genitora, que pede para ela correr e assim ela faz, desaparecendo na mata.
A mulher pega uma capsula gelatinosa do bolso e coloca na boca, sendo que após algumas horas, ela vê vários soldados da Red Ribbon a cercando, sendo que apontam as suas armas, para depois ver o Comandante Red, junto de Black.
Então, ele fala com um sorriso satisfeito:
- Enfim a encontramos, doutora Hyara. O seu marido, o doutor Yamato, não sobreviveu. Ou melhor, dizendo, se matou com uma arma.
- É típico dele. – ela fala dando de ombros.
- Mas, fico feliz ao ver que não tem uma arma. Isso facilita para nós. Não se preocupe que seremos "gentis" com você. – ele fala "gentil" com um sorriso maligno.
Ela sorri, sarcasticamente e fala:
- Tá... Eu acredito em Papai Noel – ela fala cinicamente - Além disso, sei o que desejam saber.
- O projeto Eclipse é interessante. Na verdade, ao saber desse projeto, sendo que somente temos algumas ideias sobre o mesmo, já que tiveram êxito em destruir o laboratório e consequentemente as pesquisas. Saiba que imaginei como essa pesquisa ajudaria e muito para o meu exército. Devo confessar que é demasiadamente tentador obter tal poder em minhas mãos. Facilitaria e muito a conquista do mundo. De fato, vocês revolucionariam o mundo se continuassem com a pesquisa.
- Tudo o que queríamos era encontrar uma cura para várias doenças genéticas. Poderíamos erradicar muitas patologias. Claro, era um sonho tolo, idealizado por pessoas tolas e igualmente sonhadoras. Nunca cogitamos a ideia do que aconteceria se uma pessoa cruel e com recursos, soubesse sobre o projeto, tal como a Red Ribbon. Sempre quis saber qual foi o bastardo que os informou, pois, poucos tinham ciência de tais experiências.
Red fica pensativo e fala com um sorriso maligno:
- Acredito que merece saber quem foi, sendo que com certeza, irá sofrer e muito.
Então, ele exclama, conforme olhava para um grupo mais atrás:
- Doutor Mori! Venha aqui. A sua imuto quer saber sobre o traidor.
- Mori? Não... Não pode ser...
Ela fala estarrecida e com lágrimas nos olhos, lutando para acreditar que o que estava vendo era real. Orava e esperava que fosse um pesadelo, mas, sabia que não era.
Seu irmão surge tranquilamente com um sorriso maligno.
- Meu irmão... mas... Como? Por quê?
- Eu a amava irmãzinha. Não um amor de irmão e sim, o amor de homem para com uma mulher.
Hyara está em choque, sendo que custava a acreditar que ele chegou a sentir tais sentimentos doentios por ela.
- Não era amor! Era um desejo doente por mim!
- Chame do que quiser... Devo confessar que eu odiei ver aquela que seria minha, nos braços daquele desgraçado do Yamato. Como eu quis tortura-lo... O bastardo não pôde me dar esse prazer, pois, se matou.
Então, ela começa a se lembrar de coisas que havia esquecido, pois, tinha receio que na época estivesse vendo coisas, ao achar o comportamento de Mori estranho.
Porém, ao pensar melhor, ele já tinha revelado suas reais intenções.
É que era algo tão sórdido, que ela preferiu esquecer ou então, somente enxergar o que queria ver e não a verdade tenebrosa e igualmente amarga.
- Yamato sempre desconfiou e procurou manter você afastado de mim, pois, temia que eu fizesse algo com você. Ele também sempre desconfiou que eu fosse o traidor do grupo. Claro que o comandante Red-sama ficou irado quando soube da explosão do laboratório. Confesso que fiquei surpreso, pois, nunca achei que todos vocês resolvessem bancar os heróis, sendo que a Red Ribbon estava disposta a pagar uma pequena fortuna para cada um em troca da continuidade do projeto Eclipse. Quando ele me viu, antes de atirar em sua cabeça, ele sorriu amargamente e falou que sempre soube que eu era o traidor.
- Nós não somos como você! Poderíamos ser tolos e igualmente idiotas, mas, éramos tolos sonhadores que faziam sua experiência na esperança de salvar vidas e não por lucro pessoal! Claro que nunca deixaríamos um exército tão cruel, uma vez que são conhecidos como soldados do inferno, por as mãos em nossos experimentos! Se tivesse se importado de conhecer o grupo, iria reconhecer os pequenos heróis em cada um de nós!
- Sempre sonhadora... Olha, posso amá-la, porém, tenho que permitir que vá com esses homens. Eles prometem que irão devolvê-la inteira para mim e viva. Não é, comandante Red-sama?
- Claro, Moori. Claro, que ela não voltará sã... mas, pelo menos, irá voltar viva para o senhor.
- Ótimo. Tudo o que eu quero, é desfrutar do belo corpo dela.
- Você me deseja mesmo, não é? – ela pergunta, amargamente, cuspindo as palavras - Quando nos traiu, orou para que somente meu marido, Yamato, agisse como um herói, pois, você sabia que ele era esse tipo de pessoa. Ele era capaz de se sacrificar por um bem maior, assim como todos.
- Claro que sim e irei tê-la. De um jeito ou de outro. Quanto a ele ser herói, eu sempre soube. Acredito que ele se inspirava naqueles quadrinhos que lia sobre super heróis.
- Se pertencesse ao nosso grupo, saberia que todos os embriões morreram em decorrência da incompatibilidade de genes. Claro que você nunca soube, pois, nunca foi um cientista. Sempre foi, apenas, a minha sombra e uma desculpa patética de homem.
Nisso, ela sorri malignamente, sendo que eles não compreendem tal sorriso, enquanto que ela usa, discretamente, a sua língua para movimentar a capsula até os seus dentes, sendo que fala:
- Fico feliz em saber que tem uma obsessão doentia por mim tão intensa. Afinal, ficarei feliz em me vingar de você, em nome de todos que nutriam sonhos e desejos, ao negar o que tanto deseja.
Então, ela morde a capsula, sendo que era um veneno potente e que matava em questão de segundos e enquanto todos corriam até o seu corpo, sendo que Mori gritava ensandecido, enquanto a sacudia, ela fechava os olhos, sendo que vinha a sua mente a imagem de sua amada filha e marido, se despedindo deles em pensamento, antes da sua vida abandonar o seu corpo, sendo que estava preocupada com a sua filha, Aiko, até o seu último suspiro.
- Que desperdício! – Black exclama surpreso.
Mori está desesperado e sacode a irmã, sendo que o Comandante Red fala ao Black, após receber um documento:
- Pegue esse idiota e dê ele de brinquedo aos homens. Ele não sabia nada sobre o projeto. O único dado que nós recuperamos indica que todos os embriões morreram. Portanto, é inviável. Ela disse a verdade.
Mori se recupera e olha estarrecido para ele, sendo que chorava, enquanto falava atemorizado:
- Tínhamos um acordo!
- Sim... Você disse bem. Nos tínhamos. O suicídio de sua irmã torna o acordo inviável. Afinal, você não é um cientista do projeto Eclipse. Não consta o seu nome no grupo. Ela também falou a verdade. Você não é um cientista. Você não é nada e não há utilidade para você, a não ser servir de brinquedo para os meus homens. Eles merecem alguma bonificação, após essa caçada infrutífera.
- Eu... eu...
- Afinal, se fosse membro do grupo, saberia que todos os embriões morreram devido à incompatibilidade genética, tornando o projeto inviável. Portanto, não sabia que o projeto era inviável e que não compensaria gastar a quantidade de dinheiro e recursos que tive de desprender nessa caçada. Toda essa operação teve um custo alto e vou ter que arcar com isso, sem qualquer retorno, por ter mentido, ao falar que era um dos membros do grupo! Levem esse lixo!
Ele tenta se debater, mas, é inútil e após alguns minutos, leva uma coronhada na cabeça, fazendo-o ficar inconsciente.
- Comandante Red, eles possuem uma filha... O que acha de acharmos ela, para que o senhor possa se divertir? Afinal, o senhor não adora ter crianças para si, o satisfazendo?
