Disclaimer: Naruto e seus respectivos personagens não me pertencem, são de autoria de Masashi Kishimoto.
Classificação: +18 anos, por conter cenas e palavreado não adequados para menores de dezoito anos.
Música: Milonga- Fresno
Aviso: Fic baseada no livro de Lynne Graham, A Vengeful Passion (Desejo sem amor). Então,qualquer semelhança não é mera coincidência.
Capítulo um: Allées et Venues
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Vamos falar de solidão
Na sua casa eu nunca mais entrei.
Mas decorei com exatidão
Todas as coisas como eu deixei.
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Tivera uma noite mal dormida, melhor dizendo, não conseguira pregar os olhos com tamanha preocupação. No dia anterior, seu pai contou-lhe que havia sido demitido por motivos desconhecidos e que temia pelo futuro da casa, já que esta era alugada. Ino ficara aflita com a notícia, mas esforçou-se para não demonstrar, não queria deixá-lo com sentimento de culpa ou algo parecido, pelo contrário, tentou animá-lo dizendo para não ficar tão preocupado, pois afinal ela trabalhava, podia ajudar com algumas coisas. Tentativa em vão, ambos sabiam que o salário que a jovem ganhava na floricultura dava apenas para pagar a faculdade, se após o pagamento da mensalidade sobrasse algum dinheiro, esse seria gasto em algo para sua necessidade pessoal.
Resolveu levantar-se da cama e tomar um banho gelado, para ver se tais preocupações a deixassem um pouco. Devido aos seus pensamentos nem observou a hora passar tão depressa, levou cerca de 30 minutos para ficar pronta e quando se deu conta, já estava atrasada para a aula.
" Droga! Tenho que correr agora." Pensou,logo saindo, sem ao menos tomar o café caso ficasse com fome, comeria algo na cantina da faculdade.
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Versos jogados pelo chão
Lembranças do que não presenciei.
Mas decorei com exatidão
Como um passado que eu mesmo criei.
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Os horários de Ino não eram tão cansativos para uma jovem de dezenove anos, como pensavam. Gostava de trabalhar na floricultura, sempre gostou de flores e principalmente do cheiro que elas exalavam. Mas o que mais adorava mesmo era seu curso, artes cênicas, chegando às vezes até a sonhar alto.
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E tudo o que eu posso oferecer
São minhas palavras pra você
Num plágio de uma bela melodia
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Não conseguiu parar de pensar no que seu pai lhe dissera, do trajeto de sua residência ao campus da universidade a única coisa que pensava era um jeito de resolver esse problema.
Prestou pouquíssima atenção nas aulas, praguejando que estas acabassem logo para que pudesse conversar com alguém que a entendia perfeitamente: Shikamaru Nara. Desde a época do colégio eles eram amigos, um tinha total confiança no outro, às vezes até alimentando as más línguas das pessoas, que cismavam que os dois tinham um caso.
Assim que acabou a última aula, não hesitou em ligar para seu melhor amigo, combinando de se encontrarem em um pequeno restaurante, próximo à floricultura onde a loira trabalhava.
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E tudo o que eu quero te dizer
Eu já cansei de escrever
Quero te ver enquanto
Não é dia
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"O que aconteceu, Ino?" Foram as primeiras palavras ao observar o semblante de sua amiga.
Adentraram no simples restaurante, e sentaram-se em uma mesa para dois, próximo a uma ampla janela, na área exclusiva para fumantes. Shikamaru havia contraído tal vício ainda no colégio, nunca conseguira largar plenamente o fumo, o que irritava plenamente a Yamanaka.
" Vai acabar se matando de tanto fumar." Comentou ao vê-lo acender o primeiro cigarro.
" Pare de se preocupar tanto comigo e fale o que houve para me chamar com tanta urgência." Respondeu-lhe, não dando muita importância ao que Ino dissera.
" Ontem meu pai foi demitido da empresa..." Contou-lhe,e logo em seguida relatando a conversa que tivera com Inoichi.
Shikamaru observava e escutava atento tudo o que Ino dizia, até chegar a uma conclusão.
" Você acha que foi ele que provocou isso?" Perguntou o rapaz, com certa duvida.
" Tenho certeza! Meu pai me disse sobre a satisfação dele ao anunciar sua demissão." Fechou os olhos ao sentir uma mistura de mágoa e raiva tomar conta de si. "Como eu o odeio!" Concluiu.
" Acalme-se Ino, querendo ou não já sabíamos que isso uma hora aconteceria. E outra, seu pai é capaz de arrumar outro emprego!" Disse, brincando com o isqueiro que tinha em mãos.
" Não Shika, você sabe muito bem como está difícil arranjar um serviço, ainda mais para ele, que já está velho e com problemas de saúde." Falou, fitando a parede de cor esverdeada do restaurante.
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Mas diz porque tu vais embora
Mas diz porque tens tanto medo
Se não acorda cedo
Nem trabalha,estuda ou namora
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Terminaram de almoçar e caminhavam até a loja de flores em que a loira trabalhava. Deram passos largos e lentos, Ino estava quieta e pensativa, Shikamaru a observava com certa curiosidade. Sabia que quando sua amiga ficava naquele estado era porque tinha um plano ou uma solução em mente. Não demorou muito para que a moça de belos orbes azuis quebrasse o silêncio e falasse enfim o que estava planejando.
" Falarei pessoalmente com ele! E será agora!" Disse com um tom frio, o que espantara o jovem Nara.
" Tem certeza que quer isso,Ino?" Arqueou uma sobrancelha, e deixou seu espanto ser visível aos olhos dela. " Para falar a verdade, não gosto nem um pouco daquele cara." Completou, sem muitos rodeios.
" Eu sei Shika, mas amigos,amigos. Negócios à parte. Quero olhar bem na cara daquele canalha e falar algumas coisas que estão entaladas em minha garganta há muito tempo." Tornou a olhar para seu amigo " Não precise ficar preocupado, já sou bem grandinha pra me virar!" Fingiu uma singela piscadinha acompanhada de uma risada. Esforçou-se para não demonstrar a quão ansiosa e aflita estava. A quem queria enganar? Poderia enganar qualquer um,menos o Nara. Ele a conhecia muito bem, além de ter uma ótima percepção das coisas ao seu redor.
Não concordou em pensamentos, mas impedir Ino não adiantaria em nada, muito pelo contrário, apenas ganharia uma loira enfurecida ao seu lado. Não queria que fosse ao encontro de um homem que um dia a fez mal, entretanto, não queria também que ela ficasse com todo esse peso nas costas. Decidiu-se então apóia-la.
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Mas diz porque chegou a hora
Agora que eu venci meu medo
Te peguei pelos dedos
Pra dançar enquanto o sol demora
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Ino correu para sua casa, queria pelo menos trocar de roupa antes de ir para a empresa onde seu pai trabalhava. Vestiu um vestido preto de comprimento até o meio das coxas, o que deixava suas pernas torneadas à mostra, de alças finas e trançado atrás. Ajieotu seu cabelo em um típico rabo-de-cavalo, que fez o detalhe de trás de seu vestido ser ainda mais notável. Arrumou-se em pouco tempo, mas o suficiente para ficar muito bela. Não precisava de muitos cacarecos para ficar bonita. Ela já era dotada de uma beleza exuberante. Antes de sair não esqueceu de ligar para a dona da floricultura, avisando que estava com problemas e não poderia trabalhar, a dona aceitou as desculpas de Ino, afinal nunca faltara em seu trabalho. Era mais do que justo dispensá-la por um dia, já que precisava.
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Para chegar trazendo a aurora
A luz que cega e me dá medo
E como um torpedo
Eu deslizo, eu vôo num mar de lençóis
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Chegou finalmente ao edifício comercial, sentiu um frio percorrer sua espinha ao notar que o lugar não havia mudado muito. A mesma decoração da recepção e sala de espera; os mesmos vasos próximos à porta principal, tudo era como um déjà vu, infelizmente já visitara aquele ambiente. Não demorou muito para ser notada pela recepcionista que a olhava com certo desprezo, porém Ino não se intimidou, não era mulher que desistiria de algo por um simples olhar não muito bem-vindo, ainda mais quando se tratava daquela garota, pensava a jovem.
A jovem que estava na recepção era Sakura Haruno, estudava na mesma faculdade que a Yamanaka,ambas não se gostavam.
Caminhou em direção ao balcão, onde se encontrava Sakura.
"Pois não?" Foram as palavras da recepcionista.
"Quero falar com seu chefe, Hidan!" Disse,aparentemente aborrecida ao ver a cara de desdém da mesma.
" Desculpe,mas ele está ocupado para te atender." Respondeu-lhe.
" Não me interessa, é urgente!" Disse seca, para a senhorita Haruno.
" Pois aconselho que marque um horário para falar com o Sr. Hidan." Provocou.
Respirou fundo para não discutir com Sakura, pois não seria a melhor atitude a ser tomada.
" Pois bem,estou subindo." Disse sem ao menos dar-se importância, caminhou até o elevador e logo após, acenou para a recepcionista, que a olhava incrédula.
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E a cada dobra conta história
De muitas delas sinto medo
São muitos enredos, enrolados e embriagados como nós
Tão a sós, como nós,tão a sós
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Fechou os olhos, batendo os pés freneticamente. Quando se deu por si, já estava no 23º andar. Seu coração começou a bater mais acelerado, suas pernas bambeavam e tinha uma imensa vontade de descer novamente e sair correndo. Mas sabia que não podia, tinha que ter coragem para enfrentá-lo. Ou era esse medo infantil ou sua casa e pertences. Tomou fôlego e ultrapassou em uma velocidade considerável o extenso corredor, chegando enfim à sala da presidência da empresa. Não fez a mínima questão em ser educada. Entrou sem ao menos bater na porta.
" Não te disseram que estava ocupado?" Disse um homem, ao sentir a presença da loira. Estava sentado em sua poltrona, de costas, o que impossibilitava Ino de vê-lo.
" Ah claro! Tão ocupado que fica observando o movimento das pombas lá fora!" Alfinetou a moça já impaciente.
" O que te trás aqui, Ino?" Virou-se de frente, para ver a jovem que estava em sua sala.
Ino enrubesceu ao vê-lo, não fazia idéia de quão lindo e elegante aquele homem estava. Milhares de coisas passavam em sua mente. Desde o primeiro encontro dos dois, até o término funesto de seu namoro. Sim, Ino e Hidan haviam namorado, e há um pouco mais de dois anos que não se viam.
" O que houve Yamanaka? O gato comeu sua língua?" Disse o mais velho, satirizando a moça. " Você era bem mais comunicativa, ou será que é espanto ao me ver?" Falou, tirando Ino de seu transe.
" Por que tirou o emprego de meu pai?" Perguntou-lhe, não tirando seus olhos dos dele.
" Hum, digamos que ele não era mais necessário nessa empresa" Desviou seu olhar,dando uma risada irônica. " Ora Ino, você mesma deve ter visto como Inoichi está velho e acabado." Existia frieza em sua fala.
" Escuta aqui, não ouse falar assim de meu pai!" Caminhou enfurecida em direção à mesa do Sr. Hidan. "Aliás, pense muito bem antes de mencionar o nome dele, vindo dessa sua boca suja!" Concluiu.
"Ah, é?! E o que pensa que fará comigo se eu proferir novamente o nome do seu velho e acabado pai?" Provocou mais uma vez, dando ênfase nas últimas palavras.
" Idiota!" Gritou " Readmita meu pai agora mesmo!"
" Pensa que é tão fácil assim,meu bem? A carta de demissão de seu pai já foi assinada." Falou-lhe,levantando de sua poltrona.
" Seu miserável, não tem noção de como eu o odeio!" Gritou novamente. " Tem idéia de como estará arruinando minha família assim?" Deu aproximadamente cinco passos até chegar perto da parede de cor pastel, encostando-se em uma pequena estante de mogno.
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Por que você insiste em dizer que ainda existe vida sem você?
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Não soube de onde e como Hidan estava tão próximo dela, centímetros os separavam. Ino passou a ficar aflita com tamanha aproximação, dando alguns passos para trás. Num movimento rápido e nada espontâneo, Hidan prensou o corpo de Ino contra a parede, fazendo-a gemer baixo, devido ao impacto.
" Claro que tenho,garotinha. E sabes por que tudo isso?" Perguntou à moça. Sendo fitado pelos profundos olhos dela. " Para vingar-me de tudo o que você já aprontou comigo!" Falou bem próximo de sua orelha esquerda,colando seu corpo ainda mais no da loira.
" Do que está falando?!" Questionou,tentando livrar-se do corpo pressionado de Hidan.
"Ora! Você sabe muito bem do que estou falando! Do adultério que você cometera há 2 anos atrás, com aquele seu amiguinho de colégio!"
A Yamanaka ainda não acreditava que Hidan pensava que ela havia o traído com Shikamaru. Então, esse era o motivo da separação? Esse era o motivo banal de tantas lágrimas, noites sem dormir, rancor e mágoa? Jurava que ele terminou por causa da falta de sexo na relação, mesmo com um ano e meio de namoro, Ino nunca cedera ao amado, pelo contrário, quando percebia que o clima iria esquentar, logo cortava. Tinha medo; medo de doer, de se arrepender ou até mesmo dele largá-la por ter saciado sua vontade e depois jogá-la,como se fosse lixo. Céus! Tantas vezes odiou-se por não ter feito amor com aquele que tanto gostava, e agora essa revelação? Realmente não se conformava. Como pode ser tão burra? Pior ele, que estava crente que Ino teve um relacionamento escondido com Shikamaru.
"Você é louco!" Foram as palavras de Ino, após quebrar todo o silêncio do local. "Eu nunca tive nada com o Shikamaru!"
"Não seja hipócrita Yamanaka! Todos sabem..." Disse friamente,como se as palavras fossem espinhos. "Quer mesmo que eu readmita seu pai?" Perguntou.
"O que você acha?" Respondeu-lhe, ainda esforçando-se para sair daquela posição.
" Não será barato pra você,isso te garanto!" Sorriu maliciosamente ao notar o estado de Ino.
"Fale de uma vez, o que quer em troca?" Falou em um tom alto, sua respiração estava acelerada e sua preocupação era mais do que visível.
" Primeiro começando com isso..." Rapidamente Hidan afastou as pernas da moça, passando suavemente a mãe esquerda na parte interior de sua coxa. Com a outra mão,segurava firmemente os seus pulsos. Pode ouvir Ino gemer ao sentir sua mão, gostava disso. Queria provocá-la mais ainda, para ver até onde iria com aquilo.
" O que pensa que est..." Foi impedida de completar a frase ao ter seu ombro sugado com tanto vigor.
" A segunda coisa é você parar de bancar a menininha virgem!" Disse, depositando um beijo em seu pescoço, e trilhando um caminho de beijos e sugadas até o decote de seu vestido. Mais um suspiro ouviu de sua boca, aquilo o deixava extremamente louco. Mas sabia que teria de se controlar.
" E a terceira..." Olhou bem no fundo dos orbes de cor azul. " Você terá que ser minha, minha por inteira" Falou pausadamente. Ino sentiu seu corpo queimar com tais palavras, seria verdade o que estava ouvindo? Uma hora ele a odiava e outra pedia para que se entregasse? Qual era a dele, afinal? Sentiu seu corpo ser cada vez mais pressionado contra a parede, soltando em seguida um muxoxo. Se a intenção dele era enlouquecê-la, estava conseguindo.
" Se é isso que você quer, é isso que terá. Mas posso lhe garantir que não será tão fácil como pensa, meu querido!" Para o espanto de Hidan, a loira estava com um sorriso meramente malicioso nos lábios, tinha a certeza que muitas coisas aconteceriam depois daquela inusitada conversa. Ah sim, e que muitos suspiros e gemidos seriam escutados a partir dali.
"Você mal sabe o que te aguarda" Era o pensamento de Hidan, beijando de modo incrivelmente selvagem a boca da loira Yamanaka.
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Quando você não esperar vai doer
E eu sei como vai doer
E vai passar, como passou por mim
E fazer com que se sinta assim
Como eu me sinto, como eu vejo,como eu vivo
Como eu não canso de tentar, eu sei que vão me ouvir
Eu sei que vai lembrar
Vai rezar pra esquecer, vai pedir pra esquecer,
Mas eu não vou deixar!Eu não vou deixar!
(Milonga- Fresno)
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Continua...
N/A: Acharam que teria hentai no primeiro capítulo? Mas não teria graça alguma, haha.
É o meu primeiro fic nesse gênero, creio que não está bom, mas me esforçarei o bastante para melhorá-lo.
Escolhi o shipper por amar o Hidan e simpatizar com a Ino, e também por ser um casal escasso na fanfiction . net. Resolvi deixar algumas características "originais" dos personagens, como o tom irônico e o jeito sádico do Hidan (e a boca suja também,rs)
Esse fic terá aproximadamente 4 a 5 capítulos, ou dependendo da minha imaginação/criatividade.
Ah,se prestarem bem atenção na música,irão ver como encaixa-se perfeitamente no capítulo/casal.
Bom,o resto (reviews) deixo nas mãos de vocês :)
Obrigada por lerem!
By: ' Doux Poupee
