*Essa ideia simplesmente surgiu na minha cabeça, mas não estou certa se ficou muito boa, então dêem uma chance À fic.
*Eu não abandonei minhas outras fics, não se preocupem ;)
*Boa leitura.
Nova York, Junho de 1996.
Sally Martín finalmente chegara em casa após um longo dia de trabalho. Sua vida estava corrida mais do que nunca após conseguir realizar o seu grande sonho, que era se tornar uma jornalista do 'The New York Times', algo desejado por onze entre dez jornalistas norte-americanos, quiçá, do mundo todo, mas alcançado somente por uma pequeníssima porcentagem deles, e ela, em graças ao seu grande e sofrido esforço, e também a um tantinho de sorte, conseguiu fazer parte deste seleto grupo.
Sally viera de uma família de guerreiros, seu pai, Edward era médico, seu avô, Henry comerciante e sua bisavó, Santana, uma ex-atriz e cantora, e todos haviam alcançado seu status após muito suor derramado, principalmente a sua bisavó.
A morena tomou um banho e preparou um jantar rápido, e sentou um pouco na frente da televisão, antes de cair em um pesado sono, mas uma notícia de uma última hora chamou a atenção.
Há vários meses atrás um grupo de pesquisadores se aventurou no meio do Atlântico Norte, em busca do 'Coração do Oceano', um diamante histórico e raro, azul escuro e em formato de um coração, o que lhe dava tão imponente nome, que pertenceu à família Smythe, e eles próprios diziam que estava no fundo do mar, em algum lugar do navio Titanic, que afundara em 1912, uma das maiores tragédias da história moderna.
Os pesquisadores encontraram dentro da cabine que pertenceu à Sebastian Smythe, um dos mais ricos banqueiros dos estados Unidos, das décadas de 10 e 20, um cofre, eles acreditaram que finalmente iriam botar as mãos naquele tesouro, mas, não havia nada, além de um desenho no tal cofre, e foi esse desenho que fez a jovem Sally quase cair de seu sofá-cama.
O desenho encontrada no velho cofre era de uma mulher nua, usando apenas o 'Coração do Oceano' que era idêntica à sua bisavó na juventude. O pesquisador líder da expedição, Brock Lovett, disse na entrevista ao noticiário, que não havia mais nada para ele nos destroços do Titanic, mas para Sally aquela história estava apenas começando.
/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/==/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/
Sally bateu na porta da casa de sua bisavó, que ficava em Nova Jersey. Há três dias ela vira a notícia, e desde então aquela história não saíra de sua cabeça, ela precisava conversar com ela e esclarecer tudo.
Após a terceira batida, a porta se abriu lentamente, e a imagem de uma mulher trêmula surgiu diante dos olhos de Sally. Um sorriso alegre surgiu no rosto de Santana ao ver a sua bisneta, que não a visitava desde o seu aniversário de 100 anos, há pouco mais de um mês.
"Oi bisa." Ela cumprimentou a senhora centenária.
"Entre, minha querida." Sally entrou na casa de sua avó e lhe deu um beijo na bochecha de Santana. "É tão bom receber a sua visita, eu estava com saudades."
"Eu também estava com saudades." A mulher disse, e apesar de estar sorrindo, ela não conseguia esconder de Santana que não estava ali somente por uma simples visita, havia algo a mais nisso.
"Aconteceu alguma coisa, Sally?" Santana perguntou, assim que ela e sua bisneta sentaram-se no sofá da sala.
"A senhora me conhece bem, não é bisa?" Sally falou com um pequeno sorriso nos lábios, e Santana apenas fez um movimento com a cabeça, concordando com a afirmação da jovem. "A senhora não acompanhou o jornal esses dias, acompanhou?"
"Não, eu não costumo mais ver noticiários." A senhora respondeu. "Mas aconteceu alguma coisa importante?"
"A senhora já ouviu falar sobre um diamante chamado 'Coração do Oceano'?" Sally perguntou, e notou que os olhos de Santana ficaram um tantinho arregalado ao ouvir o nome da pedra preciosa, e ao perceber que não teria resposta, ela continuou falando. "Um grupo de pesquisadores esteve por algum tempo procurando por esse diamante, no Atlântico Norte, nos destroços do Titanic." Santana baixou os olhos, que agora demonstravam certa tristeza. "Eles não encontraram o diamante, mas encontraram um cofre, na cabine que pertenceu à Sebastian Smythe, e nesse cofre havia um desenho." As mãos de Santana ficaram ainda mais trêmulas, o seu nervoso era aparente, e então Sally, segurou-as. "Está tudo bem, bisavó, está tudo bem."
"Eu imaginei que morreria antes que alguém descobrisse." Santana falou baixo. "Eu estive lá, eu o vi afundar..." Sally ouvia tudo em silêncio. "Eu vi o Titanic afundar." As palavras de Santana foram firmes, e Sally engoliu seco. Ela nunca poderia imaginar que alguém de sua família esteve presente em uma tragédia imensurável como o naufrágio do grandioso Titanic. "Eu... Eu nunca quis contar para ninguém, eu nunca achei que fossem me entender, mas, agora, minha vida está chegando ao fim, e eu quero que você saiba toda a verdade, eu não quero que você pense que eu sou essa imagem projetada que você viu durante todos esses anos."
"Do que a senhora está falando bisa?" Sally perguntou, confusa.
"Eu vou te contar tudo o que vivi durante os cinco dias em que estive a bordo daquele que foi o maior navio do mundo." Os olhos de Santana começaram a lacrimejar.
Sally sentiu a mão de Santana apertando a dela, e se preparou para o que estava por vir.
*Inspiração para as histórias sempre vem com reviews, então, deixem-me saber o que acharam, se devo continuar ou não.
*Espero que tenham gostado
